Familiares de mais de 3,5 milhões de mortos merecem uma explicação

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Presidente Joe Biden. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

 

Somente a dependência econômica e as dívidas, adquiridas em tempo recorde, de alguns países em relação à China podem explicar o silêncio e as tentativas de fazer calar aqueles que ainda insistem em considerar as teses que explicam a origem da Covid-19 a partir de um acidente ocorrido em um laboratório de armas biológicas do exército daquele país do Leste, em Wuhan.

Nem mesmo os mais de 3,5 milhões de mortes decorrentes dessa virose têm sido capazes de fazer o mundo ir atrás das causas desse flagelo moderno, que já deu trilhões de dólares em prejuízos às economias e tem, literalmente, paralisado o planeta há mais de um ano. Agora, segundo têm noticiado vários jornais mundo afora, a questão parece que irá ganhar algum impulso com as decisões tomadas pelo próprio governo americano, de ordenar, aos seus serviços de inteligência, um relatório definitivo sobre o caso no prazo de três meses, confirmando ou descartando todas as dúvidas acerca do aparecimento dessa doença.

Por certo, o atual governo americano tem sido alertado internamente para a possibilidade de, num futuro próximo, toda a sua administração vir a ser acusada de fazer vista grossa a esses fatos que já custaram a vida de mais de 500 mil americanos, numa proporção de óbitos maior até que os registrados na 1º Guerra Mundial.

A questão de como e quando surgiu o Coronavírus permanece ainda uma incógnita que incomoda cientistas em todo o mundo e que poderiam, a partir dessas informações, preparar respostas mais adequadas para o combate a essa doença. O que piora essa situação e põe dúvidas sobre a displicência e imperícia do governo chinês é que as autoridades daquele país, tão logo tomaram ciência do caso, empreenderam todos os esforços para abafá-lo, escondendo do mundo o ocorrido e, mais ainda, prendendo e silenciando todos aqueles que primeiramente denunciaram a estranha virose. Nem mesmo os cientistas e pesquisadores daquele país foram autorizados a investigar os fatos, ficando toda essa responsabilidade aos membros do Partido Comunista Chinês, que comanda o país com mão de ferro.

Jornalistas internacionais credenciados na China foram proibidos de divulgar os fatos, sendo que muitos foram simplesmente expulsos. Nem mesmo equipes de outros países foram autorizadas a entrar no país para ajudar nas investigações, o que poderia contribuir para um maior entendimento do problema que já é considerado a maior pandemia deste século.

Agora, dezenas de renomados cientistas das mais prestigiosas universidades e laboratórios americanos resolveram publicar uma carta aberta na Revista Science, pedindo que sejam investigadas as reais causas desse vírus, pois, para muitos, a hipótese de transmissão natural de animal para o homem tem parecido, cada vez mais, uma tese a ser descartada.

Como o caso permanece ainda muito nebuloso e dificultado pela barreira formada pelo governo chinês em torno dele, resta ao governo americano, forçado pelas evidências de que já dispõe e pressionado por cientistas do próprio país e do exterior, não deixar que o caso vá para o arquivo morto, junto aos milhões de mortos da vida real que reclamam por essa explicação.

A frase que foi pronunciada:

Cada homem é uma raça.”

Mia Couto, poeta português

Mia Couto. Foto: AFP Photo / Francois Guillot

Resolvido

Muitos celíacos que acreditam na Eucaristia eram privados de comungar por causa do trigo na receita das hóstias. No Santuário São Francisco, no final da Asa Norte, o protocolo é o aviso prévio da situação do celíaco e na comunhão é dado o vinho litúrgico.

Santuário São Francisco de Assis. Foto: divulgação.

Espaço

Sem parcialidade, as mulheres ocupam cargos nunca antes imaginados. Dirigem caminhões monstruosos, trabalham com desenvoltura em obras, pilotam avião e também começam a ocupar cargos de destaque em grupos de crime organizados.

Foto: ma10.com

Ontem, hoje e amanhã

Programa interessante é ler, em assinaturas premium, jornais de 2018. Todas as previsões das eleições, apoiadores por interesse, alianças malucas, opiniões… Obrigar os brasileiros a assistir o horário obrigatório eleitoral. Tudo muito engraçado.

Charge do Lézio Júnior

Força à família

Minha cyber amiga Anna Peleja foi levar sua alegria aos céus. Deixou o planeta Terra bem mais triste. Nenhum desafio eletrônico se transformava em barreira para ela. Super jovem de espírito, dançava, ria e topava qualquer desafio. A influencer da terceira idade foi um cometa iluminado. Exemplo para muitos jovens que estão sempre se lamuriando. Que os anjos lhe recebam de braços abertos dona Anna. A matéria do Correio Braziliense sobre dona Anna está disponível no link Influencer na terceira idade.

Isso pode Arnaldo?

Imaginem um ministro da Economia de um país transmitindo uma fala e estranhos interferirem na transmissão. Que sistema inseguro é esse? Pensando bem, não é tão inseguro. Se há licitude usando provas ilícitas, então….

História de Brasília

A par disto, para melhor atender aos alunos em idade escolar, a Prefeitura autorizou a conclusão de uma escola no SRE, uma na Asa Norte, uma na Coréia e duas em Taguatinga.” (Publicado em 02.02.1962)

O lado bom da coisa ruim

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Foto: Gov. SP/Divulgação

 

Deixando de lado, apenas por uns momentos, os muitos malefícios trazidos a todos pela pandemia, é possível encontrar, em meio ao caos que se instalou na vida de todos, alguns elementos que, por força das circunstâncias, acabaram gerando pontos benéficos indiscutíveis e que só poderiam existir em condições excepcionais como essa.

Tomando como ponto de partida a questão do trânsito no Brasil, um país reconhecidamente recordista em mortes nas estradas e que, por vários anos, tem ocupado a triste posição de 4º colocado no mundo nessa categoria, superado apenas por China, Índia e Nigéria, é preciso destacar que, durante a pandemia, tem havido uma expressiva redução nesses índices.

Em 2019, algo em torno de 40 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas do país. Em 2020, esse número caiu para menos de 35 mil. Uma redução que, embora não sinalize uma mudança de hábitos e, sim, uma diminuição no número de veículos circulando, tem servido para poupar vidas, desafogar leitos hospitalares e poupar recursos econômicos de toda a ordem.

