A Polêmica do compartilhamento dinâmico de espectro introduzido pela 5G

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Albert Gea/Reuters

 

Como repetia o filósofo de Mondubim, em certas circunstâncias, “há males que vêm para o bem”, isso se forem bem absorvidos o que eles possam produzir em ensinamentos. Vale até lembrar frase infeliz proferida pelo ex-presidente Lula, ao afirmar em entrevista recente: “Ainda bem que o monstro do coronavírus surgiu”. Deixando de lado as sandices habituais do ex-presidente, para quem vale a máxima do “quanto pior, melhor”, o fato de a pandemia do Covid-19 ter deixado suspensas muitas iniciativas de interesse da população tem servido para que, ao menos, tenha uma pausa, forçada e necessária, o caso da polêmica discussão sobre a implantação da nova tecnologia de comunicação 5G, para uma melhor reflexão de todos sobre um tema ainda tão cheio de sombras e presságios.

De fato, a questão do chamado Compartilhamento Dinâmico de Espectro (DSS, em inglês), trazido pela nova tecnologia 5G, precisa, ainda, antes de ser adotado em nosso país, ser estudado com extrema cautela, pois, por detrás dessa novidade de conexão super-rápida, escondem-se armadilhas que necessitam ser previamente esclarecidas e desarmadas.

Com a pandemia provocada pela virose do Covid-19, vinda supostamente direto da China, surgiram, em todo o mundo, muitas interrogações sobre a possibilidade de o governo ditatorial daquele país estar organizando, por meio dessa nova tecnologia desenvolvida pela gigante local Huawei, um conjunto de estratégias e táticas geopolíticas que dariam ao Partido Comunista Chinês, que controla o país com mão de ferro, acesso ilimitado a dados pessoais de praticamente todos os cidadãos do planeta.

Não é pouca coisa e, se isso for verdadeiro, trata-se de uma estratégia global de dominação que seguiria os passos deixados após a invasão dos produtos chineses em todos os mercados do globo. Mais do que uma estratégia de marketing, visando aumentar lucros, o que é normal no mundo do comércio, a estratégia montada pelo PCC estaria associada a uma estratégia muito maior de dominação do resto do mundo, conforme programado pelo estatuto do próprio partido.

Para alguns analistas do tema, trata-se de uma guerra pela soberania cibernética que está em andamento e cujos movimentos são feitos com a tradicional paciência e tenacidade dos chineses. Teoria da conspiração ou não, o fato é que países que levam a sério a questão de segurança de seus dados estratégicos e dos dados das suas populações já resolveram impedir a expansão da tecnologia 5G, montada pela multinacional Huawei em seus territórios.

Estados Unidos, Grã Bretanha, Austrália, Japão e outros países desenvolvidos, simplesmente, têm impedido a implantação do DSS pela Huawei. É preciso lembrar que, dentro da própria China, o governo determina que as empresas que operam dentro do seu território devem armazenar seus dados e torná-los acessíveis às autoridades locais, sob pena de prisão.

No caso do Brasil, onde a tecnologia 5G está sendo lançada neste momento, em algumas poucas localidades de São Paulo e Rio de Janeiro, o risco de avançarmos com essa armadilha, com os olhos vendados, por supostas vantagens econômicas imediatas, é imenso, dado o que já sabemos sobre a fraqueza de nossa classe política ao dinheiro.

Aquartelada em casa, a população precisa se posicionar, pressionando as lideranças políticas para que esse tema não avance sem um aval majoritário e consciente de todos os brasileiros.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Há tantas imparcialidades quantos os autores, e jamais foi possível por de acordo dois críticos imparciais sobre um mesmo assunto, quer ele seja a virtude de Lucrécia Bórgia ou o gênio de Napoleão.”

Carlos Malheiro Dias, jornalista, cronista, romancista, contista, político e historiador português.

Carlos Malheiro Dias. Foto: wikipedia.org

 

Quarentena

Para matar a saudade dos tempos dos selos, nossa leitora foi aos Correios levar uma encomenda e uma cartinha para as netas que moram em Connecticut. Voltou para a casa com a encomenda nas mãos. Nenhuma correspondência para os E.U.A. tem sido recebida pelos Correios.

Foto: L.C. Leite/Folhapress

 

Sem titubear

Uma iniciativa honesta e surpreendente. A academia Smart Fit, conhecida na cidade pelos preços atrativos, em posse das fichas dos clientes, durante a pandemia, cancelou automaticamente a matrícula dos frequentadores com mais de 60 anos.

 

Sem pudor

Por outro lado, escolas infantis, que cobram o valor de uma mensalidade do curso de medicina para crianças de 4 anos de idade brincarem, ameaçam os pais, que querem trancar a matrícula em tempos de pandemia. Invocam a Lei nº 12.796/2013, que estabelece a idade escolar para a educação infantil.

Foto: Arquivo Pessoal/Washington Luiz (correiobraziliense.com)

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outra reivindicação do SIA: água. O uso de bombas e poços artesianos é uma emergência, e deveria ter existindo somente ao tempo da fundação da cidade. (Publicado em 12/01/1962)

Lições de casa

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Imagem: negocios.empresaspioneiras.com

 

         Fosse colocado na balança das experimentações da humanidade, o ano de 2020 teria o mesmo peso e o significado de outros períodos de extrema aflição, experimentados pela humanidade, como aqueles que marcaram as Primeira e Segunda Guerras Mundiais, ou mesmo os atentados terroristas às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, em novembro de 2001.

         Na realidade, o século XXI foi descortinado com a mau augúrio dos atentados terroristas em todo o mundo, sinalizando, a todos, que esse seria um tempo que não passaria em branco. Vivemos essas primeiras duas décadas em sobressaltos. Tratam-se aqui de tempos para serem varridos da memória pelo simples fato de que nos recordam, a todo o instante, a extrema fragilidade e  fluidez de nossas vidas.

         Para os filósofos e os pensadores da condição humana, são tempos férteis e cheios de aprendizados e, quem sabe, de novas perspectivas, aceleradas pela imposição de um isolamento social que tornou até as mais febris e movimentadas cidades do planeta, em lugares fantasmas, habitados apenas pela memória. Neste exato instante, em muitos cantos do planeta, pessoas das mais diversas especializações estão debruçadas, refletindo sobre mais essa encruzilhada em que se depara a espécie humana, buscando compreender que alternativas seriam viáveis e seguras para uma mudança de rumo.

