A cada um conforme suas ações

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Glauco

 

         Na Física, existem axiomas que não se discutem. Um deles afirma, categoricamente, a impossibilidade de dois corpos ocuparem, ao mesmo tempo, um mesmo lugar no espaço. No mundo político, a regra é simples: todo o vácuo de liderança acaba sendo ocupado imediatamente por outro indivíduo ou grupo em busca do poder.

         No Brasil, a clássica divisão tripartite dos poderes, conforme desenvolvida por Montesquieu no século XVII, vem, ao longo do tempo, experimentando mudanças, ora garantindo mais poder ao Executivo, ora afirmando essa hegemonia ao Legislativo, dependendo da ocasião histórica e das circunstâncias extraordinárias de cada momento político.

         A partir de 2018, os brasileiros passaram a notar também que, nessa variação ou queda de braço entre Executivo e Legislativo, um outro personagem passava a ganhar protagonismo, graças à atuação cada vez mais desinibida dos ministros da mais alta Corte do país. A esse comportamento, prontamente identificado sob a denominação de ativismo judiciário, e cuja as origens remontam a insistência com que os parlamentares passaram a judicializar os processos políticos, vieram se juntar também outras auto atribuições, que antes só se viam no âmbito do Legislativo e do Executivo.

         É a tal teoria da ocupação de espaços vazios. De tanto serem molestados com avalanches de consultas e pareceres urgentes, o Supremo passou de instância envolvida nas lidas jurídicas para verdadeiro protagonista de governo, absorvendo funções dos outros Poderes.

         Ao persistir nessa anomalia com perda de identidade própria, o Supremo acabou se tornando numa fonte de insegurança jurídica a contribuir, ainda mais, para a instabilidade política geral. Os efeitos nefastos são muitos, a começar pela ciclotimia de decisões formuladas no calor dos acontecimentos.

          Nesses entreveros entre os Poderes, difícil seria encontrar culpados diretos ou isolados. São todos igualmente responsáveis. Há aqui todo um conjunto de dessintonias que tem seu nascedouro no modelo de escolha dos magistrados e seu enclausuramento posterior no labirinto das vontades políticas.

         Hoje, o Supremo irá tomar mais uma decisão que, por seus desdobramentos, poderá representar uma pá de cal definitiva sobre o combate à corrupção. Caso o STF decida que a Lei de Improbidade Administrativa possa retroagir para beneficiar não apenas os futuros gestores, mas todos os já condenados pelo mal uso do dinheiro público, num julgamento que muito interessa aos políticos enrolados com a lei, todo o esforço de combate ao desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, peculato e outros crimes serão perdoados e seremos todos forçados a regressar ao passado de impunidade total.

         Corruptos de todos os quilates poderão regressar à vida pública para delinquir novamente. Essa será uma decisão que terá não apenas efeitos severos sobre a próxima eleição, mas irá afetar todo o futuro do país com consequências danosas para a sociedade.

         A expressão latina “Ex Tunc”, ou seja desde o início, com efeito retroativo. Caso decidam que a nova Lei de Improbidade Administrativa, esfacelada pelo Congresso, poderá alcançar também os já condenados “Ex Tunc”, haverá o perdão de todos os larápios do passado.

         Pudesse o código de leis retroagir para beneficiar os cidadãos, praticamente todas as atuais leis, incluída a Constituição, seriam revistas, dando a cada um conforme suas ações.

 

A frase que foi pronunciada:

“A tirania de um príncipe em uma oligarquia não é tão perigosa para o bem-estar público quanto a apatia de um cidadão em uma democracia.”

Montesquieu

Barão de Montesquieu. Reprodução da Internet

 

Auto estima

O Senado vai avaliar um projeto bastante sensível enviado pela Câmara dos Deputados, que aprova campanha de incentivo à doação de cabelo a pessoas com câncer. São muitos homens e mulheres que sofrem com o impacto imposto pela doença. O autor da proposta é o deputado federal Vinicius Carvalho, do Republicanos paulista.

Foto: redefemininabrasilia.org

 

Será?

Aumenta o número de passageiros, clientes do BRB, que reclamam por não conseguirem vagas no aeroporto de Brasília. A informação dada no local é que há uma área especial somente para os diretores.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

História de Brasília

Já está pronto, o projeto da via de acesso aos postes de serviços públicos, localizados nas interrupções da W-1. (Publicada em 08.03.1962)

Vitória da impunidade?

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Operação Lava Jato

 

Com a publicação de nova resolução (Lei nº 14.230 de 2021), a Lei de Improbidade Administrativa (LIA) era formalmente enterrada, tornando as sanções aplicáveis, aos maus gestores públicos, em letra morta. Assim, todos os atos de improbidade e de má gestão dos recursos públicos, e que antes acarretavam, além da inelegibilidade, instauração de processos administrativos disciplinares e diversas outras penalidades, que iam da previsão de indenização completa ao erário, devolução do patrimônio ilicitamente auferido até a perda de função pública com suspensão de direitos políticos, chegava ao fim.

