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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Do mesmo modo que todo aquele que busca o aconchego e o calor da luz do Sol tem que tomar distância dos Polos Sul e Norte da Terra, e aproximar-se, o mais perto possível, das regiões cortadas pela linha central do Equador, que divide o planeta em dois hemisférios, assim acontece com aqueles que se aferram a posições dogmáticas e extremadas: estão como que acorrentados em seus desertos de neve, continuamente açoitados pelo vento da intolerância e da cegueira.
Isso é exatamente o que acontece com a atual polarização política, que vai mergulhando o país numa rinha de insensatos, puxados, na cabeceira, com uma astúcia aldrabona de dar inveja ao capiroto, que conduzem a massa, numa repetição do que fez o Flautista de Hamelin nos contos dos irmãos Grimm.
As seguidas manifestações e desfiles de ruas, orquestradas tediosamente de forma maniqueísta por cabos de guerra, servem a propósitos que vão muito além dos objetivos pessoais de autoridades de todas as esferas do poder. Essas verdadeiras arruaças demonstram, na prática, que a teoria sobre o uso político da população como massa de manobra, por vivaldinos de toda a espécie, é ainda uma prática utilizada. Isso em pleno século XXI, quando se acreditava que os homens viveriam já uma fase de despertar das ilusões.
Para a parcela gigante de sensatos que ainda existe em nossa sociedade, apesar do silêncio com que olham envergonhados esses desfiles de desesperados, vivemos, desde 2002, o que parece ser um longo período de experiências que vão nos jogando da esquerda para a direita, como se navegássemos à deriva em mar revolto. Nem tanta sede ao vinho, nem tanta fome ao pão, já repetia o filósofo de Mondubim querendo dizer, com isso, que fenômenos como a chamada polarização política podem nos conduzir ao beco sem saída e sem luz de países como a Venezuela, Nicarágua e outros de igual e triste destino.
É preciso prestar atenção e aprender que os pontos extremos, mesmo por suas aparentes diferenças, acabam se tocando e a história pode se repetir como farsa, apenas trocando os sinais. Talvez estejamos vivendo numa espécie de purgatório, antes que o país possa, finalmente, experimentar a verdadeira democracia, sem os embustes dos mascates de esperança.
Mas o que espanta, o que é pior de tudo, é o silêncio mofino da parte ética que compõe a sociedade. Isso faz com que nos tornemos também cúmplices dessa pantomima bufa, prolongando nossa agonia e impedindo que a nação retire, de vez, a lona de circo que há décadas cobre o país.
Certo é que, se Tucídides registrasse essa guerra contínua entre a arrogância e o medo, diria: “Quanto aos fatos, não achei conveniente retratá-los de acordo com o primeiro informante, nem segundo minhas impressões, mas apenas após presenciá-los pessoalmente ou quando obrigado a recorrer a outros testemunhos, depois de realizar sobre cada um deles uma pesquisa tão severa quanto possível”.
A frase que foi pronunciada:
“O poder é bom e a estupidez inofensiva, literalmente. Mas os dois juntos são um perigo.”
Patrick Rothfuss, escritor norte-americano

Cães
No Instagram oficial, o governador Ibaneis divulga que a Zoonose está com 22 cães prontos para a adoção. Para adotar basta ser maior de 18 anos e assinar um termo de responsabilidade com o compromisso de cuidar bem do animal.

Mesmo sentimento
Veja no link os detalhes para a inscrição no grupo “Vínculos e Reflexões: Grupo Terapêutico Breve para Familiares de Vítimas de Covid-19.”
–> Grupo terapêutico para quem perdeu alguém na pandemia é criado na UnB
Pensando em oferecer à comunidade um suporte neste momento, a UnB começa, a partir de 6 de julho, com as atividades do grupo Vínculos e reflexões: Grupo terapêutico breve para familiares de vítimas da Covid-19. Os encontros serão acompanhados pela professora Isabela Machado da Silva, do Departamento de Psicologia Clínica.
. Início 6 de julho, com duração de seis encontros pela plataforma Meet
. Segundas-feiras, das 15h às 16h30
As inscrições podem ser feitas pelo link: Inscrição para o grupo

(Foto: Arquivo Pessoal)
Protesto
Nessa quinta-feira, o pessoal do Esporte DF deve protestar contra o descaso do GDF. Enquanto não estimula os times locais, fecha patrocínio do BRB com o Clube de Regatas Flamengo. São R$ 32 milhões que saem do caixa candango para os bolsos cariocas.

Cultura
Hoje é dia de reunião com a deputada Benedita da Silva, presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. O convite chega para quem quiser discutir a Lei Aldir Blanc, sobre as ações emergenciais destinadas ao setor cultural durante a pandemia.
Muitos casos
Por falar nisso, Aldir Blanc não morreu de Coronavírus. A confirmação é da filha dele. Neide, que trabalhava na coordenação das Festas dos Estados, também foi diagnosticada com Covid-19, mas deu entrada no hospital com enfarte.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os prédios do IAPB, principalmente os de frente ao eixo, têm sido rondados por elementos suspeitos. Pode não ser nada, mas como há assaltantes que atacam a mão armada, seria bom prevenir. (Publicado em 10/01/1962)
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Num mundo ideal, onde a raça humana agiria movida apenas pelo espírito da colaboração e da fraternidade, não haveria a necessidade de se organizar entidades religiosas, instituições político-partidárias ou mesmo forças bélicas e militares de dissuasão. Restariam fora da sociedade, as três principais entidades que forjaram toda a história da humanidade, desde que os ancestrais dos homens desceram das árvores. Obviamente, um mundo com natureza e características somente poderia existir nas regiões celestes de um paraíso inacessível. Política, religião e forças armadas representam, desde o alvorecer da humanidade, as três potências que, de certa forma, deram um curso histórico compreensível que resultaria no que conhecemos hoje como civilização. Trata-se aqui de uma tríade lentamente desenvolvida pelo gênio humano para atender, de modo satisfatório, aos três impulsos primários dessa nova espécie dotada do sentido da razão.
Tornava-se necessário compreender o mundo real e metafísico à sua volta, interferir ativamente nesse ambiente externo e muitas vezes hostil, ao mesmo tempo em que assegurava que haveria a participação e o trabalho de todos para que esses projetos fossem realizados. Para o bem e para o mal, essas três organizações conduziram a humanidade ao ponto em que estamos hoje. Não sem um custo de infinitas vidas, o que é testemunho o fato de que não existe sobre a face da Terra civilização alguma que não tenha sido erguida sobre os escombros de outras, adubadas por sangue que, muitas vezes, chegou a correr como rios.
Não seria de todo exagerado constatar então que a construção das principais civilizações humanas foi feita sobre incontáveis cemitérios. Ninguém pode negar, então, que, em nome das religiões, das ideologias políticas e graças ao poderio das forças armadas, a humanidade tem sido passada pelo fio das espadas desde sempre. Ainda hoje é assim. Se separados, esses três gênios invocados pelos homens, deixaram um rastro de grande destruição ao longo do tempo, juntos, configurando alguns modelos de Estado atuais, são mais perigosos ainda. A junção, num mesmo caldeirão, de ideais da fé, com ideologias político-partidárias e com pitadas de apelos às forças armadas, vem formando, entre nós, um caldo perigoso, cujos efeitos já são sobejamente conhecidos ao longo da história da humanidade, em todo tempo e lugar.
A sociedade, ao aceitar, pacificamente, a formação de bancadas religiosas, da segurança, da bala e de outros grupos radicais e extremistas, dentro do parlamento, acreditando inocentemente que um Estado deve se apoiar no tripé da fé, da ideologia e da força bruta, não está fazendo o que acredita ser o jogo democrático, mas preparando o terreno para a repetição do que foi visto no passado e que não deu em boa coisa.
A frase que foi pronunciada:
“O futuro é a projeção do passado, condicionada pelo presente”
Lara Vinca Masini, crítica de arte

