Controle e fiscalização no espelho

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Charge do Ricardo Welbert

 

Fica mais evidente, para todos os cidadãos brasileiros, que as diversas modalidades de corrupção, que vêm sendo detectadas em muitas de nossas instituições públicas, estão na origem dos crimes comuns que infernizam a vida de todos e diz muito sobre o aumento assustador da violência em nosso país.

Há um consenso, inclusive, de que existe uma estreitíssima relação entre a corrupção praticada contra o Estado e a criminalidade, inclusive no que diz respeito à intensificação das ações do crime organizado. Somente um Estado liberto da praga da corrupção nos órgãos públicos consegue manter a paz interna. Dessa forma, as ações de combate aos altos índices de criminalidade e violência que flagelam o país hoje, só surtirão os efeitos esperados se começarem por um processo de depuração minuciosa da máquina pública, extirpando agentes corruptos onde quer que eles atuem.

A construção de mais presídios, o aumento no contingente de agentes de segurança, a intensificação das ações de repressão e mesmo o aumento nas penalidades previstas, não trarão maiores consequências para o abrandamento da criminalidade e da violência em nosso país, enquanto não forem sanados, por completo, os múltiplos casos de corrupção endêmica que se apoderaram da máquina do Estado. Com isso, aumentar os gastos em segurança pública, além de inócuo, só resultará em mais prejuízos para os contribuintes.

Trata-se, como é perceptível, de um problema interno, gestado no seio do Estado e que se dissemina lentamente pela sociedade adentro, contaminando os organismos, inclusive aqueles a quem caberia controlar e vigiar a boa aplicação dos recursos públicos.

A captura dos órgãos de Estado por grupos políticos e não técnicos, que dominam a paisagem nacional há décadas, é um fato concreto, atestado pelos inúmeros casos de corrupção que vão sendo revelados à medida em que as investigações do Ministério Público e da Polícia Federal avançam. Daí por que torna-se fundamental para o bom funcionamento da administração e dos gastos públicos que se dê toda a atenção e apoio às iniciativas, visando reformar, urgentemente, os Tribunais de Contas, não só dos estados da federação, mas, sobretudo, do Tribunal de Contas da União (TCU). A questão prioritária que se coloca para reforçar a necessidade de alterações nesses órgãos é que, na quase totalidade dos escândalos de corrupção que aconteceram recentemente, chama a atenção a completa omissão desses tribunais para proteger o dinheiro do cidadão.

A falência econômica dos estados e mesmo da federação decorre em grande parte dessa omissão. E não é por falta de recursos financeiros ou de pessoal que os Tribunais de Contas não têm dado conta do recado. Por ano, todas essas cortes juntas custam aos contribuintes mais de R$ 10 bilhões. Por detrás dessa inoperância, estão causas já conhecidas dos brasileiros como a composição desses tribunais, formada, na sua grande maioria, por indivíduos indicados diretamente por políticos. Isso explica, em parte, por que muitas contas de governadores, prefeitos e mesmo presidentes, são aprovadas sem ressalva alguma. Com isso, torna-se premente acabar com indicações políticas para essas cortes, nomeando-se, por concurso público, conselheiros com plena formação acadêmica e técnica para essas funções, livrando os Tribunais de Contas da ação predatória de políticos.

Os episódios recentes ocorridos no Rio de Janeiro mostram de forma cabal a necessidade de uma a ação de profilaxia geral nesses órgãos o quanto antes, sob pena de inviabilizarmos todos os esforços de passar o país a limpo. Para tanto, é primordial o apoio irrestrito de toda a população, não só pressionando o Congresso para que adote medidas saneadoras nesses órgãos, como em apoio a movimentos como o Muda Tribunal de Contas, cuja rashtag é ( #MudaTC ).

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O mal da grandeza é quando ela separa a consciência do poder.”

William Shakespeare, escritor, dramaturgo, poeta e ator inglês.

 

O de boné

Responda se puder. O leitor Renato Prestes registra que servidor que atua no plenário da Câmara do Deputados, mais precisamente atrás da mesa diretiva, se apresenta de boné, com um visual totalmente oposto ao que manda a etiqueta da Casa. Diferente do Deputado Nelson Barbudo (PSL-MT), que usa chapéu em plenário, pois, o mesmo tem como marca registrada no seu perfil político. A postura do servidor não seria um desrespeito ao Parlamento?

Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

No local

No Paranoá, o projeto de atender a comunidade, quadra por quadra, tem sido um sucesso. No dia 28 desse mês, estará na quadra 11, fazendo diversos atendimentos. Brincadeiras para as crianças enquanto os pais resolvem os problemas mais diversos. A promessa do Administrador Sergio Damasceno é levar aos órgãos competentes o que não puder resolver na hora.

 

 

Fica a dica

É uma dificuldade para os desempregados da cidade se fazerem ouvir. Nos portais de empresas, a cada passo, depois do “fale conosco”, é um mundo de informações, inscrições e o pior, a necessidade de efetuar um pagamento. Está na hora de algum aluno esperto criar um aplicativo gratuito de empregos só para os empregados. A empresa que precisar acessa.

 

 

Sem agilidade

Por falar em sites amigáveis, há muito o que melhorar na página da DRCC (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos). Pessoas que roubam dados de cartão usam o dinheiro alheio para comprar e receber em algum lugar. Não parece tão difícil investigar os larápios. Mas as dificuldades burocráticas são um ponto final na intenção de registrar a ocorrência.

Print: pcdf.df.gov.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Pois bem: nesses mesmos mercadinhos, o tomate custa 45 cruzeiros o quilo. Sabendo-se que uma caixa tem, em média, 25 quilos de tomate, nota-se logo que alguém está com a parte do leão. (Publicado em 14.11.1961)

Onde estava o tribunal do público para esses desvios? Não vi.

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Foto: tc.df.gov.br

 

Chama a atenção a notícia dando conta de que o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) autorizou a continuidade do processo licitatório para a gestão privada do agora chamado Arenaplex, que inclui além do Estádio Nacional Mané Garrincha, do Ginásio Nilson Nelson e todo o Complexo Aquático Cláudio Coutinho. Quem toma conhecimento dessa notícia, de forma displicente ou pela primeira vez, pode não enxergar nessa medida maiores problemas, afinal trata-se de delegar, à iniciativa privada, a administração de grandes estruturas, sobretudo o Mané Garrincha, que há anos vem dando prejuízos ao contribuinte.

A questão aqui, e que passa desapercebida por muitos, é durante todo o tempo em que se deu a construção do gigantesco Estádio Mané Garrincha, para receber uns poucos jogos do mundial de futebol da FIFA de 2014, e que naquela ocasião foi considerado uma das mais caras arenas do planeta, em nenhum momento o referido Tribunal, cujo os “conselheiros” possuem cargo vitalício e, portanto, acompanharam todo o processo, estranharam os custos do erguimento de um tamanho elefante branco.

