Revitalização urbana é assunto sério demais para ficar nas mãos de políticos

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

 

Com relação ao que seria o estabelecimento de um amplo plano de revitalização do Setor Comercial Sul (SCS), a prudência manda que, antes de tudo, seja necessário a convocação de uma junta de arquitetos e urbanistas e outros técnicos gabaritados na delicada questão de soerguimento de áreas decadentes para, numa primeira etapa, elaborar o que seria apenas um pré-projeto para esse endereço.
Nesse caso, não basta atacar, especificamente, o problema da decadência do setor, com uma visão parcial da questão, uma vez que até um aluno do primeiro ano de urbanismo sabe muito bem que, dentro da macroestrutura que compõe a cidade, esse setor representa apenas uma ponta, não isolada, no intricado e orgânico projeto elaborado por Lucio Costa para a capital.
Cuidar do que seria a revitalização do SCS, desconsiderando as artérias que ligam esse ponto às extremidades do Plano Piloto, tanto Sul quanto Norte, será um desperdício enorme de tempo e de dinheiro. E o que é pior: poderá acarretar ainda mais problemas para a cidade, com reflexos, inclusive, no tombamento da capital, reconhecido pela Unesco em dezembro de 1987.
Tanto o Setor Comercial Sul, seu espelho, quanto o Setor Comercial Norte, do outro lado do Eixo Monumental, e área central do Plano Piloto entraram num processo paulatino de decadência a partir do fim do século passado, em decorrência e por contágio do que acontecia com suas artérias comerciais de ligação, representadas aqui pelas avenidas W3 Sul e Norte. Foi justamente o abandono, por décadas, dessas vias de comércio que acabou por contaminar as áreas centrais da capital.
Para quem percebe a questão crucial dos eixos que perpassam todo o desenho do Plano Piloto, fica claro que o que acontece numa parte acaba irradiando para outra ponta e vice-versa. Dessa forma, de nada adiantam esforços isolados para um rezoneamento do SCS, visando a sua revitalização urbana, sem atentar para a questão maior que é o soerguimento de todo eixo que compõe as avenidas W3 Sul e Norte.
Somente após a realização de obras de modernização e limpezas dessas avenidas é que se pode partir para a revitalização de outras áreas centrais ligadas a esses eixos. Sem isso, qualquer projeto é falho e vai representar apenas mais um puxadinho do tipo político empresarial, com objetivos distantes dos necessários.
Trata-se, aqui, de questão fundamental que precisa ser resolvida o mais rapidamente possível, porém , sem açodamentos e medidas paliativas, sob pena de irradiação dessa decadência urbana para outras partes, contaminando igualmente todo o conjunto urbanístico de Brasília, tornando esse problema de resolução cada vez mais difícil e com prejuízos para todos igualmente.
A frase que foi pronunciada
“A violência contra pessoas negras e a repetição de casos brutais, como o de João Alberto, não podem passar despercebidos pela sociedade, pelas autoridades e pelos políticos brasileiros.”
Damião Feliciano, deputado federal pela Paraíba
Damião Feliciano. Foto: camara.leg
No caminho
Criada uma comissão externa na Câmara dos Deputados para acompanhar a investigação sobre João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por seguranças em uma loja do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. O deputado Damião Feliciano coordena o grupo.
Reprodução / Arquivo Pessoal
A se pensar
Leitor nos envia uma questão sobre imóveis e Imposto de Renda. O valor do imóvel é corrigido anualmente pelo boleto do IPTU emitido pelo governo local. A Receita Federal não permite, no Imposto de Renda, que o valor do imóvel seja atualizado. Resultado: na venda do imóvel, o ganho de capital é calculado pelo valor de compra do imóvel, o mesmo declarado no imposto, o que é um absurdo. Outra observação feita é que a cobrança do ganho de capital é implacável, mas do mesmo caixa não sai verba para a perda de capital do imóvel do contribuinte.
Foto: ultimasnoticias.inf.br
Para sempre
Fabrício, assessor de imprensa do senador Petecão, explicou a razão desse nome peculiar adotado pelo parlamentar. Na verdade, foram os colegas de infância que o chamavam assim. Tudo começou, como se diz, no Ceará, rebolando a capsulinha na coxia. No Acre, a capsulinha ou bolinha de gude é chamada de peteca. O senador jogava com a criançada de Inãpari, cidade peruana onde eram conhecidas como bolitas. De peteleco em peteleco o campeão virou Petecão.
Sérgio Petecão. Foto: Sérgio Petecão
História de Brasília
A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso, e foco de agitação. É que em muitos casos há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação, e não quer mais trabalhar. Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap. (Publicado em 16/12/1961)

Absenteísmo revelador

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

 

Melhor é culpar a pandemia do Covid-19 pelos números recordes e históricos de abstenções no primeiro turno das eleições municipais de 2020. Praticamente, um terço do eleitorado, em todo o país, apto a votar, simplesmente resolveu não comparecer às urnas, escudado, segundo creem as autoridades, pelo medo de contágio.
Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, o eleitorado teria comparecido em massa mesmo o país estando em plena pandemia. Entre uma realidade e outra, é preciso observar que, verdadeiramente, o que se esconde por detrás desse absenteísmo cívico de um quarto da população está o fato de que os candidatos que se lançaram nesse pleito são por demais conhecidos da população.
No caso dos prefeitos, tiveram vitória fácil apenas aqueles que se empenharam de corpo no combate à pandemia, emprestando todo o suporte de sua administração para minorar os efeitos da virose sobre sua comunidade.
Já nas assembleias legislativas e nas câmaras municipais, a sequência de imagens captadas pelos cidadãos das reuniões desses políticos e disponibilizadas pelas redes sociais serviu como uma espécie de motivo prático para varrer muitos falsos políticos.
É óbvio que, nessa multidão de candidatos veteranos, muitos lograram escapar da faxina feita pelos eleitores e vão, ainda, permanecer mais quatro anos tirando proveito pessoal do cargo, alheios às necessidades da população. O fato é que a pandemia apenas serviu como mais uma desculpa para a ausência dos eleitores, cansados que estão da classe política e da mesmice apresentada pelos partidos políticos, transformados, aos olhos de todos, em uma empresa rendosa para seus líderes.
Por um lado, a fuga de eleitores demonstra que de nada adiantam os bilionários fundos eleitorais e partidários para turbinar a democracia, quando se verifica a baixíssima qualidade dos postulantes aos cargos representativos. Por outro, fica patente também, e isso talvez seja a mais importante lição a se tirar desse pleito gigante, que é mais do que chegada a hora de se promover uma verdadeira reforma política, que aproxime os candidatos da comunidade em tempo integral e não somente de quatro em quatro anos.
É bom que fique claro, ainda, que as redes sociais, mais do que qualquer outra instituição do Estado, têm sido a ferramenta, por excelência, a abrir os olhos do eleitorado para a pantomima em que se transformaram nossas eleições, desde a redemocratização, por enquanto, sem 5G.
A injeção de preciosos e volumosos recursos públicos para partidos e candidatos, ao contrário do que creem as autoridades, tem tido o efeito contrário de espantar os eleitores, cada vez mais desconfiados desse espetáculo burlesco. As necessidades verificadas nessa pandemia, desde o atendimento nos hospitais até a indiferença dos políticos que estão pedindo novamente votos, têm feito o cidadão acordar e dar o troco. É preciso, agora, que esse movimento cívico de indiferença venha fazer a diferença e provocar uma melhoria nesse modelo de democracia que insistem em empurrar, goela abaixo, na população.
A frase que foi pronunciada
“O passado é uma espécie de archote colocado à entrada do porvir para dissipar parte das trevas que o envolvem.”
Hugues Félicité Robert de Lamennais (1782 -1854). Filósofo e escritor político francês
Hugues Felicité Robert de Lamennais. Imagem: wikipedia.org
Fica a dica
Manoel Andrade, arquiteto e colaborador desta coluna, chama a atenção para o termo “distanciamento social”, adotado quando se trata de pandemia. Na realidade, trata-se de distanciamento físico. Do social, a internet tem cuidado.
Charge do Zé Dassilva
Voa
Por falar nisso, leia a seguir a íntegra da poesia de Marcos Linhares, conhecido jornalista da cidade. “Acordei com vontade de viajar, de abrir as asas, sair de casa, de flutuar”.
–> Voo soloAcordei com vontade de viajar
De abrir as asas
Sair de casa
De flutuar

