Venezuela tem futuro? E o Brasil?

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto:  Prensa Miraflores/EFE

 

Sejam quais forem os desdobramentos derradeiros que a crise na Venezuela venha a ter nesse momento tão crucial para o futuro de seu povo, um fato é indiscutível: permanecendo ou não o atual governo de Maduro, aquele país está visivelmente cindido, tanto pelas incontáveis vidas perdidas por conta da tirania, pelos milhões de refugiados que provocou, pela fome que obrigou os, outrora orgulhosos, venezuelanos a procurarem comida no lixo e água para beber em escoadouros de esgoto e tantas outras desgraças gestadas por um regime de exceção.

Aliada com regimes igualmente cruéis, restam, ao ditador Maduro, poucas opções. Ou acaba de matar a outra parte dos venezuelanos que se opõe ao regime, para seguir governando literalmente sobre cadáveres, ou bate em retirada levando consigo o que restou do botim e dos saques praticados por anos seguidos. De fato, segundo analistas, o regime de Maduro está, neste momento, apoiado apenas por parte das Forças Armadas daquele país, embora conte ainda com o apoio e a logística de guerra de países como Cuba, Rússia, China e Coreia do Norte, países sabidamente avessos à democracia e à transparência do Estado.

A um leitor normalmente distraído que questione que importância tem esses acontecimentos que ocorrem a milhares de quilômetros daqui em um país estrangeiro, é bom lembrar que muitos dos fatores que moldaram essa trajetória histórica malfadada foram diretamente legados pelos governos petistas, que por aqui também trataram de infelicitar a nação com sua pregação separatista odienta. Foram as dezenas de milhões de dólares, extraídos sorrateiramente dos nossos cofres, que financiaram aquela ditadura, favorecendo a compra de armamentos de guerra sofisticados, muitos dos quais operados por soldados famintos e que viram muitos de seus conterrâneos morrerem ou migrarem.

Com a iminente deposição daquele que governa aquele país, qualquer que seja o seu destino final, um outro fato também é inconteste e, com certeza, estará também nos livros de história do futuro: Maduro é, ao lado de Chaves, seu antecessor, parte da galeria dos amigos do ex-presidente Lula, agora um simples presidiário solto por questões ideológicas avessas à letra da lei, que vão, aos poucos, indo ao encontro do inexorável destino reservado aos tiranos e corruptos deste continente. Com tanto dinheiro não devolvido, acreditam manter-se eternamente no poder.

Poucas semanas antes, o mundo tomou conta também do suicídio do ex-presidente do Peru, Alan Garcia, outro político também contaminado pelo poderio corruptor de nossas empreiteiras e comparsa dessa mesma turma de malfeitores que infestaram o continente. Não bastassem as causas e consequências que levaram aquele país a esse desfecho sangrento, herdamos uma espécie de obrigação moral de continuar ajudando aqueles venezuelanos que acorrem às fronteiras em busca de abrigo, comida , remédios e outras necessidades humanas, principalmente em tempos de pandemia. Até porque a Venezuela hoje é um retrato acabado de um futuro que, por pouco, não nos coube também e que, por sorte do destino ou outro fator, escapamos na undécima hora.

A frase que não foi pronunciada:

Aqueles 734kg de ouro desaparecidos cinematograficamente do Brasil com destino incerto e não sabido até hoje, têm relação com que parte dos últimos eventos da nossa história?”

Dona Dita, com a memória mais fresca no que nunca.

 

Novidade

Entre Brasília e Goiânia, o Jerivá já é ponto de parada obrigatória. Pamonhas frescas e iguarias goianas de tirar o chapéu. A novidade é que o trecho Brasília-Goiânia recebe a primeira eletrovia do Centro-Oeste. Com pontos de recarga gratuita, quem viajar com carro elétrico até o Jerivá terá apoio logístico na localidade.

Foto: divulgação

Agenda super positiva

Vídeo do Ministério da Infraestrutura mostra o que acontece no país além do vírus. Veja a seguir.

Honra ao mérito

Com presença marcante no país, a Rádio Nacional está na memória de todos os brasileiros. Programas em regiões longínquas, como o Eu de Cá, Você de Lá, que aproximava familiares que não se viam há anos. A rádio participou do nascimento da nova capital do Brasil e tantos outros momentos importantes. A EBC, antiga Radiobrás, também sobrevive pelo talento e dedicação. Valorizar a competência de cada funcionário dessas rádios é um dever para os mais sensíveis.

 

Solução

Fecha igreja, abre igreja, fecha restaurante, abre restaurante, fecha escola, abre escola. Na parada do Planalto, a ideia do pessoal era realizar todos os eventos dentro dos ônibus da cidade. Boa percepção.

Moradores se aglomeram em parada de ônibus em Ceilândia, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

História de Brasília

Observem as autoridades, que premiar o invasor com um lote numa cidade-satélite é prejudicial e inconveniente. Estimula a apropriação indébita. (Publicada em 30.01.1962)

Tenham momentos felizes todos os dias

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Ilustração: medicinasa.com

 

Infelizmente, essa é a recomendação dada por nove em cada dez psiquiatras, psicólogos e outros profissionais que cuidam da saúde mental. Não apenas no Brasil, mas no resto do mundo. A receita inusitada vem a propósito do aumento exponencial nos casos de depressão, demência, psicose e outros problemas de ordem mental e que, segundo creem os médicos, advêm do enorme stress a que estão submetidas populações inteiras por conta da pandemia e dos efeitos que essa doença pode gerar no sistema nervoso central dos indivíduos.