Coisas do confinamento e do esfriamento do comércio, principalmente na área de transporte de mercadorias. Houve, além de uma diminuição do trânsito nas estradas do país, uma nítida diminuição do fluxo de automóveis nas zonas urbanas, aliviando os congestionamentos, reduzindo a poluição do ar, a poluição sonora e o excesso de acidentes em todas as vias de nossas cidades. São milhares de vidas poupadas e bilhões de reais economizados. Basta ver que a cada 10% de redução nos acidentes correspondem à economia de R$ 25 bilhões aos cofres públicos.

Há, também, dados trazidos pelo Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), elaborado pelo Instituto Sou da Paz, que mostram que os crimes violentos sofreram retração de 11% em 71% dos municípios paulistas em 2020. O isolamento social foi responsável por esses números, na medida que a diminuição de circulação de pessoas nas cidades tem reflexos na dinâmica criminal, reduzindo as oportunidades de crimes.

Também no Mato Grosso do Sul houve redução geral da violência, com destaque para as mortes decorrentes de intervenção policial que foi de (-53%). Contrariamente ao que acreditava o próprio governo, que chegou a traçar cenários de saques e invasões de supermercados, boa parte dos estados brasileiros registrou, em 2020, diminuição no número de crimes diversos.

Diminuíram os indicadores de roubos e furtos nos domicílios em todo o país. Obviamente que são reduções que não alteram o fato de o Brasil ainda ser um dos campeões mundiais em violência, mas dão uma certa perspectiva de que há possibilidades reais em trazer os índices de violência para patamares próximos de países desenvolvidos.

Claro que esses indicadores não possuem a capacidade de esconder que estamos na iminência de atingir a cifra de quase meio milhão de mortes em decorrência da Covid-19 e outras doenças muitas vezes penduradas na conta da pandemia.

Deixando as estatísticas nacionais num canto, é preciso notar, com relação especificamente à capital do país, uma expressiva diminuição de mortes tanto no trânsito quanto nos crimes de forma geral. Em Brasília, em 2020, houve queda de nada menos do que 50% nos crimes de feminicídio. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) indica que, em 2020, foram registrados 11,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1980. Também efeitos trazidos pela pandemia. É o lado bom da coisa ruim.

A frase que foi pronunciada

Todo mundo acha que nós criamos problemas com a China, menos a China.”

Ex-chanceler Ernesto Araújo

Ministro Ernesto Araújo. Foto: Folhapress / Pedro Ladeira

Estacionamento

Enorme área na Granja do Torto com postes de iluminação funcionando bem e iluminando o nada. Veja a seguir.

Sacrifício

Hoje, das 7h às 23h, o fornecimento de água na parte norte da cidade será suspenso. Lago Norte, Taquari e Sobradinho. “Os serviços vão aumentar a capacidade de transferência de água para a região norte e garantir maior confiabilidade na operação do sistema.”

Caesb. Foto: destakjornal.com.br

Lógica científica

Se um governo não tem oposição é porque algo está errado. Durante os governos Lula e Dilma, não houve oposição que engrossasse a voz contra qualquer atitude suspeita, verba desviada, até a inutilidade de uma tomada com padrões novos foi recebida de braços abertos. Havia algo de podre e não era no governo da Dinamarca. É bom ver oposição a um governo que o povo apoia. A urna eletrônica com o voto impresso vai chancelar a vontade do brasileiro. Se deixarem…

Foto: bbc.com

História de Brasília

Mas havia esperança no país. Apenas meia dúzia de pelegos estrebuchava espumante, conta o homem. Forças Armadas, a favor. Povo a favor. Trabalhadores a favor. E veio a notícia bomba: o homem renunciou. (Publicada em 02.02.1962)

Da competição à colaboração

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Foto: paho.org

 

Para tempos excepcionais, medidas excepcionais. Assim deveriam proceder todos aqueles países que, uma vez tendo dominado a tecnologia e a fórmula biológica, capaz de trazer, à luz, a vacina contra o vírus da Covid-19, abririam mão dessas patentes preciosas e de todo o segredo industrial dessa produção em socorro à humanidade, nessa hora de desespero para todos. Mais do que um segredo e uma conquista do intelecto, capaz de render altíssimos lucros aos seus detentores e aos laboratórios farmacêuticos, a questão das vacinas ganhou, nesse momento específico, uma tal importância e urgência sanitária que qualquer outro conceito de valorização material dessas fórmulas perde seu significado diante do fato de ser essa a única alternativa para bilhões de habitantes do planeta.

Trata-se, como afirma muitos cientistas, de uma decisão que poderá antepor a ética e os valores humanos, como a dignidade e a vida, contra outros conceitos como o lucro e o poder. O presidente dos Estados Unidos, onde a vacinação da população é a mais adiantada, entre todos os países do ocidente, já se pronunciou, extraordinariamente, a favor da quebra de patentes de vacinas, numa postura historicamente contrária às adotadas por essa nação, que tem como seus princípios a defesa de todas as suas propriedades intelectuais.

Para que sirva de lição para outros mandatários claudicantes e que não enxergam, no ensino de qualidade e no incentivo à pesquisa, um fator de prosperidade, hoje, países ricos em minérios, petróleo e outros ativos primários estão literalmente à mercê daquelas nações que, mesmo sem recursos materiais, são capazes de gerar tecnologia de ponta, como é o caso desses remédios providenciais.

Tecnologia, não custa dizer, é hoje o referencial a indicar se um país é ou não rico e próspero. O Brasil que, até há pouco tempo, detinha ao menos um conhecimento na administração em massa de vacinas, perdeu terreno nessa importante área da medicina, pela falta de políticas e de incentivos do Estado, cujo corte nos orçamentos e a pouca valorização das pesquisas nas universidades é a parte mais visível.

Ir contra a ciência em pleno século XXI é muito mais do que uma aposta errada. É suicídio. Mais e mais lideranças, prêmios Nobel e personalidades de todo o mundo estão se unindo numa corrente para que vacinas contra essa virose sejam um bem comum a todos os habitantes da Terra.

Pode ser que essa universalização de esforços, para salvar a humanidade, seja uma das boas consequências geradas pela pandemia e quarentena mundial, capaz de mudar o referencial da nossa espécie, de competidor insaciável para colaborador solidário.

A frase que foi pronunciada:

A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar.”

Na folha informativa divulgada pela OPAS (Organização Panamericana da Saúde). Veja a íntegra no link Folha informativa sobre COVID-19

Foto: paho.org

 

Honra ao mérito

Comunidade musical de Brasília e diversas cidades do país e do mundo vibram com o final do doutorado de Neviton Barros. Figura incrível, de uma garra invejável e talento inquestionável. Fica aqui o registro.