De sentir os pés fora do chão
A poeira da estrada
A água gelada
Molhando o corpo e a alma

Estou sem calma, sem pressa
Mas agitada
Vendo a lua em plena tarde
E na noite, a alvorada

Estou quase descolando de mim
E aterrissando em algum planeta
Remarcando meu território
Refazendo meu oratório

Não sei onde vou parar
Nem se vou sair nem se vou chegar
Nem se o vulcão vai explodir
Ou se chuva vai molhar

Só sei que vou fazer algo
Que tenha cheiro de capim
De lírio, de lavanda
De hortelã, manjericão

Que não tenha placas
Mas que aplaque minha vontade
Que mova meu desejo, meu sonho
Minhas pernas, minha verdade

Acordei com vontade de viajar
De abrir as asas
Sair de casa
De flutuar

Poema de Marcos Linhares
Saudades
Gisele Santoro, viúva do maestro Claudio, foi surpreendida por uma informação dada pelo filho Alessandro. Canções de amor dirigidas a ela foram descobertas quando navegava pela internet. Ao saber do ocorrido, Janette Dornellas postou para os amigos uma dessas canções cantada por ela acompanhada ao piano pelo maestro Artur Soares.
Bons velhinhos
A Liga do Bem do Senado, capitaneada pela diretora-geral, Ilana Trombka, estendeu o espectro das cartinhas ao Papai Noel. Idosos também têm direito a pedidos. Detalhes a seguir.
Foto de início da campanha publicada nos histories do perfil oficial da Liga do Bem SF no Instagram

–> 🎅🏽 Já começou a campanha do Natal Solidário!Até o dia 10 de dezembro, você pode adotar uma cartinha para o Papai Noel e ajudar crianças, idosas e idosos de diversas instituições. Confira no link: Liga do Bem SF

👉🏽 É possível adotar dois tipos de cartas:

📩 Cartas digitais: envie um e-mail para ligadobem@senado.leg.br solicitando uma carta de criança ou idoso(a).

📬 Cartas físicas: disponíveis no galpão da Liga do Bem (Gráfica, Senado Federal, Bloco 14), de terça a quinta, das 10h30 às 16h30.

🎄 Faça parte desse time do bem!

História de Brasília
A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso, e foco de agitação. É que, em muitos casos, há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação, e não quer mais trabalhar. (Publicado em 16/12/1961)

5G e a independência do Brasil

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Albert Gea/Reuters

 

Aqueles que se empenham em buscar a verdade dos fatos sabem que, assim como a flor de lótus, que brota nos pântanos insalubres, também ela pode ser encontrada em meio à sujeira material e à degradação humana. Partindo desse princípio simples e que contradiz o senso comum de que beleza e verdade formam um único e só corpo, é preciso muita atenção às atitudes e ao empenho firme do governo chinês, no sentido de induzir a adoção, aqui em nosso país, da ainda polêmica tecnologia 5G.

Sobretudo, é preciso ficar atento ao que pode estar camuflado nesse empenho oficial, quando se assiste a sequência de ameaças veladas que seu representante no Brasil vem fazendo abertamente para impor essa que é uma agenda do Partido Comunista Chinês (PCC) sobre os interesses do nosso país.

A transformação do Brasil numa espécie de arena, onde se engalfinham americanos e chineses, cada qual defendendo a eficácia e lisura de sua tecnologia, deve ser acompanhada por todos com olhos bem vivos. A favor dos americanos, não está apenas o fato da gravitação das forças geopolíticas, mas, principalmente, por ser historiado que essa tecnologia tem seu DNA em pesquisas realizadas e desenvolvidas, ao longo dos anos, por americanos, e que foram, uma a uma, pirateadas pelos chineses, que, seguidamente, têm demonstrado nenhum apreço por questões como direitos intelectuais, tanto industriais quanto de tecnologia de ponta.

A defesa ferrenha que o representante do governo chinês faz da empresa Huawei, que seria a responsável pela venda dessa tecnologia, deixa clara a estreita ligação entre o PCC e essa gigante das telecomunicações. Fosse uma empresa que operasse em regime de livre mercado e ampla concorrência dentro da China, e sem as ligações pouco transparentes que a une à burocracia estatal daquele país, por certo, caberia aos mandatários comunistas observar as movimentações econômicas no exterior dessa empresa para fins fiscais.

Mas o empenho ferrenho e as declarações dadas por sua embaixada no Brasil deixam à mostra que essa não é, como se faz supor, uma empresa privada com pretensões singelas de lucros, mas uma empresa estatal que trabalha diretamente sob as ordens da burocracia chinesa e cujos objetivos vão muito além de qualquer pretensa parceria na área de comunicações.