Para muitos profissionais de saúde, a massiva quantidade de notícias, quase todas elas, carregadas de informações negativas sobre o desenrolar da doença e das consequências futuras que as sociedades terão que enfrentar, tanto nas área de saúde pública quanto na economia e em diversos outros aspectos da vida cotidiana, vêm provocando um aumento considerável do stress, semelhante ao que vivenciam os indivíduos numa guerra.

Ocorre que, em momentos de grandes catástrofes, as pessoas naturalmente buscam se informar o máximo possível sobre os últimos acontecimentos, até como meio de encontrar alguma resposta ou solução para tudo que está acontecendo. Essa parece ser uma atitude natural para a maioria dos seres humanos, principalmente para aqueles que moram em cidades grandes e onde a vida interativa é mais desenvolvida.

No Brasil, onde a situação da pandemia parece ter saído do controle, essa recomendação médica pode ser vista sob ângulos diferentes. Se, por um lado, a questão da pandemia parece ter se tornado a pauta única de boa parte da imprensa, que explora nossas precariedades e o pouco empenho de nossas autoridades frente a um problema de urgência de vida e de morte, algumas outras mídias usam da doença, unicamente, como subterfúgio para fins políticos, explorando o tema com viés partidários.

Alguns outros meios de comunicação, mais alinhados com o governo, apresentam o problema recheado de estatísticas numéricas positivas, indicando que a pandemia está com os dias contados para acabar. A mídia internacional, por sua vez, não poupa o Brasil de críticas de toda a ordem, mostrando uma realidade cruenta que poucos brasileiros conhecem de perto, nem ao menos as autoridades.

O fato é que, ao manter uma atenção até exagerada no que dizem os informes diários, muitos cidadãos, mesmo ao fazerem um balanço ponderado entre o que é fake e o que fato, ficam com a impressão de que vivemos os últimos dias sobre a Terra. Também é verdade que o distanciamento das notícias, pode, a curto prazo, servir para uma espécie de alheamento ilusório, onde a realidade deixa de estar presente e cede lugar a um devaneio artificial.

De toda a forma, cabe à imprensa séria, e acredite, ela ainda existe no Brasil, informar o desenrolar de toda a pandemia como ela realmente está se processando nesse país de desigualdades continentais. Obviamente que, nesse espaço, cabe também um lugar de destaque às iniciativas e o árduo trabalho que vêm empreendendo cientistas brasileiros, tanto do Butantã quanto da Fiocruz, na pesquisa e produção de nossas vacinas, bem como o trabalho diuturno das equipes médicas e de todo o pessoal da saúde, principalmente daqueles que lidam com o problema lá na ponta, onde tudo acontece, ou deixa de acontecer.

A frase que foi pronunciada:

Tropeçamos nas pedras pequenas, porque as grandes nós vemos sem dificuldades.”

Provérbio chinês

Cabelos

Problema que a população de Brasília não imagina que aconteça nessa cidade trata do descarte de produtos químicos para cabelo. Com a quantidade de salões, se não houver consciência no momento do descarte, o perigo é grande. Faltam esclarecimentos e soluções para os profissionais que querem fazer a coisa certa.

Foto: belezaverde.com

Unidos pelo mal

Como um rolo compressor, os partidos de esquerda pelo mundo trocam informações e espalham notícias falsas sobre o Brasil, plantando, na mente dos espectadores, uma imagem grotesca e carregada de ideologia. Um exemplo é a matéria publicada no jornal alemão, com sede em Bonn, General – Anzeiger. Veja a foto a seguir.

Notícia do Brasil na Alemanha em 06/04/2021

Transmissão

No dia 9 deste mês, o comandante do Exército, General Edson Leal Pujol, passará o cargo de Chefe do Departamento de Ciência para o General Guido Amin Naves. Deixa o cargo o General Décio Luís Shons. A transmissão não terá convidados.

 

Sem sensacionalismo

Recebemos uma ligação de Buritirama, na Bahia, contando que não há pavor na cidade, nem cemitérios cheios de covas preparadas para os novos falecidos. O anúncio é de 603 casos confirmados, e 556 curados. Vejam as estatísticas no link BOLETIM DO COVID – Prefeitura de Buritirama. As cadeiras continuam nas calçadas no frescor do fim de tarde, crianças alegres brincando e os jogos de dominó na praça.

Foto: buritirama.ba.gov

História de Brasília

Os têrmos da nota são mantidos em tôda a sua extensão. E continuamos a lamentar que procurem criar dificuldades para a transferência da Capital. (Publicado em 30.01.1962)

Virose ontem e hoje

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Enfermaria do Rio de Janeiro, em 1918. Foto: Wikimedia Commons

 

Cabe a essa geração de brasileiros que, há mais de um ano, vem experimentando as agruras de uma pandemia, adaptar-se aos novos desafios impostos por essa virose mortal ou, ao menos, seguir o exemplo e os ensinamentos de outros concidadãos que, entre 1918 e 1920, enfrentaram a grande gripe espanhola, que, só no Brasil, deixou mais de 35 mil mortes, numa época em que a população do país era de aproximadamente 30 milhões de indivíduos. Por todo o mundo, a gripe espanhola matou mais de 50 milhões de pessoas, o que faz dessa pandemia a mais mortal de todas as viroses já enfrentada pelos seres humanos. Passado exatamente um século dessa tragédia sanitária, quis o destino, ou algo de sobrenatural, que, em 2020, o mundo viesse a atravessar mais um longo corredor da morte.