         Por certo, para o bem ou para o mal, todos aqueles, que buscam respostas para o acontecido em 2020, concordam num ponto: nada será como antes. De antemão, temos como prioridade não morrermos acometidos pela virose traiçoeira. No contexto em que nos encontramos, temos algumas esperanças de que a espécie humana possa reavaliar seu papel sobre o planeta. Aos olhos de alguns economistas, alguns sistemas que vínhamos experimentando terão suas rotas alteradas. A começar pelo sistema capitalista e sua variante: a globalização.

          Não é certo, ainda, pensar a pandemia como resultado extremo do próprio capitalismo. Tampouco é sabido se a pandemia virá para enterrar esse sistema e inaugurar outro, com a face mais humana. O que se sabe é que depois da peste negra ou peste bubônica, entre os anos 1347 e 1351, quando 200 milhões de pessoas, na Europa e Ásia, pereceram, o sistema feudal, predominante naquelas regiões, deixou de existir, cedendo lugar ao capitalismo comercial.

         Também naquela ocasião, acredita-se, a peste teria viajado através da rota da seda, desde o Oriente, atingindo a Europa, a partir também da Itália, tal qual ocorreu com a Covid-19. Qualquer sistema, por maior e mais sofisticados que sejam seus mecanismos, tem seu ciclo. Com o capitalismo parece não ser diferente. No plano íntimo de cada um de nós, há ainda mudanças que se anunciam necessárias, mas que ainda não vislumbramos bem. As pessoas e as famílias estão sendo postas a provas duríssimas e isso, de certo, provocará reflexões, o que, por sua vez, abrirá portas para transformações.

          Temos claro que é impossível pensar em mudanças do sistema, seja ele qual for, sem mudanças nos indivíduos. Os sistemas refletem quem somos, gostemos ou não da premissa. Pouco antes da eclosão da pandemia, vivíamos o dilema do aquecimento global e ele ainda está ocorrendo. Esse fator externo também contribuirá para mudanças tanto no comportamento íntimo de cada um, quanto terá seus reflexos no sistema capitalista, principalmente em quesitos como o consumo e a distribuição de renda.

         Um fator vinculado à pandemia, e que não pode ser ignorado, é o aumento sensível da pobreza e de pessoas em situação de risco. O ultra liberalismo e o hiper capitalismo, seus princípios éticos, parecem estar com os dias contados. Coube à China comunista, controlada por uma ditadura burocrática e insensível, mostrar ao mundo os horrores do capitalismo levado ao extremo.

         A pandemia serviu, entre outras mil lições, para demonstrar o quanto pode ser nocivo à humanidade aparelhar, politicamente, órgãos das Nações Unidas, como a OMS. Aqui no Brasil, também as lições trazidas pela crise são inúmeras e deverão ser adotadas. A começar por uma mudança de rumos no próprio governo. O capitalismo industrial e poluidor terá que ceder espaço, cada vez maior, a um tipo de construção de riqueza que não agrida o meio ambiente e, sobretudo, o próprio homem. São lições de casa que, entre outras mil, haveremos de fazer, literalmente, em casa.

 

A frase que foi pronunciada:

“Pode-se morrer mais do que uma vez. A sepultura é que é só uma, para cada homem.”

Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco foi um escritor português, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor. Foi ainda o 1.º Visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D. Luís. (Wikipedia)

Camilo Castelo Branco. Foto: wikipedia.org

 

Solidariedade

Pelo Instagram, Ivan Mattos convida a comunidade de Brasília a conhecer seu trabalho em parceria com outros fotógrafos.  Veja, na página Fotografias Solidárias, como você poderá ajudar a Casa de Ismael, que está precisando demais do apoio de todos.

Publicação feita no perfil oficial do projeto Fotografias Solidárias no Instagram

 

Humano

Uma mensagem simpática do ex-governador Rodrigo Rollemberg, aos amigos, pelo WhatsApp. Coisa de quem cresceu na cidade e cativou muita gente. Veja no blog do Ari Cunha.

 

Leitor

Não é à toa que o Lago Norte tem tido aumento expressivo nos casos de dengue. A última casa da QL2, conjunto 8, acumula resto de obras no local, deixando os vizinhos em polvorosa. Isso há anos. Mas, até agora, nada foi feito, apesar das inúmeras reclamações.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As firmas instaladas ali são obrigadas a um sacrifício enorme, porque ficam completamente isoladas do resto da cidade. E um telefonema interurbano para ser completado, tem que ser no posto da W-3. (Publicado em 12/01/1962)

Rodin: um pensador do futuro

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Foto: culturagenial.com

 

Uma das mais famosas esculturas de todos os tempos, conhecida em todo o planeta, retrata um homem nu, sentado sobre uma rocha em posição de profunda meditação. De autoria do escultor francês, Auguste Rodin (1840-1917), a obra O Pensador foi finalizada em 1904 e desde então tem sido usada como referência na representação da condição humana, racional e eternamente colocada entre o pensamento abstrato e a ação concreta. A dualidade que está entre a pausa da meditação e o movimento da ação é a própria síntese da nossa espécie, presente em nossas vidas desde sempre. Com o isolamento social de mais de cem dias, imposto agora pela virose mortífera, estamos justamente experimentando a condição de pensar a vida, meditar sobre a possibilidade de uma futura e possível ação, enquanto vamos percebendo que, bem ou mal, a vida continua a correr do lado de fora de nossas casas e não espera por ninguém.

A ideia idílica de que a pandemia poderia atuar para lapidar nosso comportamento, agindo como um escultor sobre a rocha, aos poucos vai sendo deixada de lado. Permanecemos os mesmos ou talvez ainda mais ariscos e agressivos. O isolamento prolongado tem nos obrigado à reflexão e isso já é um grande avanço. Por anos, temos agido sem pensar. Não resta tempo, principalmente num mundo acelerado pelo comando das máquinas. Antropólogos e outros estudiosos, que analisam a trajetória humana sobre a Terra, apontam ser fundamental, à nossa evolução como espécie, o ato de pensar. Essa característica, própria dos humanos, facilitaria a vida num mundo geralmente hostil e aparentemente indiferente a todos os seres vivos e seus destinos.

