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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
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Para os que buscam o bom senso e o equilíbrio entre opostos e as vicissitudes da vida, o melhor caminho a seguir é aquele situado no meio, onde se pode observar, com mais justeza e equidistância, as nuances de cada lado da estrada. O filósofo de Mondubim costumava ressaltar essa posição com o ditado: “Nem tanta fome ao pão, nem tanta sede ao vinho.” Sintetizado numa palavra, seria a tal da temperança, qualidade difícil de ser encontrada hoje em dia nos homens públicos desse país.
Através dessa virtude, que muitos consideram inata, é possível ao indivíduo manter-se tranquilamente sempre dentro de seus limites éticos, o que o torna naturalmente protegido contra todos os tipos de tentações desse mundo. Fora dessa qualidade, o que se tem é o vício do radicalismo, que reduz no indivíduo a capacidade de enxergar o mundo em volta de si, conduzindo a uma posição de miopia, obrigando a perceber somente o que deseja, da maneira como quer.
O Brasil, que já experimentou nessas últimas décadas o sabor amargo do radicalismo de esquerda, com todas as suas consequências ainda bem visíveis, passa agora a ter que conviver e aturar com o outro lado da moeda, onde pululam, com mesmo ardor irracional, os radicais de direita. Invasões de terra, facadas, mortes mal explicadas, cuecas cheias de dinheiro, apartamentos para abrigar notas de R$100, fugas ensandecidas, apoio à doação para governos antidemocráticos, autoridades que ao discursar para outros países deixavam os tradutores de cabelo em pé e radicais em êxtase. De nada adiantaria qualificar esses radicais, de um lado e de outro, de insanos ou de massa de manobra, ou qualquer outro epíteto negativo. São o que são e vivem dessa ilusão, como um leitmotiv de suas existências vazias. É o que sempre se soube: quem não constrói seu porto seguro interno, vai buscar em outrem onde lançar as âncoras de seu barco.
Com isso, novamente as cenas se repetem, mesmas pregações, com sinais trocados, os mesmos insultos e agressões, tudo placidamente ignorado pelo governo de turno e seu grupo de apoio ideológico, como era feito no passado. O vermelho cedeu lugar ao verde e amarelo, sequestrado inescrupulosamente da bandeira nacional. As recentes agressões ao pessoal da saúde, que fazia um movimento silencioso na Esplanada dos Ministérios, seguidos da carreata pregando o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo e pela volta dos militares ao poder deu a deixa para que jornalistas fossem também agredidos. O acampamento formado por simpatizantes do atual governo, armado em frente ao Congresso Nacional e pregando abertamente o extermínio da esquerda é apenas o mais do mesmo. Um déjà-vu.
Travestidos de paramilitares, esses arruaceiros pretendem arregimentar um grande número de “novos insurgentes” para treiná-los em técnicas de revolução não violenta e desobediência civil, técnicas de estratégia, inteligência e investigação, organização e logística de movimentos contrarrevolucionários, entre outras táticas de agitação. Trata-se, a exemplo do antigo exército de Stédile, de um grupelho do tipo Brancaleone, onde, além das trapalhadas de praxe, podem provocar ainda mais ruídos e desentendimentos nesse governo já, por si só, instável e belicoso.
A frase que foi pronunciada:
“Nós deveremos ser lembrados na história como a mais cruel, e, portanto, a menos sábia, geração de homens que jamais agitou a Terra: a mais cruel em proporção à sua sensibilidade, a menos sábia em proporção à sua ciência. Nenhum povo, entendendo a dor, tanto a infligiu; nenhum povo, entendendo os fatos, tão pouco agiu com base neles.”
John Ruskin, escritor e desenhista.
Mãos pelos pés
Faz tempo que essa coluna insiste na peçaneta. Felizmente começaram a trocar as mãos pelos pés. Veja a seguir projetos populares de PVC para que ninguém toque no recipiente de álcool em gel quando for usá-lo. Veja também o que a Associação Nacional dos Inventores criou para aumentar a higiene em hospitais.
Só de maldade
Sistema automatizado do Ministério da Saúde liga para as residências de todo o país com questionário sobre o Coronavírus. Bandidos gravaram a ligação e, no final, avisam que estão enviando um código para validar as perguntas. Caso os desavisados digitem esse código no celular, o WhatsApp deixa de funcionar. Veja no link Golpe no WhatsApp convence vítimas o que aconteceu com um jornalista.
Criatividade
Como o brasileiro, não tem igual. Para poder andar livremente de bicicleta pelas calçadas da cidade sem ser importunado, os criativos usam uma mochila de entrega de comida mesmo sem ter nada dentro.
Solidariedade
Contribuintes têm até o dia 30 de junho para entregar a declaração do Imposto de Renda. Uma oportunidade de praticar a solidariedade em comunidades afetadas pela pandemia. Veja a seguir como fazer.
–> Imposto Solidário: doações contribuem com comunidades afetadas pela pandemia
Menos de 3% das pessoas destinam o imposto a instituições sociais. Site ensina passo a passo de como destinar o imposto para instituições sociais
O período para entrega da declaração do Imposto de Renda (IR) foi estendido até o dia 30 de junho no Brasil, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O compromisso, que pode ser visto por muitos brasileiros como burocracia, também é uma oportunidade de praticar a solidariedade. Por meio da declaração, os contribuintes podem destinar até 3% do imposto para instituições e projetos de alto impacto social. Até o momento a Receita Federal recebeu apenas 35% das declarações.
Segundo dados da Receita Federal, menos de 3% dos contribuintes fazem doações com o Imposto de Renda. Como a grande maioria da população não conhece os benefícios de destinar, esse ano as instituições temem que esse número seja ainda menor. “O dinheiro do contribuinte já seria pago ao governo de qualquer maneira, e o imposto solidário abre portas para que ele possa destinar para um projeto que conhece e ainda acompanhar como o valor é aplicado. O mais interessante é que o valor retorna ou é abatido para a pessoa na restituição em 2020 ou no próximo ano”, explica o gerente de Parcerias e Marketing do Marista Escolas Sociais, Rodolfo Schneider.
Segundo o especialista, se a pessoa tiver imposto a restituir, o valor doado é acrescentado ao montante (calculado já no sistema da Receita) e ele o recebe no período de restituição. Se o contribuinte tiver imposto a pagar, o valor doado é descontado do débito.
Site ensina passo a passo de como doar
Com a intenção de explicar o passo a passo para efetuar uma doação via imposto de renda, o Marista Escolas Sociais, que atende mais de 7 mil crianças, adolescentes e jovens em 20 Escolas e Unidades Sociais nos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, preparou um site detalhando todas as etapas. Ao acessar impostosolidario.org.br, o contribuinte pode entender todos os processos e conhecer instituições que poderão ser beneficiadas.