Textando
Jornalista e professor Aylê-Salassié F. Quintão publica texto sobre a preocupação com o cenário atual da política e economia brasileira. “A realidade exige, de imediato, e, no mínimo, uma comissão, para discutir saídas para o caos que se anuncia. Os fatos mostram que existe uma crise real e outra intangível alimentada por uma cabulosa injunção política correndo em sentido contrário, cuja preocupação é saber “O que fazer para que tudo fique ainda pior?”. Leia a íntegra logo abaixo.

–> Inspirados em Murphy, pautam-se no caos
Aylê-Salassié F. Quintão*
Aparentemente a pandemia está passando. Não vai embora… Vai ficar por aqui, rondando os incautos. O momento é, então, de começar a enfrentar as sequelas, com otimismo. Ninguém tem indicações claras do que fazer, embora esteja evidente a necessidade urgente de um Plano de Reconstrução , nome dado por alguns economistas de plantão para a correção dos impactos negativos do corona vírus no Brasil . Opinam aleatoriamente. Mas, já se projeta que, sem a transferência emergencial de renda, o número de brasileiros vivendo na pobreza chegará a 48 milhões e na miséria 7 milhões.
Os conservadores vêem o mercado encontrando um equilíbrio e pregam que as soluções poderão vir da retomada das reformas (administrativa, tributária, trabalhista). Os pouco compromissados com a governabilidade insistem, contudo, em gastos maiores do Estado, com a instituição de uma renda social básica permanente, extensiva aos trabalhadores informais; corte de salários, sobretudo no Judiciário e no Legislativo; aumento das alíquotas de impostos; sobretaxação de heranças e o fim das isenções fiscais para dividendos e ações. A necessidade de um plano para a saúde primária e para a educação à luz das novas tecnologias são pouco lembrados.
No cenário conjuntural a previsão do Banco Mundial é a de queda de 8% do PIB brasileiro e, com ele, da produção e da produtividade. Os negócios pararam e os investidores fugiram. O desemprego retornou ao patamar dos 14 milhões de trabalhadores. As tais reformas desapareceram e os condenados por corrupção com o dinheiro público foram soltos pela, chamada, “Alta Corte” . Também foi defenestrado, o Plano de Enfrentamento aos efeitos da Pandemia, da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Os apocalípticos da saúde anunciam para julho o pico da pandemia no Brasil.
Surdo, o governo age, pré-eleitoralmente, distribuindo dinheiro, sem licitações, e encobrindo os mal feitos com bate bocas inócuos. Movimentos como os LGBT, antirracistas, antifascistas aproveitam-se da oportunidade para aprofundar o caos. Não estão nem aí para os empresas que fecharam as portas, para os trabalhadores que perderam seus postos de trabalho ou para as famílias que começam a ter dificuldades para se alimentar . Ocupam-se em fazer contraponto às provocações baratas. Das populações indígenas ninguém se lembra também . Pior é que o País e não tem lideranças com credibilidade para negociar soluções partilhadas como se fez no Afeganistão e em Israel, diante das divisões políticas internas.
Concomitante, as eleições batem às portas . Para eleger quem? Existe algum candidato qualificado para enfrentar um quadro desses, seja a nível da União, dos 27 estados ou dos 5.500 municípios? Todos só sabem muito, mas gastar, sempre mais do que arrecadam. Agora, o álibi é a pandemia. O Estado está quebrando, e o governo perde ainda o Mansueto, o homem que administra o caixa do Tesouro . O afrouxamento de regras, apoiado no Centrão, pode dar à governabilidade ferramentas para retomar os velhos hábitos do toma lá, dá cá,
A realidade exige, de imediato e, no mínimo, uma Comissão para discutir saídas para o caos que se anuncia. Os fatos mostram que existe uma crise real e outra intangível alimentada por uma cabulosa injunção política correndo em sentido contrário, cuja preocupação é saber “O que fazer para que tudo fique ainda pior ?”. Pauta-se no caos, não o sugerido pelos grandes teóricos da Política e da Economia, mas assentado nos ensinamentos sobre a natureza das coisas do pragmático Edward Murphy. Incomodado com o ambiente vivenciado, o engenheiro Luiz Henrique Ceotto desenterra, sem ironias, as “Dez leis de Murphy”para explicar as perspectivas em causa no Brasil neste momento:
1. A Natureza está sempre à favor da falha. Tudo tende a dar errado.
2. Tudo relegado a sua própria sorte tende ir de mal a pior.
3. Nada é tão ruim que não possa piorar (tudo que começa bem, termina mal e tudo que começa mal, termina pior).
4. Se algo poderá dar errado, dará. Se algo não pode dar errado, dará também.
5. Se algo está dando certo, cuidado, algo está errado.
6. Se existe várias formas de algo dar errado, dará na forma de maior impacto e prejuízo.
7. Se a solução e um problema parecer fácil, você não entendeu o problema.
8. Erros sempre acontecem em série.
9. Toda nova solução cria novos problemas.
10. Tudo é possível. Apenas não muito provável e dentre eventos prováveis, sempre haverá um improvável.
Soluções dentro de um quadro como esse exigem muito otimismo, sem ignorar que essas leis funcionam. Seus efeitos patéticos são mais rápidos que as promessas que se ouvem diariamente. Iluminados, como Muhammad Yunus, o banqueiro dos pobres de Bengala, prêmio Nobel de Economia, sugerem que quaisquer planos de reconstrução do caminho para o desenvolvimento devem passar pela correção da rota suicida do atual sistema econômico. Não basta reformar o modelo, derrubar ministros e estátuas. Para o Brasil, recomenda-se um redesenho prévio da cultura e da ética, tal a dimensão alcançada pelas vulgaridades.
*Jornalista e professor
Rede Urbanidade
Uirá Lourenço comemora a decisão judicial que obriga o GDF a liberar acesso às vagas para bicicletas (paraciclos); sinalizar as rotas dos ciclistas; apresentar projetos de bicicletários e de integração das ciclovias, ciclofaixas e calçadas na plataforma inferior da Rodoviária. Nem precisava de decisão judicial. O governador é um homem viajado e já viu o respeito aos ciclistas pelo mundo.
Terrível
Concessionárias do DF estão funcionando. Na verdade, estão abertas para receber o público que não chega.
Pandemônio
Veja a seguir a fala da ministra Damares sobre o que as escolas estão impingindo em seus alunos. Se esse escândalo continuar, em 300 anos o planeta estará desabitado. Ponto para o final.
Tempo
Convite para uma visita à página da Embrapa. Cursos gratuitos e online. Quer melhorar sua horta? Vale conferir em Tira Duvidas do Curso Hortas em Pequenos Espaços.
Desanuvie
Dicas para um fim de semana com filmes durante a pandemia. Por falar nisso, o Cine Brasília preparou uma lista também para a criançada. Tudo organizado para você, no link Cine Brasília prepara lista de filmes infantis.