Neviton Barros. Foto publicada em seu perfil oficial no Facebook.

 

Competitiva

A Maternidade Brasília Dasa, que fica no Sudoeste, está realmente preocupada com a opinião dos pacientes. Uma pessoa da ouvidoria vai, pessoalmente, quarto por quarto, anotar as observações. Coisa rara nessa cidade.

Foto: tourmkr.com

Brasil Paralelo

Produzidos com a participação popular, os documentários e séries disponíveis pelo grupo do Brasil Paralelo são importantíssimos por uma simples razão: são 100% informativos. Vale conferir e se inscrever. Veja mais detalhes a seguir.

Volta

Ao lado do pacote Pró-Economia, divulgado pelo governador, outra iniciativa seria bem-vinda ao brasiliense: colocar o GDF para voltar ao trabalho. Parques, Detran, Viveiros da Novacap, Zoonose e por aí vai.

Publicação do dia 06/05 no perfil oficial da Secretaria de Economia do DF no Instagram

Cuidado

Ao contratar o Uber, tenha alguns cuidados. O primeiro é a opção por pagamento em dinheiro. Se não for trocado, dificilmente o motorista terá troco. Fica o impasse. Outro inconveniente de pagar com dinheiro é que o cambalacho é certo. A corrida era R$15, não havia troco. A ideia foi entregar os R$50 e o cliente teria um crédito. Resultado: a viagem custou o dobro. Veja a seguir.

História de Brasília

Disse o dr. Francisco Mangabeira a amigos, que pior que o incêndio no poço de petróleo da Bahia, é o incêndio da luta interna na Petrobras. (Publicada em 01.02.1962)

As joias da coroa

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Foto: Reprodução/PCC/China

 

Difícil é convencer alguém de bom senso, e que conhece de perto a realidade política interna da China, que o governo daquele país, em suas relações com outras nações, seria capaz de dar tratamento pacífico e complacente a pessoas de outras nacionalidades que, eventualmente, viessem a se opor às diretrizes políticas impostas por esse regime fechado e de partido único (PCC).

Mesmo assim, nações pelo mundo afora, principalmente a partir da aurora do século XXI, começaram a comercializar com aquele país do extremo Oriente, colocando de lado, ou mesmo desprezando, o fato de ser, aquele governo, um antípoda das concepções clássicas de democracia e por extensão dos Direitos Humanos e, no caso das relações comerciais, um inimigo da livre concorrência e da liberdade do mercado (Laissez faire) e do liberalismo.

Conhecendo os muitos relatos que falam de detenções em massa, torturas, mortes, abusos policiais e outros crimes contra a humanidade, praticados pelo regime ditatorial chinês, fica claro que as relações da China com o mundo são montadas sob um disfarce, como uma cópia oriental de Jano, o deus romano de duas ou mais caras a concentrar, na mesma figura, o passado e o futuro, que dá por uma mão e toma pela outra. Seria possível haver relações comerciais livres, saudáveis e com base nos princípios da ética humana, com alguém que despreza ou ignora esses valores? Essa é uma questão que, sabemos, pouco interessa no mundo dos lucros e das vantagens.

Entre nós, existe apenas dois elementos capazes de se espalhar com a mesma velocidade da atual pandemia do Covid-19: as notícias ruins e as fake news. O mais interessante é que, em algum ponto do espaço e do tempo, ambos elementos se cruzam, gerando o que muitos conhecem por teoria da conspiração. Após o advento das redes sociais, as comunicações instantâneas e, sobretudo, do conteúdo fatual dessas informações que passaram a chegar aos indivíduos e à sociedade, em grandes e aceleradas avalanches, deram origem a um fenômeno intrigante e, ao mesmo tempo, problemático, que passou a afetar, de modo significativo, o comportamento de todos. Com isso, passou a ser comum que versões e fantasias cheguem ao conhecimento de todos, muito antes dos fatos em si. O que, de certa forma, reforça a tese histórica de que o homem é um contador de estórias por natureza. A grande questão aqui é como separar o que é realidade de fantasia, já que as duas parecem ter a mesma origem.

Os antigos costumavam dizer que quanto mais longe da fonte, mais a água está turva. Assim também ocorrem com fatos. Essa característica vem lá de trás, da origem da humanidade, quando na impossibilidade de entender o mundo à sua volta, os homens buscavam, na fantasia e no misticismo, as explicações sobrenaturais para os fenômenos da natureza. Essa herança trouxemos até os dias atuais, adaptando-a ao mundo virtual da Internet. De um país sem liberdade e de quem vive em um país livre que defende o país sem liberdade, tudo se pode esperar.

Para a imprensa, que até pouco tempo detinha o monopólio natural sobre a informação, isto é, as notícias, essa mudança de eixo e de mãos tem modificado, sobremaneira, o trabalho diário, obrigando os profissionais a separarem, com lupa, fatos e ficções. Não é por outro motivo que muitos órgãos de informações tiveram que criar um departamento especializado em checar minuciosamente as notícias, separando os grãos de areia dos fatos, do oceano de boatos.

Nessa nova tarefa imposta pela aldeia global ao trabalho da imprensa, surgiram ainda outros desafios, dessa vez realizados no sentido contrário da lógica de investigação e apuração jornalísticas, fazendo o caminho inverso, ou seja, partindo dos boatos e dos sinais de fumaça para se chegar aos fatos e a verdade escondida em meio à paisagem.

É justamente com relação a esse ponto que, por exemplo, parte da imprensa nacional e internacional tem deixado de lado os efeitos da recente e perigosa pandemia do vírus da coroa, seguindo atrás dos boatos e das teses defendidas pelos teóricos da conspiração, na tentativa de chegar às fontes e às causas que determinaram o surgimento dessa doença.

Para os seguidores dessas teorias fantásticas, em um mundo cada vez mais surrealista, tudo teve início com a chamada guerra comercial declarada pelos Estados Unidos contra os superávits seguidos, que vinham sendo obtidos pela China ao longo das últimas décadas e que passaram a ser combatidos pela atual administração do país.

Essa história é longa e com vários capítulos paralelos e que vão ganhando versões mais atualizadas a cada dia. O que parece real é que, por detrás desse vírus, se escondem fatos e verdades que, mais dia, menos dias, chegarão ao conhecimento de todos, levando-nos a conhecer até onde governos são capazes de ir para fazer valer questões de mercado, laboratórios, políticas e de ganhos sobre a vida de pessoas, tornadas, nesse jogo cruel, meros dados estatísticos, sem valor e sem qualquer respeito pela dignidade humana.