Educação é uma das áreas impactadas
Um dos projetos disponíveis para receber os recursos via Imposto de Renda é o “Educação – O futuro é para todos”, que beneficia mais de 2 mil crianças, adolescentes e jovens de 0 a 17 anos. A iniciativa oferece educação gratuita em cinco escolas sociais localizadas em áreas de vulnerabilidade social na Zona Leste de São Paulo, Santos e Ribeirão Preto.
As doações podem promover a expansão de laboratórios, projetos de educomunicação, capacitação de educadores, revitalização de espaços e melhorias no acervo das bibliotecas. Mais de 40% das famílias atendidas nos locais estão abaixo da linha da pobreza e vivem do trabalho informal, sendo fortemente atingidas pela pandemia do coronavírus.
Durante o período de isolamento social, as Escolas Sociais têm promovido atividades para todos os alunos, de acordo com a realidade de cada família, sendo disponibilizadas de forma impressa e retiradas na escola ou enviadas via redes sociais e whatsapp. Para o aluno Gustavo Henrique do Nascimento Santos, de 14 anos, estudante do Marista Escola Social Irmão Lourenço, na Zona Leste de São Paulo, as atividades têm ajudado a manter a rotina. “Tem sido muito bom. O plantão dos professores tem ajudado bastante, é muito importante termos essa oportunidade”, revela.
Marista Escolas Sociais
Marista Escolas Sociais atende gratuitamente 7700 crianças, adolescentes e jovens por meio de 20 Escolas Sociais, localizadas em cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Os alunos atendidos nas Escolas Sociais têm acesso a uma educação de qualidade e gratuita que vai desde a educação infantil até o ensino médio, além de projetos educacionais e pedagógicos que acontecem no período contrário às aulas. https://maristaescolassociais.org.br/
Estranho
Desde a manhã até o último jornal, em vários canais de TV, por streaming ou rádio, jornais, Covid-19 é imbatível na primeira colocação como assunto ou destaque. Estranho mesmo é que a palavra que designa o país responsável por essa revolução mundial não é citada em nenhuma matéria.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Mas Brasília vive, Brasília continua, nos seus 600 mil metros quadrados de construção já realizados, nos seus 240 quilômetros de esgotos já plantados, nos seus 90 milhões de litro d’água de reserva, no seu milhão e meio de metros quadrados de asfalto de primeira. (Publicado em 06/01/1962).
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Ditado antigo já recomendava: “junte-te aos bons e serás tão bom quanto eles. Junte-te aos maus e serás pior que eles.” Esse conselho valia no passado e vale também no presente, principalmente para aqueles indivíduos que escolheram, como ofício profissional, trabalhar em prol da sociedade e tendo a vida pública como baliza e norte em suas tarefas cotidianas.
Para aqueles que optaram por funções eletivas, esse conselho é não só apenas fundamental, como também capaz de indicar se o homem público terá ou não futuro nessa missão, cuja a visibilidade, inclusive de sua vida íntima, passa a ser total. Para esses escolhidos pela sociedade, com o cargo de representantes diretos, todo o poder é repassado por meio do voto. Da mesma forma como foi dado, cada voto será cobrado em dobro, o que obriga os eleitos, dotados de ética, a carregar sobre os ombros uma responsabilidade imensa e uma inquietude constante em atender aos anseios de todos.
Uma vez alçados ao posto de representantes, outra tarefa será escolher, dentre seus pares, aqueles que podem somar forças para o alcance de objetivos comuns, sempre guiados pelos mais altos valores éticos. E é aí que mora o problema. Num mundo ideal, essas parcerias seriam possíveis, não só entre os pares como entre os apoiadores. Ocorre que, na vida real, o que se tem é o que aí está. É pegar ou largar. E de nada adianta pretender ser uma freira dentro de um lupanar ou se recolher à solidão do mandato como um ser pudico. O jeito é integrar-se aos demais e deixar fluir. É quando ocorre das pretensões castas transformarem-se em êxitos possíveis, segundo a fórmula que reza que: o que se tem é o que está em mãos, nada mais. Em meio à multidão de representantes, a ética passa a ser apenas o exercício do possível. Do mesmo modo como ocorria na juventude e contrariamente ao que diziam os pais, as companhias mais divertidas e venturosas eram justamente as menos recomendáveis.
Na função de representante, serão essas mesmas más companhias que irão prometer mais ganhos e mais vitórias imediatas, não importando por que caminhos. Portanto, é preciso se integrar e colher o que se acredita ser vantagens para si e, quem sabe, para seus eleitores. Às favas, a ética e os velhos conselhos. Por esse caminho, os ganhos materiais para o eleitorado são certos, sendo que os custos embutidos vão passando desapercebido. Com isso, fica acertado também a continuação no cargo, garantido pela reeleição. Os exemplos vindos de companheiros vitoriosos, ricos e festejados pelo eleitorado, reforçam a tese e a certeza de que esse deve ser o único caminho. Mas é quando um pequeno deslize acontece, desses sem importância, mas que logo se transforma em escândalo, fazendo toda a vida desfilar diante dos olhos numa velocidade estonteante, que vem à lembrança os sermões do passado. Agora, o relógio suíço substituído pela pulseira de aço das algemas diz que estarás entre iguais, mesmo sendo o pior de todos.
A frase que foi pronunciada:
“A verdade na vida em sociedade é como a estricnina no organismo de um indivíduo: terapêutica em pequenas doses e condições especiais, mas de outro modo, e no geral, um veneno letal.”
Frank Knight, economista americano
Beleza
Veja a seguir a defesa de Fábio Hiro, fundamentando argumentos para que os salões de beleza voltem a trabalhar. Luvas, máscaras, materiais esterilizados, agendamentos para não haver tumulto. Com mais de 20 mil seguidores no Instagram, Hiro descreve o caos econômico em uma classe onde o grupo divide o que recebe. Vale acompanhar o vídeo no link Por que salões se mantêm fechados?.
Imagem e comunicação
Simples assim. O coach do presidente Bolsonaro está fraco. Ele pode lutar contra tudo e contra todos. Mas sem melhorar a imagem e a comunicação, a tarefa é vã.
Educação
Em Alagoas já está decidido. Escolas particulares que optaram pelas aulas online só podem cobrar o valor da mensalidade com desconto de 30% ou mais. Depende da sensatez da diretoria.
Emergência
Sem sangue no estoque, a Hemoclínica do DF pede socorro! Veja todos os detalhes de como ajudar no link Atenção: estoque crítico na Hemoclínica DF.
Aporte
DF recebe verbas para o combate do coronavírus, compensação de dívidas, segurança pública e saúde autorizadas a receber aporte no salário, entre outras iniciativas. Total R$ 1.381 bilhão. A seguir, o senador Izalci Lucas explica a distribuição.