Com isso, permitiram aos diretamente envolvidos nesse escândalo, talvez o maior de toda a curta história da capital, prosseguir livremente nessa empreitada, apontada, aqui mesmo nesse espaço, como algo flagrantemente eivado de suspeitas. A condenação pela justiça dos envolvidos nessa mega construção provou que as suspeitas, desde o início, eram fundamentadas.

O que soa até como zombaria é que, no voto em que liberou a entrega desse monstrengo para o processo licitatório, Paulo Tadeu, indicado para o TCDF pelo petista Agnelo Queiroz, então governador do Distrito Federal, se diz “sensibilizado” com os altos custos de operação e manutenção do complexo esportivo Mané Garrincha.

“Acolho, diz no voto, a sugestão da própria Terracap no sentido de, por meio de ajustes periódicos e contínua fiscalização, viabilizar um modelo de gestão capaz de atender ao interesse público nessa difícil conjuntura econômica em que o país se encontra”. O que seria capaz de atender, de forma incontestável, o interesse público, seria o Tribunal de Contas ter impedido, naquela ocasião, a construção de uma arena desse porte, com estes custos feitos, hoje se sabe, exclusivamente, para desviar recursos públicos, durante o triste e sombrio período dos governos petistas.

A “difícil conjuntura econômica em que o país se encontra”, conforme consta no voto desse conselheiro, é o resultado da ação predatória e trágica de treze anos de antigos correligionários desse conselheiro no comando do país. Com isso, vai ficando mais do que evidente e necessário prosseguir com o movimento, iniciado em 2017, de reforma nos tribunais de contas. Não para acabar com essas cortes, mas para reformá-las, para que situações surreais como essas não voltem a acontecer, nunca mais. A questão central aqui, e para usar uma língua corrente nesse meio é: “Ubi erat atrium auditorum illis deviationibus competentia non vidistis.”

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Cuidado com a fúria de um homem paciente.”

John Dryden, poeta, crítico literário e dramaturgo inglês (1631/1700)

 

 

Em 2015

Dar uma passeada por jornais antigos nos remete sempre ao caminho oposto numa esteira. Andamos por anos, mas não saímos do lugar. Foi o então senador Raimundo Lira quem garantiu. As próximas eleições teriam voto impresso. Saiu uma nano reforma política e as desculpas mais esfarrapadas do país para evitar o voto impresso: “Não há verba”, o “voto impresso atinge o sigilo do voto” e a pior de todas: “Não é livre para votar quem pode ser chamado a prestar contas do seu voto, e o cidadão não deve nada a ninguém, a não ser a sua própria consciência”. Há verba, ninguém vai levar o voto para casa e será impossível chamar o eleitor para explicar a escolha feita na urna. Absurdos que a população deixa passar.

 

 

Muito estranho

Falando em assédio moral, em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, Vicente Almeida, do Sinpaf (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário) denunciou que, na Embrapa, o assédio é institucionalizado. Três assuntos não saem pela boca de funcionários da Empresa: agrotóxicos, transgênicos e Código Florestal.

Charge do Duke

 

Ainda

Mais participação das mulheres na política. Essa é a estampa. Na realidade, os homens até hoje ditam as regras.

Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

 

Atual

Fayga Ostrower, artista com quadros em vários órgãos públicos no Brasil, dá uma lição de sabedoria dizendo: “Os acasos acontecem em estranhas coincidências. Eles nos acenam. E nós já sabemos do que se trata: uma nova compreensão de coisas que no fundo sempre existiram em nós.”

Foto: museus.gov.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Doutor Laranja, aqui está um caso para o seu Departamento de Agricultura: as granjas que estão produzindo, verduras, estão vendendo aos locatários dos mercadinhos da W-4, uma caixa de tomate por 120 ou 150 cruzeiros. (Publicado em 14.11.1961)

O crescimento horizontal da capital

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Vicente Pires – DF (enganadopelabrookfield.wordpress.com)

 

Um fenômeno observável hoje em lugares remotos como a África Subsaariana, Sul da Ásia, China e Índia, onde cidades inteiras vão crescendo exponencialmente no sentido horizontal, começa a se delinear também, de forma embrionária, aqui no Distrito Federal.

De início, é preciso deixar claro que a falta de uma política sensata para a questão fundiária da capital decorre, justamente, da ação nefasta de políticos que usam desse problema apenas para alavancar suas candidaturas, prometendo e incentivando a ocupação desordenada de terras públicas. Com isso, a exemplo do que vem ocorrendo em cidades como Lagos, na Nigéria, onde a cidade já se espraia por mais de 1.200 quilômetros quadrados e continua a crescer, a grande Brasília vai se espalhando para fora do quadrilátero, invadindo, aos poucos, o próprio estado de Goiás.

Já se sabe que, sem planejamento urbano detalhado, nenhuma cidade, dignamente habitável, pode existir por muito tempo. O crescimento desordenado e fora dos padrões, rigidamente estabelecidos pelas ciências urbanas, está na razão do colapso de muitas cidades.

O alargamento urbano horizontal, que no nosso caso vai sendo estabelecido a cada novo governo e com apoio da classe política local, se dá não apenas pela abertura de novos loteamentos ao redor da capital, mas ocorre também pelo estabelecimento de dezenas de novos condomínios que vão surgindo nos quatro cantos da cidade.

Dessa forma, não é de se estranhar que os serviços municipais, como abastecimento de água, luz, esgoto, asfalto, escolas, hospitais, delegacias e outros, vão se rareando à medida em que esses bairros se afastam do centro. O milagre da habitação, possibilitado de forma marota pela classe política, obviamente não é acompanhado pelos serviços de infraestrutura necessários a uma vida digna.

Fossem esses os únicos problemas trazidos pela falta de planejamento, a solução seria menos traumática para o poder público. Ocorre que o crescimento descontrolado na horizontal, conforme vai se configurando hoje na capital, acaba por pressionar, de forma irreversível, os recursos naturais.

A ocupação de terras agrícolas, o assoreamento de rios e córregos e a instalação de bairros inteiros sobre áreas sensíveis de preservação ambiental, ao reduzir os recursos naturais, acaba por aumentar, ainda mais, as desigualdades sociais. Não é por outro motivo que nos países desenvolvidos, predominam o crescimento vertical, por meio de edifícios mais altos e relativamente bem localizados e próximos aos centros urbanos.

A medida em que a grande Brasília vai se desdobrando no horizonte, em bairros sem infraestrutura alguma, aumentam ainda os problemas com os transportes, com os congestionamentos, submetendo populações inteiras as precaríssimas empresas de ônibus, com suas frotas sucateadas, perigosas e com altas tarifas.