A frase que foi pronunciada:

Custava ferver o morcego?”

Meme viralizado nas redes sociais

Acende, ascende!

Vários protocolos registrados, mas a iluminação das ruas no trecho 9 da SMLN está uma lástima! Moradores revoltados e inseguros.

História de Brasília

Ao dr. Laranja: muita gente que produz em Brasília continua jogando fora ou deixando morrer nos canteiros ou dando aos animais, verduras e legumes que poderiam ser vendidos a baixo preço. (Publicada em 01.02.1962)

Por uma CPI internacional

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Foto: Unrwa/Khalil Adwan

 

Há, em âmbito mundial, uma infinidade de fatos mal explicados intercalados entre a pandemia e o processo posterior e apressado de vacinação que, cedo ou tarde, deverão vir à luz, até como satisfação à humanidade. Para isso, será necessário, primeiramente, contabilizar, com precisão, o número de mortos globais e os reais prejuízos econômicos provocados por essa estranha e inesperada virose em cada canto da Terra.

E por que isso será necessário? Para que, em seguida, seja formulado um programa semelhante ao Plano Marshal, aplicado pelos Estados Unidos à Europa Ocidental após a II Grande Guerra, ou seja, para financiar, a longo prazo, os países mais atingidos para que voltem, ao menos, ao estágio econômico em que se encontravam antes da pandemia.

Essa será uma estratégia que impossibilitará uma quebradeira econômica mundial, com prejuízos inclusive, aos países desenvolvidos. Dessa vez, essa espécie de Plano Global deverá ser bancado por aqueles países, instituições e empresas que – acreditem – lucraram bilhões de dólares com essa pandemia ou que, ao menos, sofreram pouco com ela. Essa parece ser uma das poucas saídas para a crise sanitária que tudo paralisou.

Ao contrário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada agora no Senado Brasileiro e que muitos acreditam que se transformará num palanque político-eleitoral e de interesse apenas das legendas para obter mais vantagens, será necessária a formação, em âmbito internacional, de uma Comissão para investigar, a fundo, todas as causas e efeitos dessa estranha doença que chegou tão rápido e com vacinas desenvolvidas em prazos recordes.

Obviamente que caberá, à Organização das Nações Unidas (ONU), a instalação de tal Comissão. Isso se ela vier a acontecer de fato. Caso a ONU não chame a si essa importante questão, o que pode ocorrer, de menor impacto, é o aumento na descredibilidade dessa instituição internacional.

Por outro lado, caso esses problemas sejam postos de lado, poderá ocorrer, não apenas um aumento abissal e intransponível entre ricos e pobres, mas poderá servir ainda como estopim para conflitos generalizados com aumento nas tensões entre as nações e uma explosão de casos de terrorismo. É o pós pandemia. É preciso passar a limpo toda essa história misteriosa que redundou na eclosão da pandemia. Analisar a postura do governo chinês, nesse caso, que escondeu esses fatos do mundo e, mais do que isso, impediu que uma comissão internacional, inclusive da imprensa, checasse, in loco, esses eventos.

Desse comportamento suspeito, nasceram teorias diversas, entre as quais a que dá conta de que esses acontecimentos tiveram origem em um acidente ocorrido em um laboratório daquele país, especializado em fabricar armas biológicas de destruição em massa. Todos esses fatos devem ser checados para que, ao menos, não voltem a se repetir.

Nessa situação surreal em que o planeta foi obrigado a mergulhar, até os mortos clamam por explicações.

A frase que foi pronunciada:

Mandar nos outros ou interferir nos assuntos internos dos outros não traria nenhum apoio.”

Xi Jiping

Tedros Adhanom e o Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim.
Imagem: POOL

Vale ver

Anhony Hopkins ganhou o Oscar aos 83 anos de idade. Melhor ator no filme “Meu Pai”. Um belo filme que retrata a mente e o ambiente no final da vida. Link a seguir.

Justiça cega

Até quando o Brasil continuará punindo quem faz a coisa certa? Inconsolável, Elisa de Oliveira Flemen percebeu que os estudos rendiam mais em casa do que na escola. Criou um sistema de dedicação à leitura, prestou vestibular para Engenharia, passou com nota máxima em redação e ótimas notas em geral e foi impedida pela Justiça de cursar a universidade.

Elisa, de 17 anos, optou pelo homeschooling em 2018. Foto: Acervo Familiar

Repensar

Leitora nos envia missiva protestando com a nova modalidade de prestação de serviços do Detran. “Os trabalhos foram direcionados aos usuários que pagam pelos documentos, ficando com a obrigação de reproduzir via internet a consecução do documento CRV e da Carteira Motorista Digital, inclusive a impressão destes.” De uma forma geral, há muitas reclamações de várias localidades sem respostas no portal do Departamento de Trânsito.

Foto: Divulgação/Fazenda DF

Eles merecem

SLU Coleta DF é o nome do aplicativo para o cidadão se inteirar do dia e hora da coleta do lixo. É uma ótima oportunidade para as donas de casa oferecerem um lanchinho para esses incansáveis trabalhadores, que correm o dia todo, respiram lixo para deixar a cidade limpa e agradável.

História de Brasília

O Palácio do Planalto está na mesma linha. Difícil, também, a ligação pelo PABX. Quase impossível, para dizer a verdade. O serviço interurbano do Palácio atende com presteza, mas infelizmente não faz ligações internas. (Publicado em 01.02.1962)

Insegurança alimentar, fome e revolta

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Foto: Arquivo EBC/Danielle Pereira

 

Depois de mais de um ano experimentando o que parece ser uma das maiores e mais universais pandemia que a humanidade já conheceu, o mundo e, particularmente, o Brasil começam a sentir os efeitos que essa doença provocou também na economia, sobretudo, no aumento, sem precedentes, do número de pessoas assoladas pelo tenebroso espectro da fome.

Em nosso caso, a situação é de emergência, já que a chamada insegurança alimentar atinge hoje mais da metade dos lares pelo país afora, tanto nos centros urbanos quanto em outras regiões mais carentes. A totalidade das pesquisas que vêm sendo feitas sobre esse problema indica que o fenômeno da escassez de alimentos, e mesmo sua falta total, já é uma realidade para milhões de brasileiros.