Essa era, para muitos juristas, a Lei das Leis e que teria o condão de trazer o Brasil para o século XXI, acabando com a roubalheira que, há décadas, assola grande parte dos mais de 5 mil municípios espalhados por todo o país. Sob o pretexto de que estariam havendo excessos na aplicação dessa norma, prefeitos de todo Brasil fizeram um grande lobby nacional dentro do Congresso, onde, aliás, estão muitos políticos enrolados e respondendo processos por crimes contra o erário, e acabaram conseguindo que a Lei de Improbidade fosse literalmente depenada, sem dó ou piedade, por deputados e senadores, tornando, essa importante lei, uma norma inócua e sem qualquer efetividade no combate à corrupção endêmica. Vitória da corrupção que já havia conseguido esfacelar as dez medidas de combate ao crime, além da prisão em segunda instância que estava enfim assegurada. Restava, nesse velório da ética pública, acabar com o último bastião da moralidade, representado pela Operação Lava Jato.

Eram seis pilhas de um metro quadrado de área por cinco metros de altura cada, contendo notas fictícias de R$ 100, que ficaram expostas por um longo período na Boca Maldita, principal rua de Curitiba. O monumento simbolizava o montante de R$ 4 bilhões recuperados pela força tarefa da Lava Jato. É pouquíssimo, se comparado ao volume fantástico de dinheiro desviado por grupos políticos diversos, apenas na última década. É, contudo, muito dinheiro para os padrões de um país como o Brasil, onde, historicamente, a impunidade e corrupção sempre foram tratadas de forma parcimoniosa pelas autoridades, sempre constrangidas em punir pessoas e grupos do mesmo estamento social, político e econômico.

Segundo estimativas feitas por técnicos no rastreio de dinheiro de origem suspeita, o Brasil perde por ano, em média, R$ 200 bilhões com esquemas de corrupção. Somente com relação à Petrobras, calcula-se que as contas ficaram no vermelho com R$ 40 bilhões, embora, de forma oficiosa, a estatal tenha divulgado, à época, um “prejuízo” de apenas R$ 6 bilhões, com desvios de dinheiro dos cofres da empresa.

Para se defender de processos no exterior, a estatal apresentou, à época, argumento em cima da tese de que foi vítima da ação dos corruptos, embora a justiça dos Estados Unidos e de diversos outros países, que possuem recursos investidos na empresa, afirmassem que havia muitos funcionários de carreira da Petrobras envolvidos diretamente nestes esquemas nebulosos. Hoje, políticos não podem argumentar, de boa-fé, que a Petrobras não esteja fazendo bem o seu papel. É bom que seja divulgado que na verdade a Petrobras paga mais impostos do que a Aplle e Microsoft juntas.

De todas as variáveis possíveis que envolvem os diversos casos de corrupção que vieram à tona nos últimos anos, a maior certeza e o ponto fundamental que tem possibilitado o prosseguimento das ações é dado pelo apoio maciço da população ao combate de desvio de dinheiro público. A população, principalmente a de baixa renda, sente, na própria pele, os efeitos nocivos e mesmo fatais que a corrupção provoca na vida da maioria dos brasileiros.

A longa crise social, econômica e política dos últimos anos teve, ao menos, o condão de mudar a percepção de boa parte da sociedade não somente para os problemas do país, mas, sobretudo, para aumentar o desejo e a atitude de muitos em direção aos valores individuais, fazendo florescer, nos brasileiros, um sentimento mais individualista e voltado exclusivamente para as necessidades imediatas das próprias pessoas.

Os efeitos da corrupção sistêmica, conforme implantado pelos governos petistas e que tinham, como objetivos diretos, o enfraquecimento do Estado paulatinamente ao empoderamento do partido, apesar das investidas da polícia e de toda a revelação da trama, deram frutos diversos. Uns bons. Outros nem tanto. Ao aumentar a descrença na política, retardou a consolidação plena da democracia. As revelações feitas pela política e pelo Ministério Público, apresentaram, para o distinto público, uma elite corrupta e disposta a tudo para enriquecer rápido e sem esforço.

Para um país que conta com mais de 700 mil presos, em condições sub humanas de cárcere, essas revelações serviram muito mais do que um simples incentivo para a ação continuada no mundo do crime. Deu, a essa parcela da população, a certeza de que a cadeia ainda é lugar para os pobres.

 

A frase que foi pronunciada:

“Os estadistas diferem dos políticos porque os primeiros pensam no futuro do país e os segundos nas próximas eleições.”