A segurança nacional, tão cara à área militar do governo e tão necessária aos países modernos, não pode ser descuidada num momento como esse. O megaleilão será realizado, talvez, em 2021, e, segundo a própria Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), será o momento chave que poderá marcar uma posição de independência do Brasil em relação à pressão econômica que a China vem fazendo sobre nosso país, desde que o governo Lula decidiu que esse país asiático era uma verdadeira economia de mercado, abrindo as portas para a entrada massiva dos produtos made in china, que tantos males têm causado desde então à nossa indústria e à nossa iniciativa privada

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O carvalho poderoso de hoje é apenas a noz de ontem, que se manteve firme.”

David Icke é um criador de teorias conspiratórias britânico. Escritor e orador, dedicou-se, desde 1990, a pesquisar sobre “quem e o que está realmente controlando o mundo”. (Wikipédia)

David Icke. Foto: reprodução

 

Conhecer

Cada vez mais valorizados, os catadores e recicladores do DF terão, nas mãos, a segunda edição do Anuário de Reciclagem, que será lançado amanhã pela associação da classe, via online.

 

Diferente

Compras pela internet estão sendo entregues pela cidade depois das 19h. Questão de segurança ou mobilidade, está agradando os consumidores.

Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

 

Opinião

Leitor pontua sobre desenvolvimento, desconstruindo a ideia de que apenas a educação é capaz de salvar a pátria. “Hitler se elegeu com 30% dos votos em uma Alemanha cujo nível de educação, já naquela época, seria um sonho para nós no Brasil de hoje em dia, Trump se elegeu presidente e teve 73 milhões de votos em um país cujo nível de educação dificilmente será atingido pelo Brasil neste século, a Argentina se afunda cada vez mais na lama do subdesenvolvimento há cerca de 70 anos, a despeito de ainda hoje ter um nível educacional muitíssimo superior ao nosso, com crise e tudo mais. (Continua a seguir).

Charge do Gilmar

Que eu saiba, a Rússia acabou com o analfabetismo há décadas, acho que desde o início da Revolução. Mesmo assim, está, por livre e espontânea vontade, nas mãos do Putin e da cleptocracia associada a ele, a Inglaterra, com seu nível educacional de fazer inveja ao mundo todo, escolheu o Boris Johnson para governá-la e conduzi-la para fora da Comunidade Européia,a Itália, com seu altíssimo nível educacional, pôs o Berlusconi várias vezes no poder, o povo de Israel, com sua educação que é uma das melhores do mundo, não abre mão de ser governado pelo Bibi, os assaltantes da Petrobrás eram TODOS, SEM EXCEÇÃO, portadores de diplomas de curso superior, Ernesto Araújo e o Ricardo Sales são portadores de diploma de curso superior (e a Dilma Roussef também), dentre os apoiadores do atual presidente, ainda hoje, existe uma quantidade ENORME de portadores de diploma de curso superior, das mais diversas áreas do conhecimento. Conclusão desse meu breve decálogo: a educação NÃO É e NÃO SERÁ essa panacéia para os males do Brasil. Sinto muito por desapontar vocês, mas todas as evidências concretas mostram que a educação não resolve problemas de nenhuma nação, se essa nação for governada por uma cultura que infantiliza os cidadãos, que os exime de responsabilidade pelo que fazem e pelo que são, que os predispõe a terceirizar toda e qualquer responsabilidade pelo que fazem e pelo que são. No máximo, o que a educação pode propiciar a pessoas imersas em uma cultura assim é convertê-las em infantilóides que sabem ler, escrever e fazer contas, mas que votarão no primeiro demagogo que aparecer e prometer-lhes casa, comida e roupa lavada.

G.D.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No aeroporto há uma área para embarque e desembarque, onde ninguém estaciona. Vai daí o verde-amarelo chega, para ali mesmo, e quem quiser que salte na lama, porque o pátio de desembarque está ocupado pelo carro do governo, que está desorganizando o serviço. (Publicado em 16/12/1961)

Pandemia é assunto para médicos sanitaristas

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Wolfgang Rattay/Reuters

 

Um dos muitos males trazidos ao país pelo modelo de reeleição para os diversos cargos, tanto no Poder Executivo quanto no Legislativo, pode ser conferido, mais uma vez, agora, com a denúncia publicada em vários jornais, dando conta de que nada menos do que 7 milhões de testes para o diagnóstico do coronavírus, adquiridos ao preço de R$ 290 milhões, estão mofando há meses nos galpões do governo em Guarulhos, São Paulo, onde correm o risco de perderem a validade e se tornarem inócuos.

A relação perversa entre esses dois fatos está em que, por motivos puramente políticos, nessa pendenga envolvendo governadores e o presidente Bolsonaro, que cuida de sua reeleição desde o primeiro dia do primeiro mandato, fez com que o governo federal não repassasse, aos estados da União, os lotes para os testes. Esse jogo político mesquinho, em que o chefe do Executivo tenta desestabilizar todos aqueles governantes que não se alinham prontamente com ele, pode custar mais alguns milhares de vidas.

A tentativa de empurrar a culpa para os governadores não colou, já que cabe ao Ministério da Saúde cuidar para que esses milhões de kits, considerados como de alto padrão de eficácia, sejam distribuídos para cada membro da federação. Com essa atitude irresponsável, e que pode custar ao presidente acusações de crime de responsabilidade, fica novamente demonstrado o altíssimo grau de danos que o instituto da reeleição tem causado aos brasileiros, colocados nessas disputas como meros chanceladores de um tipo de jogo que só beneficia os próprios jogadores. Nesse tabuleiro sinistro, a população é sempre colocada como o peão a ser sacrificado para a vitória daqueles que se lixam para os altos custos de suas ambições políticas.

O Ministério da Saúde, que numa situação dessa gravidade poderia ser confiado, mesmo que extraordinariamente, a um sanitarista de renome, com experiência em casos de epidemia, foi empurrado, literalmente, para um general, especialista, segundo dizem, em logística e cuja a vivência no setor de saúde é absolutamente nenhuma. Mesmo assim, nessa questão de distribuição de kits de testes, o que se requeria, primeiramente, era o trabalho de um entendido em problemas de logística. Era preciso fazer chegar, onde seriam necessários, esses exames precisos, para que, ao menos, as autoridades tivessem um quadro mais exato do tamanho do estrago que essa pandemia vem causando aos cidadãos.

Nessa missão, também o general falhou e foi derrotado por forças que, talvez, nem suspeitasse que existissem, mas que estão acima de seu poder de mando, já por demais desgastado pelo próprio presidente, seu comandante. Mais uma vez, a questão da pandemia é colocada sob a redoma das disputas políticas, mesmo com um placar de 170 mil mortes, apenas decorrentes da primeira onda da doença.