Antes mesmo do isolamento nos apanhar de surpresa, assistíamos, a cada dia, a evolução da tecnologia e como essas novidades da ciência estavam modificando nossas vidas e nossos costumes. Uma dessas mudanças favorecidas pelas novas tecnologias e colocadas em prática pela obrigação do isolamento social foi o teletrabalho. Todos aqueles céticos, que acreditavam ser impossível transferir e deslocar o local de trabalho da repartição ou da empresa para dentro das residências, hoje se mostram convencidos de que essa é uma mudança que seguramente veio para ficar e mudar antigos hábitos.

Outra mudança que parece estar acontecendo em acelerado ritmo, bem debaixo de nossos narizes, é a substituição do papel moeda e da própria moeda como bem econômico de troca. Mesmo o dinheiro de plástico, representado pelos cartões de crédito e débito vão, aos poucos, também a outras formas de compra e venda. A pandemia, que obrigou ao fechamento de muitos comércios físicos favoreceu enormemente o comércio virtual e essa é também uma tendência que parece ter chegado mais cedo do que se esperava.

Economistas pelo mundo afora têm, durante esse período, voltado a mencionar a possibilidade, já discutida por séculos, de simplesmente erradicar o dinheiro e sua função básica, tal qual o conhecemos, da face da Terra. Trata-se, por enquanto, de uma utopia, mas que vem ganhando adeptos pelo planeta pelo simples fato: se existe essa possibilidade no mundo das ideias e da abstração, ou seja, do pensamento, é porque ela é viável num tempo ainda incerto. E é aí que voltamos ao Pensador de Rodin.

Muitos, nesse momento propício, colocam-se na posição de meditação sobre novos arranjos futuros para problemas que arrastamos desde que descemos das árvores. A utopia, ou sua significação de “não lugar”, já foi atingida pela interligação dos computadores em redes de internet. Estamos aqui e em todo o lugar ao mesmo tempo e em nenhum lugar também e tudo isso graças a faculdade de nos colocar na posição de eternos pensadores.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As grandes revoluções do pensamento têm sempre os seus inspirados precursores, antes que o predestinado redentor esclareça os mais rebeldes entendimentos com a serena luz de um novo testamento da ciência.”

Latino Coelho, militar, escritor, jornalista e político português, formado em Engenharia Militar. (1825-1891)

 

Voz do consumidor

Depois de receber um requerimento assinado por mais de 150 médicos, Paulo Roberto Binicheski, promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, está acompanhando uma situação estranha em hospitais públicos e particulares. Assista ao vídeo a seguir. Quando os profissionais indicam uma medicação para um tratamento preventivo do Covid-19 em pacientes mais vulneráveis, esses medicamentos não são disponibilizados na rede hospitalar pública ou privada. Outro assunto a ser investigado pela Promotoria é o comportamento dos Planos de Saúde: se o protocolo desses planos é atender os clientes com a máxima urgência ou com a infinita exigência de cumprimento burocrático. Ninguém melhor que a população para indicar pistas. Pena que não haja um canal interativo para isso.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Cabe aos moradores das quadras, que estão sendo gramadas, zelar pelo seu jardim, defender a conservação na paisagem e educar seus filhos para que não destrua a plantação. (Publicado em 11/01/1962)

A ciência como bússola

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Foto: Paul Yeung/Bloomberg (valor.globo.com)

 

Economistas daqui e d’além-mar são unânimes em reconhecer que, enquanto os efeitos do vírus forem minimamente sentidos, nas mais diferentes partes do planeta, não haverá meios para a recuperação plena dos mercados. Nem mesmo uma recuperação satisfatória que possa espantar o fantasma da depressão econômica e do desemprego em massa. A leve suspeita de uma possível segunda onda de infecção poderá afetar e prolongar a paralisação do comércio entre os países, num processo que, dentro de um mundo globalizado, acarretará efeitos em cadeia e, aparentemente, sem solução à vista.

Pelo menos, no mundo frio dos números, não existe motivo, por hora, para discussões e antagonismos entre os grupos políticos que defendem o fim do isolamento social e aqueles que querem o lockdown mais radical. A retomada da vida, nos padrões existentes antes da pandemia ainda é miragem, quer queiram ou não esses dois grupos, cujo os interesses não são de ordem humanitária. Resta a questão: como solucionar uma equação em que a soma entre qualquer valor e uma imponderável pandemia (x) resultará sempre numa expressão negativa? É na bifurcação dessa encruzilhada que políticos afoitos e economistas prudentes se separam.

Obviamente que os discursos de todo e qualquer ministro de finanças, por sua posição política, deverá ser afinada ao do chefe do Executivo. No caso brasileiro, esse distanciamento entre o discurso político e a realidade factual, representada por mais de 50 mil mortes, foi apaziguada, se assim se pode dizer, pela decisão da Suprema Corte que confirmou a independência dos estados em gerir problemas dessa natureza, dentro do espírito federativo. Claro que uma solução dessa natureza apenas aliviou partes das responsabilidades do governo federal, mas não resolveu a raiz do problema.

As suspensões parciais das atividades comerciais, industriais e financeiras, além de uma redução nas atividades da agroindústria, seguiram a uma paralisação nos campos da educação, da pesquisa, e esse é mais um problema a ser trazido para a equação do isolamento e que poderá apresentar seus resultados e efeitos somente quando a pandemia for página virada na história da humanidade. Ou seja, mesmo muitos anos depois de passados os efeitos do Covid-19, a humanidade ainda sentirá os efeitos dessa doença pelos rastros deletérios deixados.

A paralisação das atividades acadêmicas de ensino e pesquisa, mesmo se entendendo os danos potenciais que significam na destruição econômica de uma nação, não estão, também, sendo levados a sério pelas autoridades de todos os Poderes. Talvez esse desleixo se deva à própria perspectiva dos políticos, acostumados a delimitar o horizonte futuro pelas próximas eleições. Mas essa é uma questão por demais séria e complexa para ser entregue nas mãos de políticos ou deixadas ao sabor de debates do tipo ideológico.