Somados aos 19 milhões, que nesse momento passam fome, os 116,8 milhões que sofrem a situação de insegurança alimentar, temos quase 136 milhões de cidadãos sem ter o que comer diariamente. Desde o início da pandemia, muitos economistas e outros pesquisadores das ciências sociais vinham alertando para essa possibilidade iminente e, como quase tudo que acontece nesse país, nenhuma providência de fôlego foi tomada a tempo de evitar esse quadro.

A privação de alimentos pode ser considerada o mais degradante e cruel grau de sofrimento físico e psicológico a que um ser humano pode ser submetido. Essa situação, para um país que é considerado, no mundo bilionário das commodities e dos negócios de grãos e proteína, um celeiro do planeta, torna o Brasil uma das mais desiguais e contraditórias sociedades já vistas. Como pode um país que é tido como uma potência do agrobusiness, ter um contingente de pessoas, maior que muitas populações de outros países, passando fome?

Essa realidade bizarra reforça a ideia que muitos fazem do agrobusiness como sendo um setor que não produz alimentos e sim lucros em larga escala para seus proprietários. Na verdade, dizem alguns entendidos, ruim com o agronegócio, pior sem ele, uma vez que esse é ainda considerado o grande indutor dos superávits na balança comercial do Brasil com o resto do mundo.

Pelo sim e pelo não, muitos especialistas apontam que é justamente no setor agrícola que estão as maiores e mais concretas possibilidades de combate à fome e à insegurança alimentar. Para tanto, afirmam os pesquisadores, será preciso antes, instituir um amplo e consistente Plano Nacional de Alimentação, por meio de uma série de políticas públicas que diminuam os desequilíbrios entre a produção industrial de alimentos, ligados ao agrobusiness para a exportação, e o amparo às pequenas e médias cooperativas, ligadas à agricultura familiar e comunitária, tanto no entorno das cidades quanto no campo.

O problema, além da falta crônica de planejamento e projetos, esbarra na falta de recursos e nos cortes sofridos em muitos programas como o Programa Nacional de Alimentos (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa de Cisternas, Bolsa – Família e Renda Básica Emergencial. Mesmo o Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar (Pronaf) sofre há anos com a falta de incentivos e com cortes de orçamentos.

A pandemia, e isso não é segredo para ninguém, fez os preços dos alimentos nos supermercados e feiras dispararem, o que aumentou os índices de pobreza e, consequentemente, elevou o número de brasileiros que passam fome. Nas grandes cidades do país, esse efeito é bem visível e clama por providências antes que essa situação descambe para uma revolta popular, como muitas que aconteceram ao longo da história humana e que mostraram que a única razão que conduz o povo à revolta não são as ideologias, mas a fome.

A frase que foi pronunciada:

Todo mundo quer comer na mesa do governo, mas ninguém quer lavar os pratos.”

William Faulkner

William Faulkner. Foto: Carl Van Vechten (wikipedia.org)

Imperdível

Um concerto imperdível será transmitido pela Internet, no próximo domingo, diretamente do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Floripa. A Orquestra de Cordas da Ilha, criada por Paulo Roberto Matos, contrabaixista da Escola de Música de Brasília, interpretará canções de vários séculos. Paulo Roberto, que mora em Florianópolis, convida os amigos de Brasília para acompanharem a performance pelo Youtube e Facebook. Veja mais detalhes a seguir.

Verde Brasília

Trabalho de pós-graduação em História, importante para a cidade, está arquivado na UnB. Com a orientação do professor Dr. José Luiz de Andrade Franco, trata do Desafio da floresta urbana: História do processo de arborização de Brasília (1960-1970), de Marina Salgado Pinto. Leia no link repositorio.unb.

Facebook “Histórias de Brasília” – Visão aérea de Brasília (1967)

Três gerações

Vale a pena assistir a live histórica de três gerações do jornalismo brasileiro. Alexandre Garcia, Luís Ernesto Lacombe e Caio Copolla. Sem políticos de estimação, sem papas na língua e sempre com muita educação. Acompanhe a seguir.

História de Brasília

Já que a ordem é moralizar, que não se permita então, que uma firma estabelecida num barraco provisório cobre preços superiores às outras organizadas contabilmente e concorrendo com impostos para a Municipalidade. (Publicada em 30.01.1962)

Venezuela tem futuro? E o Brasil?

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Foto:  Prensa Miraflores/EFE

 

Sejam quais forem os desdobramentos derradeiros que a crise na Venezuela venha a ter nesse momento tão crucial para o futuro de seu povo, um fato é indiscutível: permanecendo ou não o atual governo de Maduro, aquele país está visivelmente cindido, tanto pelas incontáveis vidas perdidas por conta da tirania, pelos milhões de refugiados que provocou, pela fome que obrigou os, outrora orgulhosos, venezuelanos a procurarem comida no lixo e água para beber em escoadouros de esgoto e tantas outras desgraças gestadas por um regime de exceção.

Aliada com regimes igualmente cruéis, restam, ao ditador Maduro, poucas opções. Ou acaba de matar a outra parte dos venezuelanos que se opõe ao regime, para seguir governando literalmente sobre cadáveres, ou bate em retirada levando consigo o que restou do botim e dos saques praticados por anos seguidos. De fato, segundo analistas, o regime de Maduro está, neste momento, apoiado apenas por parte das Forças Armadas daquele país, embora conte ainda com o apoio e a logística de guerra de países como Cuba, Rússia, China e Coreia do Norte, países sabidamente avessos à democracia e à transparência do Estado.

A um leitor normalmente distraído que questione que importância tem esses acontecimentos que ocorrem a milhares de quilômetros daqui em um país estrangeiro, é bom lembrar que muitos dos fatores que moldaram essa trajetória histórica malfadada foram diretamente legados pelos governos petistas, que por aqui também trataram de infelicitar a nação com sua pregação separatista odienta. Foram as dezenas de milhões de dólares, extraídos sorrateiramente dos nossos cofres, que financiaram aquela ditadura, favorecendo a compra de armamentos de guerra sofisticados, muitos dos quais operados por soldados famintos e que viram muitos de seus conterrâneos morrerem ou migrarem.

Com a iminente deposição daquele que governa aquele país, qualquer que seja o seu destino final, um outro fato também é inconteste e, com certeza, estará também nos livros de história do futuro: Maduro é, ao lado de Chaves, seu antecessor, parte da galeria dos amigos do ex-presidente Lula, agora um simples presidiário solto por questões ideológicas avessas à letra da lei, que vão, aos poucos, indo ao encontro do inexorável destino reservado aos tiranos e corruptos deste continente. Com tanto dinheiro não devolvido, acreditam manter-se eternamente no poder.

