Brasília, de quem?

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

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Foto: jornaldebrasilia.com.br

 

Desde 1960, os leitores que acompanham o dia a dia dessa coluna, sabem que desde o primeiro momento de sua publicação, a defesa dos interesses da capital do país tem sido um norteador e uma prioridade absoluta desse espaço. Mesmo após o falecimento de seu fundador, o jornalista Ari Cunha, essa tem sido a bandeira defendida e seguida pela coluna Visto, Lido e Ouvido. Obviamente que, ao se colocar de forma incisiva e intransigente na defesa do Distrito Federal, da sua população e dos ideais que guiaram seus idealizadores, não foram poucas as vezes que contrariamos pessoas e grupos poderosos, cujos os interesses não coincidiam com os mesmos professados pelos brasilienses, pelos pioneiros, pelos candangos e outros grupos que para aqui vieram em busca de uma nova cidade que pudesse abrigar o novo homem, conforme proposto e sonhado por aqueles que projetaram e construíram a nova capital do país.

Para essas paragens selvagens, vieram os brasileiros movidos pela coragem e desapego, em busca apenas de uma oportunidade para viver com dignidade junto a sua família. Não foi por outro motivo que, quando se anunciou a tal da maioridade política para a capital, nos mesmos moldes em que eram realizados em outras unidades da federação, essa coluna foi tomada por um misto de desalento e premonição de que essa inovação na administração do Distrito Federal não resultaria em ganhos para a seus habitantes, mas, e sobretudo, em lucros e favorecimento para os políticos e todos os grupos a eles ligados, como era prática corrente em outros estados brasileiros.

O temor era que os ideais políticos e partidários viessem a se sobrepor aos reais interesses da capital e de sua gente. Hoje, passadas quase três décadas dessa experiência, infelizmente temos que considerar as premonições eram não só acertadas, como ultrapassaram aos mais pessimistas vaticínios. Em boa hora e como uma graça dos céus, quis o destino que Brasília fosse incluída no rol das cidades monumentos tombados pela Unesco, o que, de certa forma, deu uma visibilidade internacional a capital, dificultando, em certo ponto, que viesse a ser completamente desfigurada como pretendido por muitos.

O inchaço da cidade e a superlotação dos serviços públicos, a criação de bairros inteiros sem infraestrutura e sem planejamento, o esgotamento dos recursos hídricos, a invasão de terras públicas, a corrupção desenfreada, a construção de verdadeiros elefantes brancos sem utilidade para a população, a precariedade nos transportes e na segurança pública estão entre algumas heranças deixadas pela experiência trazida pela representação política imposta à capital.

Embora se saiba que essa situação jamais será revertida, essa coluna vai continuar insistindo para que os ideias que orientaram a construção de Brasília permaneçam vivos. Nesse sentido, repudiamos e alertamos para o perigo representado pela declaração feita pelo atual governador Ibaneis, que classificou o tombamento de Brasília como “hipocrisia boba”. A fala foi feita durante a entrega à iniciativa privada do complexo composto pelo estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Centro Aquático Cláudio Coutinho. Lembrando que, com relação ao Mané Garrincha, considerado um dos estádios mais caros do planeta e cujos os políticos e empreiteiros estão sendo processados na justiça, foi justamente uma dessas heranças malditas legadas pela administração política da capital.

Para o atual governador a cidade, em função do tombamento, “vive atrasada”. Não se sabe o que o governador quis dizer exatamente com essa afirmação. O fato é que declarações como essa mostram a necessidade de ficarmos ainda mais alerta e atentos para que novas heranças malditas não possam ser deixadas por aqueles que estão apenas de passagem por essas bandas.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Deixemos entregues ao esquecimento e ao juízo da história os que não compreenderam e não amaram esta obra.”

Juscelino Kubitschek

Foto: Gervasio Batista/Arquivo Público do Distrito Federal

 

 

Alemanha

Depois da tragédia de Brumadinho, a empresa alemã TÜV SÜD parou de emitir certificações de segurança em barragens. Será que os alemães sabem que o acidente poderia ser evitado pelos germânicos? É só uma sugestão para o programa da TV alemã “Extra 3”.

Foto: Divulgação / TÜV SÜD

 

 

Noruega

Em Barcarena, no estado do Pará, fábricas norueguesas contaminavam a água causando diarreia e vômito na comunidade e o envenenamento dos peixes. Como tudo o que incomoda termina em morte no Pará, foi o que aconteceu. Paulo Nascimento, que organizava protestos sobre o assunto, morreu assassinado. E quem poderia falar alguma coisa disse apenas que isso era um caso para a polícia. É só para mostrar a autoridades da União Europeia que, antes de banir importações do Brasil, como sugerem os países nórdicos, saibam sobre os estragos que fazem por aqui.

Foto: Ascom/Semas

 

 

Amizade

Alemanha e Noruega são países amigos do Brasil. Se algumas empresas mancham nossa natureza muitas outras iniciativas alemãs e norueguesas, sem interesses comerciais, participam dando a mão para minimizar os problemas sociais do país com projetos que realmente mudam vidas, para melhor, é claro.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quando um homem nega socorro a um semelhante em dificuldades, quando um homem vê um à morte, ensangüentado, e se nega a transportá-lo, sendo, isto, além do mais, uma obrigação de sua profissão, é uma lástima. (Publicado em 29/11/1961)

Governo arde nas chamas

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Foto: Global Fire Emissions Database, projeto de pesquisa que compila e analisa dados da Nasa

 

Há no ar um clima literalmente escuro e fumacento que, ao mesmo tempo em que fustiga todo o atual governo, não permite, à população em geral, visualizar e entender com precisão qual a extensão real das queimadas que consomem parte do Centro-Oeste e da região da Amazônia brasileira. Enquanto as versões, das mais diversas, vão sendo espalhadas pelo vento, colocando ambientalistas e parte da imprensa nacional e internacional contra o governo, a quem acusa não só de negligência, mas de incentivar a ocupação e exploração dessas áreas, o governo, na voz do próprio presidente, culpa as ONGs de provocarem os incêndios criminosos.

De fato, nunca houve uma peleja nesse nível, envolvendo, ao mesmo tempo, o Estado, as ONGs, a imprensa para saber em qual lado está, de fato, a justiça. Cada um atira com a arma que possui. O problema é que pela dimensão, como está sendo apresentado pela imprensa de todo o mundo, trata-se, na opinião de especialistas no assunto, de uma das maiores queimadas já ocorridas simultaneamente nessas áreas.

A favor do governo se põe, além do ministro do Meio Ambiente, tornada persona non grata entre os ambientalistas de viés de esquerda, meteorologistas que asseguram que o clima, extraordinariamente seco nessas regiões, está entre as principais causas das queimadas.