Discursos
Miguel Nicolelis, super criticado pela opinião sobre o coronavírus. Autoridades brasileiras propõem o lockdown, enquanto passeiam para todos os lados.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Contrariando decisões em vigor, o Banco da Lavoura instalou uma agência volante na Cidade Livre. (Publicado em 11/01/1962)
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Mais do que nunca, é preciso crer que para a atual secretária de cultura, Regina Duarte, a eterna namoradinha do Brasil, a morte do também ator Flávio Migliaccio deve ter calado fundo na sua alma, não apenas porque ambos dividiram o mesmo palco, atuando em algumas novelas de grande sucesso na televisão nessas últimas décadas, mas pelo fato de que hoje, quis o destino que cada um seguisse seu próprio caminho.
Para Migliaccio, a cortina de cena foi cerrada por um ato absoluto e brutal, daqueles capazes de colocar um ponto final no longo e tumultuoso trailer de nossas vidas. Daí por diante, resta apenas o silêncio do vazio. É preciso crer ainda que o silêncio oficial da atual executiva da equipe do governo Bolsonaro tenha sido, talvez, o melhor que se pode dizer num momento como esse. Talvez essa ausência de uma nota de lamento tenha sido provocada pelo choque da notícia, capaz de paralisar qualquer um. Ou talvez esse mutismo seja o que de mais verdadeiro possa existir na realidade do mundo atual em que estamos imersos até o pescoço.
Quem sabe até Regina e Flávio não se davam bem por detrás das câmeras. Vai saber. Talvez se gostassem sim. Na carta que endereçou a todos nós de forma direta, o ator que tinha entre suas maiores virtudes naturais o dom raríssimo do carisma e da empatia larga, característica fundamental a quem ganha a vida sobre o palco, chegou a triste conclusão de que a velhice nesse nosso país, como tudo de resto, é o caos.
Décadas atrás, a escritora Simone de Beauvoir já havia afirmado algo semelhante quando disse que a velhice é um naufrágio. Em meio a essa quarentena prolongada, em que as opções ficam entre as fronteiras do abismo ou na escolha entre falir ou falecer, Migliaccio deixa em sua carta derradeira sentença que assusta mais ainda. Quando escreveu, “ a humanidade não deu certo”. É difícil ter que engolir uma sentença como essa, ainda mais vinda de um indivíduo do alto de seus oitenta e cinco anos de experiência. De fato, dá para compreender o silêncio oficial da Secretária de Cultura.
Para aqueles que têm convivido com Regina, seu silêncio resulta de um medo que ela vem sentindo desde que assumiu esse novo personagem. Nessa sua nova interpretação, o medo de contrariar o chefe, de contradizer aqueles que a cercam é real. Muitos que a conhecem chegam a dizer que Regina está vivendo seu mais terrível e cáustico personagem, num dia a dia que vai lhe consumindo a alma pelas beiradas. Outros dizem até que ela já não sabe ao certo nem o que é e o que veio fazer nesse Planalto Central.
Aos poucos íntimos, ela tem confessado ter entrado numa fria, com o arrependimento de ter assumido algo que lhe parecia real e possível, mas que, de fato, é falso e sem remendo possível. Como disse seu antigo companheiro, em sua fala final e que ela podia muito bem usar para voltar à sua vida com a dignidade de sempre: “Me desculpem, mas não deu certo”, principalmente com “essa gente que acabei encontrando”.
A frase que foi pronunciada:
“Amar a humanidade é fácil. Difícil é amar os seres humanos.”
Kalman Shulman, autor russo, historiador e poeta.
Protesto
Mais uma vez, os contribuintes devem se preparar para as consequências da aprovação da PEC 10. No Art. 8º, há a permissão para que o Banco Central compre trilhões de papel podre da banca, transformando tudo em “Dívida Pública”. A denúncia é da auditoria cidadã.
Movimentos
Autoridades cobrem a boca ao cochichar no ouvido do outro porque já sabem que há os leitores labiais de prontidão. Geralmente eles têm alguma deficiência auditiva. Por isso, o uso das máscaras isolou essa fatia da população da possibilidade de compreender o que é dito. Nada que a criatividade não possa solucionar. Vejam que genial a solução para esse problema no link Ela criou máscaras para surdos e vai distribuí-las de graça.
Aldir Blanc
Uma notícia atrás da outra, assuntos em repetição contínua e para quem sossega o pensamento para questionar, estudar, pesquisar, chega a conclusões diferentes. Aldir Blanc, ícone da música brasileira, morreu sem apoio de qualquer autoridade. Embaixador da música brasileira, pela arte, levou para o mundo a boa música, a poesia dos artistas de conteúdo. Estava debilitado, com pneumonia e problema nos rins. Segundo a própria filha, não morreu de Covid19.
–> “Oi, pessoal! Eu sou Isabel, filha de Aldir Blanc, ela está internado aqui no CER Leblon, na ala vermelha, e está precisando de uma vaga urgente na UTI. A gente veio para cá na sexta-feira com um quadro de infecção urinária e pneumonia leve, ele ontem (13), foi entubado porque esta pneumonia piorou. Segundo os médicos, ele não tem COVID (coronavírus) e a gente está precisando desta vaga urgente. Cada minuto que passa a situação dele se agrava se ele permanecer na sala vermelha e a gente está precisando desta vaga de UTI”, disse ela, em vídeo publicado na rede social.”
@FaelOficialBrasil
Campanha bandeira branca. A ideia de Rafael é que todas as pessoas que estiverem precisando de alimentos coloquem um pano branco na entrada de casa para que os doadores saibam quem ajudar. Veja o vídeo a seguir.
Pronto, falei
Em tempo. Quem é candango de verdade não compartilha a ideia de que candangos eram só os homens que trabalhavam na construção da cidade. Pioneiros e candangos. Isso sim. Brasiliense é uma imposição de recém-chegados. Pioneiros e Candangos de verdade sabem qual era a especialidade do 9º andar do Distrital na década de 60.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Atualmente, com a obra do Palácio Municipal, o Setor Gráfico, está invadido por dezenas de barracos. Mas é que eles iam construir os barracos na pista norte do Eixo Monumental, e a Asa Norte, que tem administração, não permitiram. (Publicado em 06/01/1962)
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Quando se rema contra a correnteza, a única certeza é que precisamos remar duas vezes mais para empreender a viagem ou, sequer, saímos do lugar. Os navegantes portugueses, do século XV em diante, já sabiam dessa máxima e por isso mesmo aperfeiçoaram um sistema de velames e de quilhas móveis, além de outros apetrechos técnicos, para navegar até contra o vento. Na verdade, invenções dessa e de outras naturezas nascem sempre que algum obstáculo se interpõe entre aqueles que possuem um plano definido e seu destino final. As cartilhas e manuais foram escritas por aqueles que, por experiência ou sabedoria, anteviram, muito antes de nós, os obstáculos à frente. É fato que depois da Escola de Sagres, acidentes e outros imprevistos, mar adentro, foram sensivelmente diminuídos. Desconsiderar ensinamentos é não só correr riscos desnecessários como perder tempo e ir ao encontro de malefícios diversos.