História de Brasília
A tese peca pela imbecilidade, pela má fé, pela maneira manhosa, pelos arrodeios, enfim, pelo pulo da onça que eles querem dar. Mas, apareça, um homem que tenha a coragem de dar a todo o mundo o atestado de incompetência do povo brasileiro, como seria o caso do retorno da Capital. (Publicado em 10/1/1962)
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De todas as variáveis possíveis que envolvem os diversos casos de corrupção que vieram à tona nos últimos anos, a maior certeza e o ponto fundamental que tem possibilitado o prosseguimento das ações é dado pelo apoio maciço da população ao combate de desvio de dinheiro público. A população, principalmente a de baixa renda, sente, na própria pele, os efeitos nocivos e mesmo fatais que a corrupção provocou na vida da maioria dos brasileiros.
Pesquisa, encomendada pela consultoria Crescimentum e pelo Instituto Britânico Barret Values Centre, mostrou que, embora a corrupção tenha definido o comportamento do Brasil nos últimos anos, a honestidade é a marca que melhor traduz o brasileiro comum, seus valores pessoais e sua cultura. Em outras palavras, o que se tem é um país onde a nação honesta e trabalhadora é governada por uma elite, em sua maioria, sem escrúpulos e que conduz os negócios do Estado e da República como se fossem propriedade privada, onde acreditam deter todo o controle, inclusive para desviar verbas. Para o cientista social Eduardo Giannetti, o brasileiro é outro, ou seja, ele não se reconhece naquilo que está presente ao seu redor, talvez porque não perceba, claramente, que a realidade à sua volta é resultado direto da interação de todos juntos. Esse parece ser o caso comum nas eleições.
Em 2017, a percepção da corrupção já alcançou, segundo a pesquisa, a incrível marca de 72% da população. Ou seja, sete em cada 10 brasileiros sabem que ela existe e, de alguma forma, sentem seus efeitos, mas atribuem esse fenômeno apenas à ação de seus compatriotas. Outro fato que chama a atenção nessa e em outras pesquisas é que se, em 2010, o anseio da população era por justiça social, moradia digna e redução da pobreza, hoje esse desejo está mais voltado para a oportunidade de educação, compromisso, honestidade e cidadania.
A longa crise social, econômica e política dos últimos anos teve, ao menos, o condão de mudar a percepção de boa parte da sociedade não somente para os problemas do país, mas, sobretudo, para aumentar o desejo e a atitude de muitos em direção aos valores individuais, fazendo florescer nos brasileiros um sentimento mais individualista e voltado, exclusivamente, para as necessidades imediatas das próprias pessoas.
O individualismo crescente parece resultar da noção de que o Estado pouco ou nada faz pelos brasileiros, sendo que muitos consideram, hoje, que a melhor estratégia é partir para a luta individual, ao invés de esperar por qualquer amparo do governo. Nesse ponto, é preciso salientar que o individualismo, cada vez mais presente na sociedade, pode inverter a própria lógica do Estado, fazendo com que o governo passe a depender, cada vez mais, da vontade de uma população indiferente e distante, propícia, inclusive, a considerar a hipótese da desobediência civil.
Os efeitos da corrupção sistêmica, conforme implantada pelos governos petistas e que tinham como objetivos diretos o enfraquecimento do Estado e, paulatinamente, o empoderamento do partido, apesar das investidas da polícia e de toda a revelação da trama, deram frutos diversos. Uns bons. Outros nem tanto. Ao aumentar a descrença na política, retardou a consolidação plena da democracia. As revelações feitas pela polícia e pelo Ministério Público apresentaram, para o distinto público, uma elite corrupta e disposta a tudo para enriquecer rápido e sem esforço.
Para um país que conta com mais de 700 mil presos, em condições sub-humanas de cárcere, essas revelações serviram muito mais do que um simples incentivo para a ação continuada no mundo do crime. Deu, a essa parcela da população, a certeza de que a cadeia ainda é lugar para pretos e pobres. Entender a corrupção como algo moldado pela herança histórica ibérica, onde o patrimonialismo cartorial era a tônica, mostra apenas as raízes ancestrais do problema e que faziam parte inerente do sistema mercantilista e colonialista da época.
Transformadas em moedas de troca, dentro do toma-lá-dá-cá generalizado, as nomeações políticas para altos cargos nas estatais têm tido um peso crucial na expansão dos casos de corrupção, servindo como ponta de lança dos partidos para se apoderarem dos recursos da nação. Neste caso, torna-se compreensível o discurso de muitos dirigentes políticos no sentido de o Estado manter o controle das estatais. Obviamente que não se trata aqui de nacionalismo ou protecionismo da economia nacional, mas tão somente de reservar esse nicho de mercado à sanha desmedida dos partidos políticos. Por aí se vê porque a redução do tamanho do Estado incomoda tanta gente. Vê-se também a razão para que o governo Bolsonaro seja obrigado a “articular”, ser “flexível”, “compor”.
Se, por um lado, os muitos casos de corrupção revelados têm servido para mostrar como é fácil desviar dinheiro público, por outro lado, deixam claro para a população que a corrupção está arraigada na fórmula de fazer política e justiça. Principalmente aquela justiça onde deveria haver apenas juízes, o supremo cargo. Pelo conhecimento do modo de agir dos inimigos da sociedade, de que se alimentam e onde atuam, ficou mais fácil atalhá-los de vez. Vamos ver quem terá essa coragem.
A frase que foi pronunciada:
“Para quem começa a carreira como um “Doutor sem Doutorado”, nada mais natural que concluí-la como um “Meritíssimo sem Méritos””.
Julio Curvello, do site Frases Famosas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os autores do “retorninho” estão explicando com “cara de anjo” que o Congresso se reuniria no Rio somente este ano, e explicam: “até que Brasília possa oferecer condições de funcionamento”. (Publicado em 10/01/1962)
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Historiadores brasileiros e mesmo aqueles intelectuais brasilianistas que dedicam seu tempo ao entendimento das questões de nosso país, tanto àquelas relativas ao passado, quanto as que estão a embaralhar o presente momento numa confusão sem pé nem cabeça, estão a ponto de jogar a toalha, renunciando à tarefa de projetar um possível cenário futuro para nosso país. Fica confirmada a antiga tese de que o Brasil não é para amadores, mesmo aqueles que mantém, por décadas, estreitos laços de intimidade com as ciências humanas.
Desde o processo de redemocratização, iniciado em 1984 com as “Diretas Já”, o Brasil vive sobre uma verdadeira montanha russa no que diz respeito à sua evolução rumo a um Estado democraticamente sólido e estável. Foram muitas as crises que abalaram o país desde que os militares deixaram, em definitivo, o Palácio do Planalto. Após a morte do presidente Tancredo Neves e sua substituição, ocorrida num ambiente de total incertezas, por José Sarney (1985-1990), o primeiro presidente civil depois de mais de duas décadas de fechamento político, foram sucessivas as tentativas, no campo da economia, de trazer os números da inflação dos 242%, registrados em 1985, para um patamar mais razoável, o que se revelaria uma missão impossível naqueles loucos anos. Quando terminou seu governo, a inflação rodava em mais de 1.972% ao ano e o país mergulharia numa profunda recessão.
Em 1987, era instalada a Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma Carta substitutiva a de 1967, o que, de certa forma, provocaria um esvaziamento precoce do governo Sarney. Entre 1990 a 1992, o país é governado pelo mais novo presidente já eleito pelo voto direto, após o período militar e também um dos mais breves: Fernando Collor, que sofreu processo rumoroso de impeachment. Inflação alimentada, beirando os 1200% ao ano, e um confisco inédito das poupanças dos brasileiros empurraram o país para mais uma crise institucional de grandes proporções, que só seria sanada, em parte, com a posse de Itamar Franco, seu vice.
De 1992 a 1994, o mineiro Itamar Franco assume a presidência e governa num ambiente que mistura os números negativos de uma hiperinflação com a realização de uma série de plebiscitos reafirmando a opção dos brasileiros pelo presidencialismo, como sistema de governo, e pela República, como forma de governo. Com ele, é dado início ao Plano Real e o país pode respirar por alguns anos, dentro de um cenário de maior estabilidade e credibilidade.
Itamar Franco faria ainda seu sucessor na pessoa de Fernando Henrique Cardoso, seu ministro da Fazenda. Entre os anos de 1995 a 2002, Fernando Henrique assume a presidência e realiza um governo, em muitos aspectos, exemplar, tanto do ponto de vista econômico, quanto político. Com ele, o Plano Real foi consolidado e o país passa a viver, talvez, seu melhor momento político e econômico, principalmente no primeiro mandato. No segundo mandato, quando houve um crescimento significativo na sua reprovação pelos brasileiros, FHC não se empenhou em fazer seu sucessor, o então ministro José Serra. Preferiu abrir espaço e mesmo simpatias para a chegada de Lula.
O que viria a partir da chegada do Partido dos Trabalhadores explica, em boa parte, as seguidas crises que viriam dos dois mandatos de Lula e, posteriormente, no governo de Dilma que, de certa forma, projetou o cenário de crises que experimentamos.
Eleito com 57,7 milhões de votos, Jair Bolsonaro chegou ao poder contra várias pesquisas divulgadas e gastando menos do que qualquer candidato. Com oposição ferrenha, fenômeno que o PT não enfrentou, Bolsonaro e a luta contra a corrupção tentam vencer dois inimigos: o inesperado Coronavírus e os egos dos Poderes Legislativo e Judiciário. Isso mantém nosso País, tradicionalmente, na corda bamba da história, entre ensaios de decolagens planejadas e aterrissagens de emergência.
Para aqueles que procuram entender o Brasil dentro de uma linha histórica linear, como existente em outros cantos do planeta, fica a frustração em reconhecer que esse é um país surreal, onde história factual e a ficção escrevem mais um capítulo da política nacional.
A frase que foi pronunciada:
“O bem obtemos por nossa conta
Mas o mal nos prende, nos monta;
Quando certos, a verdade desponta:
Sempre o destino é quem apronta!”
La Fontaine, o poeta francês