Depois das disputas políticas em torno das vacinas, o que se espera é que as autoridades federais deixem de lado a questão da pandemia, que é um assunto sério demais para políticos.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A guerra vai continuar até que a natureza nos chame e torne inevitável a nossa civilização.”

Pepe Mujica, ex-presidente e senador uruguaio.

Foto: oglobo.globo.com

 

Registro

Não é propaganda, é um fato que precisa ficar registrado na história desta cidade. O restaurante Dom Filé, além da comida maravilhosa, na entrega em casa, deixa um bilhetinho assinado pelo dono dizendo que é bom ter você como cliente. Criticamos quando precisamos criticar. Mas, por favor, deem licença para o elogio!

Print: domfile.com

 

Insegurança

Volta às aulas. A criançada volta para a escola usando máscara durante 4h seguidas ou mais, com 3 pausas para a troca do aparato. Se os casos de Covid aumentam, se há uma segunda onda, ou não há mais tanto perigo de contaminação ou não há como compreender os movimentos de volta ao normal. Verdade é que a negação do presidente Bolsonaro à gravidade da doença parece fazer sentido agora, já que as informações são desencontradas e a causadora de tudo permanece intocável.

Charge do Cazo

 

Pesquisa

DataSenado ouve brasileiros sobre o 14º salário emergencial para aposentados. O advogado Sandro Gonçalves entregou, nas mãos do senador Paulo Paim, a Sugestão Legislativa. 87% dos entrevistados foram favoráveis. Vejam a pesquisa no link Enquete DataSenado.

 

Coragem

Ninguém pode negar que o ministro das comunicações, Fábio Faria, tem coragem. Não deve ser fácil ver o país comprado e afirmar que um dos produtos impostos tenha a característica de tocar na soberania nacional. Vamos acompanhar esse importante passo do governo federal. O relator do edital do 5G na Anatel é o conselheiro Carlos Baigorri.

Fábio Faria. Foto: economia.ig.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Novas unidades escolares estarão funcionando. São escolas com 10 salas, com a diferença de que a administração não é separada como a superquadras. As primeiras oito serão iniciadas nestes próximos dias, e se cabe reivindicar alguma para alguém, que vá uma para a Coréia e outra para os JK. (Publicado em 19/01/1962)

Qualificar o voto e o eleitor

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Cazo

 

No Festival de Besteirol que Assola o País na área política, ou mais resumidamente (FeBeAsPa), o que parte da população é obrigada a presenciar, desde o retorno do regime democrático nos anos oitenta, não deixa margem para dúvidas de que estamos sendo representados, desde então, pelo o que somos em síntese, como povo e cultura. Ou, pelo menos, do que deixamos de ser, por uma negligência histórica.

Dessa constatação, que para alguns pode ser até chocante, podemos presumir que aquela parcela da sociedade, que ainda insiste em ter os olhos postos sobre a realidade do país, essa é, talvez, uma situação que vai perdurar enquanto não for solucionado, na base, ou seja, no próprio seio do eleitorado, o problema da carência crônica do ensino público.

Enquanto perdurar a insuficiência na educação e formação dos brasileiros, não há como aperfeiçoar o modelo de representação política e, principalmente, o perfil dos representantes. Em outras palavras, o que se pode deduzir dessa premissa é que um país carente de educação não pode, em hipótese alguma, possuir um modelo bem desenhado de democracia.

Essa relação estreita entre democracia e educação é facilmente observável na maioria dos países desenvolvidos que investiram pesado no ensino público, tanto no aspecto material como no aperfeiçoamento e valorização plena dos profissionais dessa importante área.

E esse foi um projeto de prazo bem longo. Com isso, fica patente que ainda teremos muito caminho a percorrer, até atingirmos um modelo próximo do ideal de democracia moderna, funcional e, o que é mais importante, calcada em princípios éticos, sólidos e amplamente aceitos por todos. É preciso que fique claro também que não basta somente um conjunto de leis, elaborado por uma minoria douta e imposto de cima para baixo aos indivíduos pouco esclarecidos, ainda mais quando se sabe que a maioria dos brasileiros não consegue compreender, uma linha sequer, do que está escrito em nossos alfarrábios de leis.

É graças a essa carência na educação pública de muitos e dos eleitores, em particular, que se assiste a perpetuação de uma classe política que está na raiz de nosso subdesenvolvimento crônico. Talvez, por isso mesmo, qualquer projeto de educação sério e de longo prazo jamais tenha vingado em nosso país. Há séculos, percorremos o que parece ser um caminho circular que nos remete sempre ao mesmo ponto de partida.

Na verdade, há um projeto implícito de manutenção de uma multidão de iletrados como forma de assegurar a longevidade desses grupos políticos dominantes. Não é por outro motivo que os clãs familiares se repetem no poder, numa transição monótona e lesiva aos brasileiros.

Não surpreende, pois, que nas universidades e em outros centros de cultura medram as raízes da insurgência contra o status quo. O pior é saber que esses problemas de características políticas não podem ser resolvidos no próprio âmbito político contaminado que temos, onde as resistências em aceitar as propostas que vão de encontro aos anseios da população são imensas e intransponíveis.

Os fundos partidário e eleitoral, as dezenas de legendas, a impunidade dessa elite, para quem o próprio Supremo parece trabalhar, os seguidos escândalos de corrupção que se repetem sem interrupção e outras centenas de mazelas a envolver esses grupos constituem-se, apenas, como pano de fundo para um cenário onde são exibidos falsos duelos ideológicos a animar e iludir a plateia atônita.

Essas últimas eleições deram uma mostra dessa pantomima, ao reeleger os mesmos núcleos de poder político que, há décadas, são destaques nas páginas policiais. Como consequência, não há que alimentar esperança alguma de que o atual quadro venha a mudar, uma vez que persiste o dilema da pouca qualificação do próprio eleitor.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As empresas querem apenas aumentar seus lucros; cabe ao governo garantir que distribuirá o suficiente desses lucros para que os trabalhadores tenham dinheiro para comprar os bens que produzem. Não é nenhum mistério – quanto menos pobreza, mais comércio. O investimento mais importante que podemos fazer é em recursos humanos.”

José Mujica, ex-presidente e senador uruguaio.

Foto: oglobo.globo.com

 

Caso de polícia

Pergunta da vizinha. O caso de um cachorro latindo o dia inteiro pode ser considerado, pela lei, como maus tratos para o animal, falta de cuidado, atenção, alimentação. E para o humano obrigado a ouvi-lo?