Lembram, esses estudiosos do clima, que a situação decorre ainda do chamado efeito estufa que tem provocado incêndios em outras partes do planeta, como os que ocorrem agora na Sibéria. O monitoramento dessa situação, em imensas áreas remotas, só pode ser acompanhado, em tempo real, através de sobrevoos de aviões ou de imagens de satélites, o que torna qualquer aferição do problema dependente desses instrumentos.

A questão ganha maior densidade quando se desconfia que ambos os lados dessa batalha de informações duvidosas, ou escondem parte da verdade, minimizando esses fatos ou supervalorizam esses incêndios, com vistas a “queimar” as políticas do atual governo na área de meio ambiente, dentro e fora do país. O fato é que, seja lá onde estiver a verdade sobre esses episódios, a imagem do governo está irremediavelmente chamuscada entre ambientalistas daqui e de além mar.

Capitais como Manaus, Cuiabá, Rio Branco, Corumbá, Pará, Tocantins, bem como muitas cidades circunvizinhas estão, a dias, com o céu coberto de fumaça e fuligem, sem ver o sol por semanas. Televisões de todo o mundo estão aproveitando a situação para divulgar, em tom alarmista, que todo o Brasil arde, diante da incúria do governo atual e que dias muitos mais cinzentos estão por vir.

Dados do próprio Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirma que 2019 tem sido o ano com mais focos de incêndios dos últimos sete anos. Segundo esse instituto são mais de 74 mil focos de incêndios em todo o país, ocorrendo de forma quase simultânea. Tendo a natureza, os ambientalistas e parte da imprensa interna e externa contra, o governo tem que se esforçar muito se quiser sair do fogo dessa batalha com poucas queimaduras em seu prestígio.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quem acredita no comunismo, ou é ingênuo ou é malandro.”

Conversa de bar solta no ambiente

 

 

Drones

Embrapa anuncia o uso de drones em cursos da Embrapa Cerrado. Um dos objetivos é o controle biológico de pragas. O curso começará no dia 27 de agosto, durará 3 dias. A participação será de até 50 produtores.

Foto: Fabiano Bastos (embrapa.br)

 

 

Invasão de privacidade

Por falar em drones, até a vizinha fofoqueira caiu nas garras da tecnologia. Volta e meia, em casas do lago Sul, Lago Norte e condomínios, é possível ver, sobrevoando no quintal, um drone curioso. Geralmente aos domingos. Caso a se observar.

Placa: iateclubedebrasilia.com

 

 

Requinte

A Requinte Imobiliária está cobrando duas semanas adiantadas do locatário apesar de o contrato prever justamente essa situação apontando para a manifestação voluntária e não obrigação. É uma judiação o que várias imobiliárias fazem com os jovens. Só não é pior porque a internet está aí, também para instruir sobre os direitos.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Em matéria de associação, vocês que tirem as conclusões. Acabamos de receber uma correspondência da “Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Turismo”. (Publicado em 28/11/1961)

Não enxergo vocês daqui de cima

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Foto: Carolina Antunes / PR

 

Após oito meses de governo, o cenário político que tem se esboçado até aqui mostra claramente que, com relação à performance conjunta dos três Poderes da República, há, de fato, um distanciamento crescente e contínuo entre as reais expectativas da população e aquilo que essas instituições têm apresentado de concreto.

Em certa medida, as respostas dadas por cada um desses Poderes isoladamente às diversas questões que se impuseram não apenas rumaram contra o desejo da sociedade, mas criaram um presságio de que o divórcio entre os brasileiros e o Estado permanece como uma espécie de muro a dividir o grosso da população, depauperada com as altas taxas de impostos e tributos e uma elite a quem tudo é concedido, até mesmo os favores e a cegueira da justiça.

Apenas para ficar em exemplos recentes que demonstram a configuração permanente desse abismo, o que se tem observado no caso dos sensíveis cortes orçamentários impostos aos diversos setores como saúde, educação, investimento, pesquisa e outros de interesse geral e que penalizam a Nação, não se tem notado o mesmo rigor certeiro na tesoura do governo quando a questão é liberação de bilhões de reais para emendas parlamentares e outros gastos do gênero. Também não se vê rigor orçamentário algum quando o assunto é o aumento escandaloso que se anuncia no Fundo Eleitoral, que possivelmente irá passar de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,7 bilhões, apenas para financiar as campanhas municipais de 2020. Obviamente, os recursos para esse salto indecente virão do Orçamento da União, uma peça de ficção quando se trata da necessidade dos cidadãos, mas que se torna real, quando o assunto é azeitar as engrenagens da fabulosa e voraz máquina política.

Uma visita a qualquer grande hospital público das metrópoles brasileiras pode dar uma ideia da profundidade desse abismo. O pior é que a desilusão dos brasileiros não se atém apenas ao Legislativo e ao Executivo, se estendendo também ao Poder Judiciário, sobretudo a sua mais alta instância. O caso envolvendo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que serviria para fiscalizar a movimentação suspeita de recursos, principalmente públicos, foi ordenado, pelo Supremo Tribunal Federal, que essa instituição cessasse o fornecimento de informações ao Ministério Público e à Polícia Federal sem prévia autorização judicial, de forma a permitir preventivamente filtrar quaisquer dados que atingissem as altas autoridades, sobretudo ministros togados.

Nesse caso, o próprio Legislativo se manifestou também no sentido de garantir a permanência desse órgão na pasta da Economia, onde poderia, com mais facilidade, sofrer ruídos políticos. Também a Receita Federal foi ameaçada a não repassar dados para abastecer investigação sem a autorização de juízes. O cerceamento de informações sobre movimentações financeiras, de tão grave, paralisou e inviabilizou a continuidade de milhares de investigações em curso, o que tem chamado atenção inclusive de organismos como a Transparência Internacional.

Em Nota Pública, divulgada agora, a TI afirma que “Vê com preocupação a instabilidade à qual está sujeito o Coaf, desde o início de 2019”, a transferência desse órgão para o Banco Central, onde as interferências políticas poderão ser maiores ainda, mereceu um alerta da TI. “O Bacen, diz a nota, até o momento, não detém autonomia formal, seu presidente é nomeado e demissível pelo próprio Bolsonaro.”

É um quadro desolador onde o cidadão é obrigado a visualizar, todos os dias, se assiste alguma movimentação dentro dos Três Poderes, com vistas a enfraquecer e mesmo debelar a força tarefa da Lava Jato, de modo a cessar as investigações justamente quando ela se aproxima dos altos escalões da República, principalmente aqueles que ainda estão no exercício do poder.

Exemplo desse esforço uníssono para esvaziar essa que é a mais importante investigação já realizada nesse país, pode ser conferida com o destroçamento, pelo Congresso, das 10 medidas contra a corrupção e a posterior promulgação da Lei de Abuso de Autoridade, escudo e elmo para todos aqueles enrolados com a justiça.