Redesenhar
Esses assentamentos, como o Paranoá Parque, despertam uma tristeza imensa. O projeto arquitetônico rudimentar poderia ser embelezado com urbanismo e paisagismo. Não se vê uma árvore frutífera para alimentar os pássaros, nem flores para alimentar abelhas e borboletas.

Espertos
Lisboa está anos luz de distância da burocracia de Brasília. A cidade mais moderna do mundo não acompanha a tecnologia. Em Portugal, em qualquer agendamento com o governo, a comunicação é feita pelo WhatsApp, com bastante rapidez. Aqui em Brasília, qualquer solicitação da população é feita por telefone com quase 10 minutos de espera, além de 20 dias para encaminhamento.

Alvíssaras
Os Correios não se abateram com o Coronavírus. Para alegria de muita gente que passou a fazer compras online.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Bonita, a atitude do general Amaury Kruel, mandando recolher à garagem do Palácio Planalto os chapa brancas que trafegavam sem ordem sábado e domingo. (Publicado em 10/01/1962)
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Não é incomum que transgressões como corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, estelionato e outros crimes correlatos se encontrem para acertar a melhor forma: ou de branquear os recursos desviados, ou combinar novos modus operandi de tornar essas operações mais invisíveis ou lucrativas para todos.
O corrupto necessita do doleiro ou de um empresário ladino para disfarçar os recursos surrupiados. O doleiro, ou o empresário, necessita do político corrupto para agilizar e dar aparência legal aos seus desatinos. De fato, num tempo indeterminado, ou outro ponto qualquer, todos acabam mergulhando em águas turvas e se confraternizam, festejando o resultado do butim.
Quando o ministro Abraham Weintraub disse: “Eu não quero ser escravo nesse país. E acabar com essa porcaria que é Brasília. Isso daqui é um cancro de corrupção, de privilégio. Eu não quero ser escravo de Brasília. Eu tinha uma visão negativa de Brasília e vi que é muito pior do que eu imaginava.”, essa Brasília a que se referiu o ministro é a que abre os braços para receber os políticos eleitos pela população do país. Nenhum deles ocupa lugar no Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional ou no Palácio do Planalto sem legitimidade.
A capital tem sido esse ponto de encontro de gente de todos os estados, onde essas agendas, que desagradam aos eleitores, se dão regadas a acepipes e vinhos de altíssimos valores. Exemplos dessa prática malcheirosa são abundantes nas cercanias do poder, nos chiques restaurantes, nos hotéis de luxo e em outros lugares exclusivos. Interessante nesse caso não é, precisamente, nem o tempo, nem o lugar onde esses encontros se dão, mas o próprio fato deles se repetirem num compasso até monótono. Muitos desses convescotes têm ocorrido nas residências oficiais, onde, de comum acordo, todos deixam seus celulares na entrada.
Somente o fato de existirem encontros dessa natureza, longe do olhar e dos ouvidos do povo, num país que se declara como República, já é bastante insólito e estranho. A questão aqui é que, de uma forma ou de outra, esses indivíduos, sejam eles identificados como notórios corruptos, ou doleiros de alto calibre, ou mesmo políticos inocentes, acabam se misturando nessas festas, bebendo e brindando o ano proveitoso para todos. A interdependência desses elementos assegura, a todos em conjunto, à própria sobrevida do grupo. Poderosos politica ou financeiramente se protegem mutuamente. Enquanto uns conferem o cartão verde e os passes livres aos articuladores dos recursos que voam livremente de um ponto a outro, outros garantem o azeitamento com farto dinheiro para que esses próceres da República não se preocupem com questões banais como moedas.
As revelações produzidas, quer pela Operação Lava Jato e congêneres, quer pela própria delação feita de muitos acusados, têm ensinado muito sobre esses cruzamentos entre o poder e o dinheiro. Na verdade, existe um ponto geográfico bem determinado e em comum, onde todos esses personagens atuais da história brasileira se encontram e realizam a fase final de seus crimes, quer fisicamente ou apenas na forma de fantasmas. Esse ponto específico, já por demais devassado ao longo dos anos, era nada mais, nada menos do que os cofres do Tesouro Nacional, onde a população confia compulsoriamente suas economias e onde as raposas deitavam e rolavam ao som do Hino Nacional.
A frase que foi pronunciada:
“Quem entra a introduzir uma lei nova não pode tirar de repente os abusos da velha”
Pe Antonio Vieira, religioso, filósofo, escritor e orador português da Companhia de Jesus.