Numa época em que os serviços sanitários e de prevenção eram ou precaríssimos, ou inexistentes, a chegada dessa virose, vinda possivelmente de navio, direto de Portugal, começou a se alastrar pela população a partir do porto de Recife, no outono de 1918. Em poucas semanas, já havia sido registrado casos na Bahia, São Paulo e Rio de janeiro. Naquela ocasião, era impossível um tratamento eficaz no combate à gripe espanhola, resumindo-se as recomendações médicas à hidratação e uma alimentação moderada à base de caldo de galinha, xaropes, tônicos e outros procedimentos sem base científica e de pouca eficácia.

Não surpreende que muitos doentes tenham morrido em decorrência da mutação rápida desse vírus da gripe. À semelhança do Sars Cov-19, a gripe espanhola atingia os sistemas respiratório, nervoso, renal e circulatório, provocando sensação de falta de ar e dificuldades para respirar. Para os pesquisadores que vieram a estudar esse vírus, anos mais tarde, a gripe espanhola foi causada por uma mutação aleatória no vírus da gripe comum, dando origem ao já conhecido H1N1. A aspirina foi um dos medicamentos mais utilizados naquela época para o alívio das dores e para baixar a febre, não possuindo capacidade de deter a doença.

À semelhança de hoje também, alguns médicos recomendavam que as pessoas evitassem lugares públicos com muita gente transitando, como estações de trem, mercados, teatros ou escolas. Algumas pequenas cidades foram totalmente abandonadas pela população com receio da doença. Como os antibióticos e a vacinação só viriam uma década depois, o melhor e único método possível contra o vírus era simplesmente evitar a doença, evitar os contatos, isolar-se do mundo.

Também como hoje, as receitas milagrosas se espalhavam por toda a parte. Jornais, revistas, panfletos, discursos e outros meios de comunicação eram usados para espalhar os tratamentos infalíveis, como o uso do tabaco, balas de erva, tônicos e xaropes diversos, benzedeiras, rezas, incensos e outras mandingas do folclore nacional. Coincidência ou não, a mistura de cachaça, mel e limão passou a ser empregada, com relativo sucesso nessa ocasião. Do mesmo modo em que uma parte dos médicos aconselham o uso da Hidroxicloroquina no tratamento precoce do Covid-19, naquela época, ficou famosa a prescrição de sal de quinino, normalmente usado para combater a malária, como remédio para a gripe espanhola, o que levou esse produto a desaparecer do mercado e dos boticários.

Assim como hoje, as autoridades daquela época menosprezaram as consequências da virose, retardando demasiadamente a adoção de medidas públicas. Somente depois que os números de mortos começaram a assustar e a chamar a atenção de todos, é que foram iniciadas algumas ações para conter o vírus, como é o caso do distanciamento físico e preventivo entre as pessoas. A grande diferença, que se observa entre as medidas adotadas naquela ocasião e as que estão sendo implementadas hoje, um século depois, é que o nono presidente da República, naquela época, Venceslau Brás, convocou o cientista Carlos Chagas para comandar os programas de combate à gripe espanhola, sendo que essa feliz escolha resultou na instalação rápida de diversos hospitais emergenciais, além de dezenas de postos avançados de atendimento de socorro.

Durante aquele período, foram impostos ainda o regime de quarentena em diversas instituições públicas e privadas. Escolas foram fechadas. O trabalho interrompido. As disputas e jogos cancelados e as atividades artísticas suspensas em várias cidades do país. Segundo relatos da imprensa, o temor do contágio era imenso. Corpos e mais corpos amontoavam-se nas ruas, por dias e dias, decompondo-se a céu aberto, à espera de recolhimento e enterro.

A frase que foi pronunciada:

“Ao examinar a doença, ganhamos sabedoria sobre anatomia, fisiologia e biologia. Ao examinar a pessoa com doença, ganhamos sabedoria sobre a vida.”

Oliver Sacks, neurologista, escritor anglo-americano

Oliver Sacks. Foto: divulgação

Doe

Quem conhece Julia Passarinho sabe o amor e dedicação que ela tem pela Casa do Pequeno Polegar. Com toda essa crise, as doações foram insuficientes para alimentar as 228 crianças. É hora de arregaçar as mangas e contribuir com essa instituição pioneira de Brasília. Depósitos no Banco do Brasil. Ag 3129-1 CC 15387-7 CNPJ 00.094.714/0001-06.

Caediano

Podem falar o que quiser, mas Julian Rocha Pontes foi aluno do Curso de Altos Estudos de Defesa (CAED). Altamente preparado e muito querido por quem o conhece. Fica o registro.

Foto: divulgação

História de Brasília

Ao mesmo tempo, esses horticultores precisam ter mercado garantido para a sua produção, o que teria que ser feito por cooperativas, visto que é impossível ao homem, produzir e vender suas próprias verduras nessas condições. (Publicada em 28/01/1962)

As ruas espelham a economia

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Foto: Lula e Bolsonaro | Arquivo Google

 

Para uma esquerda que se acreditava morta e enterrada, desde a deposição da ex-presidente Dilma e da prisão do também ex-presidente Lula, as seguidas trapalhadas políticas cometidas por próceres dessa nova direita, sobremaneira os desatinos ciclotímicos do atual chefe do Executivo, ao minarem a credibilidade do atual governo, vai emprestando combustível para o soerguimento do que parecia impossível: a volta do lulopetismo e da sua trupe ao poder daqui a pouco mais de anos e tudo o que isso possa significar para o país. Para aqueles que observam a cena de perto, essa é uma possibilidade mais remota do que um retorno das esquerdas ao Palácio do Planalto.