Winston Churchill

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

Eleição virtual e verdades fakes

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Charge: Caio Gomez
Com a urna eletrônica associada à disseminação das mídias sociais e com grande número de plataformas digitais à disposição de todos, os candidatos passam, num átimo, de personagens reais a virtuais, deixando, portanto, sua existência física e se juntando ao universo do faz de conta, onde as possibilidades são infinitas, inclusive aquelas relativas à condução do eleitor para o mundo da fantasia ou à Terra do Nunca.
Os perfis dos políticos a pleitearem cargos públicos eletivos também se multiplicam, de forma exponencial, criando um mundo infinito de imagens a se misturar entre verdades escassas e mentiras abundantes. De longe, todos parecem perfeitos e ajustados à mecânica da democracia. De perto e ao vivo, são os mesmos de sempre, avessos a eleitores fora do período de campanha, agrupando-se em bancadas que mais parecem bandos, donde passam a legislar em prol do grupo e diretamente em beneficio próprio e de seus mais próximos.
São, como no tempo do fogão a lenha, avessos a mudanças, ao progresso e à modernidade institucional, que poderiam aperfeiçoar a administração pública e tirar o Brasil do atraso endêmico em que se encontra desde a chegada do primeiro invasor em 1500. Para tanto, rechaçam medidas que poderiam atalhar a impunidade perpétua, como a prisão em segunda instância ou o fim do foro privilegiado.
Ao contrário, aprovam, em ritmo acelerado, projetos para liberar cassinos, facilitando a vida do crime organizado, que poderá contar, doravante, com um misto de banco oficial e lavanderia de dinheiro. Autores desse e de outros crimes contra a população, como é o caso da flexibilização da Lei de Improbidade Administrativa, estão agora protegidos duplamente tanto pelo foro quanto pelo fato de habitarem no mundo virtual.
Mesmo atributos éticos como a verdade, ganham nesse novo espaço irreal uma nova roupagem na figura de verdade virtual, tão etérea e impalpável que, ao primeiro vento, se dissolve no ar. O perigo da democracia virtual, nos moldes como ela vem sendo implantada em nosso país é a de que percamos, definitivamente, a chance de mudanças. Mudanças que venham em benefício do cidadão, e não aquelas que são erguidas para gaudio de uma elite no poder.
É justamente esse “virtualismo” que vai nos levando de um ponto, em que os princípios da ética humana e espiritual eram dogmas aceitos para o bem coletivo e individual, para uma situação em que todo um ambiente de velhas novidades é erguido apenas para a redenção de uns poucos e a condenação de muitos.
Dentro desse novo conceito, apresentado nas telas de vídeo, os políticos parecem estar em toda par te, junto ao eleitor, experienciando suas dores e aflições. Mas, de fato, estão longe, em ambientes como resort de luxo, à beira-mar ou em seus iates, onde projetam suas presenças. Vistos por trás das câmeras, da cintura para cima, estão trajando ternos e gravatas. Da cintura para baixo estão de tangas e de chinelo de dedos num eterno Il dolce far niente.
Somente em um mundo dessa natureza, onde o eleitor e o cidadão, sequer figuram, é que se torna possível, e sem resistência mesmo de caráter ético, candidaturas ao mais alto cargo da vida pública, de personagem recém-saído da prisão, onde cumpria parte de uma pena por corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes, que, para o cidadão comum, resultaria até em pena capital. Pelo menos nesse mundo virtual, onde a sorte de todos os eleitores é lançada num jogo viciado, os cidadãos são poupados de sentir os maus odores que emanam desses mortos-vivos a perturbar a nação.
A frase que foi pronunciada:
“O mundo virtual é uma ‘praça pública’ muito mais vasta que a Praça da Paz Celestial. E você não pode enviar os tanques para esmagar internautas.”
Jared Cohen
Jared Cohen. Foto: perfil oficial de Jared Cohen no Twitter
Pode ou não?
Leitor envia vídeo comprovando o comércio em lata na parada de ônibus da 515/516 Sul. São quase 10. Enquanto isso, Brasília legal manda morador derrubar a rampa da garagem porque está fora do padrão, de lugar legalizado, com todas as taxas e impostos pagos. Vai entender! Confira no canal do Visto, Lido e Ouvido no YouTube clicando no link: Pode ou não?.
Atenção, pais!
No portal da Nova Escola, há dicas excelentes para o uso da tecnologia na Educação. Veja a lista no link: 7 ferramentas digitais que ajudam na alfabetização.
Ilustração: escolagames.com
História de Brasília
A história é longa, mas é mais ou menos assim: antigamente, quando um pobre ia parar no hospital, e não tinha dinheiro para pagar, assinava uma promissória, que ficava na tesouraria do hospital. Como o número de promissória era muito grande, resolveram mandar cobrar. Os colaboradores recebiam e não prestavam conta, e, o mais grave, recebiam de uns médicos e de outros não, havendo, então, a denúncia de que alguns médicos pagavam propinas aos cobradores para receberem de seus doentes. (Publicada em 20/02/1962)

Tempos luleiros

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Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

Enquanto a população brasileira permanece distraída com as revelações que vão sendo levantadas pela CPI da Covid e que indicam, até aqui, o cometimento de uma série contínua dos mais variados e graves crimes, tanto por empresários como por políticos e pelo próprio governo durante a pandemia, o país vai sendo virado ao avesso pelo Legislativo, na sua tentativa de desfigurar a Lei de Improbidade Administrativa (LIA), um dos maiores avanços já conquistados pelos cidadãos no controle dos gastos públicos.