O custo da irresponsabilidade política na questão fundiária é dado pela previsível inviabilidade a médio e longos prazos da capital. Mas aí, quando essa situação se mostrar no limite, os responsáveis por essa catástrofe já terão migrado para outras regiões, longe do caos, deixando apenas o rastro de destruição para a população que não soube contestar.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O mal é causador de uma constante miséria devido à incansável necessidade do ser humano de vingar-se, como forma de soltar o ódio”

Ralph Steadman, conhecido por suas caricaturas políticas e sociais

Foto: Splash News/ Corbis

 

Chega

Senador Lasier Martins quer fim de barragens iguais às de Brumadinho e Mariana, proibindo que acumulem rejeitos pelo método de alteamento a montante, onde o material armazenado é usado na contenção. “Constatamos que o que ocorreu em Mariana, em 2015, não serviu de lição. Não podemos mais aceitar ocorrências como essas, temos a obrigação moral de agir urgentemente na busca de soluções que impeçam a reincidência de fatos que nos envergonham e que sujeitam brasileiros a um profundo sofrimento”, justificativa o senador a base de seu projeto.

Foto: Editoria de Arte/G1

 

Poeira

Depois da misteriosa fuga, Jean Wyllys diz ter recusado asilo político da França. A Embaixada Francesa em Brasília não foi informada sobre o assunto. Resta saber se existe mesmo o assunto, nessa chuva de inverdades na bagagem do ex-parlamentar.

Foto: M. Damasceno/RFI

 

Lembrete

Só para lembrar que muito antes de Jean Wyllys ganhar o programa da Globo, Big Brother, Clodovil era deputado, gay assumido e muito querido e respeitado pelos brasileiros. Wyllys é repugnante não por ser gay, mas por ser ardiloso.

 

Articulação

Por falar nisso, impressiona a demora para as autoridades revelarem o que de fato aconteceu por trás da tentativa de homicídio contra o então candidato à Presidência da República, hoje já eleito, Jair Bolsonaro. Já são quase 6 meses passados. Se há uma mobilização para deixar os brasileiros mais seguros, o ponta pé inicial deveria ser a competência para desvendar e trazer a público toda a verdade sobre esse crime.

Foto: AFP/bbc.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Esta coluna estará fora de circulação por vários dias, para que o colunista faça repouso absoluto, por prescrição médica. Se a notícia lhe agrada, agradeça ao dr. João Batista Mendonça. Se lhe desagrada, reclame dele, também. (Publicado em 10.11.1961)

A máquina pública não para

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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

Por falta de espaço adequado nas mídias tradicionais, mais focadas em noticiar o protagonismo dos agentes políticos que atuam no âmbito do Estado, nos Três Poderes, as ações envolvendo a administração técnica da imensa máquina pública nacional ficam relegadas a um plano secundário, longe, muitas vezes, do conhecimento do cidadão, que, afinal, custeia todo esse complexo gigante.

Com isso, o contribuinte nem chega a tomar conhecimento das ações concretas e positivas que ocorrem, praticamente toda semana, dentro da administração pública, visando melhorar e simplificar a vida dos brasileiros. São, na maioria, ações que conduzem a uma maior racionalização dos serviços prestados pelas diversas repartições públicas e que economizam tempo e dinheiro ao cidadão e contribuinte.

Em face dos acontecimentos ainda turbulentos do cenário econômico e político do país, assuntos envolvendo boas práticas na administração pública, mesmo com toda a relevância do tema, não recebem maiores atenções nos noticiários da imprensa nacional. Dessa forma, criam a falsa sensação, junto à população, de que o funcionamento da máquina pública está à deriva, à espera das decisões tomadas pela elite política que momentaneamente ocupa o ápice da pirâmide do governo.

Para se ter uma pequena ideia desses programas objetivando a melhoria dos serviços públicos, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente, emitiu um documento reconhecendo as ações prestadas no âmbito do Senado Federal, dentro das categorias “compras e licitações”, “gestão de resíduos sólidos”, “mobilidade e transporte” e “qualidade de vida”, incluindo-os dentro de um caderno de boas práticas de sustentabilidade.

Com isso, essas entidades buscam inspirar novas ações na administração pública, estimulando a troca de experiências entre os diversos órgãos. Nesses últimos anos, há que reconhecer que o Senado já vinha tornando modelo em cortes e em economia de recursos na área de contratações. Agora, passa a ser modelo também no cuidado com a sustentabilidade.

Um exemplo dessas boas práticas é a Carona Solidária. Com a inscrição no programa, três funcionários no carro são o suficiente para encontrar uma vaga reservada. No Ato da Diretoria-Geral 22/2015, fica estabelecido que as grávidas também têm direito a um espaço reservado no estacionamento. A iniciativa rendeu o prêmio em mobilidade e transporte.

Na categoria qualidade de vida, com a participação organizada pela Associação Brasileira para Agricultura Orgânica, os funcionários, terceirizados, estagiários do Senado, têm acesso a produtos orgânicos comprando diretamente dos produtores, fortalecendo a relação consumidor/produtor, toda 3ª feira, até 13h, há sempre frutas, legumes e verduras para comprar.

Um projeto interessante em curso é o Desengaveta. Uma enorme caixa é disponibilizada em pontos estratégicos para que os funcionários depositem ali materiais de escritório em desuso. Materiais de escritório, computadores com defeito, todas as seções da Casa depositam ali o que não serve mais. O material é separado, reaproveitado ou doado para instituições educacionais na área rural do DF.

Por último, nas práticas sustentáveis, o Ato 23 da Diretoria-Geral exige critérios e práticas de sustentabilidade nos projetos básicos e termos de referência para contratações. São vários itens como tintas gráficas, mobiliários funcionais, equipamentos split, lâmpadas fluorescentes e eletrodomésticos e brevemente copos descartáveis biodegradáveis.

Mesmo com todas as turbulências registradas nos últimos anos nas altas esferas de governo, é preciso destacar a importância da mudança de cultura que, graças à atuação e ao profissionalismo do corpo técnico do funcionalismo público, a administração da máquina do Estado sempre foi mantida num bom ritmo de funcionamento, atendendo, em grande parte, as necessidades dos brasileiros.

 

A frase que foi pronunciada:

“A maior necessidade de um Estado é a de governantes corajosos.”

Johann Goethe, autor e estadista alemão

 


–> Para o Senado Federal

De: Boas práticas A3P [mailto:boaspraticasa3p@gmail.com
Enviada em: quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019 11:07
Assunto: Resultado da chamada pública “Boas práticas A3P”

Prezado(a) Senhor(a),

Agradecemos a participação de sua instituição na chamada pública “Boas práticas A3P”, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e a ONU Meio Ambiente, em novembro de 2018, com o objetivo de identificar e divulgar iniciativas que apresentam resultados positivos concretos e que possam auxiliar prefeitos, secretários e outros gestores públicos dos 5.570 municípios brasileiros a implementarem programas de sustentabilidade.  

No total, foram inscritas 297 iniciativas, distribuídas pelos 11 temas de sustentabilidade propostos. 

Como resultado, foram selecionadas 125 boas práticas que já estão sendo divulgadas pelo programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) pelo site http://a3p.eco.br. Em breve algumas dessas iniciativas farão parte de uma nova cartilha da A3P.