Do mesmo modo que foi possível a Bolsonaro surfar na onda do antipetismo e se eleger presidente, para a surpresa de muitos, Lula e seus seguidores estão sendo claramente favorecidos pelos desacertos do atual governo e podem vir também a aproveitar a mesma onda. A diferença, desta vez, é que essa onda ou maremoto pode ser formada por centenas de milhares de mortos pela Covid-19. Como tragédias e dramas políticos parecem ser o nosso forte, assim como de todo o nosso continente, o pano de fundo é sempre formado pelas populações que amargam os desacertos, sejam de governos da direita ou da esquerda.

Nesse caso, pouco importa o matiz ideológico de quem venha a comandar o país, é a população que é chamada a pagar a conta dos seguidos estragos operados na economia. Da herança deixada por Lula e Dilma, depois de mais de uma década no poder, e que, por baixo, estimava-se em 12 milhões de desempregados em 2014, hoje foram acrescidos mais 2,3 milhões de brasileiros. O Brasil vai se aproximando rapidamente dos 15 milhões de desempregados. Trata-se do maior contingente nessas condições desde 2012.

Com a pandemia, que vai se prolongando sine die, esses números, segundo alguns economistas, serão ainda maiores, o que poderá gerar problemas econômicos e sociais que se estenderão ainda por, pelo menos, uma década. Graças à informalidade e a outros tipos de ocupações paralelas e emergenciais, muitas famílias brasileiras têm conseguido, dia a dia, livrar-se da pobreza extrema. Não é necessário ir aos números mostrados pelo IBGE e outros órgãos de pesquisa para entender o problema do desemprego e do subemprego. Uma volta pelo centro de Brasília dá uma mostra dos resultados de uma economia que encolhe diante de nossos olhos. São mendigos, pedintes, malabaristas, camelôs e outros brasileiros lotando as ruas da capital, em busca de algum trocado, algum auxílio, emprego ou alimento.

 

A frase que foi pronunciada:

Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.”

Platão

Foto: © Steve Bisgrove—REX/Shutterstock.com

ATL

Luta incessante para a permanência da Academia Taguatinguense de Letras. Recebemos a notícia de que o GDF está querendo ocupar a sede para a Gerência de Cultura da Administração Regional. Há tradição que precisa ser respeitada. Veja mais no perfil oficial da Jaqueline Silva, no Instagram.

 

Notícia boa

Até agora foram 11.074.483 casos de pessoas que tiveram Covid-19 no Brasil e escaparam com vida.

Cartaz publicado no perfil oficial do Governo do DF no Instagram

Botânico

Aline De Pieri é uma entusiasta pelo Jardim Botânico de Brasília. Projetos de revitalização da área, a volta da arte entre a natureza, loja de souvenirs e as portas abertas para estudos científicos são os passos dados. A diretora do Jardim Botânico quer que as pessoas percebam que ali não se trata de apenas um parque dentro da cidade, mas de um local onde a arte e a ciência convivem em harmonia.

Café da manhã no Jardim Botânico em tempos em que nem se pensava em pandemia. Foto: cantinhodena.com.br

 

De olho

Qualquer analista sabe muito bem que, se as Leis Anticorrupção fossem aplicadas conforme o desenho desejado pelos cidadãos, praticamente todos os partidos políticos seriam varridos do cenário nacional. O que poucos sabem é que a corrupção que, à primeira vista, parece favorecer alguns grupos políticos é, na verdade, uma ferrugem poderosa que irá corroer as bases nas quais se assenta, levando-os a derrocada, cedo ou tarde, de forma irreversível, transformando-os em zumbis a vagarem pelos corredores do poder.

Charge do Jota.A

Público

No dia 8 de abril, às 16 horas, pelo Youtube, a população da capital poderá acompanhar a 6ª edição do Café com Governança e Compliance. O foco da discussão será a transparência da gestão pública com o objetivo de fortalecer as políticas de compliance. A transmissão será ao vivo pela TV CGDF, no Youtube. Já confirmada a presença do advogado Daniel Lança e Rejane Vaz de Abreu, subcontroladora de Transparência e Controle Social da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF). O controlador-geral do Distrito Federal, Paulo Martins, fará a abertura do encontro, que será conduzido pela subcontroladora de Governança e Compliance, Joyce de Oliveira.

 

História de Brasília

Se há um homem em imprensa que sempre agiu com o máximo de lisura, respeito e ética profissional tem sido Wilson Aguiar. À frente do “O Cruzeiro” internacional, na crônica parlamentar, na secretaria de imprensa do Brasil em Washington, ou no “O Povo”, do Ceará. Sempre um profissional equilibrado e honesto, sendo injusta, a adjetivação dos nossos confrades.(Publicada em 28/01/1962)

Marcas da ciência

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Foto: Sérgio Lima/Poder360-26.mar.2021

 

Com o desenvolvimento da primeira vacina brasileira contra o Covid-19, desenvolvida pelo Instituto Butantã, o país dá um primeiro e tardio passo para que um imunizante contra esse flagelo tenha seu epitáfio escrito e assinado com as letras de nossa ciência. Lamentos não possuem força para mudar o passado, mas permitem um desabafo de alívio, quando, enfim, reconhece-se que havia, desde o início, uma saída para essa pandemia e ela estava bem ali em frente às portas que dão acesso aos diversos centros de pesquisas biológicas, aos laboratórios e às universidades espalhadas pelo país. Alguns desses centros, como é o caso do Instituto Butantã, fundado há mais de 120 anos em São Paulo, tem sido referência para o mundo. Do mesmo, o Instituto Bio-Manguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), fundado no Rio de Janeiro também há 120 anos, é outro exemplo de centro científico de excelência e pesquisa a serviço da vida e que tem sido modelo para o resto do mundo.