Foto: petlove.com

 

Mãos à obra

Hoje, às 9h30, no Grupo de Escoteiro Lis do Lago, QL 6, a comunidade vai se reunir, com os devidos cuidados de saúde, para  organizar a agenda de  plantio de árvores no Lago Norte, ciclo 2020/21. O grupo Adrena Hunters, voluntariamente, irá cavar os berços nos locais de plantio com máquinas furadeiras.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA    

Pessoas que participaram da concorrência para gramar a cidade, informam que a firma vencedora não está cumprindo com as determinações do contrato, e apontam como infração o fato de o terreno não ter sido arado, não ter sido gradeado nem nivelado. (Publicado em 15/12/1961)

O papel dos tribunais de contas no combate à corrupção

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Ricardo Welbert

 

Melhorar o desempenho e até rever o papel dos tribunais de contas em nosso país é sempre uma agenda a ser levada em conta. Em 1996, quando ainda era professor de Direito Constitucional, Luís Roberto Barroso, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que os Tribunais de Contas dos Estados (TCE’s) haviam se transformado em verdadeiros governos paralelos. Com isso, o entrevistado estava confirmando o que muitos brasileiros espalhados pelos mais de cinco mil municípios do país já desconfiavam há anos.

A corrupção, um mal que nos aflige, praticamente, desde sempre, mas que vem se recrudescendo nos últimos anos, por diversos fatores, poderia, num país ideal e distante, ser debelada ainda na nascente, caso houvesse um exame sério e criterioso das operações financeiras e dos registros contábeis nas repartições destinadas a esse fim, que são os tribunais de contas.

Para muitos especialistas no assunto, como é o caso do parnaibano José Daniel de Alencar, autor de uma dezena de livros sobre o tema, uma das causas fundamentais da corrupção endêmica, que há anos assola o país, está justamente na “condenável submissão dos órgãos de controle internos e externos, responsáveis pela fiscalização do emprego de recursos públicos, aos Poderes Legislativos, Executivo e Judiciário” tal como se encontram inseridos em nossa atual Constituição.

Segundo esse especialista que já ocupou importantes cargos de chefia na Coordenação de Auditorias e Controle, inclusive no Distrito Federal, faz-se necessário, entre outras medidas, tornar os fiscais de aplicação de recursos públicos independentes, como acontece atualmente nos Estados Unidos. O remédio para a corrupção, recomenda José Alencar, é a prevenção. O que parece, à primeira vista, uma receita simples é, para quem entende do assunto, a medida básica para conter a sangria de recursos públicos.

São justamente esses relatórios, preparados por técnicos concursados e isentos, que vão sugerir as providências a serem adotadas para a correção das falhas detectadas. Do ponto de vista legal, a importância da fiscalização dos gastos públicos é primária e se assenta no que reza o parágrafo único do Art. 70 da atual Constituição, quando estabelece que “prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelas quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigação de natureza pecuniária.” Ao transformar os tribunais de contas em meros auxiliares das casas legislativas, torna inócua parte importante dessas cortes contábeis.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Pertenço a uma geração que quis mudar o mundo, fui esmagado, derrotado, pulverizado, mas continuo sonhando que vale a pena lutar para que as pessoas possam viver um pouco melhor e com um maior senso de igualdade.”

Pepe Mujica, político do Uruguai

Foto: oglobo.globo.com

 

Denúncia

Leitora faz um alerta sobre a estratégia existente no caso do Plano de Saúde da Sul América: provocar inadimplência com objetivo de cancelar apólices, principalmente de idosos. Na esperteza, não encaminha os boletos para pagamento, daí surge todo tipo de dificuldade para efetivação, quando causam um atraso de 60 dias respaldando o cancelamento planejado.

Imagem: saudesulamericasa.com

 

Dúvida

Se for preciso que os cursos preparatórios sejam à distância durante a pandemia, que sejam. O que não está claro é sobre a gravidade da questão. Basta ver que as crianças voltaram para as escolas e pessoas de todas as idades frequentam as praias. Esse não é um vírus seletivo. Ou é?

Foto: DF Legal/Divulgação

 

Consome dor

Péssima iniciativa do Banco do Brasil em cortar a parceria com as lotéricas. Certamente, a cúpula do banco não imaginava que o serviço fosse tão fácil, prático e econômico para os consumidores.

Charge: tribunadainternet.com.br

 

Cidadania

Muitas ideias interessantes sobre o assunto governo e áreas verdes Lago Sul e Lago Norte. A população está acompanhando o passo a passo, trocando ideias e até pautando a cobrança das obrigações do GDF que não estão sendo cumpridas. Um dos moradores tentou aliviar a tensão com a mensagem: “Vamos nos desesperar com calma!”.

Cartaz: agenciabrasilia.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E completam a acusação, com a denúncia de que o contrato exige 70 mudas por metro quadrado, e a média de plantio está sendo de 25. (Publicado em 15/12/1961)

Sabe de nada, inocente! 

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Luiza Erundina com Guilherme Boulos. Imagem: Folhapress

 

Anedota que corre pelas terras do sul do país diz que os eleitores gaúchos, por sua teimosia histórica, votam na esquerda, depois saem em massa em direção ao estado de Santa Catarina e do Paraná, em busca de empregos e melhores condições de vida. Pelo sim, pelo não, o fato é que muitos analistas acreditam, de olho nas pesquisas, que a candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, para prefeitura de Porto Alegre é quase certa. Com a ausência de boa parte do eleitorado gaúcho nas urnas, a esquerda, mais disciplinada, tem aproveitado a oportunidade e está quase chegando ao comando da capital, correndo paralelo aos acontecimentos que se desenrolam do outro lado da fronteira, na Argentina, onde a esquerda avança sobre um país em ruínas.

Em São Paulo, o mesmo fenômeno ocorre com a disputa entre os candidatos Boulos e Covas. A questão é saber que importância esses fatos, que vêm ocorrendo a quilômetros de Brasília, têm para o futuro político da capital. Isso depois que forçaram a cidade a entrar nesse jogo de disputas, onde quem mais perde é o cidadão, que é chamado a pagar as contas dos gastos astronômicos deixados pelos políticos.

Dois fenômenos trazidos pelas eleições em segundo turno, que hora se processam tanto no Rio Grande do Sul quanto em São Paulo, podem esclarecer melhor o que, hipoteticamente, está por vir em direção também a Brasília. Primeiro, é possível detectar que a posição um tanto inusitada, que coloca Manuela e Boulos com possibilidades de chegar ao comando das prefeituras dessas duas importantes cidades, pode ser explicada pela situação de vantagem que esses dois postulantes aparecem nas mídias sociais, talvez por conta de uma maior cumplicidade e intimidade que esses dois candidatos têm com essas mídias. Em segundo lugar, essa posição que, para alguns, pode prenunciar um retorno e um avanço das forças de esquerda no controle do país deve-se a um maior envolvimento dos eleitores jovens nessas campanhas, talvez até uma espécie de revanche contra as posições extremadas do bolsonarismo em relação às mulheres, às causas gays e outras bandeiras que a juventude enxerga e assimila constantemente nas universidades e nos movimentos culturais.