Desejamos sucesso à sua instituição e iniciativa.

Atenciosamente,

RAFAEL JÓ GIRÃO
Consultor ONU Meio Ambiente e MMA

Skype: rafasustentavel


 

Novidade

Brasileiros usam cúrcuma com pimenta preta contra inflamação. Pergunte na farmácia de manipulação de sua confiança. Você vai se surpreender. Veja, a seguir, as últimas pesquisas sobre o assunto.

Leia sobre em: CÚRCUMA LONGA L., O AÇAFRÃO DA TERRA, E SEUS BENEFÍCIOS MEDICINAIS

Cúrcuma longa (Foto: reprodução da internet)

 

Devastadoras

Ronda novamente a KPC superbactéria. Burkholderia Cepacia também toma conta de algumas UTIs da cidade. Anvisa precisa agir preventivamente antes que a situação se torne caótica.

Imagem: g1.globo.com

 

Uma beleza

Na Rota do Cavalo, moradores da zona rural de Sobradinho estão unidos. Salvaram aquelas terras da gana imobiliária, mantendo o verde e atividades desportivas.

Imagem aérea da Rota do Cavalo, estrada de terra próxima à DF-440; região de chácaras tem grandes áreas de mato cerrado (Foto: Google/Reprodução) – g1.globo.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Para o dr. Adauto ler com raiva: o Banco do Brasil está com 500 apartamentos prontos, e até dezembro, estará com 990. A 303 está quase vazia. Isto quer dizer, que o Banco virá mesmo para Brasília. Vindo, depois, o ministério da Fazenda, estará completa a transferência. Os outros virão correndo. Onde há mel, há formiga. (Publicado em 10.11.1961)

Ajustes possíveis

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Charge do Spon Holz

 

Sinais de fumaça no atual governo indicam o aparecimento dos primeiros problemas, que já são visíveis e vão aos poucos escapando do controle do Palácio do Planalto e ganhando contornos de uma pré-crise. Curioso notar que, passados 83 anos da publicação da obra “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, ainda hoje é possível identificar traços da presença do mítico “homem cordial”, no governo que se inicia. Apresentado nesse clássico de nossa Sociologia, como o indivíduo originário do nosso sistema patriarcal, incapaz de distinguir as fronteiras do público e do privado e que coloca seus consanguíneos e amigos sempre em primeiro plano, os homens cordiais, avessos aos ritualismos, ainda sobrevivem entre nós e são facilmente encontrados em nosso sistema político. Mesmo, no caso da renovação das duas Casas do Congresso, é possível identificar, nos sobrenomes, muitos eleitos, filhos, irmãos, netos, sobrinhos e outros parentes de sangue de antigos caciques da política nacional.

Sérgio Buarque de Holanda considerava que a figura do controvertido homem cordial iria desaparecer aos poucos com a intensificação do processo de urbanização e com o aprimoramento da democracia e dos ideais republicanos. Nesse quesito, o intelectual e pensador dos problemas e do homem brasileiro se equivocou. Pelo o que temos observado ao longo do tempo, a mistura de parentes com a administração política da coisa pública quase sempre não tem resultado em algo positivo. Em alguns casos tem sido não só a ruína de muitos governantes, como tem levado ao descrédito a própria classe política. Exemplo dessa relação perigosa e contaminante, entre parentes e gestão pública, tem sido observada agora também com relação a atuação dos filhos do presidente Bolsonaro. Seguidamente, os três filhos do atual presidente têm sido apontados como fontes de crises para o governo. A desenvoltura com que esses “meninos” têm imiscuído nas ações de governo, todas de forma absolutamente desastradas, formam hoje, sem dúvida, a principal fonte de desgaste do governo.

Dentro e fora do governo, já existe hoje uma unanimidade de opinião em torno das intromissões indevidas desses indivíduos nos assuntos de Estado. Para alguns analistas, inclusive, esse é um sério fator de desgaste tanto para o presidente como para a sua autonomia na administração.

Ações negativas desse tipo, partindo de dentro da casa do próprio presidente, é tudo o que as oposições, ainda desarticuladas, desejam para formar um bloco de peso contra Jair Bolsonaro.

O pior, numa situação como essa, é que o homem cordial muito pouco pode fazer sob pena de criar ressentimentos no seio da família. Isso, evidentemente, nem tem passado pela cabeça do presidente. A continuar, como se diz, “tomando bolas nas costas”, o atual governo, pelo menos com relação ao próprio Bolsonaro, corre o risco de ele próprio ficar numa posição subalterna em relação ao seu vice-presidente, que vem mostrando bom desempenho à livre da ação predatória de consanguíneos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A inimizade pode ser tão cordial quanto a amizade.”

Sérgio Buarque de Holanda, historiador brasileiro

Foto: Companhia das Letras / Divulgação

 

Memória

Como se já não bastassem os milhões de metros quadrados de cerrado arrancados para satisfazer a gana imobiliária, chega de mansinho um projeto pela orla livre. Há regras a serem cumpridas. Bons tempos aqueles em que a comunidade candanga preservou o Parque Olhos D’Água. Isso sim é amor pela cidade.

Foto: viagensbr.com.br

 

Oásis

Nossos agradecimentos a Chiquinho Dornas, criador da página “Brasília das Antigas que Amamos Muito”. Muita gente com fotos lindas e depoimentos emocionantes de quem viu e participou do crescimento da capital do país. Ler sempre essa página no Facebook é uma verdadeira terapia.

Foto: facebook.com/groups/chiquinhodornas

 

Campus Party

No principal evento tecnológico do país que acontece em São Paulo, uma ideia que agradou a todos. São dois preços para a entrada: R$350 ou qualquer lixo eletrônico como equipamentos antigos, celulares sem conserto ou computadores inúteis. A iniciativa fez com que o Ministério da Ciência arrecadasse meia tonelada de lixo eletrônico em 2 dias de evento.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Medicina é profissão que tem que ser paga, e bem paga. Medicina de favor, medicina de caridade, não é ciência, não é técnica, não é saber. E a experiência em Brasília está muito boa. Falta, ainda, que o Hospital dê “pró-labore” aos médicos, pelos atendimentos, também, do Serviço Social, para que a igualdade de todos os doentes seja definitivamente determinada. (Publicado em 10.11.1961)

As agruras do homem cordial

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Foto: abcdoabc.com.br

 

Por sua importância e dada a concentração de poderes, quase uma espécie de monarquia, ocupar o cargo de presidente da República em nosso país não é tarefa das mais fáceis. Pelo contrário, trata-se de uma missão que poucos, ao longo de nossa republicana, deram conta do recado por todo o período legal. As características próprias de nossa República, envoltas num chamado presidencialismo de coalizão, no qual a governabilidade só é possível a partir de certos afagos na base de sustentação política do governo, requer de um presidente eleito uma tão larga experiência política, que o ideal seria que a esse cargo só pudessem se candidatar e concorrer indivíduos que anteriormente tivessem sido governadores de grandes metrópoles, bem avaliados pela população.