Insustentável
Escolas pressionam pais para continuarem a pagar a mensalidade da criançada da primeira infância. Meninos e meninas de 4 anos continuam recebendo aulas online com diretores irredutíveis em dar desconto, mesmo que as mães estejam exercendo o papel dos professores, orientando as tarefas. A iniciativa é tão insidiosa que há ameaças, lembrando que crianças de 4 anos precisam obrigatoriamente estar matriculadas. Ou o governo toma uma medida sobre esse assunto, ou a volta à normalidade vai ser outra guerra.

Boa solução
Com os parques fechados, núcleos familiares de moradores do Sudoeste se aninham em sombras do Eixo Monumental para piquenique ou simplesmente espairecer. Brasília já é uma cidade parque.
Igrejinha
Maio quase no fim e a festa da Igrejinha não aconteceu no Mês Mariano pela primeira vez.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O caso do leito desse supermercado não foi bem explicado. O leite está se perdendo por falta de refrigeração, e não deve ser reduzida a cota, porque na entre safra haverá dificuldade haverá dificuldade para receber a quantidade necessária ao consumo da cidade, como aconteceu no ano passado. (Publicado em 08/01/1962)
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Com a decisão, tomada nessa quarta-feira (27), autorizando buscas e apreensões contra aliados do presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, abriu mais um capítulo no já conturbado e delicado mundo das mídias sociais. A questão é tão polêmica e surpreendente quanto o próprio ambiente virtual, onde mentiras, intrigas, difamações e mesmo verdades convivem de forma caótica, concorrendo, com igual potencial, para provocar estragos bens concretos no mundo real.
A entrada das redes sociais no ambiente político das campanhas, das eleições e dos mandatos, principalmente no Brasil, onde normas e leis não exalam a capacidade de se fazer cumprir, não poderia resultar em nada diferente do que está aí exposto. Num país onde o fenômeno da difamação já é um fato histórico, percorrendo todo o nosso caminho desde a chegada de Cabral em 1500, o advento das mídias sociais, originária de um planeta virtual, veio para embaralhar, ainda mais, nossa trajetória política e, desde então, tem sido usada não como mais uma ferramenta de construção de nossa democracia, mas como arma para erguer e enterrar aliados e opositores, ao simples apertar de um botão ou acionar de um robô.
O que o ministro Moraes enxerga agora como uma real associação criminosa comandada a partir do chamado gabinete do ódio é, na verdade, um novo modus operandi de se fazer política, segundo o receituário brasileiro de sempre, somente substituindo a pena pela tecnologia de hoje. Trata-se de um problema novo que exige também uma nova e adaptada abordagem legal para deter abusos que, ninguém nega, são abundantes e contínuos. Candidatos como o atual presidente, eleito principalmente com a ajuda desses novos mecanismos virtuais, passam a necessitar também desses mesmos meios para se manterem vivos no mundo real. E esse é um problema originário do mundo virtual, que necessita de providências urgentes no mundo concreto e real.
Não é segredo para ninguém que o atual presidente da República tem, nas mídias sociais e na interlocução que mantém nesse ambiente, seu principal pilar e suporte político. Desprezado por políticos e por parte da grande mídia, o presidente encontrou no nicho virtual, praticamente, seu único apoio e nele vem investindo grande parte de seu tempo. Não por outra, esse setor, em especial, foi confiado diretamente a um de seus filhos, que exerce essa função como uma espécie de ministro das comunicações fantasma. A operação dessa quarta-feira, ordenada pelo STF, mira justamente essa indústria de fake news e, mais precisamente, os conteúdos dessas mídias com ameaças claras à Corte e contra todos aqueles pespegados com o rótulo de opositor ao governo.
A divulgação de mensagens de ódio, subversão e de incentivos à quebra da normalidade institucional democrática está entre as razões que levaram a mais alta Corte do país a dar início a uma contenda, opondo o mundo real das letras jurídicas ao universo tênue e melífluo das redes sociais, o que, de certa forma, traz de volta a luta onírica de D. Quixote contra os moinhos de vento, vistos como dragões poderosos.
No âmbito do Inquérito 4781, o ministro e relator desse espinhoso caso mira, nesse momento, o coração e a base de sustento virtual do próprio governo, entendido pelo magistrado como uma organização criminosa que opera com a ajuda de robôs. Se a verdade está acima de tudo, que venha.
A frase que foi pronunciada:
“Dinheiro só vai onde volta mais gordo.”
Tancredo Neves, político brasileiro

Na ponta do lápis
Quando um casal decide rever as contas e prioridades a pagar, até a escola das crianças sai da lista se houver alguma dívida bancária. Os juros são exorbitantes e, apesar de todas as leis e regulamentações proibirem, o juro sobre juro permanece de forma velada.

No papel
Para se ter uma ideia em números, as multas, juros e prazos até o corte de serviço são monitorados. Cheque especial, por exemplo, tem os juros regulados por diretrizes do Conselho Monetário Nacional. Desde janeiro desse ano, ficou proibido que instituições financeiras cobrassem taxas acima de 8% ao mês pelo serviço. Ao ano equivale a 151,8%, um valor estratosférico em tempos de pandemia para uma instituição que não devolve nada ao cidadão apesar de obter lucros generosos.