Para qualquer lado que se vire, o que o cidadão observa é um Estado encastelado no alto da colina, a sorver os esforços e o futuro da nação.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Transferência do novo Coaf para o BC foi para despolitizar órgão.”

Ministro da Economia, Paulo Guedes

 

 

Bem-vindos

Hoje, a partir de 12h30, os amigos de Gilberto Amaral vão se reunir no Piantella para homenagear o aniversariante, colunista social mais antigo da cidade. Basta chegar ao restaurante e aderir ao evento. O aniversário foi na terça, quando Gilberto comemorou seus 84 anos entre os familiares se divertindo ao relembrar as histórias ao longo de seis décadas de experiência humana.

Foto: facebook.com/www.gilbertoamaral.com

 

 

Descontrole

Você sabia que pode ter 27 carteiras de identidade cada uma com um número? Está na hora disso mudar.

Arte: pefoce.ce.gov

 

 

Agenda

Nesse sábado, Moema Creveiro vai lançar o segundo volume do livro de composições para piano sobre ritmos nacionais “13 Pequenas Peças Brasileiras”, na Flipiri (Feira de Livros em Pirenópolis). Às 14h, no cinema da cidade, com apresentação musical. Quem viaja ao exterior, deixamos a dica: é o melhor presente para espalhar pelo mundo.

Cartaz: pirenopolis.tur

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os políticos que ficam atrapalhando as cidades satélites, bem que podiam deixar os subprefeitos trabalhando sossegados. E para esses, a notícia que é um desengano: não haverá eleição para vereador em Brasília, se prevalecer a opinião sensata. (Publicado em 28/11/1961)

Ilusão infantil

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Foto: Roman Camacho/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

 

Nos idos da década de setenta, havia, na faculdade de Filosofia e História, do então CEUB, um professor romeno que lecionava história econômica, disciplina que mostrava as movimentações e contradições humanas ao longo dos séculos com base nas relações materiais e nos referenciais de riqueza, exploração, trabalho e outros dados e estatísticas matemáticas mensuráveis. Dizia ele, que o homem era o único animal que se movia exclusivamente por interesse e esse era um dos motivos que explicava porque ao longo da história havia tantos conflitos.

Essa visão exclusivamente materialista da história humana excluía, por razões óbvias, outras características da personalidade dos primos dos macacos como inveja, ambição, cobiça e outras facetas. Naquele tempo, ainda era forte o antagonismo entre os jovens contra a intervenção militar de 1964. Por essa razão, era comum entre os alunos o discurso de que somente os partidos de esquerda que pregavam o socialismo e o comunismo, nas suas versões mais extremadas, teriam uma resposta para livrar o País do que consideravam ser uma opressão ditatorial.

Nessa fase, curiosamente, o Brasil vivia, talvez, seu melhor momento econômico, com um crescimento comparável ao da China dos dias de hoje. A adrenalina e os hormônios da juventude em favor da implantação de um regime similar à da então União Soviética, ou mesmo nos moldes em que era praticado em Cuba, dominava a Faculdade. O velho mestre, que viera de um país submetido aos rigores da cortina de ferro, naqueles tempos de polarização do mundo, na sua timidez esboçava um sorriso em que dizia, por detrás dos lábios, “santa ingenuidade desses meninos”.

Um dia, visivelmente incomodado com os protestos que interrompiam suas aulas, achou que era o momento de injetar, nos jovens sonhadores, alguma realidade, colhida pela amarga experiência vivida em seu país natal. Com isso, começou a descrever o que se passava por detrás daquela cortina espessa que dividia o mundo em dois polos. Falou sobre a nomenclatura, em que apenas as pessoas próximas ao poder desfrutavam dos confortos capitalistas. Descreveu seu desânimo ao descobrir que seus esforços para se formar numa universidade, às custas do sofrimento de sua família, de nada garantiram uma posição melhor dentro sociedade, já que teria que disputar um estreito espaço com os indicados pelo partido no poder.

Contou sobre os antepassados de sua família, que viviam confortavelmente, antes da implantação do comunismo. Foram despossuídos de seus bens e hoje se amontoavam entre centenas de outras famílias em edifícios gigantescos, onde as divisórias entre umas e outras casas eram feitos com lençóis e cobertores. Os banheiros eram de uso coletivo, assim como certas cozinhas.

Para comprar os mantimentos do dia a dia, era preciso o uso de carnês, distribuídos pelo partido mensalmente. Naqueles muquifos, os roubos de comida e de outros gêneros de primeira necessidade eram constantes. Eram comuns ainda a vigilância cerrada feitas pelos próprios vizinhos. Inclusive, esse sistema de denunciação generalizada, às vezes, era praticado entre membros consanguíneos, o que garantia simpatia dentro do partido e podia assegurar alguma vantagem como uma cota extra de cigarro, um par de calça jeans do ocidente, entre outros benefícios.

As pessoas, dizia com a voz embargada, sob o domínio do comunismo, haviam se transformado em animais predadores, sem laços afetivos. A repressão da polícia do Estado era constante e injusta, inclusive contra os mais idosos. A imagem dos santos e do próprio Deus haviam desaparecido dos altares, nas muitas igrejas profanadas. Em seu lugar, brilhavam agora os retratos de Marx, Lenin, colocados ao lado dos chefes de partidos locais.

A religião era o comunismo e quem não professasse com os dogmas do novo catecismo era acusado de traidor, o que poderia custar punição severa não apenas ao indivíduo, mas a todos os membros de sua família e de toda a sua geração.

A desconfiança entre todos era generalizada e todo o país vivia uma espécie de pesadelo sem fim. Obviamente que essa pregação, aos ouvidos da juventude, naquela época, soou como algo reacionário e sem sentido. Hoje, olhando, em retrospectiva, aqueles dias de ilusão juvenil e depois da triste experiência que nos proporcionou a chegada do Partido Dos Trabalhadores no comando do nosso país e de outras experiências amargas experimentadas em países vizinhos como Venezuela, é possível entender melhor o sorriso de desalento do velho mestre com nossas ilusões infantis.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O sequestrador de Niterói não foi abatido pela polícia. A Polícia, com base na lei, lançou mão da Legítima Defesa de Terceiros e agiu no estrito cumprimento do dever legal! Ou alguém entende que o certo seria deixar explodir os reféns?”