Com isso, o número de candidatos plenamente capacitados a exercer a presidência seria reduzido, ao mesmo tempo em que melhoraria a qualidade dos postulantes, diminuindo sensivelmente também os riscos de crises cíclicas. Sem expertise nas intrincadas funções requeridas pelo Poder Executivo, as chances de insucesso e de prejuízos para nação são quase certas. Como o ideal é sempre um horizonte distante e inatingível, prosseguimos entre uma crise e outra, aprendendo, como se diz popularmente, “no tranco”.

O instituto da reeleição foi um desses mecanismos pensados justamente para permitir que um governante pudesse, em seu primeiro mandato de quatro anos, apenas aprender a governar e só num segundo período, de mais quatro anos, exercer plenamente e com sabedoria a administração do país.

Uma análise histórica isenta sobre a atuação de nossos chefes do Executivo desde a fundação da República em 1989, demonstra, de forma clara, que foi a flagrante inexperiência, aliada algumas vezes ao voluntarismo e a má-fé, que geraram todas as crises políticas que experimentamos desde Marechal Deodoro da Fonseca. Com exceção dos governos militares, eleitos de forma indireta pela população, somente Juscelino Kubitschek e talvez Fernando Henrique Cardoso lograram iniciar e concluir seus mandatos sem maiores traumas para o país.

Obviamente que não basta experiência administrativa para administrar um país complexo e continental como o Brasil. Além de conhecer o que é uma folha de pagamento ou questões de balanço, com ativos e passivos financeiros, um presidente deve possuir uma enorme vivência e tino político, para enfrentar com firmeza, poderosos grupos de pressão, que a toda hora batem à porta do governo em busca de vantagens de todo o tipo.

Diante de um cenário dessa natureza, não causa surpresa que o governo de Jair Bolsonaro, que agora se inicia, comece, ele também, a experimentar os primeiros sinais de desgaste interno.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Escolher o seu tempo é ganhar tempo.”

Francis Bacon, político, filósofo, cientista e ensaísta inglês.

 

Emoção

Entusiasmada como sempre, Giselle Santoro estava pronta para ensaiar as dançarinas na sala do teatro que leva o nome de seu marido. Mas, quando viu que Eldom Soares, regente do Ad Infinitum, estava com os seus cantores ensaiando o Choro Nº 10 de Villa-Lobos, deixou que a turma continuasse ali. Essa foi a primeira peça que Claudio Santoro regeu no Teatro Nacional, que hoje leva seu nome.

Foto: abmusica.org.br

 

Já é hora

Por falar em Teatro Nacional, é uma tristeza ver que até hoje Brasília não teve um governador sensível às artes como merecia ter. Deixar um espaço desses sem uso é encarecer a reforma e distanciar o dia da reinauguração. Mas, para os artistas, otimistas por natureza, a esperança nunca morre.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

SOLidários

Salve a Si é o nome da ONG com um trabalho importante para a cidade. Toda quinta-feira, à noite, no Setor Comercial Sul, dá assistência às pessoas que moram na rua. Além de uma sopa quentinha, são oferecidos cortes de cabelo, local para banho, roupas. O grupo convida corais da cidade a tomar parte da agenda, alegrando essas vidas. Contato com a Janúbia, pelo telefone: (61) 99189-4320.

 

Poeta inquieto

Pavarotti do Sertão. O Sindilegis lembra que foi Ariano Suassuna quem deu esse apelido a Oliveira das Panelas. A seguir, os detalhes da apresentação, franqueada ao público, que será no dia 21 de fevereiro, a partir das 19 horas, na sede do sindicato, na 610 Sul. A 3ª Noite do Cantador trará outros artistas que farão repentes, recitarão poesias e escritores de cordel darão autógrafos. O soldado por traz dessa missão de paz é Nonato Freitas.

Banner: sindilegis.org.br

3ª Noite do Cantador
Local: Salão do Sindilegis, 610 sul, bloco C, módulo 70. Asa Sul – L2.
Data: 21 de fevereiro (quinta-feira).
Horário: 19h às 22h
Entrada gratuita. Classificação: 16 anos

Mais informações em: Considerado o Pavarotti dos sertões, pernambucano Oliveira de Panelas é atração da 3ª Noite do Cantador

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Dentre a luta classista, há deslealdade. O que todos deviam fazer, seria lutar pela igualdade de condições, e não procurar retirar de uns, as vitórias que conseguiram em benefício da classe… (Publicado em 10.11.1961)

A ciranda das reformas

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Ilustração: blogdapoliticabrasileira.com.br

 

Colocadas em ordem de prioridade, que reformas deveriam ser aprovadas em caráter de urgência para abrir caminho para a plena governabilidade do país? De fato, entra ano, sai ano, e as reformas, mesmo aquelas que foram retaliadas, deformadas e depois aprovadas, como é o caso da reforma política, vão ficando no meio do caminho e, com isso, o Brasil vai seguindo aos tropeços, incapaz de irromper a casca grossa do subdesenvolvimento.

Sem ordenamentos jurídicos modernos e adequados à realidade atual do país, não há possibilidade de avanços em nenhuma área. Considerada a mãe de todas as reformas, a reestruturação política, conforme desejava a população para trazer o Legislativo à realidade nacional, ficou, obviamente, restrita a interesses imediatos da classe política e, sobretudo, dos partidos. Com isso, antigos privilégios foram mantidos, sendo que alguns, como o financiamento público a campanhas, na tentativa de acabar com o caixa dois, foram estrategicamente engendrados no novo modelo. Dessa forma o que a tão pretendida reforma política obteve de concreto foi a transferência de enormes recursos públicos para os próprios partidos, mesmo aqueles sem qualquer representação consistente no parlamento.

A chamada crise do laranjal do PSL, que se abate agora sobre o governo Bolsonaro, é fruto direto dessa dinheirama que passou a ser escoada para os partidos. O que muitos especialistas em financiamento de campanhas temiam, aconteceu de fato, com a simulação de distribuição farta de dinheiro para candidatos inexpressivos ou laranjas, mas que, na realidade, ficaram com os caciques dos partidos. Criou-se assim um novo tipo de caixa dois, articulado dentro das próprias legendas, com gente do próprio partido, em arranjos engenhosos onde o dinheiro público é usado de forma ilegal e desleal.

Com o desvirtuamento da reestruturação política, que seria assim uma espécie de alicerce institucional para a República, ficaram comprometidas também todas as demais reformas, mesmo aquelas vitais para o funcionamento diário do país, como é o caso da reforma trabalhista e agora a reforma da Previdência.