O fato é que até mesmo a solução dessa equação, que opõe abertura e fechamento, vida e morte, só terá uma resolução satisfatória e definitiva depois de devidamente sopesada pelos cérebros que trabalham dentro dos princípios da ciência.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido.”

Sir. Arthur Lewis, economista da Universidade de Princeton.

Sir Arthur Lewis. Foto: wikipedia.org

 

Novidade

Hidrocefalia congênita recebe nova tecnologia para tratamento. O caso aconteceu com uma paciente de um ano e meio. A cirurgia experimental foi em Palmas.

Foto: Divulgação HGP

 

UnB

Tanto do Brasil quanto do exterior, pessoas físicas ou jurídicas podem contribuir para arrecadação de recursos que serão destinados a projetos no combate à Covid-19.

Cartaz: Secretaria de Comunicação da UnB

 

Jogos

Quem gosta de apostar na Lotofácil agora terá seis chances por semana. A Caixa aumentou também as dezenas de 18 para 20 números marcados.

Foto: Eduardo Ribeiro Jr./G1

 

Educação

Está quase pronta o vídeo conferência de capacitação pelo Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. O evento é organizado pelo Ministério da Educação com profissionais do Paraná.

 

Cultura

Deu no DODF. Mais de 1.500 projetos foram admitidos pelo FAC e agora passam por seleção. O Fundo de Apoio à Cultura seleciona trabalhos para o “Prêmios Cultura Brasília 60”, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec), com a divulgação dos projetos classificados nesta, que é a primeira etapa. Das 1.588 inscrições, 1.575 foram admitidas para a próxima fase.

Foto: Luiza Garonce/G1

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Em toda a área entregue à administração da Asa Norte não há uma única invasão. (Publicado em 10/01/1962)

S.Ó.S

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Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio de Janeiro

 

Nem mesmo os mais engenhosos e criativos artistas das letras conseguiriam tecer um enredo tão surreal e imaginativo como o que vamos experimentando desde o retorno da democracia, nos anos oitenta. Prosseguimos sendo a Belinda desigual de sempre, observados pelos olhos do planeta como um país exótico, habitado por uma sociedade que vive entre a barbárie herdada do colonialismo e uma modernidade mal copiada de outros países, que fazem, de nossa gente, personagens estranhos, metidos em modelos caros e sem instrução ou educação.

Na política, seguimos andando em círculos, enredados com personagens mesquinhos, que deixam de pensar no país e nas próximas gerações. Se a questão do momento requer medidas urgentes em nome de vidas, a ponto de ser dispensada toda e qualquer providência burocrática e licitatória, a oportunidade para vinganças de todos os lados atrasa cada vez mais a retomada do país aos trilhos do desenvolvimento, que é a única coisa que interessa aos milhões de eleitores já saturados de tantas fofocas e revanches que nos levarão.

Governadores, prefeitos e outros administradores, incumbidos da compra de materiais hospitalares de emergência, com dinheiro na mão, escolhem não o melhor fornecedor, que possui o preço mais em conta, mas aqueles que podem, de maneira transversa, garantir lucros diretos e imediatos aos negociantes espertalhões. Mesmo hospitais de campanha, que deveriam ser construídos de forma rápida e eficiente, para atenderem a demanda espetacular das multidões de enfermos, são erguidos apenas com uma fachada ou cenário de uma peça de teatro, com nada além da lona. Muitos além da lona, centenas de leitos vazios.

O dinheiro fácil do contribuinte segue desaparecendo em cada emergência. À falta de transparência nos gastos de última hora, vão se somando os bilhões que, por determinação do Congresso, passaram a ser carreados de um lado para outro para o socorro de pessoas, programas e empresas, tudo dentro dos critérios de improvisação e amadorismo. Mesmo a tensão entre os Poderes nos leva a acreditar que a pandemia é agora assunto secundário, que o vírus da vaidade empesteou a Praça dos Três Poderes, deixando a população desamparada, perdida, falida e desesperada.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A liberdade só é um dom precioso quando estejam os povos feitos para ela. Dar a um semibárbaro instintivo as regalias de um ser culto e consciente, é pôr a civilização na contingência de um regresso brutal à barbárie.”

Fialho de Almeida, escritor português

Foto: facebook.com/acfialhodealmeida

 

Desolador

Um passeio pelos hotéis de Brasília e a constatação: baixíssimo o número de procura para hospedagem. Já são 3 meses de agonia para hotéis, bares, restaurantes e inúmeros empresários, que precisam voltar à ativa para evitar a bancarrota.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

Notícia boa

Suspensas as parcelas de empréstimo de crédito consignado – com desconto em folha de pagamento – por quatro meses. O Senado aprovou esse projeto, que deve dar uma trégua às dívidas de trabalhadores tanto do serviço público, quanto do privado. O projeto segue para a Câmara dos Deputados.

 

De olho

Com o carimbo do Coronavírus, o setor de licenciamento do IBRAM está à toda prova. Mesmo em tempos de pandemia, as autorizações subiram nesse ano em relação à 2019: ultrapassaram os 20%.

 

Proibido

Parquinhos e áreas de esporte estão lacrados para impedir a entrada de crianças e jovens que querem brincar, tomar sol, exercitar-se, aumentando a imunidade.

Foto: Emanuelle Sena/AR Plano Piloto

 

Livre

Por outro lado, a Galeria dos Estados recebeu um grupo para celebrar a inauguração da praça do local. Fernando Leite, diretor da Novacap, apoiou a revitalização dos espaços públicos da capital, e Luciano Carvalho, secretário de Obras, comemorou o belo espaço que a população recebeu, com boa iluminação e conforto.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

Pdot

Uma volta na W3 e observa-se que calçamentos em frente às lojas receberam nivelamento, o que passa a dar mais segurança para os pedestres e cadeirantes. O projeto do GDF é continuar com a empreitada e com a Estratégia de Revitalização de Conjuntos Urbanos, prevista no Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ora, pois se no próximo ano Brasília já oferecerá, para que tamanha despesa com o retorno de um Poder, já que a Câmara teria que pagar hotel para a maioria dos funcionários? (Publicado em 10/01/1962)

A quarentena nos mantém afastados do que acontece sob nossos pés

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Acreditar que o período de isolamento social, que tem levado mais da metade da população mundial a se fechar em casa, nos últimos três meses, forçaria parcela significativa da humanidade a rever uma série de antigos conceitos e comportamentos, tanto nas interações sociais quanto na relação ao próprio planeta, vai se demonstrando uma expectativa frustrada.