Poucas semanas antes, o mundo tomou conta também do suicídio do ex-presidente do Peru, Alan Garcia, outro político também contaminado pelo poderio corruptor de nossas empreiteiras e comparsa dessa mesma turma de malfeitores que infestaram o continente. Não bastassem as causas e consequências que levaram aquele país a esse desfecho sangrento, herdamos uma espécie de obrigação moral de continuar ajudando aqueles venezuelanos que acorrem às fronteiras em busca de abrigo, comida , remédios e outras necessidades humanas, principalmente em tempos de pandemia. Até porque a Venezuela hoje é um retrato acabado de um futuro que, por pouco, não nos coube também e que, por sorte do destino ou outro fator, escapamos na undécima hora.

A frase que não foi pronunciada:

Aqueles 734kg de ouro desaparecidos cinematograficamente do Brasil com destino incerto e não sabido até hoje, têm relação com que parte dos últimos eventos da nossa história?”

Dona Dita, com a memória mais fresca no que nunca.

 

Novidade

Entre Brasília e Goiânia, o Jerivá já é ponto de parada obrigatória. Pamonhas frescas e iguarias goianas de tirar o chapéu. A novidade é que o trecho Brasília-Goiânia recebe a primeira eletrovia do Centro-Oeste. Com pontos de recarga gratuita, quem viajar com carro elétrico até o Jerivá terá apoio logístico na localidade.

Foto: divulgação

Agenda super positiva

Vídeo do Ministério da Infraestrutura mostra o que acontece no país além do vírus. Veja a seguir.

Honra ao mérito

Com presença marcante no país, a Rádio Nacional está na memória de todos os brasileiros. Programas em regiões longínquas, como o Eu de Cá, Você de Lá, que aproximava familiares que não se viam há anos. A rádio participou do nascimento da nova capital do Brasil e tantos outros momentos importantes. A EBC, antiga Radiobrás, também sobrevive pelo talento e dedicação. Valorizar a competência de cada funcionário dessas rádios é um dever para os mais sensíveis.

 

Solução

Fecha igreja, abre igreja, fecha restaurante, abre restaurante, fecha escola, abre escola. Na parada do Planalto, a ideia do pessoal era realizar todos os eventos dentro dos ônibus da cidade. Boa percepção.

Moradores se aglomeram em parada de ônibus em Ceilândia, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

História de Brasília

Observem as autoridades, que premiar o invasor com um lote numa cidade-satélite é prejudicial e inconveniente. Estimula a apropriação indébita. (Publicada em 30.01.1962)

CPI dos sujos contra os mal lavados

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Foto:
Pedro França/Agência Senado

 

Um dos riscos que o país corre com a possibilidade de vir a ser instalada uma comissão parlamentar de inquérito no Senado, intitulada de CPI da Covid-19, conforme determinação do ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, é que a tal Comissão, em tempos de recrudescimento da pandemia, com o aparecimento das novas cepas do vírus, transforme as relações, já conturbadas, do Poder Legislativo com o Executivo e com o Judiciário em um verdadeiro pandemônio, capaz de esgarçar, ainda mais, a já frágil harmonia entre eles.
Embora se saiba que é próprio do Legislativo o papel de fiscalizar o funcionamento da máquina pública, uma eventual abertura de investigação, faltando pouco mais de um ano para o deslanche das campanhas eleitorais, pode, além de acelerar a inauguração de um palanque político expressivo e oportunista, vir a aumentar os desacertos na instável área de saúde, trazendo um complicador a mais para a pandemia.
Por certo, é mais do que preciso uma investigação séria e aprofundada sobre as responsabilidades que cabem a cada um dos entes federativos, tanto na administração da crise sanitária, quanto na boa aplicação dos bilhões de reais que, segundo o governo federal, foram disponibilizados para cada estado. Escândalos fartamente denunciados pela imprensa de todo o país, poderão ser mais esmiuçados e os responsáveis, punidos com rigor.
Para todo esse processo, existe um receituário por demais conhecido, com a escolha do presidente da comissão, do relator e dos demais componentes. O problema é com o andamento desses trabalhos sem a presença efetiva e física desses atores no parlamento, tanto dos senadores quanto dos depoentes, além, é claro, das diligências que terão que ser realizadas in loco e na maioria dos estados.
Deixando de lado o trabalho efetivo e técnico da comissão, é preciso fazer ainda um balanço e uma ponderação sobre as relações políticas de governos e prefeitos com a bancada no Senado e na Câmara, isso tendo em vista as eleições de 2022. Apenas sobre essa perspectiva, é possível inferir que na possibilidade de vir a ser provado a malversação do dinheiro público destinado ao combate à pandemia, o que por certo ocorrerá, sendo esse crime de responsabilidade de aliados de peso, essa CPI terá que fazer o que outras, nesse caso, fizeram, que é acudir com panos quentes.
De outra forma rompem-se acordos pré-eleitorais às vésperas do pleito. Nessa hipótese teremos mais uma dispendiosa e inócua investigação. Mesmo no caso de se remeter as várias denúncias para o julgamento no Supremo, o que a população já sabe de antemão é que nenhum desses envolvidos de alto coturno serão punidos. Talvez sobre aí uma punição para o terceiro escalão ou para um mordomo ou porteiro qualquer como forma de justificar todo esse circo.
Com relação ao chefe do Executivo e sua insistência em negar os fatos da pandemia, os desdobramentos efetivos também ocorrerão de acordo com o poder ou a debilidade da bancada do governo dentro do Congresso. Para os brasileiros, por demais experimentados nessas pantomimas, nada de proveitoso advirá dessa CPI, nem mesmo o retorno dos bilhões desviados por toda a parte.
A pergunta que fica é que estofo moral e ético esses mesmos Poderes da República, que agora se mobilizam para investigar o sumiço do dinheiro destinado ao combate da covi-19, poderão agir, já que todos concorreram, a sua maneira, para desmanchar operações exitosas e profícuas como a Lava-Jato, que contou com amplo apoio popular. A bem da verdade, essa deveria ser a CPI dos sujos contra os mal lavados.
A frase que foi pronunciada
“O consumidor, atualmente, manifesta sua indignação ou compartilha uma experiência negativa em relação a uma empresa, marca, produto, serviço ou atendimento, de uma forma geral, por meio de diversos meios, como chats, blogs, redes sociais, e-mails, SMS, MMS, entre outros meios. A rapidez com que essa mensagem se torna disponível a um grande número de pessoas é espantosa. Se esses meios são capazes de derrubar governos, imagine o que poderão fazer com uma empresa!”
Excelência em atendimento ao cliente, de Alexandre L. Las Casas
Foto: amazon.com
Indébita
Os bancos justificarem o menor tempo para atendimento ao público tendo como razão a pandemia é um acinte. Primeiro, porque pelo lucro que divulgam anualmente é perfeitamente viável introduzir nas agências todos os cuidados sanitários. Segundo, se a aglomeração de pessoas é um perigo, então o horário deveria ser estendido e não reduzido, assim pelas taxas e anuidades pagas, os clientes teriam mais conforto no atendimento.
Foto: cmfor.ce.gov
PL 3.057/2020
Outra justificativa de bancos que instiga a inteligência dos clientes é o limite de valor para movimentações financeiras. Se o cliente é o dono das cifras que o banco guarda, parece que a liberdade e a vontade do consumidor, nesse caso, estão cerceadas se quem dita o limite para uso é o banco. Nesse caso, os parlamentares que legislam representando os seus votantes têm a solução. Basta votar em favor da proposta apresentada pelo senador Plínio Valério, que impede as instituições financeiras públicas ou privadas de estabelecer limites para pagamentos ou transferências.
Ilustração: cointimes.com