Existem ainda laboratórios de ponta nas universidades de Minas Gerais e de São Paulo, que trabalham na busca de vacinas e imunizantes contra doenças tropicais, e que possuem uma extensa folha de serviços prestados aos brasileiros e mesmo ao nosso continente. Isso sem falar dos laboratórios farmacêuticos nacionais e outros multinacionais que há anos operam no Brasil, produzindo medicamentos diversos e genéricos de todo o tipo.

A diferença, nessa corrida desenfreada contra o morticínio do Sars-CoV-2, é que os centros de pesquisas ligados aos países desenvolvidos recebem absolutamente todos os recursos que necessitam para o desenvolvimento de seus projetos e estudos. Tanto do governo como da iniciativa particular. Com isso, contam não só com os melhores equipamentos que hoje existem, como também com os melhores corpos de pesquisadores, recrutados em todo o mundo, com enormes salários e outras vantagens. Já se disse que o lastro capaz de identificar o mundo moderno é dado pela ciência e a tecnologia.

Por detrás dessas riquezas atuais estão, obviamente, universidades e centros variados de pesquisa, todos atendidos em seus quesitos e onde nada falta. Trata-se aqui de uma estratégia hodierna capaz de fazer prolongar, com saúde e segurança, a vida humana. Por isso mesmo, esses são setores fundamentais da economia e que mais recebem atenção dentro daqueles países. A pandemia talvez tenha deixado claro, para alguns refratários, que sem ciência, levada a sério, não há chance de sobrevivência, nem para a sociedade, nem para a economia, muito menos para a política. Talvez essa lição, experimentada às custas de centenas de milhares de vidas, tenha deixado alguma marca em nossos homens públicos, sobretudo naqueles que negam essas evidências.

A frase que foi pronunciada:

Nosso caminho é o da união, ou então será o caos.”

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

 

Sensatez e trabalho

Vacinação de idosos sem agendamento é sofrimento desnecessário. Todos sabem que a permanência por horas dentro de um carro não é saudável para um idoso. Havia lugares na cidade com carros em fila por quilômetros. Telefonou, agendou. Mais rápido e com menos riscos. Confira, a seguir, os pontos de vacinação de hoje e fique atento ao link do GDF para agendar.

 

Urgente

Por falar em Covid, o banco de leite do hospital de Santa Maria está precisando de doadoras. Diante das dúvidas sobre o vírus, as doações diminuíram.

Imagem publicada no perfil oficial da Secretaria de Saúde do DF

 

Trabalho

Todos os funcionários da CEB com quem conversamos não reclamaram das mudanças. Aparentemente, ninguém será demitido.

Preço mí­nimo para a privatização da CEB Distribuidora foi fixado em R$ 1,424 bilhão. Foto: correiobraziliense.com

GDF

Comunicação é tudo. Principalmente entre as instituições públicas. O Brasília Legal não tem acesso à emissão dos alvarás. Mesmo que os dois serviços sejam do GDF. Está na hora de modernizar a rede e o sistema. Para o bem do cidadão, que não sofrerá com tanta burocracia, e para o bem do governo, que arrecadará mais taxas e tributos.

Registro histórico

Se o anseio da população era por justiça social, moradia digna e redução da pobreza, hoje esse desejo está mais voltado para a oportunidade de educação, compromisso, honestidade e cidadania. A longa crise social, econômica e política, além da incontrolável mídia social dos últimos anos, teve, ao menos, o condão de mudar a percepção de boa parte da sociedade não somente para os problemas do país, mas, sobretudo, para aumentar o desejo e a atitude de muitos em direção aos valores individuais, fazendo florescer nos brasileiros um sentimento mais individualista e voltado exclusivamente para as necessidades imediatas das próprias pessoas.


HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Se há um Setor em Brasília que não merece ser multado é aquele. São industriais que acreditam em Brasília, construíram, montaram, em muitos casos, maquinaria custosíssima, e hoje não tem a mínima assistência dos poderes públicos, a não ser na hora do imposto ou da multa. (Publicado em 14/01/1962)

Brasileiros em segundo plano

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Charge do Jean Galvão

 

Estivéssemos em um conflito armado real, teríamos perdido a guerra logo nos primeiros combates, rendendo-nos ao inimigo quase sem luta. Humilhados, assinaríamos um tratado de rendição incondicional, com todos os prejuízos que dele decorrem, tornado-nos prisioneiros de nossa própria fraqueza. Substituindo os fuzis, as balas e a pólvora por vacinas, seringas, e oxigênio e trocando a guerra pela pandemia, de fato, capitulamos diante do mundo.

Diria o filósofo de Mondubim: “O Brasil não foi à guerra, mas também não se acovardou. Cobriram a capital com um pano e escreveram: o Brasil mudou.” Mudou o Brasil ou nós teríamos mudado? Eis a questão que se impõe, depois de termos sido considerados exemplo para o mundo no quesito vacinação em larga escala e em tempo recorde. Deu no que deu. Incrivelmente, a Organização Mundial da Saúde, a quem cabia alertar o mundo sobre o potencial desse vírus, demorou para ativar o alerta vermelho. Vermelho, repetimos propositadamente. É bom lembrar que o mesmo fez o governo chinês. Escondeu a disseminação do patógeno o quanto pode, por razões próprias das ditaduras do gênero.

Desde o início da pandemia, o presidente do Brasil pregava a prevenção. Logo foi chamado de louco. Inclusive, essa é uma questão que, cedo ou tarde, terá que ser respondida à nação e julgada no devido tempo. Aqui mesmo em Brasília, a coluna registrou o fato de uma doméstica ter ido ao posto de saúde com todos os sintomas da doença e ter sido orientada a voltar para casa no mesmo transporte coletivo que a levou. Erros por cima de erros, externos e internos, não possuem o poder de recompor o que foi ceifado e enterrado.