Um olhar nas manchetes diárias, ao longo de toda essa crise de saúde, comprova que ainda não foi dessa vez que os seres humanos puderam aprender com a lição imposta pela doença mortal. As crises políticas, econômicas e sociais, tanto internamente quanto no resto do mundo, prosseguem no mesmo ritmo, ou até mesmo mais acirradas, sendo que, em alguns lugares, como em nosso país, elas se intensificam  ganhando uma dimensão de tal monta que não será surpresa se, mais adiante, venhamos, mais uma vez, a assistir a uma interrupção brusca em nossa dinâmica democrática.

Na verdade, em muitos lugares do mundo e aqui mesmo, o isolamento, ao ilhar as pessoas em suas casas, afastando-as do convívio natural em sociedade, tem servido como um catalisador e um subterfúgio para muitas lideranças políticas a, em todos os poderes da República, agirem com uma desenvoltura nunca vista antes, urdindo negociações e entabulando medidas que, em situações normais, seriam quase impossíveis de serem realizadas. Longe do olhar vivo e do bafo quente da sociedade, as engrenagens do Estado vêm operando com força máxima, enquanto a população parece entorpecida num sono profundo.

Enquanto o Supremo é atacado com fogos de artifício, numa simulação do que seria um ataque de artilharia pesada contra a magistratura do país, tudo isso sob o beneplácito do próprio Executivo, leis diversas que interferem diretamente na vida dos cidadãos estão sendo discutidas e votadas de forma virtual e rápida no Congresso. Aos poucos, também, uma série contínua de limitações vão sendo impostas ao livre exercício da cidadania, impondo regras, limitando direitos e disciplinando a vida em sociedade, quando essa voltar às ruas.

Em nome do combate à pandemia, restou à sociedade, inerte e assustada, delegar, sem contestações, às autoridades constituídas, a edição de um rol imenso de medidas que irá regular, de forma mais restritiva, toda a vida social, impondo regras que, se fossem do conhecimento prévio das pessoas, não seriam aceitas de forma passiva. A vida real, como dizia um compositor, é aquilo que acontece enquanto estamos, todos nós, trancados em casa, sonhando e fazendo planos para um futuro incerto. É exatamente isso que está acontecendo com esse isolamento social, que nos afasta das mudanças que estão ocorrendo sob nossos pés.

 

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O caminho da verdade é único e simples: o da falsidade, vário e infinito.”

Amador Arrais, religioso e escritor português do século XVI.

Imagem: facebook.com/carasdeportalegre

 

Boa ideia

Havia, na W3, um placar onde os semáforos eram sincronizados com os dados mostrados aos motoristas. Assim, se o equipamento mostrasse, por exemplo, 40km/h, e o motorista obedecesse essa velocidade, conseguia pegar todos os sinais verdes.

 

Higiene

Andando na praça da alimentação nos shoppings, é possível ter uma amostra de como as cozinhas funcionam. São raros os estabelecimentos onde se usam luvas. Mesmo apenas para servir, daria mais segurança aos clientes. Não é possível que seja necessária uma lei para multar quem não cumpra o protocolo de higiene durante uma pandemia.

Foto: shoppingdella.com

 

Insensatez

Nos ônibus, mercados e lojas em geral, o caixa que recebe em dinheiro também não usa luvas.

 

Proatividade

Veja, no vídeo a seguir, garotos tentando abrir portaria de prédio na Asa Norte. Não conseguiram. Se o governo implementasse políticas públicas onde a juventude em situação de vulnerabilidade pudesse se profissionalizar, daríamos exemplo para o país.

 

Será?

Lojas do Conjunto Nacional permitem o uso do provador. É o fim do coronavírus?

Foto: Divulgação Lojas Riachuelo

 

Confira

Morador de um apartamento da Asa Sul levou um susto quando se debruçou na janela para alcançar alguma coisa no ar. A tela de proteção, que dá segurança para as crianças da casa, estava totalmente ressecada e desgastada, soltando as amarras.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Foram feitos os primeiros contratos de locação entre o IAPC e os moradores da Asa Norte. O preço dos aluguéis é de Cr$ 17.900,00, havendo, ainda, uma taxa de administração que será aproximadamente de 3 mil cruzeiros. (Publicado em 10/01/1962)

De volta ao passado

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Foto: Reuters/Ricardo Moraes/Direitos reservados

 

Com a questão da saúde da população brasileira, “oficialmente resolvida” de forma extemporânea e oportunista, com a abertura de muitas atividades comerciais e com o afrouxamento no isolamento social, cabe agora um olhar mais centrado na economia. Com o mesmo zelo com que foi tratada a questão da crise de saúde pública, também assim serão encarados os números da economia, pós pandemia. E é aí que mora o perigo. Sobre esse aspecto, o governo federal já tomou a dianteira ao providenciar a recriação do que muitos estão chamando de novo Ministério da Propaganda, voltado não para as questões das comunicações do país, mas para dar um upgrade  na imagem combalida.
Não se sabe ainda o que pode resultar da maquiagem dos números da economia, mas, por certo, mais uma vez, esses quantitativos e outros dados relativos ao aumento da riqueza e de retomada do crescimento irão se chocar, violentamente, contra o muro da realidade. Não há muito o que esperar de uma possível recuperação da economia quando se sabe que o dever preliminar de controle da pandemia não foi completado a contento.
Na verdade, os números nacionais terão, como primeira barreira séria, as previsões do Banco Mundial, que estimam uma queda de mais de 8% da economia brasileira ainda neste ano, contra um encolhimento de mais de 5,2% do PIB global. Mas, nesse quesito, o Banco alerta que essa projeção para o Brasil depende ainda do controle correto da pandemia.
Se o País não resolver a crise de saúde comme il faut, a queda do PIB nacional será ainda mais expressiva. É óbvio que nesse pacote de encolhimento da nossa economia virá, ainda, o aumento do desemprego e da miséria, tudo embrulhado num presente de grego, que poderá conter, em seu interior, um aumento assustador nos índices de violência, já por si os maiores do planeta.
Todo esse quadro complicado ganha ainda mais contornos preocupantes quando se verifica que, na gestão das incógnitas de saúde pública e da economia, está uma classe política insensível aos problemas nacionais e que tem que ser monitorada, diuturnamente, de perto, pela polícia, para evitar a escalada de escândalos já popularmente denominados de “covidão”.
Caso as projeções do Banco Mundial se confirmem com um encolhimento do PIB global de 5,2%, essa será, sem dúvida, a maior e mais danosa recessão desde a Segunda Guerra Mundial, com o retraimento do PIB per capta a valores verificados em 1870, quando o Brasil vivia a saga religiosa de Antônio Conselheiro e início da crise que poria fim ao período imperial em nosso País.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A primeira (riqueza natural), sendo mais nobre e vantajosa, torna a população descuidada, orgulhosa e dada a excessos; ao passo que a segunda (riqueza adquirida pelo trabalho) desenvolve a vigilância, a literatura as artes e as instituições políticas.”
Thomas Mun foi um escritor inglês de economia (1571-1641)