Janaína Pascoal, advogada e deputada

Foto: odia.ig.com

 

 

Muito trabalho

Foi decretado que o representante brasileiro em Nova York, Noruega e Jamaica será o professor Rodrigo Fernandes More. Ele participará, em nome do Brasil, da 3ª Conferência Intergovernamental sobre o Direito do Mar, da 74ª Assembleia Geral da ONU, da 6ª Conferência Nosso Oceano em Oslo e da 26ª Sessão do Conselho da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. É o mais cotado para Juiz do Tribunal Internacional dos Direitos do Mar da ONU.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No almoço de sábado, na mansão do sr. Sebastião Camargo, o dr. Israel Pinheiro ia se retirando e entrou num JK preto. Quando chegou em casa é que verificou: haviam pregado uma peça, dando-lhe a chave de um carro chapa branca igualzinho ao seu, mas pertencente à Novacap. (Publicado em 28/11/1961)

Lei de Abuso segue as mesmas restrições baixadas pelo Supremo em desfavor da justiça

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Charge da Lila (Arquivo Google)

 

Caso fosse submetida previamente ao crivo da população e à análise de renomados juristas, realmente comprometidos com a causa pública, a Lei Contra o Abuso de Autoridade, aprovada em processo relâmpago, na calada da noite e apenas por voto de liderança, não entraria sequer em pauta, sendo arquivada e esquecida no fundo de uma gaveta qualquer em algum almoxarifado no subsolo do Congresso.

Esse é o destino que a sociedade, leiga ou não, desejaria para essa e todas as propostas, frutos da sandice de políticos, principalmente daqueles que estão sob a alça de mira da justiça e que sonham em se safar incólumes de crimes pretéritos. O volume de críticas que essa proposta vem recebendo dos mais variados setores da sociedade, sobretudo por parte dos operadores da justiça, reforçam a ideia de que a edição dessa Lei poderá ter vida breve, indo compor o cemitério de outras do mesmo gênero, natimorta.

Até para que não caia no esquecimento, essa medida, mais do que se insurgir contra a vontade popular, veio como uma espécie de resposta às Dez Medidas Contra a Corrupção, que parte da classe política se recusa simplesmente em aprovar. Muitos legistas acreditam que o texto da ‘Lei do Abuso’ não merece, sequer, uma análise técnica, já que se trata de um verdadeiro “insulto à técnica jurídica.” Para outros, esses textos apenas revelam o “estado de coisas demenciais e invertidas que estamos vivenciando.” Alguns a chamam inclusive de uma fraude que avilta a democracia. Há inclusive aqueles que indagam: “como é possível conceber o fato de que uma lei que pretende, ao menos em tese, conter o abuso do poder estatal, já ter origem exatamente num claro e evidente ato de burla da legalidade e abuso na seara legislativa?”

Outros juristas lembram que já existe uma legislação, criminal, administrativa e civil para punir esse tipo de infração, que é a Lei 4898/65, em vigor há décadas e que poderia ser simplesmente modernizada, mas que não foi, sequer, lembrada, porque, à época, não se imaginava que chegaria um tempo em que a justiça alcançaria o cume do poder político e econômico. Entram nesse debate também, aqueles que apontam que a chegada da justiça e da lei no patamar dos criminosos de colarinho branco é uma contribuição valiosa da chamada Criminologia Crítica e que, portanto, a Lei do Abuso, viria como uma garantia de proteção e de continuidade da secular impunidade.

A edição intempestiva dessa medida chamou a atenção daqueles que consideram que a Lei de Abuso vem num mesmo pacote, editado pelo Supremo, que suspendeu todos os processos judiciais em que dados bancários foram compartilhados por órgãos de controle sem autorização prévia do judiciário. Trata-se, dessa forma, de uma contrarreforma conservadora contra as investigações ousadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal e contra os altos escalões da República.

Juristas chegam a invocar a Teoria da Bola de Neve ou Teoria das Rodas Lixadas, segundo a qual a permissividade com a corrupção conduz a uma terrível crise institucional, insegurança e catástrofe econômica, tal qual se viu, na prática, no Brasil.

Em todo o país, os Conselhos e Associações de Magistrados criticaram a medida que, segundo eles, irá inibir o trabalho de combate à corrupção e às organizações criminosas no País, pois tem como alvo principal o Ministério Público, juízes e agentes policiais e todos que lutam contra a crescente criminalidade no Brasil.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

Para que não se possa abusar do poder é preciso que, pela disposição das coisas, o poder freie o poder.

Montesquieu foi um político, filósofo e escritor francês

Imagem: fee.org

 

 

Luz

Brasilienses assistem estarrecidos a expansão de invasões de terras para todos os lados. Sobradinho está chegando perto do Lago Norte. Na Barragem do Paranoá, os morros foram rasgados para instalação de torres de energia para garantir que os invasores não fiquem no escuro.

 

 

Bem-vindos ao Brasil

Entre os estranhos nomes dos senadores, há brincadeiras constantes em relação às ascendências. Em um desses momentos, o senador Esperidião Amin exclama: Omar Aziz é o verdadeiro Califa!

Foto: senado.leg.br

 

 

Arquivo vivo

Já, na CCJ, o senador maranhense Werveton perguntou da necessidade de a equipe da liderança do PDT fazer requerimentos para a audiência pública. “Não precisa! Paim cuida disso para nós!” Na verdade, o senador Paulo Paim é imbatível em audiências públicas. Registros preciosos do nosso país estão nessas reuniões.

Fonte: Senado.gov.br

 

 

Arte

Atenção artistas da cidade. GDF lança edital para selecionar marca dos 60 anos de Brasília. Trata-se do selo comemorativo dos 60 anos da capital federal.

Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quando você vem dos ministérios para a W-3, encontra uma placa indicando a sigla EPIA. Sempre há alguém perguntando o que significa, e está aqui, para seu conhecimento: Estrada Parque Indústria e Abastecimento. (Publicado em 28/11/1961)

Nacionalismo e patriotismo

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Foto: PLANET LABS

 

Nacionalismo, que os dicionários apontam como uma espécie de exaltação dos valores e tradições nacionais, e que, nesse sentido, não difere muito do que é encontrado na maioria dos países mundo afora, alcança significado deveras preocupante quando imbica para o lado de um movimento político, transformando-se numa ideologia fechada em que a xenofobia e a distorção desses valores substituem o bom senso, colocando algo abstrato como pátria muito acima dos interesses de seus cidadãos.

 

Em lugar nenhum do planeta e em tempo algum, a pregação do nacionalismo como valor fundamental de uma sociedade rendeu bons frutos. Pelo contrário. Exemplos observados, na história, dessa distorção conduziram invariavelmente seus povos à ruína e à decadência. É preciso, pois, tomar ciência desse perigo, adotando salvaguardas e muita ponderação quando, entre nós, já se ouve, ao longe, a pregação contínua desses valores nacionais como mote e bordão político. Dito isso, são precisos ouvidos de psicanalista, que auscultam nas entrelinhas, para filtrar o que vem sendo pregado sistematicamente pelo presidente Bolsonaro nas suas muitas manifestações em público.