Embora digam que a busca por culpados não irá recompor o passado, ao menos servirá para que fatos como esse não tenham os mesmos responsáveis, ansiosos por voltarem em 2022. É necessário sim que se faça uma retrospectiva didática dessa pandemia, em toda a sua extensão e dor, para que avivemos a memória de um tempo em que centenas de cidadãos perderam a vida, por ação, omissão e inanição de nossos homens públicos. O Judiciário tomou para si um papel terrível de legislar, tirando o poder do Executivo, enquanto se preparava para condenar inocentes e livrar Lula que confessou: “Ainda bem que o monstro do coronavírus veio para demonstrar necessidade do Estado.”

Enquanto isso, médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, na linha de frente, morriam como formigas. Essa era afinal uma guerra que, desde o início, já se podia crer perdida. Por tantas mentiras, altos interesses e larga desunião entre os Poderes.

Prevenção

Hoje vai ser um dia movimentado no metrô de Águas Claras. O Corpo de Bombeiros fará uma simulação em uma das composições do metrô. A partir das 13h30, no pátio do centro operacional do metrô, mais de 300 pessoas vão participar da simulação. O interessante é que o trabalho vai ser separado do local de trânsito para não interferir na circulação dos trens. Mesmo que as pessoas reclamem, a situação real parece mais propícia para servir de base à operação.

Leitores

Vídeo que corre pelas mídias sociais mostra a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Bia Kicis, cortando as asinhas dos exaltados na Câmara dos Deputados. Em todos os anos do Governo Petista, não houve oposição. E o PT, como oposição, não argumenta. Só ataca. Tristeza…

 

Sugestão

A antiga Rodoferroviária está imensamente mal aproveitada. É um desperdício! Seria um bom lugar para cursos profissionalizantes.

Novidade

Juliana Seidl e Walter Alves, consultores e parceiros da Maturi, lançam o Guia de Diversidade Etária para Líderes. A seguir, as instruções para baixar o livro gratuitamente.

> A empresa para a qual você trabalha sabe qual a diferença entre diversidade e inclusão (D&I)? E vocês possuem indicadores claros para avaliar se estão promovendo a D&I? Ao ler o conteúdo deste e-book, vocês terão a oportunidade de começar a avaliar esses pontos.

Como vocês já sabem, a Longeva é parceira da empresa Maturi, com quem temos a oportunidade de oferecer cursos e consultorias, organizar eventos e escrever materiais de interesse ao nosso público. 🤓💜

Baixe gratuitamente o Guia de Diversidade Etária para Líderes e compartilhe conosco suas dúvidas e impressões: http://maturi.in/diversidadeetaria.

Cibernética

Dicionário ativado para completar sozinho a palavra é um perigo. Quando foi ver pela primeira vez um e-book, Ariano Suassuna não estava convencido a trocar o livro real pelo virtual. Daí, o vendedor tirou a carta da manga mostrando o dicionário online dentro do aparato. Ao escrever Ariano Vilar Suassuna, o danado do dicionário reconheceu Ariano Vilão Assassino. O paraibano morreu sem aproveitar as facilidades do e-book.

 

UnB

Sem aulas, o batalhão da manutenção da universidade continua com a mão na massa. Neste mês, as mulheres da conservação e limpeza receberam uma homenagem. Uma matéria feita pela Comunicação Social. Acesse em Mulheres dão suporte para continuidade de serviços essenciais à Universidade.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Efetivamente, as diárias foram pagas, no começo da transferência, para os funcionários que deveriam se adaptar em Brasília. E era merecido demais, porque as despesas com mudança sempre atingem o orçamento do funcionário pelo menos durante um ano. (Publicado em 27/01/1962)

É chegada a hora

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Novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Com a possibilidade, aberta pelo STF, da entrada do ex-presidente Lula nas eleições de 2022, o cenário político, que já era incerto e confuso, ameaçado ainda por uma pandemia viral que vai recrudescendo a cada dia, ganhou mais um elemento perturbador, o que, de certa forma, confirma o dito de que nada está definitivamente ruim que não possa piorar mais um pouco. É com esse cenário, cujo pano de fundo é a aproximação dos 300 mil mortos por Covid-19, que seguimos cambaleantes rumo às próximas eleições.

Dessa situação grave, não tenham dúvidas, há por todos os lados aqueles que sabem muito bem como extrair vantagens, principalmente quando em campanha. Desses velhos conhecidos, que vão armando o circo para agitar os próximos pleitos para presidente, armando palanques, se preciso for, até nos cemitérios lotados, Lula é aquele que tem mais expertise nessas piruetas tétricas. Para ele, caixão e palanque são a mesma coisa. Ainda mais se esses caixões vierem de graça de um adversário que perdeu o timing para agir, demonstrando apatia e desprezo pela realidade.

Caso se confirme a tendência dessa polaridade de extremos, estaremos em maus lençóis mais uma vez, por opção nossa. De bom, nesse pandemônio, se é que se pode achar algo de bom nessa dança macabra, é que a entrada de um Lula redimido pelo STF, graças ao poder das indulgências, obrigou Bolsonaro a sair da toca e agir. A ação, nesse caso, foi mais uma troca de ministro da saúde. Sai Pazuello e entra um Queiroga, que vai logo avisando: vai dar continuidade à gestão de Pazuello, executando a política do governo Bolsonaro para a área da Saúde. Se vai seguir o que vinha dando errado, para quê mudar a direção do estabelecimento?