Caso vingue a proposta defendida pela maioria da classe política das duas Casas do Congresso, e que conta com o apoio também da maioria dos prefeitos e governadores, a Lei de Improbidade Administrativa sofrerá um processo de abrandamento chamado ardilosamente de “flexibilização”.

Com isso, um dos mais modernos mecanismos para coibir que maus gestores permaneçam cometendo barbaridades e crimes com o orçamento público, e que foi um dos marcos da cidadania contidos na própria Constituição, perderá sua eficácia, em nome de uma vaga segurança jurídica reclamada pelos políticos. Sem as penalidades e sem os limites impostos pela Lei de Improbidade, voltamos ao tempo dos gastos públicos sem controle e, portanto, um dos facilitares da corrupção.

A supressão da modalidade culposa de improbidade administrativa permitirá o retorno e a atuação desastrosa dos maus gestores ao período pré-constitucional, quando a farra com o dinheiro público era a regra e a punição aos corruptos, pelos desvios e o mau emprego desses recursos, era uma raríssima exceção. Cada cochilo da população ou sua alienação, devido a assuntos paralelos, corresponde a uma armação dos políticos para aliviar suas responsabilidades e arrefecer quaisquer possibilidades de futuras penalidades.

O Ministério Público, que também anda cochilando nos momentos em que a população mais precisa, acordou com essa manobra e já mandou avisar que irá acompanhar de perto a desfiguração dessa importante Lei. Políticos com cargos de prefeito e governadores vinham, há tempos, insistindo na modificação dessa Lei, de forma a torná-la inócua ou ao menos inofensiva para os maus gestores.

Pelo texto modificado agora, as ações negligentes, imperitas ou imprudentes, mesmo que causem danos ao erário do estado, não poderão mais ser enquadradas como improbidade e crime, devendo no futuro serem classificadas como modalidade culposa ou sem intenção de cometimento de crime.

É o caso aqui daquele político peralta arguir que cometeu o desvio ou a má aplicação dos recursos dos contribuintes por mero descuido ou desatenção, sendo perdoado por esse ato de mal pensado. Até mesmo o prazo estabelecido pela Lei foi modificado, dando menos tempo ao Ministério Público para instaurar, apurar e concluir as investigações dos possíveis delitos; caso contrário, o crime restará prescrito.

Como se não bastassem tantos benefícios àqueles que, por antecipação, já preveem uma grande quantidade de gestões ruinosas em estados e municípios, existem aqueles políticos que advogam até que a Lei possa conter dispositivos que garantam sua imediata aplicação em favor dos réus do presente e do futuro, num movimento de retroação marota e que é a cara e o caráter dos nossos representantes, feitos a nossa imagem, segundo nosso desejo diante das urnas.

A frase que foi pronunciada:

Nenhuma administração pública será aceitável a menos que os funcionários públicos sejam educados e agradáveis com o povo.”

Amit Kalantri, Riqueza das Palavras

Amit Kalantri. Foto: nicelocal.in

Vivo

Estranho que, em um calor desses, os ovos vendidos em mercados não estejam recebendo refrigeração.

Foto: minhasaude.proteste.org

Lei humanizada

É preciso urgentemente que algum parlamentar se sensibilize com a situação de estudantes gestantes e puérperas. A lei garante a prova domiciliar. Mas agora, com a pandemia, nota-se que a vantagem não é tão grande assim. Uma aluna de medicina nos escreve contando que teve um bebê e não consegue fazer uma prova online no mesmo tempo em que os outros alunos. Precisa parar para dar atenção à criança, trocá-la, amamentá-la. Precisa de mais tempo, sem prejuízo. Há professores que não são flexíveis e apontam o “sistema de provas” como vilão.

Foto: guarulhos.sp.gov

História de Brasília

A Agência Nacional é uma repartição deficiente desde a sua fundação, ao tempo da ditadura. Ao invés de informar os atos do govêrno, fica, em geral, endeusando as pessoas, e é por isto que cada govêrno muda logo de diretor. Vem daí a política, o amigo, o compadre, o conterrâneo, e tudo mais que possa prejudicar. – AC. (Publicada em 07/02/1962)