Antes de se lançar ao mar infinito, as naus e seus comandantes eram preparados com esmero na Escola de Sagres, que, à semelhança da atual Nasa, agência espacial, ensinava os segredos da navegação, com base em uma ciência náutica e não em improvisos, quase sempre fatais.
Do mesmo modo, e dando um salto no tempo, constitucionalistas e outros doutos nas ciências do Direito redigiram, com a participação de representantes da sociedade, a atual Carta Magna, um documento que, entre outras muitas utilidades, serve para orientar governantes e outros dirigentes e responsáveis pela chamada coisa pública. Nela está delineado que rumos e providências adotar na condução da caravela do Estado.
Ao tentar interpretar esse conjunto de preceitos, de forma a adequá-lo a interesses pessoais ou de grupos, corre-se o risco de perder o rumo e levar a nau de encontro às rochas. Doutra feita, quem não segue o que orienta essa verdadeira carta náutica corre o risco maior de se ver devorado por monstros marinhos em fossas abissais.
De forma clara, quem não se apega a Carta Maior é presa fácil de grupelhos políticos e mesmo empresariais, que passam então a ditar que rotas o país deve seguir. Fora da Constituição, o que se tem é o motim a bordo. A captura e o sequestro do transatlântico Brasil por piratas. Antes de tudo, para o bom comandante, é preciso fazer ouvidos moucos a todos os cantos de sereia, venham eles de onde for.
Frente ao Estado, é sabido que presidente não possui amigos ou parentes. Principalmente parentes e outros consanguíneos. De nenhum grau. É por escolha própria, um solitário, a quem a carta náutica é sua única companhia. Para isso, deve se afastar de grupos de interesse, quase sempre formados por corsários e outros malfeitores. À semelhança do que fazia a Escola de Sagres e mesmo a atual agência espacial americana, o comando da frota só era confiado a aqueles pretendentes, sabidamente capazes e capacitados. A nenhum outro.
A frase que foi pronunciada:
“A mais perfeita razão foge de todo excesso.”
Montaigne, jurista, político, filósofo, escritor e humanista francês
Público
Veja a seguir duas importantes iniciativas da Biblioteca do Senado. A primeira traz os Atos Normativos para o enfrentamento da pandemia numa pesquisa minuciosa, feita a partir dos portais dos governos estaduais, distrital e municipais. A segunda disponibiliza ao público livros digitais gratuitos.
Solidariedade
Doarti é um aplicativo para as pessoas que buscam doar para instituições sérias. Leia mais sobre em Iniciativa da UnB cria site e aplicativo para facilitar doações no Distrito Federal e baixe o aplicativo no link Doartipp.
Looke
Embaixada da França convida Brasília a apreciar os filmes daquele país. Festival Varilux – Cinema francês em casa. São 50 filmes exibidos por 4 meses gratuitamente no link Festival Varilux Em Casa.
Estranho
Quem passa pelo QG do Exército não vê o pessoal usando máscara.
Quarentena
Será o vírus chinês? Na falta do que fazer, recomeça a discussão sobre crucifixos e imagens em prédios da União e Estados. A Procuradoria mede o estado laico por aí. O grande problema será destruir todas as notas de reais. Elas trazem a frase “Deus seja louvado”. Se com Deus já está difícil suportar tanta política, imaginem sem Ele!
Apoio da família
Por falar em Deus, uma cigana que pedia para ler a mão de uma senhora argumentou: Posso ver o seu futuro nas suas mãos. A senhora, escolada, respondeu. Meu futuro está nas mãos de Deus. Isso faz lembrar o golpe de uma senhora não tão descolada que caiu no conto da cartomante. Pagou com mais de um quilo de joias um trabalho que afastaria espíritos malignos. Pensando bem, deu certo. Depois de dar parte na Delegacia do Lago Sul, a cartomante foi obrigada a devolver tudo.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Me disse a indústria, que eles cobram, por fora, uma diferença, que deixa o saco de farinha a Cr$ 2.695,00. E disse mais: as notas são pagas à vista, a dinheiro, não aceitando sequer um cheque. (Publicado em 05/01/1962)
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Uma corporação, como o próprio nome diz, reúne indivíduos que possuem, em comum, os mesmos ideais profissionais e, de certa forma, acabam compondo um só corpo agindo em conjunto organicamente, de tal forma que o pleno funcionamento do todo depende, de forma vital, do funcionamento de cada uma das partes, como num relógio suíço, onde cada engrenagem possui sua função e importância específicas. O mal funcionamento de qualquer uma de suas partes compromete o todo de modo irreparável.
As Forças Armadas, são nesse sentido, um exemplo claro de uma corporação em que todos, do soldado ao general, possuem cada um, uma importância e uma função específica, sem a qual o organismo, como um todo, não pode, sequer, existir. Sobre esse ponto, qualquer falha ou deslize de um dos seus membros põe a perder o funcionamento do conjunto, comprometendo seu desempenho ideal.
Não estranha que, em suas fileiras, não cheguem a ser raros, episódio em que membros dessa corporação são desligados do organismo à bem do conjunto, o que, em si, é até uma medida necessária. Da mesma forma que uma parte gangrenada do corpo humano é amputada para a sobrevivência do todo, o afastamento de indivíduos que não coadunam com as diretrizes de uma corporação constitui-se numa ação profilática e vital ao organismo. Até aí não há dúvidas.
Colocada dessa forma, e visto em outro contexto a situação, trazida até aqui pelo presidente Jair Bolsonaro, pela insistência com que mantém um ambiente de permanente crise institucional, talvez até como uma espécie de estratégia política às avessas, tem, com relação às Forças Armadas, um efeito potente, diferente e também nefasto a essa instituição permanente. Não apenas pelo fato de o atual presidente ser um ex-militar de carreira, colocado à margem da corporação, por circunstâncias distantes aos ideais de Caxias ou ao regimento do Exército, de onde provém.
O fato de um ex-militar chamar, para compor seu gabinete de governo, membros das Forças Armadas criou, necessariamente, entre ele e esses membros fardados, um elo e uma associação, que como um nó, fica difícil de separar. Assim é que o destino de um é, em larga medida, o destino do conjunto, nesse caso específico, as Forças Armadas. Bolsonaro e os militares, por livre vontade, possuem, nos episódios que vão se desenrolando nesse governo, um destino e um futuro comum. Não há como dissociar o político que chegou à presidência, por obra e graça das circunstâncias de uma encruzilhada fatídica, do restante do seu gabinete, composto, em sua parte principal, pelo pessoal do alto escalão das Forças Armadas.
Uma possível descida do atual governo, ao fundo do poço, numa crise sem precedentes, fato que muitos apontam como uma grande possibilidade, mas nós, como brasileiros torcemos para que isso não aconteça, arrastará, irreversivelmente, consigo, toda a corporação, numa espécie de abraço de afogados, transmitindo a essa zelosa corporação, o vírus da inépcia e lançando de volta seu prestígio atual aos tempos da ditadura, numa fase de nossa história que, a duras penas, tem sido deixada para trás, como página virada.