 

Se o nacionalismo do tipo cultural é necessário para a preservação da identidade nacional em meio à pasteurização da cultura mundial, o dito nacionalismo de viés político e ideológico serve apenas para a criação mitológica e farsesca de um “pai da pátria”, a quem os cidadãos, transformados em filhos obedientes, recorrem em busca de conselhos, amparo e colo. Não é esse o caminho a ser trilhado. A República, com seus valores impessoais e equitativos, deve ser a bússola a ser seguida. Também é ao Estado Democrático de Direito que os brasileiros devem recorrer para garantir a plena cidadania e a outros valores como dignidade da pessoa humana. O patriotismo, já dizia o filósofo do Meier, Millôr Fernandes, “é o último refúgio do canalha, sendo que no Brasil é o primeiro”. Na realidade, a dupla patriotismo\nacionalismo, apesar dos estragos que tem provocado no mundo, parece renascer entre nós, fora de contexto, tempo ou lugar, ainda mais quando entoado por grupos políticos.

 

Nesse sentido, as seguidas bravatas feitas pelo presidente contra, por exemplo, o fim anunciado nos investimentos em preservação da Amazônia bancados há anos pela Alemanha e Noruega, e que já perfazem bilhões de reais, devem ser lidos com dupla atenção. De um lado, há suspeitas de que ONGs que atuam nessa região, bancadas por esses países, estariam, de fato, não preocupadas com as árvores e os povos indígenas, mas com o riquíssimo subsolo dessas áreas remotas, versão essa que é defendida por setores do governo. Por outro lado, as evidências que se têm até aqui, é que essa ajuda tem sido fundamental para preservação não só das matas como dos povos, sobretudo dos indígenas.

 

Infelizmente, retóricas políticas do tipo nacionalista, ao criarem uma nuvem de dúvidas sobre esse caso particular, confundem mais do que esclarecem. O que os brasileiros necessitam saber, nesse caso, até para tirar suas próprias conclusões, é se parcerias como essa são benéficas ao nosso país quanto à questão da preservação dos povos e das matas dessas regiões. Para tanto, é preciso que o governo comprove, por meios de fatos e provas, que essas parcerias escondem motivos escusos e muito além do que se pensa. O que não dá é fazer pouco caso dessa ajuda, desprezando anos de serviços em nome de ideias vagas como patriotismo, nacionalismo e outros ismos aleatórios.

 

Se nessa questão, a pátria significar a posse de um deserto árido e inóspito à vida, melhor repensar esses conceitos à bem do futuro dos brasileiros.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É o mistério que permanece. Não a explicação”.

Neil Gaiman, autor britânico.

 

 

 

 

Novidade

Agora o combate a ligações de vendas por empresas de telemarketing, operadoras de celular e bancos está forte. Já com milhões de assinaturas, o site “Não me pertube” despertou a atenção do GDF que já lançou pelo Procon-DF o “Me respeite”. De qualquer forma, o sofrimento alheio gerou um banco de dados volumoso.

Arte: procon.df.gov

 

 

Caixa

Mercado imobiliário pode melhorar com as facilidades de financiamento apresentadas pelo governo federal. O presidente Bolsonaro anunciará a novidade na terça-feira. A renegociação com caminhoneiros já foi feia pelo presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães.

 

 

 

Ceará

Assusta voltar a Jericoacoara, depois de muitos anos. A Duna Pôr do Sol, cartão postal cearense, diminuiu assustadoramente. São 5 metros a menos por ano.

Foto: Cid Barbosa

 

 

Casa Cor

Ações interessantes não param pelo país, assinadas pela iniciativa Casa Cor. Projetos de revitalização do patrimônio arquitetônico é um dos objetivos para devolver aos habitantes, edificações valorizadas pela estética. Dona Yolanda Figueiredo ficaria orgulhosa da extensão de seu projeto.

Foto: Arquivo Exame/CASACOR

 

 

Muda já

Quem tem parentes chegando a Brasília de ônibus pode ficar horas aguardando por absoluta falta de informações. Noutros estados, a aflição é a mesma. Com GPS em franco desenvolvimento, está na hora de as empresas investirem para divulgar o percurso dos ônibus interestaduais pela internet.

Foto: pensemobilidade.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O número de barracos está aumentando demais nas superquadras ainda na construídas no Plano Piloto. É impressionante a rapidez, com que se constrói uma invasão. (Publicado em 28/11/1961)

Nós contra eles ou eles contra nós?

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Foto: folhadosudoeste.com

 

Quem diria que uma simples e demagógica afirmação, do tipo “nós contra eles”, feita em diversas ocasiões pelo ex-presidente Lula, na tentativa de mostrar uma pretensa superioridade de seu governo em relação aos seus antecessores, fosse capaz, tempos depois, de manter a divisão, de um país continental como o Brasil, a ponto de dividi-lo ao meio.

Com certeza, nem seu propagador sabia, ao certo, o alcance que teria seu bordão irresponsável e tão pouco fazia ideia dos estragos que provocaria no seio da Nação. Curiosamente, o bordão “nós contra eles”, que a princípio servia como uma espécie de divisor ideológico, separando o que seria uma esquerda de uma direita, foi, após a sequência de escândalos que vieram à tona com as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, tomando outro significado mais ao gosto e ao julgamento popular. Nesse sentido, a tão repetida frase que antes indicava os escolhidos versus os rejeitados do poder, hoje adquiriu um sentido muito mais prático, indicando apenas as duas alas em que se dividiu o país, a população e principalmente suas instituições contra e a favor do antigo status quo. Hoje, essa distinção revela de forma nítida, os contrastes existentes entre a sombra e a luz, definindo e separando o desejo de boa parte da população por um país mais justo daquela pequena e raivosa parte que insiste no atraso e na ilusão.

Em sentido mais direto, o que se pode afirmar é que o “nós contra eles”, ao impregnar inclusive muitas instituições do Estado, desse mesmo ranço divisionista, foi capaz de mostrar ao público quem realmente está do lado da lei e da ética e quem insiste em proteger e acobertar irregularidades quando praticadas sob bandeira política.

A duras penas, a população vai aprendendo que, quando o assunto é corrupção e malversação dos recursos públicos, matizes políticos pouco importa. Rouba-se tanto com a mão esquerda como com a direita. O que não se pode tolerar mais é que instituições que teriam, como seu principal mister, a confecção e a preservação das leis, passem a buscar nas filigranas jurídicas e nos arremedos de projetos, brechas que permitam a volta ao passado, quando o País era dividido entre a elite dirigente e o restante da sociedade.