Também o apoio dado por uma coleção de artistas a esses candidatos de esquerda empresta certo peso às suas candidaturas e ajuda na identificação com a população mais jovem. Mas, contudo, não basta o fenômeno das mídias sociais e a adesão da classe artística para alavancar e tornar viável essas candidaturas, ainda mais bem no meio do mandato do atual presidente, com o cacife que ainda lhe resta.

De toda forma, um fato muito maior e de alcance planetário vem chamando a atenção de boa parte da classe política no Ocidente: cada vez mais, a população jovem em todo o mundo, principalmente em países de grande prosperidade econômica, está declarando sentimentos de afinidade com as ideias de socialismo, comunismo e outras de vertente esquerdista. Tanto na Europa Ocidental quanto nos Estados Unidos, mais e mais, os jovens se declaram simpáticos às esquerdas. Nos Estados Unidos, esse sentimento é mais observável, inclusive com parcela significativa dos militantes do tradicional Partido Democrático local, declarando-se abertamente adeptos da cartilha socialista.

O mais curioso é notar que esses jovens, vivendo na maior abundância material que o capitalismo pode proporcionar, e mesmo desconhecendo a verdadeira face do comunismo e o que esse regime provocou no mundo entre ruínas e mortes, ainda assim se empenham em reviver a esquerda em seus países. Para essa população que clama por menos liberdade de mercado e mais poder de intervenção do Estado, o futuro parece se desenhar com tintas escurecidas.

Para a geração de professores universitários que, durante a guerra fria, conseguiu imigrar para os países capitalistas, principalmente os economistas, sociólogos, estatísticos e outros letrados em ciências humanas e que viveram, sob esses regimes, anos e anos de agruras e falta de alimentos e oportunidades, ouvir seus jovens alunos pregarem a favor do comunismo soa como um retorno ao inferno. Para outros, como o professor de economia, o  romeno Rosíu Ovidiu Petre Octavian, essas pregações de seus pupilos eram acolhidas com um sorriso no canto dos lábios e um silêncio de quem diz para si próprio: “não sabem de nada, inocentes”.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:     

“Quanto mais o tempo passa, menos eu significo pras pessoas e menos elas significam pra mim.”

Charles Bukowski, romancista estadunidense nascido na Alemanha

Charles Bukowski. Foto: reprodução

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Hoje, é o aniversário de um homem tímido, inteligente, capaz, seguro, às vezes ingênuo, que confia nos homens, acredita nas palavras alheias. Hoje, é o aniversário de um homem simples, que tem tudo para ser orgulhoso. Hoje, é o aniversário de um gênio. Bom dia, doutor Oscar Niemeyer. (Publicado em 15/12/1961)

Somos tão ricos e tão pobres

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Embrapa/Ronaldo Rosa

 

Uma nova economia tropical é possível para o pleno desenvolvimento do país. Para tanto, basta que o Brasil invista fundo no conhecimento de sua rica biodiversidade. Pouco foi feito nesse sentido. Um novo modelo de economia tropical deve ser baseado na ciência, na tecnologia e na inovação aplicada ao que os cientistas chamam de “ativos biológicos” naturais de nossas florestas. E não é só na Amazônia, que é a principal depositária dessa biodiversidade, mas em outros biomas também como a Mata Atlântica, e o Cerrado, onde essa diversidade biológica é enorme e em boa parte ainda desconhecida dos brasileiros.

Plantas e animais, toda essa diversidade é resultado de centenas de milhões de anos de evolução biológica da nossa natureza, e deve ser, por isso mesmo, considerada a nossa maior riqueza, nosso maior potencial. À medida em que avançarmos nas pesquisas sobre essa biologia complexa, descobriremos um potencial jamais imaginado que está ali, há séculos, bem debaixo de nosso nariz.

Sinal mais claro de que seria bom um programa nacional para conhecimento da diversidade biológica é o interesse estrangeiro. Não podemos proteger o que não é do nosso conhecimento. Somos o único país no mundo com essa diversidade biológica e isso vale muito mais do que qualquer gado, soja ou exploração de minérios. Durante o período militar, houve uma certa preocupação em tornar o Brasil um país economicamente independente não apenas na área energética, mas em outros setores. Naquela ocasião, foram construídas algumas hidrelétricas importantes, investiu-se no biodiesel, no etanol, com destaque também para a geração de energia elétrica em usinas nucleares.

Para o pesquisador Carlos Nobre, se naquela mesma época tivéssemos criado também a Embrabio, empresa brasileira de aproveitamento econômico da biodiversidade, o Brasil teria uma outra economia. “Nesse século XXI, o maior valor econômico não está mais centrado em bens materiais, nem energia, nem minerais, hoje o referencial de riqueza de uma nação é o conhecimento, afirma o cientista.

Ao insistir na importância do estudo de nossa biodiversidade, como ela interage e como a natureza resolveu alguns problemas, o cientista acredita que poderemos encontrar uma via que irá nos conduzir a uma nova economia, ou mais precisamente no que chama de bioeconomia. Os países desenvolvidos, alerta, já sabem que a bioeconomia será muito poderosa num futuro próximo.

A partir de 2030, a Alemanha já projeta que 25% de toda a sua economia estará centrada na bioeconomia, retirando, da biologia mais profunda, novas e inusitadas riquezas. Infelizmente, nós que temos a maior biodiversidade do mundo ainda não percebemos, de forma clara, todo esse potencial à nossa disposição.

Numa análise simples, é possível verificar que o potencial da biodiversidade de uma região como a Amazônica é infinitamente maior do que a criação de gado, a mineração e outros. Para se ter uma ideia, o Guaraná, a Castanha do Pará, a Andiroba, a Copaíba e outros produtos, que antes tinham pequeno valor econômico, hoje são bem cotados dentro e, principalmente, fora do país. O caso do Açaí é exemplar. Hoje essa fruta tem uma produção de 250 milhões de toneladas e é consumida em todo o mundo, gerando riqueza e mantendo a floresta em pé.

Apenas com relação à esse único produto, já se sabe agora que a semente e o palmito do Açaí possuem também múltiplos e fantásticos usos, o que pode aumentar, ainda mais, o valor desse produto nos mercados internos e externos. Essa fruta, até há pouco tempo desconhecida da maioria dos brasileiros de outras regiões, gera em divisa para a Amazônia US$ 1,8 bilhão ao ano. Na indústria mundial, esse valor é dez vezes maior. E esse é apenas um produto. Portanto, é preciso entender essa diversidade biológica a partir do biomimetismo, ou seja, entendendo como a natureza resolveu certos problemas.