Juristas que acompanham essas movimentações acreditam que a confecção dessas reformas, conforme têm sido feitas até aqui, acabam por prejudicar e enfraquecer a própria Constituição, criando um labirinto de leis que parecem girar num carrossel, sem chegar a lugar algum, e o que é pior, mantendo privilégios e outras distorções do passado. Na impossibilidade de concretização das reformas de base, como é o caso da política, todas as demais subsequentes, inclusive a da Previdência, sofrerão as inevitáveis intervenções cirúrgicas, de modo a adaptá-la aos interesses imediatos dos congressistas e dos grupos de pressão.

Acreditar que a reforma da Previdência sairá do Congresso sob medida e capaz de agasalhar “comme il faut” as necessidades nacionais, servindo, como uma luva, às expectativas e necessidades atuais é sonhar alto. O antigo e odioso toma lá dá cá, aparentemente sepultado no atual governo, cobrará seu preço de uma forma ou de outra e por uma razão simples: a reforma política, que poderia acertar um tiro fatal nessa modalidade de negociação, foi feita pela metade, justamente para não colocar um ponto derradeiro ao chamado presidencialismo de coalizão, benéfico somente a todos aqueles instalados no poder.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se o pacote anti crime, do ministro Moro, não vier a ser aprovado antes de qualquer reforma, o que vai acontecer é que os trabalhadores, pela reforma da Previdência, terão, mais uma vez, o corte na própria carne, para depois os estados e municípios continuarem a corromper e surrupiar sem punição.”

Marcos Tavares, estudante de Direito

Charge do Spon Holz

 

Pauta

Mônica de Araújo Freitas, que coordenava o cerimonial do Senado, conhece muita gente. Há um ano e meio, criou um grupo de vendas. “Desapegue entre amigas”. Sua lista de amigas começou com 250 pessoas interessadas em comprar e vender produtos de primeira linha. Pelas fotos de objetos pessoais, eram feitas as escolhas. Vieram as regras do funcionamento. Pioneira nesse segmento, Mônica abre o segundo grupo chamando a atenção de lojistas e donos de brechós que passaram a integrar o grupo. O sucesso é total.

Leia mais em: Desapegadas! Brechó de Mônica Freitas transformou WhatsApp em negócio

–> Quem quiser se inscrever o que deve fazer? Mandar WhatsApp para (61) 98177-0705 (Grupo da Mônica)

 

IBRAV

O Instituto Brasileiro de Análise de Veracidade, de abordagem científica na identificação das distorções da comunicação que querem controlar e manipular determinados segmentos sociais, começa a preparar um curso bastante interessante que começará a ser divulgado em maio. Entre os assuntos, as técnicas de propaganda, psicologia de massas, efeitos da propaganda sobre as massas, análise de propaganda adversa e contrapropaganda como instrumento da neutralização da propaganda adversa. Os instrutores: Maurício Viegas (Especialista em Inteligência Estratégica) e Marcus Reis, advogado especialista em Temas de Segurança e Defesa. Mais informações: contato@ibrav.org.br.

Foto: ibrav.org.br

 

É brincadeira!

Investigados por “desordem eleitoral”, policiais militares que denunciaram suspeitas em urnas eletrônicas ficariam estupefatos com o que aconteceu no plenário do Senado. Agora é certeza de que nem as urnas com votos impressos são 100% confiáveis. Um país desses é sério? Ainda duvidaria Claude Lévi-Strauss.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os médicos de fora não poderem usar o Hospital Distrital é errado. Não se compreende em cidades como Rio e S. Paulo, onde isto ocorre, mas em Brasília, onde há apenas um hospital, é um direito. (Publicado em 10.11.1961)

Presente de grego

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Presos transferidos de São Paulo para o DF deixam aeronave, na Base Aérea de Brasília — Foto: TV Globo/ Reprodução (g1.globo.com)

“Tudo o que é de ruim, o resto do Brasil manda para Brasília.” A afirmação foi feita pelo internauta W.F., ao comentar, no rodapé de uma reportagem que informava a vinda de líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para o Presídio Federal de Brasília. Outro internauta, comentando o mesmo fato, chegou a afirmar que sendo essa uma organização autointitulada a primeira da capital, nada mais coerente que vir parar aqui.

Coerente seria a capital do país não possuir nenhum presídio de segurança máxima, dada as características de Brasília, como sede não só da administração pública federal, mas de todas as representações estrangeiras e outros organismos internacionais de grande importância estratégica não só para o país, mas para outras nações também.

A construção de um presídio, no Distrito Federal, para abrigar presos de alta periculosidade, a maioria líderes de poderosas organizações criminosas, além de não acrescentar absolutamente nada na questão de segurança pública, submete a um risco desnecessário toda a estrutura administrativa do país, incluindo aí as representações diplomáticas e de organismos internacionais. Isso sem falar das sedes dos tribunais superiores, do Poder Legislativo e mesmo da sede da Presidência da República. Trata-se de uma notícia extremamente negativa para o Distrito Federal, ainda mais quando se sabe das muitas brechas e falhas existentes em nossos presídios, sejam eles federais ou não.

Essas organizações criminosas, formadas à sombra do Estado, e graças à leniência de nossa justiça, já por diversas vezes, deram mostras do que são capazes, fazendo milhões de cidadãos reféns em cidades com Fortaleza, Vitória, Natal e mesmo metrópoles de grande importância para o país como São Paulo, onde chegaram a impor um toque de recolher para a população. A cochilada dos órgãos de segurança e de inteligência, principalmente nesses últimos anos, favoreceu, sobremaneira, o crescimento exponencial desses grupos criminosos, a ponto se assistir hoje a expansão desses bandos para outros estados brasileiros, interior do Brasil e para outros países da América do Sul.

A internacionalização desses grupos e sua possível transformação em grupos de narcoguerrilhas parece ser uma realidade já em adiantado processo de consolidação. As facilidades de comunicação e a imensa rede de pombos correios, entrando e saindo desses presídios, juntamente com a extraordinária capacidade de aliciamento e de suborno dessas organizações, demonstra que mesmo estando alguns de seus líderes encarcerados, ainda assim essas quadrilhas vêm registrando um crescimento e poderio assombrosos.

Trazer para a Brasília parte das lideranças dessas verdadeiras multinacionais do crime é um desserviço não só à capital e à sua população, mas à segurança do próprio país. Se as promessas de isolamento, de monitoramento 24 horas por dia e outras providências de segurança máxima fossem para valer, conforme asseguram as autoridades, o crescimento do poderio desses grupos não seria verificado e muitas cidades por esse país afora não seriam feitas reféns desses grupos.

Para essas organizações, não existem presídios de segurança máxima, não existem portas que não possam ser abertas, não existe preço que não possa ser pago, não existe autoridade que não possa ser subornada ou morta.

A vinda desses líderes para o Distrito Federal é assim um autêntico presente de grego.

 

Homens da Força Nacional fazem segurança na região da Penitenciária Federal de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução (g1.globo.com)

 

A frase que foi pronunciada:

“Entendam, eu não estou preso aqui com vocês, vocês estão presos aqui comigo.”