Foto: beforeeconomics.wordpress

 

Passeio

Oportunidade única o país está tendo com as fronteiras de diversos países fechadas para os brasileiros. É hora de o turismo nacional ser incrementado, sem o costumeiro abuso de preços. Brasil para os brasileiros. Por enquanto, passeios virtuais são possíveis. Comecem pelo Congresso Nacional. O blog do Ari Cunha mostra como no link Visitas Virtuais.

Foto: congressonacional.leg

 

Novidade

A partir deste mês, viaturas operacionais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) serão equipadas com painéis publicitários contendo mensagens de prevenção a incêndios residenciais. O objetivo do projeto, inédito no país, é utilizar todas as viaturas operacionais da corporação para chamar atenção quanto à prevenção de incêndios no DF. Duas viaturas – uma do grupamento de Brazlândia e outra do de Águas Claras – serão as próximas a terem os equipamentos.

Foto: cbm.df.gov

 

Prevenção

Uma forma simples e efetiva de comunicação com a população de Brasília. Painéis nos carros dos Bombeiros alertam para atitudes perigosas que podem causar incêndio. O coronel George Cajaty explica que cada viatura será uma ferramenta não só de combate, mas de prevenção ao incêndio.

Foto: cbm.df.gov

 

Auditoria cidadã

Maria  Lucia Fatorelli tem rico material para informar a população sobre as consequências econômicas, para o país, de interferências políticas e legislativas. Veja no link RECADO AOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS DO BRASIL, POR MARIA LUCIA FATTORELLI e alguns vídeos a seguir.

 

Rarefeito

Preparem-se para a guerra, é a tradução do nome escolhido da operação PARA BELLUM. Enquanto há maciça divulgação de respiradores desenvolvidos por uma equipe voluntária brasiliense comandada por Hatus Souza Alves, que criou um respirador com custo de R$ 1.000,00, governos gastam milhões dispensando licitação com a justificativa da pandemia, enquanto poderiam dispensar a licitação pelo baixo custo da aquisição, se fosse mesmo a vontade política.

Protótipo de respirador criado por voluntários do DF — Foto: TV Globo/Reprodução

 

Perda total

Parque Nacional de Brasília vai abrir, mas ainda sem permissão para o uso das piscinas. Cuidado com comida ou frutas em sacolas. Macacos da região não perguntam se a chave do carro ou o celular está com você. Eles, sorrateiramente, levam as sacolas para o alto das árvores. Muita gente já se aborreceu por lá. Não é por falta de aviso, justiça seja feita.

 

Foto: Divulgação/ICMBio

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E a empresa de maior prestígio no norte do país e agora dá a Vasp uma expansão extraordinária, que poderá ser bem aproveitada, se o governo de São Paulo não usá-la para fins políticos. (Publicado em 10/01/1962)

Uma lenda cotidiana

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Passado o período mais agudo da pandemia, quando o mundo começar, finalmente, a ensaiar uma volta à normalidade, isso, dentro dos novos padrões de normalidade que se preveem, é que vamos nos certificar que países se saíram melhor do isolamento social. Por certo, serão notadas diferenças óbvias entre aqueles que seguiram as receitas científicas para um regresso seguro, sem prejuízos elevados em vidas e nas finanças, e quais foram aquelas nações, que por circunstâncias adversas, preferiram afrontar as evidências, nadando contra a maré e desafiando, abertamente, a morte, numa coragem do tipo inconsequente e burra.

No geral, serão os países desenvolvidos que melhor emergirão da pós-pandemia, não apenas por contar com uma economia mais sólida, mas, principalmente, pelos índices mais elevados de educação de suas populações, pela qualidade e eficiência de suas instituições públicas e, também, pela solidez de sua arquitetura democrática, distribuindo, igualmente, direitos e deveres a todos indistintamente. Em qualquer situação de anormalidade, saem-se bem aquelas populações melhores preparadas intelectualmente. É justamente essa a relação, normalmente pouco visível, entre o fator educação e situações anormais e que demonstram, na prática, como boas escolas são capazes de fornecer instrumentos adequados para o enfrentamento das vicissitudes da vida.

Pelo exposto, fica evidente que, no atual binômio pandemia-isolamento, o Brasil irá, mais uma vez, fazer um papel vexaminoso perante o mundo. O mais triste é que o nosso país poderia, por alguns elementos que dispõe, como o SUS, sair-se razoavelmente pouco chamuscado dessa crise, com poucas mortes e com a economia também pouco combalida. Mas essa realidade exigiria de todos nós um esforço conjunto que, simplesmente, não estamos preparados para assumir. A começar pelas atuais lideranças políticas que, mesmo em tempo de aflição, semelhante a uma guerra, demonstraram claramente ser incapazes de encontrar um caminho razoável para comandar um processo de travessia seguro pelo vale de morte.