O tempo, cuja a função é repor corretamente as coisas em seus devidos lugares, cuidou inclusive de inverter a ordem da frase famosa, mostrado agora uma nova disposição, mais assentada com a realidade que temos a nossa frente.

Assim é que o “nós contra eles” se transformou no “eles contra nós”. Sendo “eles” formado agora pelos que estão ou sob investigação, ou condenados, ou presos ou mesmo sob suspeição por parte da população em qualquer esfera do poder. E o “nós”, obviamente, na outra ponta da linha, é formado agora pela grande maioria dos brasileiros de bem, que acredita ainda que “todo poder emana do povo.”

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A lei deve ser breve para que os indoutos possam compreendê-la facilmente.”

Sêneca, 60 d.C. Advogado, escritor e intelectual do Império Romano.

Imagem: reprodução da internet

 

 

 

Desde sempre

No Twitter, o senador Álvaro Dias conta que a revista Crusoé publicou mais um escândalo: a binacional Itaipu financiava passagens em classe superior e hotéis de luxo para ministros de tribunais superiores. Antônio Carlos Magalhães, há exatos 20 anos, que instituiu a CPI do Judiciário, colecionou documentos com muito mais novidades.

Foto: Caio Coronel/Itaipu

 

 

 

Alfa Crux

UnB, FAP-DF (Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal) e Agência Espacial Brasileira preparam-se para lançar o nanosatélite em 2020. A notícia foi divulgada no jornal da UnB, onde Alexandre André dos Santos, diretor-presidente da FAP-DF, declarou que “Brasília tem capacidade técnica de excelência para ser um cluster aeroespacial. Temos professores reconhecidos internacionalmente, um curso da UnB na área e laboratórios para experimentação. Queremos tornar a cidade um grande laboratório para ações do governo federal, do GDF e da sociedade civil”.

Foto: Audrey Luiza/Secom UnB

 

 

 

Sitioca

Renato Borges e a jornalista Cláudia Miani provam que, nessa terra, em se plantando, tudo dá. Comemoram a colheita de uvas que pode alcançar 6 toneladas na próxima safra.

 

 

 

 

Novidade

Umas das possibilidades de frear as notícias falsas será o uso de novos algoritmos. A Google está adiantada nos estudos sobre o assunto.

Charge: br.sputniknews.com

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Coube ao dr. Vasco retirar do meio do caminho as duas casas que impediam o asfalto até o Iate. Um absurdo que durou muito tempo, mas que o Diretor Executivo da Novacap pôs fim. (Publicado em 28/11/1961)

A lei dos abusados

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Foto: reprodução TV Câmara

 

Aos poucos e sem muito alarde, os políticos vão impondo suas pautas muito acima dos interesses da própria sociedade, legislando para dentro, ajustando a realidade do país a seus próprios interesses, cientes de que a distância entre uma eleição e outra cobre os eleitores com o manto escuro da amnésia.

Como acontece sempre nesses casos, em que o desejo da classe política não coincide com o que anseia o cidadão, a votação do texto-base do projeto de lei que trata da criminalização do abuso de autoridade seguiu o mesmo rito dissimulado com que tem sido tratada todas as propostas de interesse direto dessa gente. Votado depois das dez horas da noite, em meio a outras pautas e quando muitos brasileiros, que trabalham duro, já estão dormindo, a matéria foi aprovada por votação simbólica, ou seja, sem os votos nominais de cada deputado, e não foi permitida, pela Mesa, a revisão do procedimento, pedida por muitos parlamentares contrários à Lei. Analistas que têm acompanhado o assunto são unânimes em reconhecer que o ressurgimento relâmpago dessa matéria veio justamente na esteira dos acontecimentos recentes, divulgados pelos Site The Intercept Brasil, em que hackers criminosos divulgaram escutas telefônicas entre procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro.

Mesmo sabendo que se tratavam de escutas clandestinas e, portanto, ilegais, os políticos e alguns juízes, claramente contrários aos efeitos de operações como a Lava Jato, começaram, imediatamente, a erguer muros e outros entraves para deter o avanço das investigações que deles se aproximavam. Depois de desfigurarem as medidas de combate à corrupção, a ponto de torná-las inócuas e sem efeito prático, a Lei de Abuso, aprovada agora e muito bem nominada por alguns juristas éticos como a Lei dos Abusados, vira o jogo e coloca o rato para perseguir o gato, numa inversão de valores que vai tornando nosso país o paraíso dos malfeitores, principalmente aqueles do colarinho branco.

Apenas analisando o que disse o procurador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, um dos últimos paladinos dessa cruzada quixotesca contra a corrupção secular em nosso país, dá para perceber que essa aprovação nada mais é do que uma retaliação contra os agentes da lei e a favor da impunidade. “No fim da Mãos Limpas, na Itália, afirmou o procurador, a pauta contra supostos abusos da Justiça substituiu a pauta anticorrupção sem que esta fosse aprovada.

Várias leis passaram para garantir impunidade a poderosos. A Itália segue com maiores índices de corrupção da União Europeia”. Para outros juristas, trata-se de uma bofetada na cara da sociedade e uma resposta de força contra todos aqueles que sonhavam com uma mudança no status quo vigente desde que Cabral por aqui aportou em 1500.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O dinheiro não compra apenas um bom carro; também compra melhor educação ou saúde. Cada vez mais, pode comprar a impunidade da justiça, uma mídia flexível, leis favoráveis, vantagens comerciais e até mesmo eleições. Isso, por sua vez, perpetua as políticas que permitem que uma pequena elite acumule cada vez mais riqueza às custas da maioria.”

Winnie Byanyima é engenheira, política e diplomata aeronáutica ugandês, que acabou de assumir a UNAIDS.

Foto: UNAIDS

 

 

Disciplina

Se escolas militarizadas ganharem as mesmas medalhas que os colégios militares conquistam em Olimpíadas de matemática, será um progresso na Educação. Foram tantas medalhas pelo Brasil que agora os Colégios Militares do Brasil estão recebendo medalhas até no Japão.

Foto: reprodução

 

 

Reconhecimento

Foram os alunos do Colégio Militar da Polícia Militar 5 (CMPM 5) e o Tenente Coronel Cândido José Mariano que conquistaram três medalhas durante a participação na Olimpíada Internacional de Matemática Sem Fronteiras – World Mathematics Invitational 2019, ocorrida de 15 a 19 de julho na cidade de Fuokohama, Japão. Prata para o Brasil.

Foto: reprodução

 

 

Registro

Reclamação que chegou em mãos: Identificamos que a tubulação aberta entre as Quadras 15 e 16 do Park Way, junto ao córrego, do lado direito de uma torre da companhia telefônica, que está vazando água de esgoto diretamente no solo, “não é esgoto”, essa tubulação é de aguas pluviais. O sistema interno da edificação está ligado em fossa séptica e sumidouro em perfeito estado de funcionamento. Na localidade não tem rede coletora de esgoto para atender a região. Segue anexo Parecer Técnico (26218501) e ordem de serviço (26220403).