Alan Moore, escritor britânico

Foto: reprodução da internet

 

Música

A notícia chega pelas mãos de Alexandre Dias, o mais sério e competente pesquisador da música brasileira. O Instituto Piano Brasileiro – IPB recebeu, de Nelson Freire, as cópias de 75 cartas que Guiomar Novaes enviou ao seu professor Luigi Chiaffarelli, entre 1910 e 1921.

 

História

Estes preciosos documentos contam o início da carreira de nossa grande pianista, e foram copiados pela pesquisadora Maria Francisca Paez Junqueira, que defendeu seu doutorado em 1982, intitulado “Escola de Música de Luigi Chiaffarelli”. Não se sabe onde estão os originais hoje.

 

Raridade

Uma folha de papel amarelada onde há uma versão do Hino de Brasília. O acervo foi pinçado da coleção de Joel Bello. Parece que os autores participaram de algum concurso que escolheu o hino. O manuscrito tem a música de Eleazar de Carvalho e a letra de Arnold Bruver. Francisco Mignone era jurado.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os médicos de fora do Hospital reclamarem que os de dentro ganham muito dinheiro é uma indignidade, porque ganham o que devem, para viver com dignidade. (Publicado em 10.11.1961)ci

As lições do sínodo

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Imagem: reprodução da internet

Colocadas na mesma balança, tanto as pretensões e preocupações do Estado laico, como as da Igreja, sobretudo a Católica, com relação às questões das terras e populações indígenas e quilombolas, do desmatamento e das questões climáticas, com seus pesos e contrapesos, oscilam no intervalo de equilíbrio entre um e outro.

Isso equivale dizer que ambos, Igreja e Estado, dentro de suas atribuições específicas, possuem legítimo interesse em manter tão importantes temas dentro do âmbito de atuação de cada uma dessas instituições. Isso não quer dizer que, mudanças ao longo dos anos não tenham alterado o interesse e o foco de cada um desses sujeitos. Em resumo, isso reafirma a tese de que a cada um o que é de seu mister. Seja a César ou a Deus, as relações entre Igreja e o atual governo, dentro dos princípios de um legítimo Estado Democrático de Direito, devem ser mantidas em perfeito equilíbrio, não apenas tendo em vista o poder inegável de cada uma dessas instituições sobre os indivíduos, mas, sobretudo objetivando a tão sonhada paz social.

É fato que, apesar de não haver resolvidos todos os problemas do pós-guerra, a chamada Guerra Fria pela partilha do mundo moderno, já vai longe, perdendo-se na poeira da estrada. O mesmo se pode dizer sobre a Teologia da Libertação, conforme concebida durante o Concílio Vaticano II entre 1962 e 1965. De lá para cá, o mundo mudou muito e aceleradamente, incluindo nesses debates um novo elemento representado agora pelo processo de globalização. Isso não quer dizer, que problemas antigos como a pobreza, a fome, a destruição do meio ambiente e outros males tenham diminuído. Ao contrário, eles ganharam maior dimensão e complexidade, o que passa a exigir, necessariamente uma resposta, tanto do governo como da Igreja, principalmente daquela envolvida com as agruras terrenas dos homens.

O afastamento, do poder, da esquerda, no Brasil, particularmente, se deu, não por imposição e força dessa ou de outra ideologia qualquer, mas tão somente por vontade popular expressa nas urnas. Com isso, o novo governo passou a contar com um legítimo respaldo popular, o que outorga a ele o direito de orientar sua política, inclusive com relação a esses temas tão sensíveis.

O fato é que onde houver palanque para as esquerdas divulgarem suas narrativas sobre o momento presente experimentado pelos brasileiros, ela o fará sem dúvida. Inclusive durante a realização do Sínodo, que reunirá bispos de todo o mundo em Roma no mês de outubro e que terá, entre outros temas, uma discussão sobre a Amazônia.

Qualquer que seja o documento final apresentado ao final desse encontro, condenando as pretensões do atual governo para a região, dois fatos podem ser retirados antecipadamente desse sínodo: o Estado não irá abrir mão da soberania da região, mas, e aí é que é o fundamental, o governo deve, à luz da realidade que se abate sobre aquelas áreas, refletir sobre as consequências de ceder à pressão de poderosos grupos econômicos, do agronegócio e outros, de forma a reorientar, dentro do bom senso, suas políticas para aquela imensa e tão complexa região.

 

A frase que foi pronunciada:

“Estado laico” não significa que aquele que não acredita em Deus tenha direito a impor sua maneira de ser, de opinar e de defender a democracia. Não significa, também, que a democracia só possa ser constituída por cidadãos agnósticos ou ateus. Não podem, ateus e agnósticos, defender a tese de que a verdade está com eles e, sempre que qualquer cidadão, que acredita em Deus, se manifeste sobre temas essenciais – como por exemplo, direito à vida, eutanásia, família etc. – sustentar que sua opinião não deve ser levada em conta, porque inspirada por motivos religiosos. Por tal lógica conveniente e convivente, e desqualificada opinião de agentes ateus e agnósticos, precisamente porque seus argumentos são inspirados em sentimentos “anti-Deus”. Numa democracia, todos têm o direito de opinar, os que acreditam em Deus e os que não acreditam.”

Ives Gandra Martins, é um jurista, advogado, professor e escritor brasileiro.

 

Detran

Nessa madrugada, o Compadre Juarez, da 105 FM, reclamou dos semáforos do DF que ficam vermelhos durante a madrugada. O motorista que não avança o sinal e obedece à lei, caso seja assaltado, certamente não terá o suporte do estado nessas condições. Portanto, deixar os sinais intermitentes na madrugada seria coerente.

 

 

Sequência

Na postagem de Alexandre Garcia veio a frase: “Somos especialistas em saudar mortos; não em evitar mortes.” Foram centenas de comentários e milhares de compartilhamentos. Realmente, esse ano já tivemos tragédias pela terra, em Brumadinho, pela água, no Rio de Janeiro, pelo fogo, no Ninho do Urubu e pelo céu, com Boechat.

Charge do Rafael Lemos. Com exceção ao acidente do jogador Emiliano Sala e à tragédia com o time da Chapecoense, o chargista retrata, na mesma imagem, os tristes acontecimentos que se sucederam neste início de ano no Brasil: as vítimas de Brumadinho, as do Rio de Janeiro, os adolescentes do Flamengo e o jornalista Ricardo Boechat.

 

Integração

Reunião importante com os integrantes da Rede de Vizinhos Protegidos pertencentes à área do 24º BPM. O evento aconteceu no auditório da livraria Cultura do Iguatemi. O major QOPM Nafez Imamy Sinicio Abud Cury está ouvindo a comunidade para melhorar a segurança da região.