Pesadelo
Deixar de pagar o cartão de crédito é a pior das ideias. Segundo o Banco Central, com a taxa de juros da opção de pagamento pelo rotativo, pagando no mínimo 15% da fatura antes do vencimento, os juros podem alcançar a marca de 790% ao ano.

No mais
Em comparação com os juros cobrados pelo banco, o atraso por um mês na conta de internet ou celular é de 2% do valor total da cobrança mais a correção monetária e mora, que não ultrapassa 1% ao mês. A multa pelo atraso da conta de luz é de, no máximo, 2% do valor da fatura. Correção monetária, juros e mora obedecem ao limite de 1% ao mês.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Em frente à Rádio Nacional há um poste de madeira ameaçando cair. A solução que encontraram foi colocar um fio de sustentação (pasmem) com a base presa exatamente no meio da calçada, impedindo o trânsito de pedestres. (Publicado em 08/01/1962)
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Quando veio à tona o escândalo do Mensalão, revelando o fato aterrador do Poder Executivo estar comprando, com maços de dinheiro vivo, o apoio político de parte significativa do parlamento, não houve um só dia, de lá para cá, em que não chegasse, ao grande público, novas e intermináveis denúncias de corrupção. A maioria dessa torrente de denúncias envolve quase sempre os mesmos personagens, formados por políticos e empresários.
Para um país como o Brasil, caminhando há anos no limbo entre a realidade e as versões, o que a sociedade já tem claro em sua avaliação da cena nacional é que a corrupção está por detrás de todos os males que nos afligem. Sabe também que seus representantes legais são os responsáveis diretos por esses fatos. Bolsonaro aparece, com coragem suficiente, para enfrentar esse cenário e recebe, da população, voto de crédito para governar.
O que a experiência mostra, aqui e em diversos países, é que, sem a participação da sociedade, a tarefa de combate à corrupção é praticamente impossível, dada a amplitude desse fenômeno, sua rede de proteção interna e externa e, no nosso caso, a conhecida morosidade e a leniência de nossas leis.
A Transparência Internacional, que tem, entre suas metas, a luta contra a corrupção na política, nos contratos internacionais, no setor privado, nas convenções internacionais e nas questões de pobreza e de desenvolvimento, há anos vem alertando para o fato de que os seguidos casos de corrupção, detectados nas últimas décadas no Brasil, contribuíram para o aumento da desigualdade social e da miséria, com reflexos extremamente negativos para o desenvolvimento. No caso específico da Petrobras, o esquema do chamado Petrolão mostrou que a corrupção obedece a um padrão sistêmico na relação entre o setor privado e o poder público, em que a prática do suborno acaba criando novos ambientes de negócios que privilegiam determinados grupos, distantes e contrários ao interesse público, o que resulta sempre em distorções e desigualdades.
No longo roteiro seguido pelos governos venezuelano de Hugo Chaves e de Nicolás Maduro até a implantação total da ditadura farsesca e sanguinária naquele país, os episódios de perseguição e ameaça, a uma parcela da imprensa que se mostrava crítica e temerosa sobre o desenrolar dos acontecimentos, vieram num crescendo que prenunciava, seguramente, que o ovo da serpente, que vinha sendo chocado por etapas, já se encontrava prestes a romper. No início, as ameaças vindas desses dois déspotas eram feitas de modo velado, procurando criar o medo entre os jornalistas e o temor de que, a qualquer momento, algo de ruim iria acontecer com eles ou com seus familiares. Depois, essas intimidações passaram a ser executadas, colocando os mecanismos de controle do Estado para esmiuçar e perseguir a vida pregressa de jornalistas e de empresários da comunicação. O fisco daquele país e os órgãos de inteligência eram direcionados para espionar cada movimento desses profissionais. A corrupção não admite a verdade.
Outro aspecto que se revela, quando os setores públicos e privados passam a agir em desobediência às leis e à ética, reflete-se sobre a infraestrutura, criando uma espécie de colapso nesse setor, com obras de baixa qualidade, superfaturadas, inacabadas, o que deixa de atender aos interesses presentes. Os efeitos da corrupção sistêmica não se esgotam em seus efeitos puramente econômicos, mas se estendem para todos os setores da vida do país, havendo, inclusive, uma correlação evidente entre corrupção e violação dos direitos humanos.
A frase que foi pronunciada:
“O subterrâneo do Brasil é mais movimentado do que a superfície.”
Aureliano Chaves, ex vice-presidente do Brasil
Aula em casa
Mais uma vantagem trazida pela experiência da quarentena é a possibilidade de regulamentação do homeschooling: pais que preferem ensinar os filhos em casa. Depois, as crianças fazem uma prova para que se tenha certeza de que cumpriram a grade escolar.

Árido
Como estão tristes as ruas principais de Taguatinga. A fiação aérea e a falta de verde são um choque para quem conheceu aquela cidade em outros tempos. A falta que faz o urbanismo para uma população pode ser vista ali. Na Samdu mesmo.

Entrevistas
Romeu Zema, governador de Minas Gerais, tem dado um baile de política limpa. A população não para de elogiar e se sentir segura.
Desespero
Luta que não para. Atorvastatina Cálcica desapareceu das farmácias deixando pacientes, com doença cardiovascular e níveis elevados de colesterol, completamente desamparados. Nenhum laboratório oferece o medicamento. Morbidades são de alto risco e extremamente vulneráveis ao Covid-19. E agora?