A frase que foi pronunciada:
“A vida/Consumida/Em cuidados/Escusados,/ E sujeita a desconcertos da ventura,/Não é vida vital,/mas morte pura.”
Camões, poeta português.
Indo bem
Médicos têm elogiado as iniciativas do governador Ibaneis, que tem tomado as precauções contra o Coronavírus sempre colocando a vida da cidade em um lugar importante. A ideia agora é aumentar os exames por drive thru para mapear a cidade com a indicação de novas providências.
Cultura
Mudar a cultura de um povo é tarefa hercúlea. Para uma população que até pouco tempo espirrava em direção às pessoas, sem a menor consideração, já é possível ver adolescentes que vendem pipoca no sinal, espirrar na dobra do braço. O uso de máscaras, também está aumentando visivelmente.
Ideia
Por falar em máscaras, o repúdio ao material médico chinês é grande. Inúmeras mensagens pelo WhatsApp pregam que ninguém use material chinês no rosto. Se há possibilidade de costurar sua máscara nos moldes de correta higiene, a ojeriza faz sentido. Seria bonito o governo brasileiro conclamar as costureiras de escolas de samba para fazer máscaras para os brasileiros. Veja orientações sobre o assunto no link Camadas de diferentes tecidos deixam máscara caseira 99% eficaz, diz estudo.
Imprensa
Criada para levar alimentos saudáveis e de qualidade às famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, o programa Cesta Verde do Governo do Distrito Federal também contribui para o desenvolvimento e geração de renda entre milhares de produtores rurais no DF. Veja detalhes do assunto no link Cesta Verde garante renda a produtores rurais e leva alimento de qualidade às famílias.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O dono de uma padaria me mostrou uma nota da “Indústria Mineira de Moagem S.A.”, de uma partida de farinha para Brasília. Cobrava por saco a importância de Cr$ 1.877,00. (Publicado em 05/01/1962)
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Ninguém, em sã e ética consciência, e de posse de toda a capacidade de se indignar, pode aceitar, de forma serena, que o ex-presidente Lula, depois de devidamente investigado, processado e condenado a trinta anos de prisão, segundo as leis brasileira, deixe a cadeia de luxo, onde passou a residir há pouco mais de um ano, e saia pelo mundo afora pregando livremente contra o Brasil e suas instituições, tudo às custas dos pobres contribuintes, deixados à míngua nas imensas filas de desempregados.
Ladeado nesse tour de primeira classe, pela também ex-presidente Dilma, ré em outros processos que correm na justiça, a dupla de corruptos viaja, como não podia deixar de ser, pela Europa capitalista, desfrutando de todas as mordomias do Estado. Obviamente que aqueles países aos quais há suspeitas de que despejaram somas bilionárias dos recursos do erário nacional, como Angola, Cuba, Venezuela e outros, não estão no roteiro, primorosamente preparado por seus “assessores” e asseclas.
A dupla de comunistas de fachada e de bom gosto, hospeda-se nos mais caros hotéis do continente, apreciando os mais requintados acepipes, seguidos das melhores safras de vinhos do velho mundo, tudo, obviamente, às custas dos contribuintes brasileiros, os mesmos aqui deixados aos milhões por seus governos, no desamparo e nas imensas filas do desemprego.
O mais incompreensível em toda essa história, que parece surreal, é que essa dupla de malfeitores segue em sua turnê pela Europa, em comícios fechados, onde pregam contra o Brasil, contra suas instituições, envergonhando a todos aqueles cidadãos de bem, mentindo e apresentando suas narrativas falsas sobre esse triste período da nossa história recente. Além dos muitos crimes que cometeram durante seus governos e que estão devidamente descritos nos anais da justiça e nos enciclopédicos processos judiciais, essa versão tupiniquim e mal-ajambrada de Bonnie e Clyde, presta um enorme desserviço ao Brasil, quando usam a pouca informação e mesmo o desinteresse sobre nosso país, para inventar mentiras que denigrem nossa imagem no exterior e causam grande prejuízo, afugentando investidores e desestimulando futuros projetos de interesse nacional.
Todo esse périplo por países que, até há pouco tempo, acusavam de imperialistas, faz parte de uma agenda ardilosamente elaborada para, a partir do exterior, onde se ocupam da tarefa pateticamente de desestabilizar o Brasil e suas instituições, angariar apoio de parte do mundo Ocidental para um processo de retomada do poder. Com as urnas eleitorais da maneira em que se encontram corremos seriamente esse risco.
Internamente essa possibilidade é, no momento, uma missão impossível de ser empreendida, dado o alto grau de desaprovação e mesmo de hostilidade que a maioria dos brasileiros nutrem por esses personagens e seus partidos. Cumprida essa primeira e tresloucada etapa do plano petista, o passo seguinte vai ser reunir todos os bilhões desviados dos cofres públicos, por mais de uma década e que estão espalhados pelos quatro cantos do planeta, para recomeçar um retorno ao poder de onde foram escorraçados pelos brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“O cachorro só é o melhor amigo do homem porque não conhece o dinheiro.”
Maine de Biran, filósofo francês (1766-1824)
Sem resposta
No cafezinho da Câmara, a dúvida de um grupo de visitantes parou na seguinte pergunta que ficou sem resposta: Qual o entendimento da Previdência Social no caso de aposentadoria de trabalhadores que se desdobram em dois empregos? Recebem mais, mas o leão avança com vontade e além disso é descontado pela Previdência Social nos dois empregos.
Solidões
Casos de pais drogados, mães que não conseguem manter os filhos, crianças que ficam sozinhas em casa constantemente. O Programa Família Acolhedora, pouco conhecido da comunidade candanga, será apresentado pelo grupo Aconchego, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF. A prioridade é a convivência familiar. O programa nada tem a ver com adoção. É só aconchego. “Queremos sensibilizar a comunidade para a importância deste tema, esclarecendo as dúvidas e transmitindo mais segurança para as pessoas que queiram aderir ao programa”, explica a psicóloga e coordenadora do programa no Aconchego, Júlia Salvagni.” A palestra será na UNIP 913 Sul, sábado 14 das 9h às 12h. Mais informações 39635049. Entrada livre.
Princípio, meio e fim
Foi-se o tempo em que políticos exibiam broches funcionais para impor respeito. Depois das Mídias Sociais, muitos perdem a paz nas ruas, restaurantes, aviões. Pelas facilidades cibernéticas, a população se deu conta que são pessoas de carne e osso. Com o mesmo princípio e fim que todos teremos. Mas com opções diferentes de meios.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Até que enfim, o Nordeste terá um plano de obras para ser executado com a garantia da SUDENE. Deixarão de existir, então, as obras de estradas feitas a mão para fazer favor ao trabalhador atingido pela seca. (Publicado em 16/12/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Na política, virtudes e vícios sempre andaram lado a lado. Principalmente quando direita e esquerda se afastam do bom senso e da realidade e passam a pregar ações extremas e radicais. Sabe-se que é justamente na fronteira entre opostos que todos parecem ter o mesmo caráter.