 

 

 

Sonhos

Sidarta Ribeiro, neurocientista, lança o livro “O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho”, pela Companhia das Letras. Veja a entrevista dada pelo autor à BBC no link Perda de intimidade com o sonho causa grande prejuízo à humanidade, diz neurocientista.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Essas coisas é que precisam acabar no comércio de Brasília. O povo encontra cedo os exploradores, e é por isto que muita gente prefere comprar as coisas no Rio. Bastaria maior honestidade nos negócios, para que o nosso comércio funcionasse melhor. (Publicado em 28/11/1961)

Grupos criminosos se alastram na capital do país

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Foto: Alexandre de Paula/CB/D.A Press

 

Não é de hoje que as autoridades de segurança e inteligência reconhecem que é de dentro dos diversos presídios, espalhados pelo país, que operam os centros nervosos de controle e de recrutamento contínuo das grandes organizações criminosas que atuam hoje em todo o nosso território. O quartel-general do crime desses diversos e perigosíssimos grupos possui endereço fixo, salas de reuniões, celulares, visita constante de advogados e familiares que agem como pombos, refeição na hora certa, cumplicidade de carcereiros amedrontados, morosidade e benevolência da justiça, segurança vinte e quatro horas, o que permite a essas organizações trabalharem, com afinco, no aperfeiçoamento de suas “empresas” e de seus métodos.

A infraestrutura precária de muitas dessas prisões e a superlotação ajudam na montagem desses grupos. Conversas obrigatoriamente em sigilo com advogados e durante as visitas íntimas auxiliam na circulação de mensagens e ordens. A simples falta de bloqueadores de celulares e outros instrumentos de telecomunicação reforçam a ida e vinda de ordens e contraordens.

Num ambiente como esse, onde as normas rígidas de controle são condenadas constantemente pelo pessoal dos Direitos Humanos e onde as regalias são obtidas com o dinheiro farto do crime, não surpreende que essas organizações estejam em franco desenvolvimento.

Ainda há uma equipe bem montada, trabalhando dentro e fora das cadeias, que colabora para a sincronização das ações criminosas. Não bastasse tanta facilidade, esses grupos contam diariamente com a chegada de novos presos, que irão forçosamente compor o exército desses malfeitores. Com dinheiro, organização e hierarquia esses grupos se proliferam também dentro de presídios considerados de segurança máxima. Para assegurar que essas organizações trabalhem sem incômodos, existe ainda uma legislação, que, aos olhos do cidadão de bem, parece favorecer mais o bandido do que a vítima.

Contando com a solidariedade dos garantistas do judiciário e de parte dos partidos de esquerda, que os vêm como vítimas da sociedade, não causa surpresa que esses grupos encontram, em nosso País, um território propício para expandir seus negócios. Não causa surpresa também que a população da capital do País venha assistindo com temor a expansão dessas organizações na cidade e nos arredores, inclusive com a formação de grupos nascidos e criados nas diversas regiões administrativas.

A prisão agora de um certo CDC na periferia da capital confirma outra dura realidade que é a consolidação de cidades, que nada mais são do que currais políticos, criadas da noite para o dia, sem infraestrutura alguma e onde a juventude local, à falta do que fazer, vem se juntar a esses grupos em busca de um futuro que não existe.

Nesses casos, os culpados diretos estão longe dessas regiões, só reaparecendo de quatro em quatro anos, para dar prosseguimento a essa tragédia anunciada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

 “Era só não falar.”

Conselho de Lula, sobre jornalistas, a Palocci.

Charge: ibamendes.com (Quinho)

 

A verdade

Sem entrar no mérito da questão, a natureza das notícias fascina. Virando as páginas dos jornais, o fogo intenso contra quem quer acabar com a corrupção é interrompido pela fala do braço direito do PT, Antonio Palocci. Organizado do jeito que é, os detalhes não escaparam sobre os 12 políticos e as 16 empresas delatadas.

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

 

 

Redação

Atenção escolas de Brasília! Amanhã é o último dia para as inscrições para a participação no projeto Jovem Senador, com o tema “Cidadão que acompanha o orçamento público dá valor ao Brasil”. Mais informações a seguir.

–> Inscrições para o Programa Jovem Senador terminam -em 16 de agosto

Da Redação | 09/08/2019, 18h59

Termina dia 16 de agosto, sexta-feira, o prazo para que estudantes de escolas públicas estaduais de ensino médio participem do concurso de redação do programa Jovem Senador. Criado em 2008, o programa seleciona, por meio de concurso anual, 27 alunos para vivenciarem em Brasília uma semana de atividades similares às dos senadores. Neste ano, o tema da redação é “Cidadão que acompanha o orçamento público dá valor ao Brasil”.

As inscrições são feitas pelas escolas. Dia 16 é o prazo final para os estudantes entregarem as redações às escolas. Cada escola pode inscrever apenas uma redação. A seleção da redação que representará o estado no programa é feita por uma comissão Secretaria Estadual de Educação.

O programa tem como objetivo fortalecer a reflexão em torno de valores como política, representação e cidadania. Por isso, são escolhidos os autores das 27 melhores redações, uma por unidade da Federação, que participarão, em Brasília, do processo de discussão e elaboração das leis do país, simulando a atuação dos senadores da República.

A “legislatura” tem duração de quatro dias e inicia-se com a posse dos jovens senadores e a eleição da Mesa. Os trabalhos são encerrados com a aprovação dos projetos pelos participantes. As proposições podem ser aproveitadas pelos senadores. Desde a primeira edição, 40 delas foram aceitas como projetos de lei do Senado e duas como proposta de emenda à Constituição. O programa já envolveu mais de 1,5 milhão de alunos e 41 mil professores, numa parceria que resultou na produção de quase 700 mil redações.

A estudante de jornalismo Bianca Anselmo, moradora de Planaltina e representante do Distrito Federal na edição do Jovem Senador 2018, diz que a participação no programa foi fundamental na escolha do curso. Para ela, o programa é uma forma empoderar o jovem na política.

— Comecei a me interessar por política e descobri a importância de se saber como um projeto de lei é elaborado.

Orçamento Fácil

Para as redações da edição 2019, os estudantes podem contar com as ajuda da série Orçamento Fácil, produzida pela Secretaria Agência e Jornal do Senado (SAJS). São animações curtas, com liguagem simplificada, didática e lúdica, que buscam esclarecer a tramitação das leis orçamentárias no Congresso Nacional e sua importância no dia a dia do cidadão, além de contribuir para a fiscalização tanto dos recursos arredacados por meio de impostos quanto da forma como esses recursos são utilizados.