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os jornais cariocas anunciam com grande alarde que onze pessoas ficaram loucas num só dia na naquela cidade. E é pra lá, que o dr. José Bonifácio quer levar o Distrito Federal. (Publicado em 08/01/1962)
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Qualquer aluno de economia, no primeiro ano da faculdade, sabe muito bem que uma economia estatal, ancorada nas diretrizes burocráticas de um Estado de partido único, não guarda similitude alguma com economias liberais, onde a livre concorrência está na base da geração de riqueza desse tipo de mercado. O capitalismo do tipo comunista, é uma teoria que só poderia ter abrigo na mente erma de petistas e outros adeptos da esquerda esquizofrênica.
Nessa empreitada quixotesca entre o PT e o Partido Comunista Chinês, onde aquele país foi reconhecido como economia de mercado, o balanço, depois de dez anos de duração é, como não poderia deixar de ser, nitidamente favorável aos chineses e aos planos estratégicos de longo prazo daquele partido do outro lado do mundo. Como não seria diferente também, as normas de mercado, para que esse acordo “histórico” funcionasse minimamente bem, tiveram que sofrer um processo de reengenharia econômica para serem viabilizadas.
A aplicação das normas do comércio internacional estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) sofreu alguns “ajustes”, como no caso das medidas antidumping e de salvaguardas comerciais. Na prática, as regras da OMC não são e nunca foram plenamente acatadas pela China, sendo, tanto esse país quanto a Rússia, submetidos a um regime especial ou, em outras palavras, a um “jeitinho” pela OMC.
Já naquela época, não foram poucos os brasileiros, principalmente os empresários, que passaram a alardear e a implorar para que o governo tomasse sérias medidas para proteger o parque industrial nacional, claramente vulnerável às investidas brutais daquele novo parceiro arranjado pelo PT. Tomando apenas o aspecto para a formação de preços dos produtos fabricados por aquele país do Leste, o Brasil já saiu desse acordo no prejuízo. Questões simples como o valor da mão de obra, dos direitos trabalhistas entre outros componentes dessa matemática, como é o caso do respeito à propriedade intelectual, que na China são tratados como desprezíveis, o Brasil jamais poderia se situar em pé de igualdade comercial com o novo parceiro.
Naquele distante ano de 2011, as federações das indústrias de todo o País passaram a alertar, em vão, para o perigo desses acordos a um governo totalmente surdo e inebriado pelas possibilidades “estratégicas”, que vislumbrava com a nova parceria. Os empresários eram uníssonos em afirmar que esses acordos eram, notoriamente, uma decisão de cunho político e bem distante dos liames da economia nacional. Esse fato era também reconhecido publicamente pelo próprio presidente como uma vitória sua e de seu partido no poder.
Toda aquela história, de que o Brasil seria tratado pela China como país amigo e prioritário em destinos de investimentos, foi sendo modificada à medida em que aquele país avançava sobre a economia brasileira. Dentre as vantagens prometidas pela China para atrair o Brasil petista à sua área de atuação, figurava um possível apoio para que nosso país passasse a ocupar, definitivamente, um assento como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, uma obsessão do então presidente Lula, que sonhava também vir a ser o futuro secretário-geral daquela organização.
Tudo sonho de uma noite de verão. Um olhar rápido para o que se sucedeu, dez anos depois após esses acordos, dá uma noção do que ocorreu de fato com mais essa herança nefasta legada por Lula e seus asseclas. As previsões dos produtores nacionais se confirmaram com a rápida desindustrialização do parque nacional, com o fechamento de milhares de fábricas e a demissão de milhões de empregados. Em qualquer área da produção industrial que se mire, o fechamento de empresas e falências são fatos que não se discutem.
A inundação de produtos chineses de baixíssima qualidade e a preços irrisórios destruiu vários segmentos, não só na indústria como no comércio. Com o avanço das importações chinesas, a economia nacional poderá ter sofrido um recuo de décadas, tornando-se dependente de produtos que, no passado, fabricava com muita eficiência e qualidade. Empresas calçadistas, ramo no qual o Brasil era destaque mundial pela qualidade e originalidade, simplesmente desapareceram quase que por completo. O mesmo ocorreu com a indústria têxtil. Nesse sentido, vale o que dizem a respeito dessa parceria: primeiro, dizem os chineses, nós quebramos suas pernas, depois enviamos as muletas a preços módicos.
A frase que foi pronunciada:
“O perigo do socialismo nivelador e de todas as teorias simplistas resulta especialmente de que, sendo tais teorias deveras acessíveis à alma das multidões, estas se orientam facilmente as forças cegas e devastadoras do número.”
Gustave Le Bon, polímata francês

Lembranças
Maria do Barro foi a secretária de Ação Social trazida pelo governador Roriz. Uma mulher que marcou a vida de muita gente pela forma com que trabalhava. Quem precisava de tijolos ajudava a fazer as telhas. Se pedisse telhas a ela, era convidado a ajudar na horta comunitária. Todos se sentiam úteis, necessários e capazes. Descobrimos um vídeo simples, feito pelos que conviveram com essa mulher extraordinária. Veja o vídeo a seguir.
Desespero
Luta que não para. A Atorvastatina Cálcica desapareceu das farmácias deixando pacientes com doença cardiovascular e níveis elevados de colesterol completamente desamparados. Nenhum laboratório oferece o medicamento. Morbidades são de alto risco e extremamente vulneráveis ao Covid-19. E agora?

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Quando o governo fizer pulso forte, e se decidir a meter na cadeia quem deve estar preso, proibir atos de terrorismo, punir, enfim, severamente, esses perturbadores da madrugada deixarão de existir, ou, pelo menos, acovardar-se-ão dentro de sua insignificância. (Publicado em 08/01/1962)
Clique aqui – Atenção ao que se ouve e, sobretudo, ao que se fala.
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Fôssemos qualificar os homens públicos brasileiros, numa escala de valores que incluíssem, além dos atributos éticos da temperança, o respeito devido a todos os cidadãos, tomando como parâmetro apenas o que dissessem em determinadas oportunidades, o quadro seria desolador, para dizer o mínimo. Frases e outras afirmações, feitas ao acaso, utilizando, para isso, apenas os músculos que movem a língua, sem o uso do cérebro ou de outros mecanismos do juízo, denotam não só a ausência de uma boa formação moral na maioria de nossos homens públicos, mas, sobretudo, de uma tendência que certifica que a nossa classe política tem sido normalmente recrutada entre aqueles brasileiros refratários aos mais elementares princípios éticos.
Esses chamados “deslizes verbais”, tão recorrentes hoje em dia, muito mais do que aparentemente frases lançadas a ermo contra o bom senso, traduzem um jeitinho muito próprio com que esses personagens agem no dia a dia no desempenho de suas funções. Na verdade, essas diatribes, destrambelhadas e repletas de abobrinhas, acabam revelando a verdadeira essência de seus emissores. São o que são e expõem isso, mesmo que não percebam, em suas falas toscas.
A lista contendo essas parvoíces, oficiais ou não, é imensa e daria para preencher bibliotecas volumosas. Fossem esses maldizeres apenas elementos para compor o imenso anedotário da política nacional, ainda assim seria um sinal de que os brasileiros têm sido, por séculos, regidos por mãos erradas, acionadas por cérebros vadios. Ocorre que, por detrás dessa pretensa inocência que deixa escapar frases ao léu, a revelar um conteúdo de poucas letras e de rudeza espiritual, escondem-se as figuras que não passam de maus gestores, alçados ao poder nas muitas encruzilhadas históricas que o Brasil encontra pela frente e que, não raro, infelicitam a nação.
Tomando como exemplo alguns desses deslizes verborrágicos mais recentes, e à guisa de comprovação do que foi dito acima, duas lideranças, uma do passado e outra do presente, ganharam, mais uma vez, nesta semana, as manchetes dos noticiários de todo o país com suas pérolas falsas. Lula, o ex-presidente presidiário, numa eterna luta entre uma língua rápida e um cérebro capenga, afirmou, com todas as letras que: “Ainda bem que a natureza criou o monstro do Coronavírus”. Sobre essa fala, e conhecendo como os brasileiros conhecem seu autor, não vale nem a pena analisar, apenas serve como ilustração de que esse deslize vocal revela bem quem proferiu tamanha sandice.
Outra frase, das muitas que têm sido ditas de modo dissociado entre cérebro e língua pelo atual presidente Jair Bolsonaro, na mais recente, ele voltou a brincar com a coisa séria que é a pandemia, dizendo que o pessoal de direita deve tomar a Cloroquina e o de esquerda, Tubaína. Nesse caso também e dada a recorrência com que frases do tipo “E daí?” são proferidas em momentos de grande agonia mundial.
A frase que foi pronunciada:
“Muitas vezes, nos arrependemos de ter falado, mas nenhuma de ter calado.”
Simónides de Ceos, foi um poeta grego, o maior autor de epigramas do período arcaico. (556 a.C. — 468 a.C.)
Dengue
Aumentam, assustadoramente, os casos em diversas regiões do DF. O governo do Distrito Federal iniciou uma força tarefa e já inspecionou mais de 34 mil imóveis e 72 mil depósitos no combate à dengue. Os agentes retiraram entulhos, verificaram focos e trataram 4.480 imóveis em 8.501.