Nesse ponto, Carlos Nobre cita o exemplo de uma cientista da Amazônia, que através da observação da garra da formiga cortadeira daquela região, desenvolveu uma pinça cirúrgica muito mais eficiente e que hoje está sendo muito usada em outras partes do mundo. A Amazônia será o grande celeiro de conhecimento da bioeconomia. Para esse respeitado pesquisador, temos que ter um certo orgulho nacional de criar um modelo de desenvolvimento e sermos o primeiro país tropical a vir a ser desenvolvido, graças à nossa própria biotecnologia.

Temos, ainda, que aprender e respeitar o valor, com repartição de benefício, do conhecimento tradicional, sobretudo, das comunidades indígenas que possuem um grande conhecimento da riqueza dessa nossa biodiversidade. Temos que ser descobridores da nossa biodiversidade e não copiar outros países. Para tanto, teremos que fortalecer muito a nossa capacidade científica. O caminho é longo. Temos que ter essa autonomia, essa vontade, preparar o país, reforçando nossas pesquisas científicas internas. Para Carlos Nobre, a pesquisa em nosso país, nos últimos anos, tem ido totalmente na contramão do que vem sendo em outros países. Nossas pesquisas, diz, estão sendo abaladas, desprestigiadas, e mesmo massacradas, o que prova que a ciência brasileira continua a não ser vista estrategicamente por aqueles que estão no comando do país.

Para ele, à medida em que as pesquisas científicas em nosso país não são vistas como elemento central de desenvolvimento, o que teremos pela frente é o caminho do retrocesso muito mais perigoso, a longo prazo, do que as próprias crises políticas que agora experimentamos com a descoberta dessa avalanche de casos de corrupção.

Desprestigiar a nossa ciência, avalia, amputa a capacidade de o Brasil crescer a longo prazo. É preciso, ainda, deixar claro que a biotecnologia e a bioeconomia são ciências interdisciplinares, até mesmo transdisciplinar, e que envolvem, não apenas biólogos, mas bioquímicos, engenheiros de biotecnologia, físicos, químicos e todo o amplo conjunto de técnicos, que vão transformar toda essa riqueza biológica em bem- estar social para os brasileiros.

Temos, portanto, como missão, daqui para frente, pensar um modelo brasileiro e tropical de desenvolvimento com base em nosso principal ativo, que é a nossa riquíssima biodiversidade que teremos que proteger contra as investidas cegas de outros setores da economia, como vem sendo feita, por exemplo, pelo agronegócio.

 

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Novacap está disposta a reaver as granjas distribuídas a pessoas que não residem em Brasília, nem nunca tomaram posse da terra que lhes foi cedida. Há muita gente importante na primeira relação. (Publicado em 15/12/1961)

A ilógica estratégia do eleitor

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Laerte

 

Entre os muitos desafios a serem levados adiante por toda imprensa que se apresente como séria, está o de se colocar como uma espécie de desmancha prazeres, mesmo quando os fatos insistem em se mostrar do agrado da maioria dos cidadãos. Nesse quesito, tal imprensa se mostra invariavelmente mais realista que os reis o que a torna indigesta para os poderosos de plantão. Não raro, esse tipo de imprensa sobrevive apenas pelo poder de confiabilidade que desperta entre os leitores mais atentos, o que a transforma numa espécie de farol a guiar apenas aqueles que navegam nas águas da ética e da cidadania.
Talvez seja essa a principal atribuição desse tipo de imprensa, nesses tempos de verdadeiras enxurradas de informações. Um dos sinais mais fortes a indicar esse tipo de mídia é que ela, invariavelmente, desagrada os membros do governo, sobretudo, aqueles para quem a verdade e os fatos possuem mais de um ponto de vista.
Infelizmente, esse tipo de noticiário perdeu muito de seu brilho, com a abdução de suas redações pelo poder encantatório das ideologias, o que obrigou a verdade dos fatos a sobreviver aos filtros das preferências políticas pessoais. Esse “nariz de cera” ou circunlóquio introdutório vem, a propósito das eleições desse domingo último em 5.569 mil municípios, elegendo bancadas nas câmaras legislativas e nas prefeituras locais, no que seria, em números, a maior festa democrática do planeta.
Ocorre que, terminada a festança e verificado parte dos candidatos que conseguiram se eleger para esses próximos quatro anos, a sensação é de desânimo, para dizer o mínimo. Obviamente, não cabe aqui nesse espaço, analisar cada um dos vitoriosos. Mas, num apanhado geral, observando-se apenas as principais capitais e municípios, o sentimento que prevalece é o de que essa foi apenas mais uma outra eleição, como tantas, principalmente, se levarmos em consideração que as forças políticas que alcançaram o poder são formadas, basicamente, pela junção do que se convencionou chamar de Centrão, ou seja: o conjunto heterodoxo e utilitarista formado por políticos de diversas vertentes de interesses, que se aglutinaram num grande grupo para forçar as muralhas do Estado e lá estabelecer seu quartel-general e centro de operações.
PSD, PP, DEM e outras legendas do gênero sempre afoitas em manter seus feudos conseguiram, mais uma vez, e desde o retorno da democracia há mais de três décadas, angariar o apoio da maioria da população, a mesma que insiste em reclamar daqueles que só serão novamente vistos daqui a quatro anos.
A questão aqui não é saber como essas forças do atraso que, invariavelmente, aparecem nas listas da Polícia Federal, envoltos em casos rumorosos de corrupção, são seguidamente eleitos, geração após geração. Mas, antes de tudo, é preciso entender porque aqueles que mais são prejudicados por esse modelo de fazer política insistem, a cada quadriênio, em recolocar no poder, justamente esses mesmos protagonistas e seus clãs, que repetirão os vícios de administração, danosos a todos, indistintamente?
Aqueles que obtiveram a vitória nas urnas estão apenas cumprindo uma espécie de desígnio que herdaram de seus antepassados e, portanto, não degeneraram. São o que são. Os eleitores, não. Eles tiveram mais uma chance de interromper esse ciclo perverso, mas preferiram, por um poder sobrenatural masoquista, continuar na condição de oprimidos. Vai entender.
A frase que foi pronunciada
“Todo governo é suspeito até prova em contrário. Não lhe é concedido o benefício da dúvida.”
Charge: nanihumor.com
Curiosidade
O primeiro selo postal brasileiro (e o segundo do mundo) é o Olho de Boi, de 1842. O primeiro selo postal do mundo foi o “Penny Black”, criado na Inglaterra, em 1840.
Imagem: wikipedia.org
Vivo
Serviço da telefonia móvel é sofrível. O número de reclamações em todos os canais disponíveis à opinião dos consumidores é escandaloso. Cancelar a linha? Impossível. São horas de espera.
Charge do Dennis
Prata da Casa
Cineasta de Brasília e artista plástica, Joana Limongi, dirigiu os vídeos da campanha do primeiro prefeito quilombola do Brasil, Vilmar Kalunga, eleito em Cavalcante, Goiás, na Chapada dos Veadeiros.
Joana Limongi. Foto: annaramalho.com
História de Brasília
Doutor Valmores Barbosa, com as obras no aeroporto, o estacionamento está desorganizadíssimo. Os abusos dos chapas-brancas e verde-amarelo, então, são incontáveis. Ou é proibido o estacionamento a todo o mundo, ou, então, não é para ninguém. (Publicado em 16/12/1961)