Falar em virtudes políticas soa como um absurdo. É do caráter da política, principalmente aquela realizada hoje em dia entre nós, o abandono dos princípios virtuosos da ética. Talvez por conta de nossa própria formação histórica, e pela gana com que desde sempre os representantes da população se arvoraram sobre a coisa pública, nunca houve espaço adequado para a prática das virtudes inerentes à dignidade humana.
Todos aqueles políticos que ousaram desempenhar um papel centrado nas virtudes éticas acabaram alijados, inclusive, das relações e acordos políticos. É possível afirmar, portanto, que é próprio de nosso jeitinho inzoneiro de fazer política, desprezar viés e outras parecenças firmados no bom senso e na ética.
Pela própria natureza, a política é, pois, aética. Ou seja, não se conforma e não se confunde com valores humanos positivos que, por sua essência, são tidos como um gesto de fraqueza ou de rendição. Esse monopólio dos sem virtudes cabe quase que exclusivamente à classe política e é uma de suas principais características, sendo inclusive tomada como um valor que, de alguma forma, qualifica o líder político.
Obviamente que a população, principalmente aquela formada por brasileiros com alguma formação moral e intelectual, esses vícios não são compreendidos como sequer são aceitos como normais e saudáveis. Daí o divórcio flagrante entre essa parte da sociedade e seus representantes, apesar do direito consagrado do voto.
Para o restante dos eleitores, essas nuances éticas não fazem sentido e são mais calcadas em realizações do tipo imediatistas e utilitaristas. Para o grosso da população, interessa mais o representante político que leva o asfalto ou a água encanada para dentro das casas do que aquele político que fala em coisas abstratas como respeito à coisa pública e ética nos gastos. Sobre esse ponto de vista, não há como argumentar de forma razoável.
Trata-se de uma discussão que, por seus aspectos filosóficos, interessa apenas a uma minoria, não fazendo sentido do ponto de vista da grande maioria dos brasileiros que lutam para sobreviver no dia a dia. Prova disso, é o ciclo perpétuo que conduz a mesma e degenerada classe política ao poder há décadas.
De certa forma essa é a democracia que atingimos como uma espécie da arte do possível, já que essa é justamente a característica mais marcante de nossa classe política. O problema é quando esse vácuo de valores humanos passa a se estender e contaminar os demais cidadãos, contaminando as relações entre as pessoas, entre os amigos, os parentes e demais indivíduos. Quando isso acontece, e é o que parece estar de fato ocorrendo, representados e representantes passam a formar uma mesma massa amorfa de farinha bolorenta do mesmo saco.
Frase que foi pronunciada:
“Quando as necessidades prementes estão satisfeitas, o homem se volta para o universal e o mais elevado.”
Aristóteles, filósofo grego, séc. IV a.C.
Inovação
Equipe do Sr. Cláudio Vilar Furtado, do INPI, acelera o atendimento a processos de pedidos de patentes, além disso, parcerias para estimular a inovação no país. De acordo com o governo brasileiro, até 16 de dezembro de 2019, o INPI enviou 23 pedidos internacionais, sendo 75% de marcas de serviços, e recebeu 1.167 pedidos, sendo 62% de marcas de produtos.
Modernização
Dentro do novo pensamento jurídico, o uso de videoconferência é uma boa saída para solucionar lides trabalhistas. Foi o que aconteceu no TRT do Rio de Janeiro. Uma trabalhadora não pode comparecer à audiência porque mudou-se para o exterior. Nova data marcada, a audiência foi realizada à longa distância.
Demografia
Nos anos 60 a cada 100 pessoas com emprego havia 90 crianças dependentes. Hoje a dependência dos idosos é maior, já que a média de 6 filhos naquela época baixou para 2 hoje em dia.
DNA
Por US$400, é possível comprar, em farmácias nos Estados Unidos, um kit de testes genéticos que apontam para diagnósticos e prevenção de doenças diversas. O problema é que ninguém sabe ler os resultados, precisando de um profissional que o decifre.
Celíacos
Por falar nisso, há também um laboratório de bolso para os celíacos. Por US$200, o NIMA é capaz de detectar o glúten em pequena amostra do alimento. Veja como funciona em Nima: o “laboratório de bolso” que indica a presença de glúten em alimentos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A Superintendência de Agricultura abriu concorrência para o plantio de grama em Brasília, e venceu uma firma que ofereceu preço baixíssimo. (Publicado em 15/12/1961)
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Apostar nos resultados futuros das urnas é sempre um palpite arriscado e tem desmerecido a credibilidade de muitos indivíduos, sejam eles analistas políticos, institutos de pesquisa ou mesmo videntes e outros iniciados nas artes da adivinhação. As decepções experimentadas pela população com a representação política, com os partidos e principalmente com o baixo nível da classe atual, preocupada apenas em tirar proveito próprio do mandato, têm sido expressas nas urnas de forma surpreendente.
O povo, de uma forma geral, tem votado contra o que acredita ser a tendência apontada pelos especialistas, mesmo os mais experientes. Vive-se uma tal decepção com a representação política, não só no Brasil, mas em boa parte do mundo Ocidental, que não seria exagero afirmar que o atual modelo de democracia, principalmente onde os políticos possuem blindagem contra erros e falcatruas, que um novo figurino de representação passou a ser exigido para se moldar a um novo século.
Não se sabe ainda o que poderá emergir de reformas do tipo política, mas seguramente, não será do agrado popular, caso essas mudanças venham a partir de um projeto confeccionado pelos atuais políticos. As mudanças exigidas pelo avanço natural da sociedade, suas necessidades, reforçadas ainda com advento das redes sociais e outras evoluções, não combinam mais com a velha política, com os currais eleitorais, com a corrupção e outras mazelas e subprodutos desse tipo representação do passado.
Apenas à guisa de exemplo, tomando os atuais partidos políticos nacionais como anti modelo de um novo tempo que anseia por se instalar na vida do País, é preciso colocar a questão da seguinte forma: Como desligar os atuais partidos de um passado nebuloso, sem afastar dessas siglas as atuais lideranças e todos aqueles que ostentam uma longa ficha de cometimento de crimes de toda a ordem? Outra questão é: Como compatibilizar uma representação moderna e enxuta com as dezenas de legendas atuais, todas direcionadas apenas para as benesses do sistema político? Digam o que quiser, mas é preciso reconhecer, logo de saída, que com o atual modelo, não iremos longe. De fato, seguiremos às voltas com um passado que queremos distância.
A frase que foi pronunciada:
“Uma mentira pode viajar pela metade do mundo enquanto a verdade coloca seus sapatos.”