Nesse contexto, a “marolinha” de Lula em 2008, tem o mesmo sentido falso da “gripezinha” de Bolsonaro em 2020. Em meio a essa dicotomia, conhecedores da fragilidade política que erigimos e toleramos, bem como das frivolidades que envolvem cada um de nossos grupos políticos, os partidos de centro também se movimentam em busca dos nacos de poder que os dois pseudo antagonistas irão deixar cair no chão, em caso de vitória. Por enquanto, ainda não surgiu um nome que venha preencher esse vazio para se estabelecer como uma terceira via. De certo, irá aparecer.

Se o brasileiro médio, aquele que mais tem sofrido com a pandemia, não aprender agora, com a morte rondando a porta de sua casa, disposta a levar um dos seus entes queridos, como já aconteceu a aproximadamente 300 mil brasileiros, a esperança de mudança, pela dor e pelo sofrimento, não irá operar o milagre desejado da mudança e da cidadania. A hora é agora!

 

A frase que foi pronunciada:

“Saber o que é certo e escolher ignorá-lo é um ato de covardia.”

Kakashi, personagem fictício da série de mangá e anime Naruto, escrito pelo mangaká Masashi Kishimoto.

Gif: aminoapps.com

Sarcelles

Nossa artista plástica Lêda Watson foi convidada pelo departamento de Educação e Cultura e de Patrimônio de Sercelles na França, para participar da 20ª Bienal Internacional de Gravuras. Atenção pauteiros: fica a dica!

Lêda Watson. Foto: correiobraziliense.com

 

Regresso

Maria das Dores adoraria trabalhar. Sente falta de ter obrigações fora de casa. Morando com a cunhada, seria perfeito. Acontece que Maria está inscrita em programas do governo local e se tiver a carteira assinada perde os direitos. Alguma coisa está errada nessa rotina. Seria melhor mesmo ter pessoas perfeitamente saudáveis dependentes de favores governamentais enquanto podem trabalhar?

Charge do Sizar

Coisa estranha

Por falar nisso, corre um vídeo do Luciano Hulk, pelas redes, onde moradores de Vergel do Lago, em Maceió, podem receber R$ 200. Basta uma inscrição no link enviado por SMS. Dados de inscritos não vão faltar, com certeza. Mas o que será feito com esses dados é o que todos perguntam.

 

Pelo WhatsApp

Cristiany Bororo, de etnia indígena, está no Santuário dos Pagés. Em passagem por Brasília, possui muitos produtos bem elaborados que estão à venda, na Aldeia no Noroeste. Veja, a seguir, como encomendar lindos cestos e outros objetos.

–> Telefone para contato: 066 992301837

 

Governador

Muitos e-mails cobrando a nomeação dos Administradores da SEDES. Melhor época que uma pandemia para a contratação desses profissionais, não há.

Ofício publicado pela Secretaria da Mulher em 2020, com os números de servidores necessários para o bom funcionamento da pasta.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quando as coisas estavam piores em Brasília, acusava um lucro de 600 a 700 mil cruzeiros diários. Pelo menos era o que informava a um grupo com o qual se associara. (Publicado em 26/01/1962)

Um novo mundo novo

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Imagem: Anton Petrus/Getty Images

 

Possivelmente, estamos assistindo o parto dolorido de um novo mundo, mas, para isso, será preciso que o velho ceda lugar ao que vem pela frente. Para os historiadores, não há surpresas nesse fenômeno, o mundo existe entre uma sístole e uma diástole e isso não pode ser alterado; faz parte da roda gigantesca que move todos. Para alguns gurus da economia, estamos no preâmbulo final do que seria o capitalismo tradicional, com a instalação de uma nova ordem, talvez mais centrada em aspectos como a igualdade, o compartilhamento, a reciclagem, o reaproveitamento, a redução do consumo e outras formas de produção que, ao menos, minore o processo de esgotamento dos recursos naturais.

Nesse processo de mudanças gerais, até mesmo as grandes cidades sentirão os efeitos de uma nova época, sendo esvaziadas, com a possibilidade de um retorno das pessoas aos campos e a uma vida mais comunitária. Não se trata aqui de previsões feitas numa bola de cristal, anunciando um novo e regerado mundo. O que parece vir pela frente não deixa alternativas. Para alguns cientistas políticos, nessas mudanças, até mesmo o grande leviatã, representado pelo Estado onipresente e opressor, perderá muito de seu antigo prestígio, assim como boa parte da classe política e dirigente atual que, aliás, já vinha tendo muito de seu prestígio posto por terra, em muitas partes do mundo ocidental.

A descrença no Estado, na classe política e no capitalismo talvez seja a mudança que mais se fará sentir doravante, com reflexos ainda incertos para todos. Vivemos o que filósofos como o italiano Franco Berardi chama de “epidemia de solidão”. É na solidão que o homem é capaz de refletir plenamente sobre si. Para Bernardi, o vírus produziu, no corpo estressado da humanidade, uma espécie de fixação psicótica, que foi capaz de deter o funcionamento abstrato da economia. Para esse filósofo e professor da Academia Brera, em Milão, autor de livros como “Futurabilidade”, “Fenomenologia do Fim”, “Fábrica da Infelicidade” e outros, o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 forçou, como há milhares de anos vem acontecendo, a humanidade, na figura dos filósofos, a compreender, conceber e organizar o pensamento coletivo.