 

Novidade

Aos poucos, o gabinete do senador Alessandro Vieira está tomando forma para a implantação do coworking. Junto com os deputados Felipe Rigone e Tabata Amaral, Vieira reunirá seus funcionários que trabalharão lado a lado com os colegas da Câmara. Projetos, orçamentos, discursos, pesquisas, todo o trabalho será de forma compartilhada. Como a prática é inovadora, o que dá para afirmar nesse momento é uma economia de 20% nos gastos de gabinete.

Foto: Pedro França/Agência Senado

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outra grande missão do novo Secretário unir a classe médica, que está em luta desnecessária, por falta de compreensão e espírito de luta classista. (Publicado em 10.11.1961)

Salve a mandioca

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Foto: radios.ebc.com.br

 

Lembrada como a figura mais desastrada que já ocupou a chefia do Executivo desde a fundação da República em 1889, Dilma Rousseff, quem diria, ainda por muito tempo será lembrada, não por sua gestão, considerada pífia, mas por suas falas e improvisações, estas sim, inseridas definitivamente no panteão do anedotário nacional.

Durante os Jogos Indígenas de 2015, nossa “primeira presidenta mulher”, lançou diretamente, na orelha dos ouvintes distraídos, sua mais preciosa pérola da coleção dos discursos nonsense. Disse naquela ocasião: “Nenhuma civilização nasceu sem ter acesso a uma forma básica de alimentação… Temos a mandioca e produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana… Então, aqui, hoje, eu tô saudando a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil.”

Desde então, a fala de improviso tem sido citada nos sites de humor e outros, como um dos mais bizarros discursos já proferidos por um chefe de estado. O fato é que, um ano após esse discurso no típico dialeto dilmês, a Organização das Nações Unidas (ONU) apontaria a mandioca ou macaxeira como o alimento do século 21. Conhecida no Brasil muito antes da chegada dos navegantes europeus, essa raiz, juntamente com o milho foi e ainda é a base da alimentação de todos os povos que habitaram o continente sul americano.

Graças ao seu potencial nutritivo, com destaque para os carboidratos amilopectina e amilose, a mandioca é uma excelente fonte de fibras e de energia, sendo consumida hoje por mais de 600 milhões de pessoas em todo o mundo. De tão nobre na alimentação, o alimento mereceu, por parte dos deputados, um projeto de lei instituindo o dia 22 de abril como o Dia Nacional da Mandioca.

Atualmente, essa raiz está presente na alimentação em mais de 80 países em todo o mundo. O Brasil produz hoje algo em torno de 30 milhões de toneladas desse produto, grande parte por pequenos e médios agricultores familiares. Apesar da grande produção nacional, Nigéria e Tailândia são hoje os maiores produtores mundiais desse alimento.

Aqui na capital, o professor Nagib Nassar da Universidade de Brasília, PhD em Genética pela Alexandria University e pesquisador emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tem dedicado toda a vida ao melhoramento genético da mandioca, obtendo, com as pesquisas, um híbrido dessa espécie com a maior concentração de proteínas, uma variedade de mandioca que rende 8 vezes mais do que as espécies comuns, com cada planta chegando a pesar, isoladamente, de 20 a 24 Kg.

Graças a essas pesquisas, o professor Nagib tem sido laureado por diversos instituições mundo afora, por sua contribuição ao combate à fome. No livro “A História da Alimentação do Brasil”, do pesquisador Luís da Câmara Cascudo, a mandioca ocupa um capítulo especial denominado de “Rainha do Brasil”. O padre José de Anchieta, reconhecendo a importância dessa raiz na alimentação da população local, chamava essa raiz de “pão da terra”. Torna-se possível extrair uma essência verdadeira do discurso da interessante ex-presidenta. Dilma Rousseff tinha razão quando exclamou: “salve a mandioca”.

 

A frase que foi pronunciada:

“Não, os jovens não estão preparados para fazer um mundo melhor. Nenhum jovem nunca esteve. Essa ideia é um fetiche vagabundo de alguns poucos jovens dos anos 60 e adjacências. Ou de artistas que fazem desse fetiche seu mercado de consumo.”

Luiz Felipe Pondé, escritor e filósofo brasileiro.

Mafalda, tirinha do cartunista Quino

 

Perda

A morte é sorrateira e, quando chega, nada a detém. Um início de ano com tantas tragédias. Para o jornalismo brasileiro, mais uma: a morte de Ricardo Boechat. Jornalista muitas vezes apaixonado, agressivo, debochado. Sempre intenso! No momento do diálogo com o Simão, no programa do comecinho da manhã, sua gargalhada era única. Denúncias, opiniões, entrevistas. Não teve tempo de argumentar com a morte. Foi levado violentamente.

O jornalista Ricardo Boechat na TV Band. Ganhou em 2016 o Troféu Imprensa de melhor apresentador de telejornal Foto: Divulgação/Band

 

Caridade

Em todos os meses, na Paróquia São Francisco, na 915 Norte, há o Brechó Franciscano. Os objetos doados são aproveitados por várias paróquias da cidade e por algumas cidades africanas, onde há missionários franciscanos. O mote é’: “Desapegue-se. Doe você também!”

 

Opinião

Cientista de Brasília, Reginaldo Marinho, também apaixonado pela natureza, ganhou uma coluna na Folha do Meio Ambiente, a Coluna do Meio.

 

Foto: folhadomeio.com.br

 

Coluna do Meio

04 de Fevereiro de 2019

TECNOLOGIA COMO ELA É

Por Reginaldo Marinho – r.inventor@gmail.com

 

AGRICULTURA X TECNOLOGIA

 

O preço de um Boeing 787 equivale 1.000.000 de toneladas de soja, que consumiu 1.500.000m³ de água e ocupou área equivalente a 300.000 campos de futebol na sua produção.

Essa carga pesaria aproximadamente 8.000 aeronaves e seria distribuída em um comboio de 25.000 carretas carregadas de soja, que ocuparia integralmente a estrada entre Brasília e Belo Horizonte. 

Um Boeing 787 pesa 126 toneladas e é composto de insumos minerais e tecnologia. Conclui-se que a agregação de valor é atribuída à tecnologia. 

O governo precisa encontrar um meio de fomentar o desenvolvimento de tecnologias nacionais para gerar riqueza, novos postos de trabalho e fortalecer a estima nacional. 

Sem querer demonizar o agronegócio, fica claro que as fontes de riqueza que dinamizam as economias modernas são consequência das atividades ancoradas no desenvolvimento tecnológico, que não exclui as atividades agrícolas. 

Mas os recursos naturais são mais pressionados pelo agronegócio: consumo de água, redução de cobertura florestal e uso de defensivos. Mais grave é que o valor agregado às mercadorias é muito inferior.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Está empossado, o novo Secretário da Saúde da prefeitura. O dr. Fábio Rabelo é uma segurança para o Plano Hospitalar. Resta, agora, que consiga verba para a construção dos hospitais das cidades satélites, para que moradores pobres não tenham que gastar às vezes mil cruzeiros por um táxi para uma consulta no Distrital. (Publicado em 10.11.1961)