Mark Twain, escritor e humorista norte-americano
Muda já
Chegou o momento de os pais se reunirem para compartilhar informações sobre a compra de material escolar. Facebook, Instagram, Pinterest ou qualquer aplicativo que possa baratear a aquisição dos produtos.
Mudou
Desde o início de janeiro que a compra em Freeshop é de mil dólares.
Urbanidade
Aconteceu no Bradesco da 504 Sul, perto do Cartório do 2º Ofício de Registro Civil. Uma Fiorino, guiada por um jovem, foi estacionada displicentemente ocupando duas vagas. Nossos leitores estão atentos. Veja a imagem a seguir.
Inexplicável
Pode ser picuinha. Mas a verdade é que quem gerar o boleto de pagamento do Nubank e tentar pagar antes do vencimento pelo BB, o calendário do Banco do Brasil é irredutível. Não aceita o pagamento antecipado da fatura.
Negócios
Diplomacia e Agronegócio estão mais juntos do que nunca. Time de adidos agrícolas foi formado pela Escola Superior de Guerra. A área de promoção comercial é fundamental para a extensão dos negócios brasileiros. O setor agropecuário do Brasil exportou aproximadamente U$97 bilhões.
Retorno
Quando há vontade política e o dinheiro do cidadão cobrado em impostos volta em serviço, é possível ter uma piscina olímpica oceânica como a de Bondi Beach, na Austrália. Veja o filmete a seguir.
Enquanto isso…
Parece inacreditável o depoimento da professora da Ceilândia, Maria de Lourdes Dannetti, rememorando a imagem de um adolescente arrancando a folha de caderno para fazer um cone e encher de comida oferecida na hora do lanche para levar para os irmãos em casa.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Lamentável, a omissão da prefeitura, na decoração da cidade para a temporada do Natal. (Publicado em 14/12/1961)
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Analisado do ponto de vista do Direito Internacional, ou, mais precisamente, a partir das leis comumente aplicadas nos países desenvolvidos para os crimes comuns, nossos códigos legais parecem saídos de algum planeta distante, tal é a excentricidade e leniência de nossos ordenamentos na punição de criminosos. Se, para os chamados bandidos pé de chinelo, nossas leis já são frouxas e benevolentes, imagina então para os bandidos de alto escalão, também conhecidos como de colarinho branco.
Para o cidadão comum, a impressão é de que as leis, os juízes e os ritos dos tribunais estão sendo concebidos e armados paulatinamente e de tal maneira que a providência última não é a punição do culpado e criminoso, nem tampouco a reparação social do dano ou crime cometido, e sim a tentativa de o mais rápido possível encontrar um meio de colocar o condenado de volta ao seio da sociedade, na vã esperança de que ele venha a se converter, milagrosamente, num cidadão de bem. Todo o arcabouço jurídico induz a pensar que o melhor para a sociedade e para o próprio bandido é encontrar logo a porta de saída da delegacia e voltar aos seus afazeres.
A mais recente dessas esdruxulidades jurídicas, feita sob medida e que parece confirmar a tese de que nossas leis vão se bandeando para favorecer os criminosos, é o tal Juiz de Garantias, uma espécie de quarta instância ou o alargamento das portas de saída das delegacias. São tantos e flagrantes os melindres de nossas leis no abrandamento de crimes, alguns de características claramente monstruosas, que os bandidos perderam, de vez, o medo da polícia e das leis.
Para cada criminoso há um advogado prontamente presente diante do delegado. Para os mais afortunados, ou seja, para aqueles que fortunas desviam para o próprio bolso, uma junta dos mais caros advogados parece de prontidão vinte e quatro horas, dispostos a tudo para impedir que seu cliente seja molestado por delegados e outros inquéritos.
Progressão de pena, com cumprimento de apenas um sexto da pena, regimes semi aberto ou aberto, saidões diversos ao longo do ano, visitas íntimas, ajuda de custo, sigilo entre advogados e presos, proibição de exibição da foto do criminoso, proibição do uso de algemas, intimidação de juízes mais duros pela justiça ou mesmo pelos próprios criminosos, o descontrole das penitenciárias (entregues ao comando das organizações criminosas), penas alternativas para condenados perigosos, desarmamento da população, desvirtuação no Congresso de leis de iniciativa popular e de especialistas no assunto (tornando mais amenas as penalidades aos criminosos) e tantas outras benesses que fazem com que o Brasil seja conhecido em todo o mundo como o país da impunidade e o paraíso para todo e qualquer bandido internacional.
Acostumados a ver tanta impunidade, não chega ser surpreendente que muitos policiais e agentes contra o crime se transformem em justiceiros ou se aliem aos criminosos, o que confere a fama de possuirmos a polícia mais violenta e letal do planeta. O fim da prisão para condenados em segunda instância representa assim uma espécie de cereja do bolo, principalmente para os bandidos de alto coturno.
Tão bizarras têm sido essas situações em favor dos criminosos que são eles os agraciados com a bolsa presidiário e não suas vítimas, que passam a ser apenas mais um número nas estatísticas da violência. Para um conjunto de situações tão surreais como essas, que fazem de nossa justiça motivo de chacota por todo o mundo, os cidadãos de bem já reconhecem que hoje quem efetivamente se encontra preso por detrás de grades de arame farpado e cercas elétricas, escondidos por altos muros e confinados em casa, com medo, é o brasileiro honesto, que não tem a quem pedir socorro.
A frase que foi pronunciada:
“Setembro Amarelo, um embuste.”
Familiar de paciente internado no HRAN.
In loco
Um hospital sem telefone. Assim é o HRAN. Talvez já seja um pedido de socorro para que todos visitem pessoalmente. Sábado, encontro pacientes que tentaram suicídio. Depois de tantos discursos durante as solenidades do Setembro Amarelo, valeria a pena acompanhar o desfecho do atendimento. Registros adequados, política pública envolvida, atenção primária, presença de apoio psicossocial.
Primeira impressão
Primeiro dia, enfermaria em reforma, macas pelos corredores e pacientes completamente largados em cadeiras emendadas para conseguir dormir. O sol castigava. Tudo limpo e constantemente limpado com água e sabão. O corpo funcional fazendo o que podia dentro das precárias possibilidades. Uniforme para médicos e enfermagem não é quesito importante. Talvez para que ninguém saiba quem é quem. Já a nutrição, a segurança e a limpeza, todos são identificados.
Governança
Nada de entrar comida. Bolsas e sacolas minuciosamente revistadas na entrada. Nutrição anotando as particularidades de cada paciente que, vez por outra, eram ignoradas. Intolerantes à lactose ganhavam café com leite, vegetarianos recebiam frango. Apesar do luxo aparente, se não há intenção de atender, qual a razão de um questionário?