Motos
Moradores do CA no Lago Norte e de outras regiões, com restaurantes com entrega em domicílio, reclamam das motos com escapamento manipulado. O barulho é ensurdecedor e constante. Hora de o Detran agir novamente.

BRA-SIL separado
Oposição e entidades entram com pedido coletivo de impeachment do presidente Bolsonaro. “O Brasil é o único barco do mundo que enfrenta o maremoto do Coronavírus com os tripulantes brigando entre eles. Não é hora de pensar no que o Brasil pode fazer por você.” Foi mais ou menos isso o que disse o ministro Paulo Guedes, em uma entrevista, com toda propriedade.

Foto: Agência Câmara de Notícias
Máscaras
Distribuição de máscaras hoje em todos os terminais rodoviários e em todas as estações do Metrô. Ainda, de forma itinerante, nas regiões e proximidades de Ceilândia, Taguatinga, Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Sobradinho, Fercal, Planaltina, Samambaia, Águas Claras, Vicente Pires, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O posto policial nas áreas verdes das superquadras trouxe um mal que vai se agravar na época da poeira: é o trânsito de carros em local não permitido. A W-1 é interrompida, mesmo, de acordo com o Plano da Cidade. (Publicado em 07/01/1962)
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Nesses tempos de crises agudas, dentre as diversas e graves questões que vão sendo postas diante dos brasileiros e depois de tudo o que se tem visto até aqui com relação ao desempenho do atual governo, um fato vem chamando a atenção de todos: a incapacidade pessoal do atual ocupante do Palácio do Planalto para exercer tarefa de tão grande relevância, ainda mais em um momento tão delicado para o País.
Nessa altura dos acontecimentos, dado o volume de problemas que se anunciam, pouco ajudaria ao país o encurtamento, por vias constitucionais, do mandato do atual presidente. Nem é papel da imprensa empreender movimentos nesse sentido, ocupando trincheiras da oposição, sobretudo num país onde é notório o niilismo irresponsável da imensa maioria dos oponentes políticos.
Essa incapacidade pessoal de conduzir o governo conforme os requisitos mínimos de postura e de liturgia do cargo, desse e de outros presidentes que o precederam, decorre e expõe, de forma trágica, nosso modelo de democracia, baseado em aspectos culturais que se fincam nos atributos apontados pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda, em “Raízes do Brasil”.
De fato, nenhum outro presidente da República exemplificou, de forma tão precisa, o conceito de cordialidade, conforme descrita nessa obra de 1936. À guisa de ilustração, é preciso deixar claro o que se entende por “homem cordial”. De acordo com um dos maiores intelectuais brasileiros, Antônio Cândido (1918-2017), “o homem cordial não pressupõe bondade, mas somente o predomínio dos comportamentos de aparência afetiva, inclusive suas manifestações externas, não necessariamente sinceras nem profundas, que se opõem aos ritualismos da polidez. O homem cordial é visceralmente inadequado às relações impessoais que decorrem da posição e da função do indivíduo, e não da sua marca pessoal e familiar, das afinidades nascidas na intimidade dos grupos primários”. O atual presidente é, quase um século depois dessa análise sociológica, a personificação acabada do homem cordial.
Nesse ponto, é preciso salientar ainda que, dentre as questões que vão sendo postas acerca do desempenho do atual presidente, é preciso notar ainda que a Constituição, apesar de seu conteúdo prolixo, não poderia abrir espaços para discorrer sobre a postura pessoal necessária que seria exigida para o ocupante a cargo tão relevante. Apenas no sentido de apontar algumas tarefas cruciais e necessárias nesse momento de pandemia que caberiam a um governante, que tem ouvidos abertos aos bons conselhos, é preciso destacar que, em primeiro lugar, estaria a disposição de ouvir mais do que expor ideias apressadas. Para tanto, caberia a esse governo, apenas como exemplo, percorrer o país de norte a sul, com um grupo formado de especialistas em várias áreas, para tomar ciência das diversas situações in loco, tomando medidas imediatas e em consonância com a realidade de cada ponto visitado e à vista de todos os envolvidos.
Nada dessas medidas básicas foram adotadas. O presidente, durante todo o desenrolar da crise, ficou retido em seu gabinete, enquanto poderia se postar como chefe da nação, visitando hospitais, vendo a realidade do norte ao sul do país.
A frase que foi pronunciada:
“As eleições comunistas são corridas de um cavalo só.”
Clement Attlee, que sucedeu a Winston Churchill como primeiro-ministro, após a derrota dos conservadores para o Partido Trabalhista nas eleições de maio de 1945.

Parceria
Um pouco de Muitos – Memorizando, de Alencar Furtado, é uma das fontes de frases colhidas com todo o cuidado para os nossos leitores.

Bom ministro
Pena que os senadores provavelmente não tenham assistido a entrevista na CNN do ministro Abraham Weintraub, sobre as consequências de adiar a prova do Enem. Há muita coisa por trás desse adiamento e não é preocupação com os pobres. Veja a íntegra da entrevista no blog do Ari Cunha.
Utopia?
Essa dinheirama prometida aos estados e municípios só tem um destino seguro: o Portal da Transparência. Assim caberia, à própria população, acompanhar quanto seu estado ou município recebeu e onde foi aplicado o dinheiro. Usar a ferramenta do Portal da Transparência tendo o contribuinte como auditor parece uma ideia infalível.

Solução
Tristeza geral a privação da alegria das festas juninas, onde a comunidade se reúne para saborear alimentos caseiros feitos com carinho. Outras regiões administrativas podem adotar a ideia da comunidade do Lago Norte, da igreja comandada pelo padre Norbey. Será uma festa online. Veja mais em Paróquia de Brasília realiza primeira festa junina on-line e adquira seu ingresso no site www.acessoingresso.com.br.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
No emplacamento de 62 esperamos que os taxis só sejam licenciados se possuírem taxímetro. É que está havendo abuso demais dos motoristas de praça na cobrança das corridas. (Publicado em 07/01/1962)