 

Mais essa

Em relação à operação bancária por transferência, a justificativa dos bancos parece plausível e toca o coração do cliente tamanha preocupação : “A segurança” é o que dizem. Agora pense em ter dinheiro no banco, estar na mira de um revolver e o banco não liberar a quantia. O resultado será: salvo o dinheiro e o cliente estirado no chão depois de um tiro. Bastava explicar que é a segurança do dinheiro e não a do cliente.

Câmera de monitoramento registra quando três homens invadem agência bancária em Santa Helena de Goiás, em fevereiro de 2021. Foto: Divulgação/Polícia Militar

 

História de Brasília
As superquadras e outras áreas do Plano Piloto estão cobertas de “invasões”. É um problema social que se avoluma a cada dia. A solução, entretanto, já está sendo estudada. (Publicada em 30.01.1962)

Tenham momentos felizes todos os dias

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Ilustração: medicinasa.com

 

Infelizmente, essa é a recomendação dada por nove em cada dez psiquiatras, psicólogos e outros profissionais que cuidam da saúde mental. Não apenas no Brasil, mas no resto do mundo. A receita inusitada vem a propósito do aumento exponencial nos casos de depressão, demência, psicose e outros problemas de ordem mental e que, segundo creem os médicos, advêm do enorme stress a que estão submetidas populações inteiras por conta da pandemia e dos efeitos que essa doença pode gerar no sistema nervoso central dos indivíduos.

Para muitos profissionais de saúde, a massiva quantidade de notícias, quase todas elas, carregadas de informações negativas sobre o desenrolar da doença e das consequências futuras que as sociedades terão que enfrentar, tanto nas área de saúde pública quanto na economia e em diversos outros aspectos da vida cotidiana, vêm provocando um aumento considerável do stress, semelhante ao que vivenciam os indivíduos numa guerra.

Ocorre que, em momentos de grandes catástrofes, as pessoas naturalmente buscam se informar o máximo possível sobre os últimos acontecimentos, até como meio de encontrar alguma resposta ou solução para tudo que está acontecendo. Essa parece ser uma atitude natural para a maioria dos seres humanos, principalmente para aqueles que moram em cidades grandes e onde a vida interativa é mais desenvolvida.

No Brasil, onde a situação da pandemia parece ter saído do controle, essa recomendação médica pode ser vista sob ângulos diferentes. Se, por um lado, a questão da pandemia parece ter se tornado a pauta única de boa parte da imprensa, que explora nossas precariedades e o pouco empenho de nossas autoridades frente a um problema de urgência de vida e de morte, algumas outras mídias usam da doença, unicamente, como subterfúgio para fins políticos, explorando o tema com viés partidários.

Alguns outros meios de comunicação, mais alinhados com o governo, apresentam o problema recheado de estatísticas numéricas positivas, indicando que a pandemia está com os dias contados para acabar. A mídia internacional, por sua vez, não poupa o Brasil de críticas de toda a ordem, mostrando uma realidade cruenta que poucos brasileiros conhecem de perto, nem ao menos as autoridades.

O fato é que, ao manter uma atenção até exagerada no que dizem os informes diários, muitos cidadãos, mesmo ao fazerem um balanço ponderado entre o que é fake e o que fato, ficam com a impressão de que vivemos os últimos dias sobre a Terra. Também é verdade que o distanciamento das notícias, pode, a curto prazo, servir para uma espécie de alheamento ilusório, onde a realidade deixa de estar presente e cede lugar a um devaneio artificial.

De toda a forma, cabe à imprensa séria, e acredite, ela ainda existe no Brasil, informar o desenrolar de toda a pandemia como ela realmente está se processando nesse país de desigualdades continentais. Obviamente que, nesse espaço, cabe também um lugar de destaque às iniciativas e o árduo trabalho que vêm empreendendo cientistas brasileiros, tanto do Butantã quanto da Fiocruz, na pesquisa e produção de nossas vacinas, bem como o trabalho diuturno das equipes médicas e de todo o pessoal da saúde, principalmente daqueles que lidam com o problema lá na ponta, onde tudo acontece, ou deixa de acontecer.

A frase que foi pronunciada:

Tropeçamos nas pedras pequenas, porque as grandes nós vemos sem dificuldades.”

Provérbio chinês

Cabelos

Problema que a população de Brasília não imagina que aconteça nessa cidade trata do descarte de produtos químicos para cabelo. Com a quantidade de salões, se não houver consciência no momento do descarte, o perigo é grande. Faltam esclarecimentos e soluções para os profissionais que querem fazer a coisa certa.

Foto: belezaverde.com

Unidos pelo mal

Como um rolo compressor, os partidos de esquerda pelo mundo trocam informações e espalham notícias falsas sobre o Brasil, plantando, na mente dos espectadores, uma imagem grotesca e carregada de ideologia. Um exemplo é a matéria publicada no jornal alemão, com sede em Bonn, General – Anzeiger. Veja a foto a seguir.

Notícia do Brasil na Alemanha em 06/04/2021

Transmissão

No dia 9 deste mês, o comandante do Exército, General Edson Leal Pujol, passará o cargo de Chefe do Departamento de Ciência para o General Guido Amin Naves. Deixa o cargo o General Décio Luís Shons. A transmissão não terá convidados.