Dia a dia
Enfermaria pronta, todos os problemas misturados. Suicidas ao lado de pessoas com disfunção renal, cardiopatas e um mar de gemidos e gritos de dor. Até choro de criança era ouvido. Nenhum atendimento específico para os pacientes em observação. Um remedinho para enjoo que dá sono foi a única coisa prescrita pelo médico. A psiquiatra apareceria na segunda-feira.
Domingo
O relatório do domingo aparentemente melhorou. Diminuíram os internados e o dia se passou sem novidades. Menos barulho durante o dia e um inferno a noite. Seis refeições servidas. Pregão de nomes para entregar o alimento. Pregão de nomes para o atendimento. Poucos pacientes recebem a identificação visual na parede, apenas a pulseira. Aliás, nem o banheiro masculino era diferenciado do feminino. Até que alguém pregou a sinalização improvisada num esparadrapo.
Desespero
Segunda-feira, chega a informação: Dra. Cássia, psiquiatra que daria a alta, está de férias. Não há psiquiatra de plantão. Segue o Setembro Amarelo com Dramin, para dar sono. Não há política pública, nem atenção primária, tampouco presença de apoio psicossocial para as pessoas que mais sofrem com o tabu: os suicidas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A numeração dos blocos de Brasília será mudada. Nas superquadras, ao invés de números, os blocos terão letras, para facilitar a identificação. (Publicado em 13/12/1961)
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Pela atual Constituição Brasileira de 1988, em seu art. 19, fica proibido aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, “estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento, ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.” Quis a Magna Carta estabelecer, de forma legal e legítima, a separação entre a Igreja e o Estado, conforme, vinha sendo, inclusive, estabelecida, desde o Decreto nº 119-A, depois inserido na Constituição de 1891.
O Estado, dessa forma, é caracterizado como laico. Embora seja facultada a liberdade religiosa, o poder público deve manter equidistância e independência com relação a todos os cultos religiosos e igualmente a igrejas de qualquer credo. Sendo seu dever apenas proteger e garantir o livre exercício de todas as crenças. Essa separação, que de forma alguma significa uma cisão violenta, é garantida por uma espécie de muro legal e abstrato, que é o interesse público. Em outras palavras, isso significa que ao Estado é vedado qualquer tipo de subvenção ou auxílio com dinheiro público à toda e qualquer igreja, seja ela da preferência do presidente da República, dos governadores, prefeitos, deputados, senadores ou outro político no cargo ou função de Estado.
Na opinião de eminentes juristas essa é uma medida essencial e básica para a manutenção da própria democracia e pluralidade de ideias e opiniões. Infelizmente e diversas vezes esse importante quesito legal e constitucional vem sendo desrespeitado desde o primeiro dia da promulgação da Carta de 88, não apenas pelos presidentes, mas por governadores, prefeitos e pela grande maioria de parlamentares. A leitura enviesada e marota do preâmbulo da Constituição que invoca a proteção de Deus, não se refere à esse ou aquele Deus específico, seja de católico ou protestantes, mas ao Deus de todos os crentes.
A experiência ao longo da história da humanidade tem mostrado que as teocracias, nas quais os governos são operados sob o argumento de que essa é a vontade divina e, portanto, indiscutível no plano terrestre e em que os chefes de Estado foram ou são representantes diretos da divindade, são estados ditatoriais e opressores. Nesses países, Estado e Religião formam um único corpo institucional. A cúpula do governo nesses Estados é formada por clérigos, que conduzem com mão de ferro a sociedade, impondo todo o tipo de opressão e sacrifícios, exceto para a alta cúpula, blindada por uma espécie de manto sagrado.
No dizer de Marx Weber, esse tipo de governo utiliza a chamada “ética da convicção” da verdade, contrariamente, as sociedades democráticas são orientadas pela “ética da responsabilidade”, onde toda e qualquer consequência dos atos, das pessoas e autoridades devem ser consideradas e julgadas.
Essas considerações iniciais vêm a propósito das seguidas manifestações do atual governo, que por suas deficiências de leitura da realidade ou do que dizem as leis, vem, em diversas ocasiões manifestando seu apoio, ou mais precisamente o apoio do governo federal à determinadas religiões. Ao afirmar que deseja para a próxima vaga do Supremo Tribunal Federal, “alguém terrivelmente evangélico”, o presidente incorre nesse caso de desobediência à Constituição.
Da mesma forma quando pretende elaborar um decreto concedendo subsídio na conta de luz para templos religiosos, mesmo com parecer contrário do Tribunal de Contas da União, o presidente incorre em descumprimento de preceito constitucional. Do mesmo modo e em igual gravidade, é possível declarar que a formação de uma bancada evangélica, dentro do Congresso Nacional, pressionando e orientando o governo a tomar certas decisões, é uma afronta a esses preceitos trazidos em nossa Carta.
Dizer que o apoio à essa igreja não passa de estratégia política para garantir governabilidade, em nada diminui essa transgressão. O poderio que algumas Igrejas de orientação neopentecostais vêm ganhando no Brasil, principalmente dentro da máquina do Estado, na atualidade, por si só, já deveria ter acendido a luz vermelha dentro do próprio Supremo ou dentro do Congresso, não fosse ele hoje dominado por essas correntes religiosas.
Mais do que fé, no seu sentido estrito, é preciso atenção e reflexão ao que vem acontecendo hoje no mundo em nossa volta. Na Europa, a entrada de grandes massas de refugiados muçulmanos vem acarretando sérios problemas de ordem religiosa, com os forasteiros impondo sua fé pela violência, numa espécie de cruzada às avessas. Muitas Mesquitas têm sido apontadas pelos órgãos de inteligência daquele continente, como sendo centros de treinamento e doutrinação anti Ocidente.
A confusão entre religião e Estado é perniciosa para a sociedade livre, gera conflitos sectários e só servem aqueles que buscam no caos um meio de controlar o Estado. Aqui mesmo no Brasil, a notícia de que o ex-presidente e presidiário Lula, está numa cruzada pelo país em busca de criar dentro das Igrejas evangélicas, núcleos petistas com vista à uma pretensa volta ao poder, revela o poderio dessas confissões religiosas no Brasil atualmente.
Repetia o filósofo de Mondubim: “Um olho no padre e outro na missa”, ou seja, ver e entender as coisas de Deus, mas com um olho no mundo dos homens, suas fraquezas e vícios. O próprio Jesus já ensinava, de forma didática e até profética, já percebendo a grande tribulação que era confundir o Céu com a Terra: à Deus o que é de Deus, e a César o que é de César.
A frase que foi pronunciada:
“A falsa ciência cria os ateus, a verdadeira, faz o homem prostrar-se diante da divindade.”
Voltaire, escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Vendo esta discussão do sr. Adauto Lúcio Cardoso com o Prof. Hermes Lima, eu me lembrei de uma coisa. Vou perguntar ao dr. Hugo Mósca, que fim levou aquela representação do sr. Adauto contra o então presidente Ranieri Mazzilli e os ministros militares do sr. Jânio Quadros. (Publicado em 13/12/1961)