Eleições de criminosos ameaçam nossa frágil democracia II

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Duke para domtotal.com

 

Já foi mencionado, aqui neste espaço, o grande perigo para a frágil democracia do Brasil que o avanço de representantes do crime organizado e das milícias vem empreendendo sobre o aparelho do Estado por meio do processo eleitoral. Em cidades como o Rio de Janeiro, esses sinais são bem claros para todo mundo e ocorrem sobre os cadáveres de muitos candidatos, abatidos, um a um, em plena luz do dia.

A pavimentação com o sangue daqueles postulantes, que não interessam aos criminosos, dá uma pista do que está se armando no horizonte, fazendo com que nossa atual situação transforme as sete pragas do Egito Bíblico num conto infantil.

Uma vez atingida a posição de mando dentro do Estado com suas ramificações posteriores, apanhar esses malfeitores será tarefa de difícil execução, pois esses facínoras terão as facilidades do cargo para se manterem impunes até o trânsito em julgado, o que nunca acontecerá.

De uma tempo para cá, o crime organizado vem se especializando na lavagem de dinheiro e, não por acaso, tem encontrado, nos labirintos das instituições públicas, um recanto tranquilo para expandir seus negócios, ao mesmo tempo em que branqueiam e oficializam a origem de seus butins.

Já se foi o tempo em que obras de arte, cavalos, fazendas, times de futebol e outros meios, eram usados para lavar dinheiro. Também não é segredo para ninguém que o crime organizado muito tem aprendido com os mestres da corrupção, travestidos de políticos, quase sempre impunes, mesmo depois de saquearem bilhões de reais dos cofres públicos a cada ano. Apenas nesses últimos meses, 14 candidatos às eleições municipais no estado do Rio de Janeiro foram baleados. Oito morreram, todos disputavam o pleito pela Baixada Fluminense, área de disputa entre traficantes e milicianos. Em outras regiões, os casos se repetem. Nessas e em outras áreas, só fazem campanhas políticas os candidatos com licença prévia dos bandidos que comandam o local.

A lei do silêncio é total. Também a população, em meio ao fogo cruzado, é assediada e coagida a votar apenas nos candidatos apontados pelos quadrilheiros. Uma investigação séria em qualquer dessas câmaras legislativas mostra, facilmente, indivíduos envolvidos com essas facções. Essas eleições têm apontado que o crime organizado já arrombou a porta do Estado de onde comandam seus negócios, dentro e fora dessas instituições. Alguns analistas dessa situação não têm receio em afirmar que o Brasil vive um processo de “colombialização”, nos mesmos moldes em que eram vistos naquele país sul americano na década de oitenta.

Para coroar uma situação que em si já é por demais dramática, está em curso um amplo movimento apoiado, inclusive, pelo atual presidente da República e muitos de seus ministros e apoiadores, para o retorno dos cassinos ao Brasil. Caso isso venha a ocorrer, estarão dados todos os elementos para a criação de um Brasil paralelo, comandado por uma espécie de organização formada por políticos corruptos, crime organizado e um tipo de forças armadas que, em seguida, também virá constituída, exclusivamente, para dar proteção a essa gente poderosa e abafar quaisquer tentativas de moralização do Estado.

Em tempos de pandemia e de profunda crise econômica, com milhões de desempregados, fechamento de milhares de estabelecimentos e de incertezas políticas de toda a ordem, está dado o caldo ideal para a fermentação desse Brasil que não podemos aceitar nem nos mais sinistros dos pesadelos. Os brasileiros de bem sabem que o que o país necessita é de boas escolas, hospitais eficientes, segurança, trabalho e assistência adequada do Estado, e não de cassinos e outros tipos de negócio cuja única função é enriquecer a bandidagem e aumentar, com isso, a criminalidade e a violência, já em níveis de guerra civil não declarada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:   

“Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, eu sabia que, se eu não deixasse minha amargura e meu ódio para trás, eu ainda estaria na prisão.”

Nelson Mandela, advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999

Nelson Mandela em Johannesburg, Gauteng, em 13 May 2008. Foto: wikipedia.org

 

Mais conforto

No total, 14 paradas de ônibus entregues pela Secretaria de Transporte e Mobilidade. Lago Norte, Trevo Triagem Norte, Sol Nascente, Ceilândia, Planaltina e Samambaia. Algumas forçam a parada dos carros que estão atrás dos ônibus, por falta de recuo. Mas os passageiros estão mais seguros em lugares mais confortáveis. A grande novidade é o acesso para os cadeirantes, com rampas que facilitam a mobilidade.

Parada nova em folha na avenida principal do Sol Nascente / Pôr do Sol | Foto: Semob

 

Interessante

Há mais de 15 dias, a imprensa mostrava as praias do Rio de Janeiro lotadas. Nenhuma tragédia covidiana aconteceu. Aqui em Brasília não é diferente e o reflexo disso é claro: como o hospital de Santa Maria, que transformou leitos para pacientes do Covid para pacientes com outros tipos de atendimento.

Foto: Leandro Cipriano / SES

 

Crimes

Não é novidade nenhuma que, em países ricos, as mulheres podem decidir pelo próprio corpo, ignorando o corpo de um embrião, ou uma criança que ainda não nasceu. O que vem à tona, mais do que as feministas gostariam, é o assunto sobre a venda de órgãos e tecidos de bebês abortados. Leia mais em Imagens chocantes denunciam tráfico de órgãos de bebês humanos nos EUA.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Na homenagem dos “Diários Associados” ao prefeito Sette Câmara, um detalhe muito comentado foi o sapato e a boca da calça do prefeito completamente enlameados. (Publicado em 16/12/1961)