 

Sem sensacionalismo

Recebemos uma ligação de Buritirama, na Bahia, contando que não há pavor na cidade, nem cemitérios cheios de covas preparadas para os novos falecidos. O anúncio é de 603 casos confirmados, e 556 curados. Vejam as estatísticas no link BOLETIM DO COVID – Prefeitura de Buritirama. As cadeiras continuam nas calçadas no frescor do fim de tarde, crianças alegres brincando e os jogos de dominó na praça.

Foto: buritirama.ba.gov

História de Brasília

Os têrmos da nota são mantidos em tôda a sua extensão. E continuamos a lamentar que procurem criar dificuldades para a transferência da Capital. (Publicado em 30.01.1962)

Virose ontem e hoje

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Enfermaria do Rio de Janeiro, em 1918. Foto: Wikimedia Commons

 

Cabe a essa geração de brasileiros que, há mais de um ano, vem experimentando as agruras de uma pandemia, adaptar-se aos novos desafios impostos por essa virose mortal ou, ao menos, seguir o exemplo e os ensinamentos de outros concidadãos que, entre 1918 e 1920, enfrentaram a grande gripe espanhola, que, só no Brasil, deixou mais de 35 mil mortes, numa época em que a população do país era de aproximadamente 30 milhões de indivíduos. Por todo o mundo, a gripe espanhola matou mais de 50 milhões de pessoas, o que faz dessa pandemia a mais mortal de todas as viroses já enfrentada pelos seres humanos. Passado exatamente um século dessa tragédia sanitária, quis o destino, ou algo de sobrenatural, que, em 2020, o mundo viesse a atravessar mais um longo corredor da morte.

Numa época em que os serviços sanitários e de prevenção eram ou precaríssimos, ou inexistentes, a chegada dessa virose, vinda possivelmente de navio, direto de Portugal, começou a se alastrar pela população a partir do porto de Recife, no outono de 1918. Em poucas semanas, já havia sido registrado casos na Bahia, São Paulo e Rio de janeiro. Naquela ocasião, era impossível um tratamento eficaz no combate à gripe espanhola, resumindo-se as recomendações médicas à hidratação e uma alimentação moderada à base de caldo de galinha, xaropes, tônicos e outros procedimentos sem base científica e de pouca eficácia.

Não surpreende que muitos doentes tenham morrido em decorrência da mutação rápida desse vírus da gripe. À semelhança do Sars Cov-19, a gripe espanhola atingia os sistemas respiratório, nervoso, renal e circulatório, provocando sensação de falta de ar e dificuldades para respirar. Para os pesquisadores que vieram a estudar esse vírus, anos mais tarde, a gripe espanhola foi causada por uma mutação aleatória no vírus da gripe comum, dando origem ao já conhecido H1N1. A aspirina foi um dos medicamentos mais utilizados naquela época para o alívio das dores e para baixar a febre, não possuindo capacidade de deter a doença.

À semelhança de hoje também, alguns médicos recomendavam que as pessoas evitassem lugares públicos com muita gente transitando, como estações de trem, mercados, teatros ou escolas. Algumas pequenas cidades foram totalmente abandonadas pela população com receio da doença. Como os antibióticos e a vacinação só viriam uma década depois, o melhor e único método possível contra o vírus era simplesmente evitar a doença, evitar os contatos, isolar-se do mundo.

Também como hoje, as receitas milagrosas se espalhavam por toda a parte. Jornais, revistas, panfletos, discursos e outros meios de comunicação eram usados para espalhar os tratamentos infalíveis, como o uso do tabaco, balas de erva, tônicos e xaropes diversos, benzedeiras, rezas, incensos e outras mandingas do folclore nacional. Coincidência ou não, a mistura de cachaça, mel e limão passou a ser empregada, com relativo sucesso nessa ocasião. Do mesmo modo em que uma parte dos médicos aconselham o uso da Hidroxicloroquina no tratamento precoce do Covid-19, naquela época, ficou famosa a prescrição de sal de quinino, normalmente usado para combater a malária, como remédio para a gripe espanhola, o que levou esse produto a desaparecer do mercado e dos boticários.

Assim como hoje, as autoridades daquela época menosprezaram as consequências da virose, retardando demasiadamente a adoção de medidas públicas. Somente depois que os números de mortos começaram a assustar e a chamar a atenção de todos, é que foram iniciadas algumas ações para conter o vírus, como é o caso do distanciamento físico e preventivo entre as pessoas. A grande diferença, que se observa entre as medidas adotadas naquela ocasião e as que estão sendo implementadas hoje, um século depois, é que o nono presidente da República, naquela época, Venceslau Brás, convocou o cientista Carlos Chagas para comandar os programas de combate à gripe espanhola, sendo que essa feliz escolha resultou na instalação rápida de diversos hospitais emergenciais, além de dezenas de postos avançados de atendimento de socorro.

Durante aquele período, foram impostos ainda o regime de quarentena em diversas instituições públicas e privadas. Escolas foram fechadas. O trabalho interrompido. As disputas e jogos cancelados e as atividades artísticas suspensas em várias cidades do país. Segundo relatos da imprensa, o temor do contágio era imenso. Corpos e mais corpos amontoavam-se nas ruas, por dias e dias, decompondo-se a céu aberto, à espera de recolhimento e enterro.

A frase que foi pronunciada:

“Ao examinar a doença, ganhamos sabedoria sobre anatomia, fisiologia e biologia. Ao examinar a pessoa com doença, ganhamos sabedoria sobre a vida.”

Oliver Sacks, neurologista, escritor anglo-americano

Oliver Sacks. Foto: divulgação

Doe

Quem conhece Julia Passarinho sabe o amor e dedicação que ela tem pela Casa do Pequeno Polegar. Com toda essa crise, as doações foram insuficientes para alimentar as 228 crianças. É hora de arregaçar as mangas e contribuir com essa instituição pioneira de Brasília. Depósitos no Banco do Brasil. Ag 3129-1 CC 15387-7 CNPJ 00.094.714/0001-06.

Caediano

Podem falar o que quiser, mas Julian Rocha Pontes foi aluno do Curso de Altos Estudos de Defesa (CAED). Altamente preparado e muito querido por quem o conhece. Fica o registro.

Foto: divulgação

História de Brasília

Ao mesmo tempo, esses horticultores precisam ter mercado garantido para a sua produção, o que teria que ser feito por cooperativas, visto que é impossível ao homem, produzir e vender suas próprias verduras nessas condições. (Publicada em 28/01/1962)