Os desentendimentos generalizados, e muitas vezes potencializados pelo governo central, conduziram-nos a uma situação alarmante, transformando-nos em um dos epicentros principais do isolamento. Por conta dessa incúria protagonizada pelo governo federal, pelos governos dos estados, incluindo, nessa turma pouco aplicada, o Poder Legislativo e mesmo o Poder Judiciário, nos colocamos hoje como párias no mundo civilizado. Muitos países fizeram o que deveria ser feito: unidos, fecharam suas fronteiras aos brasileiros e a todos oriundos de países que se mostraram indiferentes ao regime firme da quarentena e do isolamento social. Indisciplinados, mal orientados e, sobretudo, mal geridos, tornamo-nos a versão, em carne e osso, daquele personagem que melhor nos identifica diante do mundo: Macunaímas.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A ambição é, entre todas as paixões humanas, a mais ferina em suas aspirações e mais desenfreada em suas cobiças, e todavia a mais astuta no intento e a mais ardilosa nos planos.”

Jacques-Bénigne Bossuet foi um bispo e teólogo francês

Jacques-Bénigne Bossuet. Foto: wikipedia.org

 

À deriva I

Assustada porque a diarista estava com Covid-19, segundo o resultado de um exame, a dona da casa ligou para o SAMU para receber alguma instrução: se precisava notificar alguém ou que providências, enfim, seriam necessárias, já que três crianças estavam em casa, com a visita da profissional. A resposta foi: Se o exame deu positivo, mas ela está sem sintomas, a senhora liga no 199. A resposta do disque Coronavírus do GDF, dessa vez para a diarista, foi: Fique em casa!

Print: coronavirus.df.gov

 

À deriva II

O que se imaginava é que as pessoas que atendem ligações desse tipo tivessem um script e um canal direto com as autoridades para comunicar a localização da contaminada. Esperava-se uma visita para pesquisar o hábito da família, mapear a área do contágio, investigar onde poderia ter sido contraído o vírus. Nada disso aconteceu. A impressão é que o governo está sem planejamento, sem estratégias. O empenho mesmo está nas estatísticas e divulgação de mortes.

 

Memória

A seguir, um pedacinho do programa “Um piano ao cair da noite”, para matar a saudade da Lúcia e do Garófalo.

 

Até hoje

Dezenove anos atrás, passeando em uma feira de artesanato, lá estavam, dando os primeiros passos, Tânia Helou e Edênio de Paula. A arte do casal é transformar folhas do cerrado com uma técnica de ourivesaria: a filigrana. Um dos presentes mais delicados para surpreender alguém, enaltecendo a nossa terra.

 

Inacreditável

Se o Paranoá está batendo recorde em casos de Covid-19, cairia bem uma fiscalização nas madrugadas dos fins de semana. As festas vão rolar!

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Lóide é uma companhia com quase 15 anos de existência, e é o resultado da fusão das Linhas Aéreas Paulistas, da Transportes Aéreos Bandeirantes Ltda. e mais recentemente da Navegação Aérea Brasileira. (Publicado em 10/01/1962)

SUS, o gigante gentil

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Foto: abrasco.org

 

Em tempos de crise profunda, como a vivenciada agora nesses tempos sombrios de pandemia, ações radicais, como a decretação de um estado de lockdown total ou a estipulação de um regime de quarentena rígido, não soariam fora do comum, dada a periculosidade e a estranheza da situação que se impôs sobre todo o mundo, sem exceção. Não seria nada absurdo cobrar, diretamente do governo chinês, uma indenização de US$ 250 mil pela morte de cada brasileiro atingido pelo vírus. Assim seriam cobertos os enormes prejuízos causados pela irresponsabilidade dos mandatários alojados no burocrático e nada transparente Partido Comunista Chinês (PCC).

Com essa espécie de multa, os danos gerais causados pela pandemia seriam parcialmente cobertos, e ajudando o país a enfrentar a maior crise de saúde pública já enfrentada pelos brasileiros em todos os tempos. Enquanto ações como essas não são postas em prática para o enfrentamento de tempos absolutamente radicais, como experimentamos agora, ficamos com o que temos ao alcance das mãos. Nesse caso, o que temos diante de nós é simplesmente um dos maiores organismos estatais de saúde pública de todo o planeta: o Sistema Único de Saúde (SUS). Reconhecer a importância desse mega Sistema, único no mundo pelo tamanho e pela abrangência no atendimento médico gratuito, servirá, doravante, tanto para turbinar esse instituto com o que de melhor existe de pessoal, recursos e tecnologia nessa área, como para garantir que futuras crises, como a que estamos mergulhados agora, não venha a surpreender nossa gente.

De fato, o bafo da morte, vindo desde o leste, por ação direta da incúria de comunistas burocratas, encontrou no Brasil, mais inclusive do que em quaisquer outros países, uma estrutura sui generis como o SUS, criada e montada para atender as exigências de um país continental e desigual como o nosso. Infelizmente, como praticamente tudo nesse País, o SUS vem há anos sendo sucateado pela má gestão de seguidos governos, tanto no âmbito federal, quanto por governos locais.

A chegada do vírus mortal fez com que a população abrisse os olhos para a importância desse sistema de saúde universal. O mundo inteiro, por conta das mesmas situações emergenciais de saúde, passou a notar também a existência desse sistema brasileiro, considerando-o como sendo a melhor fórmula, a mais barata e eficaz para o enfrentamento, não só de pandemias com essa extensão, mas para prática da verdadeira medicina social. Foi preciso, no entanto, que uma pandemia mortífera, como a atual, chamasse a atenção de toda a sociedade para a importância do SUS.

Sintomaticamente, como tem acontecido no passado, apenas a sociedade despertou para esse fato, permanecendo o governo e a maioria das autoridades alheias ainda para a importância vital do SUS. Segundo dados mais recentes, todo esse Sistema conta com mais de 45 mil equipes de Saúde da Família, atuando em mais de 40 mil Unidades Básicas de Saúde, com 4700 hospitais públicos e conveniados, oferecendo mais de 32 mil leitos de UTI. Apenas em 2019, foram realizadas, graças a esse Sistema, mais de 330 milhões de visitas domiciliares e mais de 3,7 milhões de atendimentos ambulatoriais. Trata-se aqui de um verdadeiro gigante gentil que deveria merecer os melhores cuidados desse ou de quaisquer outros governos vindouros.

 

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O absinto do licorista envenena o copo em que bebe o indivíduo; o absinto do pessimismo envenena as fontes a que todos os filhos de Adão vêm procurar a paz da fé ou o íris da esperança, a embriaguez do entusiasmo ou os hinos da poesia.”