Os vídeos podem ser acessados no endereço www.senado.leg.br/orcamentofacil.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

 

 

Ambiente

Chega a notícia de que o governo Bolsonaro passa a usar uma classificação nova de toxicidade de pesticidas, tomando como base o padrão internacional.

Foto: contraosagrotoxicos.org

 

 

Novidade

Quem entrar no grupo dos Mais Médicos poderá receber um piso de R$12,3 mil além de gratificação. Local de trabalho, tempo de contrato desempenho e especialização seriam alguns dos critérios de aumento nos vencimentos.

 

 

 

Absurdo

Exigência absolutamente sensata das empresas aéreas em não aceitar check-in de pessoas que viajam com crianças. É preciso ver os documentos no balcão. Mas não há explicações para um casal comprar as passagens e ter que se sentar longe da criança de 3 anos. Ou paga pelas bagagens e acentos ou fica à mercê da boa vontade dos passageiros e tripulantes que têm o trabalho do remanejamento.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um colega nosso querendo presentear o filho, comprou um “Boliche Trol” em Brasília, por 1.400 cruzeiros. Pouco depois, lendo seu próprio jornal, encontrou um anúncio de um caso do Rio, vendendo o mesmo brinquedo por 275 cruzeiros. (Publicado em 28/11/1961)

Persona non grata

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Foto: cartacapital.com

 

Embora esteja entre os dez países que mais têm contribuído para o aquecimento global, numa posição que varia entre o 6º e 7º colocado, o Brasil pouco ou nada tem feito para melhorar esse desprestigiado ranking. O pior: segundo os cientistas e outros ambientalistas que trabalham na análise de dados colhidos, em tempo real e em todas as partes do planeta, caso o Brasil prossiga nessa marcha da insensatez, voltando-se contra a maioria das recomendações feitas pelos mais prestigiosos centros de pesquisa do mundo, inevitavelmente acabará em rota de colisão com os países desenvolvidos. Com isso, estará comprometendo não apenas sua própria economia, exportadora de produtos in natura, mas, sobretudo, manchando para sempre sua reputação diante de um mundo que clama por bom senso em relação ao meio ambiente. Dessa forma, é preciso que o atual governo comece, desde já, a rever seus compromissos políticos assumidos com a poderosa ala do agronegócio, principalmente sua dependência em relação a uma parcela desse setor que enxerga nas florestas naturais, no Cerrado e em outros biomas apenas um meio de incrementarem os lucros com um agrobusiness do tipo predatório.

Até mesmo a China que era considerada a grande vilã da poluição global vem, há alguns anos, implementando um enorme programa de regeneração ambiental, com a adoção de boas práticas nesse setor, de olho também na possibilidade de melhorar a saúde de sua população e principalmente sua reputação perante o mundo. É justamente essa característica ética, pouco avaliada entre nós que, hoje em dia, mais tem pesado na aceitação de parceiros comerciais. A chamada compliance ambiental está hoje em alta em todo o mundo e diz muito sobre a origem e as condições como determinada foram produzidas e postas à venda. Produtos impregnados de agrotóxicos, ou que derivam da derrubada de matas, ou que foram produzidos com mão-de-obra do tipo escrava ou infantil perdem mercados justamente nos países mais desenvolvidos, onde essas informações são fundamentais para sua aceitação.

As manifestações e protestos ocorridos hoje na sede da embaixada brasileira de Londres, quando centenas de pessoas lançaram tinta vermelha, simbolizando o sangue dos índios e pichando frases como “pare o ecocídio” e outras frases de forte conteúdo, têm se repetido em outras partes do mundo com cada vez mais frequência. O pouco caso que o governo brasileiro vem dando a esses fatos só faz aumentar os protestos e intensifica uma imagem de que o presidente Bolsonaro hoje vai se transformando numa espécie de vilão do meio ambiente.

Essa imagem prejudica não apenas os negócios do Brasil com o restante do mundo, mas, sobretudo, aumenta o descrédito do país como um parceiro confiável. A dedução é básica: quem não respeita seu próprio território da depredação e a sua população com o consumo de produtos contaminados ou produzidos com vistas apenas a enriquecer grandes latifundiários não pode ter, também, qualquer consideração com o restante do globo.

O desdém e a humilhação com que o presidente tem imposto a seu ministério do Exterior, que poderia ajudá-lo a melhorar sua imagem fora do Brasil, começa agora a apresentar seus frutos amargos. Bolsonaro vai a cada dia se tornando, por obra e vontade própria, numa persona non grata num mundo que mudou e que ele insiste em não enxergar.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A Terra é o que todos nós temos em comum.”

Wendell Berry, romanista e ativista ambiental norte americano

Foto: relevantmagazine.com

 

 

Urnas

Apenas para que fique registrado: nas urnas disponíveis nas últimas eleições, 73,7 milhões de pessoas, pouco mais de 50% do eleitorado, reclamavam da identificação biométrica. Geralmente os idosos, trabalhadores braçais e pessoas que suam muito nas mãos eram os que mais atrasavam a votação por problemas nas digitais.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

 

Novidades

Por falar em biometria, foi prometido pelo Conselho Nacional de Justiça que a Bahia e Alagoas adotariam um projeto piloto para implementar a biometria em presídios. A prática contribuiria para a identificação de todas as informações do interno e estimularia a criação do banco nacional digital para criminosos que sofrem processos de execução criminal.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

 

Suporte

É do senador Randolfe Rodrigues a ideia de criar um seguro para artesãos. Em caso de desemprego, receberiam um salário mínimo até conseguir se recolocar financeiramente.

Foto: senado.leg

 

 

Mistério

Estranhamente, o permanganato de potássio desapareceu das farmácias. Muitas fórmulas simples, eficientes e baratas não interessam mais aos laboratórios.

Foto: Reprodução da Internet

 

 

Nos detalhes

Em 10 dias, no dia 24, na Livraria Cultura do Casa Park, às 19h, será o lançamento do livro assinado por Bruno Ramalho “livra-me, poesia”. Sem maiúsculas, simplesmente porque é nas coisas simples, minúsculas, que a poesia nasce.

Print: explore.livrariacultura.com

 

 

Criação

Leda Watson celebra 50 Anos de Gravura, no espaço Cult PaulOOctavio, dia 17 às 10h30, entre a 208/209 Norte. Algumas de suas imagens parecem trazer o inconsciente veladamente.

Foto: facebook.com/paulooctavioconstrutora

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Tome o uísque nacional, que não dá dor de cabeça nem mal-estar. E mais: pedindo nacional, é mais barato. Pedindo estrangeiro, você paga mais caro, e toma mesmo é o nacional. (Publicado em 28/11/1961)