Paolo Mantegazza (1831-1910) foi um neurologista, fisiologista e antropólogo italiano. Notável por ter isolado a cocaína da coca, que utilizou em experimentos, investigando seus efeitos psicológicos em humanos. Também é conhecido como escritor de ficção. (Do site O pensador)

Paolo Mantegazza

 

Divulgação

Hoje, a Associação dos Juízes Federais, em parceria com a AJUFESP (Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul) e com a Justiça Federal – Seção Judiciária de São Paulo, promove a Webinar “iJuspLab 2020 – 3 anos de história”. Veja a programação completa a seguir. A transmissão ao vivo e aberta ao público será feita pela TV Ajufe, no YouTube, das 9h às 18h30.

Cartaz: ajufe.org.br

 

Será?

Está registrado, no Tweeter de Sarah Winter, que a ação da PM em Brasília é política. Acampamento pró-Bolsonaro, na Esplanada, foi calmamente e permanentemente  desmontado. “Primeiro tiram a militância digital, agora desmantelam a militância de rua. Presidente, reaja, por favor!”, pediu a ativista.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um telegrama da Meridional, procedente do Rio, diz que uma jiboia de três metros irrompeu na cozinha do prédio 307 da rua das Laranjeiras. Diz mais que a Rádio Patrulha foi chamada, mas quando chegou os vizinhos já haviam liquidado o ofídio. E é para lá, que dr. Adauto Lúcio Cardoso quer levar o Distrito Federal. (Publicado em 09/01/1962)

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Arte: Vice Brasil

 

Uma das questões mais importantes neste momento, e que vem sendo posta sobre a mesa de várias lideranças pelo mundo afora, diz respeito às relações de trabalho, de empregos e de como se darão os processos de geração de bens e serviços, tanto na prestação de serviços públicos quanto, e principalmente, na iniciativa privada, que é, na verdade, a grande produtora e o motor de geração de riquezas de um país.

Já vislumbram, em outras partes do planeta, menos por aqui, devido ao conjunto de crises paralelas, geradas artificialmente, a possibilidade de mudanças radicais que virão nas relações de trabalho em todos os níveis. Isso engloba também assuntos como a extinção de alguns modelos de serviços, bem como a criação de novos tipos, com mudanças que irão afetar ainda mais a especialização do trabalho, e que aqui eram pouco exploradas. É dado como certo, em muitos países, que o que pensamos hoje com relação à produção de bens e de serviços pode não ter acolhida certa num mundo pós-pandemia.

De previsível e certo, o que se espera, para imediatamente após a crise de saúde, é um aumento generalizado da pobreza em todo o mundo e, particularmente, em países com o nível de desenvolvimento do Brasil; isso inclui, obviamente, todo o continente sul-americano no entorno de nosso país. A questão ainda em suspense é saber até quando o mundo estará submetido a essa doença, o que inclui nessa questão, também, as dúvidas quanto ao que se anuncia como sendo uma verdade: que haja uma segunda onda de contaminação, o que muitos cientistas estão prevendo para acontecer em seguida.

Claro que, dentro de um quadro de mudanças na maneira de produzir, irá ter influência direta na forma do consumo. Pesquisadores são unânimes em reconhecer que não haverá a tão esperada normalidade, até que haja a disponibilidade de medicamentos absolutamente seguros.

Desde a pré-história, é sabido que os humanos só colocam a cabeça para fora da caverna quando estão certos de que o perigo externo já passou e isso não será diferente hoje. Há, nessas questões prementes, itens que podem complicar ainda mais todo o quadro, como é o caso do complexo e interligado sistema financeiro que possuímos hoje e que está por trás das economias em todo o mundo. Trata-se de um mecanismo delicado, assentado em algo frágil como papel e que terá, necessariamente, que buscar lastros reais para subsistir nos novos tempos.

À priori, o que os economistas estão de acordo é que é preciso, no momento, preservar empregos e renda. O estímulo à economia depende disso. Como em toda e qualquer crise do passado, as pessoas e os governos foram apanhados de surpresa. Do contrário, teriam diminuído as consequências desse e de outros contratempos do passado.

Assunto como o teletrabalho, anteriormente desprezado pelas autoridades como ferramenta de produção, encontra-se hoje em pleno avanço, no Brasil e em outros países, aplicado em todas as áreas, mostrando uma capacidade enorme e inusitada para a geração de bens e serviços, economizando e otimizando antigos modelos de produção.

O que não se pode mais descartar hoje, e que poderá significar um aprendizado histórico, é quanto à questão da plena saúde da população, não da parcela mais rica que pode contar com planos de saúde, mas, principalmente, das camadas com renda mais baixas e que representam hoje a grande massa de trabalhadores responsável pela movimentação do grosso da economia e que são a base de sustento do país.

Se mudanças vierem de fato para revolucionar a sociedade e o modo de produção e consumo, terão, obrigatoriamente, que começar por uma transformação profunda e eficaz em todo o sistema de saúde pública. Nesse setor, as mudanças terão que ser radicais, com uma supervalorização do SUS, o que englobaria o fortalecimento das universidades voltadas às ciências da saúde, das pesquisas, passando, inclusive, por um forte incremento das indústrias de produtos medicinais, sobretudos aqueles com suporte direto do Estado.

 

 

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Será que há alguma relação do ouro roubado no aeroporto de Guarulhos, em setembro de 2019, com a Covid-19?”

Filósofo de Mondubim, de onde estiver, com mania de perguntar. Como todos os filósofos devem fazer.

Imagem: Reprodução/ YouTube

 

Nada

Transeuntes na rodoviária estranharam um aparelho que capta a temperatura corporal e reconhece rostos sem máscaras. Curiosos viram que o equipamento é chinês, mas o secretário de Cidades, Fernando Leite, esclareceu que não custou nada para a cidade.

Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

 

Aporte

Nota legal liberada. Os resgates em dinheiro, em tempos de crise, serão maiores, segundo a Secretaria de Economia. O prazo para inscrever a conta corrente ou poupança para depósito vai até o dia 30 desse mês.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os planos do Ipase para este ano incluem a construção de mais de trezentos apartamentos em Brasília. Os outros Institutos ainda não se pronunciaram quanto ao Distrito Federal. (Publicado em 09/01/1962)