Esse é, para os que pensam o mundo, uma grande possibilidade de transformar esses fenômenos em conceitos que iluminarão novos caminhos. Na sua avaliação, é preciso, antes de tudo, acreditar que existe uma saída ética, política e científica da atual crise, que poderá ser gerada pela própria imaginação filosófica. Ou é isso, ou será a barbárie e a extinção, como muitos pregam por aí. Talvez, o imprevisto subverta os planos do inevitável. Para ele, a missão da filosofia é imaginar o imprevisível, produzi-lo, provocá-lo e organizá-lo. Mas é no campo econômico onde o filósofo enxerga as mudanças mais profundas, com um possível colapso do que chama de “nós estruturais”, com consequências sérias para a demanda, para o consumo, e com um período de deflação pela frente de longo prazo, o que, por sua vez, provocará uma crise também na produção, com reflexos diretos no desemprego.

Segundo acredita, mais do que uma simples depressão, poderá haver o fim do modelo capitalista, com a implosão de uma série de conceitos e estruturas que mantêm as sociedades unidas. Isso não quer dizer que haverá ainda, por um certo período, um grande fortalecimento das empresas digitais, o que poderá estimular um certo controle tecno-totalitário por partes de alguns governos. Há no horizonte, segundo pensa Berardi, uma bolha econômica no sistema financeiro que pode vir a estourar também. Todas essas mudanças, a seu ver, provocarão um caos jamais visto, virando o mundo de cabeça para baixo.

Mas é no caos que o filósofo enxerga a proliferação de comunidades autônomas, com experimentos igualitários de sobrevivência. O próprio planeta, por seu estágio de deterioração, não permite mais o prolongamento do atual modelo capitalista de consumo. “O crescimento, diz, não retornará amanhã ou nunca.” As consequências do vírus não se faz sentir apenas no seu âmbito de saúde da economia, mas se transformou numa espécie de doença psicológica e mental, que afeta, principalmente, a esperança no futuro. E isso, pondera, nos obrigará a imaginar novas formas de vida pós-economia, mais autônoma, centrada na autoprodução do necessário, na autodefesa, inclusive armada.

A rapidez e complexidade dos eventos atuais são, na sua concepção, fortes demais para que haja uma elaboração emocional e consciente de tudo que se forma à nossa volta. O vírus, acredita ele, é uma entidade invisível e ingovernável e o mundo parece se desfazer debaixo de nossos pés, sem que possamos fazer nada a respeito de forma imediata e definitiva. O mais sério parece ser a possibilidade de a vacina não decretar o fim da pandemia. Na impossibilidade de determos, a contento, as sérias consequências de um mundo pós-pandemia, o que parece ser mais efetivo é a criação de redes comunitárias autônomas que não se firmem em conceitos como o lucro e a acumulação, mas baseada em hábitos de sobrevivência mais frugais.

Nesse ponto, o filósofo diz não acreditar em soluções de longo prazo. Não há tempo para isso. O mais sintomático é que as elites políticas, todas elas, não possuem capacidade de apresentar soluções mínimas para o problema. A política, como um todo, tornou-se impotente diante de um colapso de tal magnitude. Sentencia. Nesse instante a política tornou-se um jogo sem razão, sem conhecimento. As soluções que podem apresentar, nesse momento, são, em sua visão, derivadas da raiva pela constatação da impotência diante da realidade. Ainda assim, a pandemia, diz, marca uma ruptura antropológica de profundidade abissal, justamente pela proibição de contatos mais íntimos. Trata-se aqui de uma epidemia de solidão que parece decretar a morte até da solidariedade. É uma verdadeira bomba atômica sobre nossas cabeças, acredita Franco Berardi.

O mais afetado será, sem dúvida, o consciente coletivo, através do que chama de sensibilização fóbica, com o inconsciente de todos, capturado de forma abrupta.

Bolsonaro tenta evitar que Brasil seja levado à pobreza extrema

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Foto Aditya Aji/AFP

 

Chama a atenção o relatório anual intitulado “Panorama Social da América Latina 2020”, elaborado pelos técnicos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e publicado há pouco. Não apenas pelas previsões pessimistas que dão conta de que a pandemia de Covid-19 irá aprofundar, ainda mais, o quadro de pobreza generalizada em toda a América Latina, mas pela grandeza nos números que mostram que esse continente já abriga uma população superior a 209 milhões de pessoas vivendo em condições de extrema penúria.

Trata-se, segundo consta nesse documento, de um fenômeno que já vinha crescendo, mas que, nos últimos anos, experimentou um aumento sem precedentes. No espaço de um ano apenas, houve um aumento de 22 milhões de pessoas em condições de pobreza extrema, o que mostra que esses índices podem conduzir todo o continente para uma situação de calamidade, com reflexos negativos em todas as áreas.

Por extrema pobreza, entende-se como sendo a forma mais intensa de escassez de bens básicos, como alimentos, moradia, remédios, roupas e outras necessidades básicas. De acordo com a CEPAL, um em cada oito latino-americanos vive na pobreza, sendo que esse contingente tem aumentado significativamente desde o ano 2000, principalmente pelo recrudescimento de fatores que já existiam nessa região e que foram catalisados agora pela pandemia que corrói os índices de crescimento do continente há mais de um ano e sem perspectiva para terminar no médio prazo.

Trata-se de um cenário que agora ganhou uma complexidade nunca vista, envolvendo, ao mesmo tempo, aspectos sociais, políticos e econômicos numa mistura explosiva, cujas consequências dramáticas podem emergir na forma de convulsões e agitações sociais imprevisíveis. Além disso, diz o relatório, “essa situação expõe as desigualdades estruturais que caracterizam as sociedades latino-americanas e os altos níveis de informalidade e desproteção social, bem como a injusta divisão sexual do trabalho e a organização social do cuidado, que comprometem o pleno exercício dos direitos e a autonomia das mulheres.”

Nesse contexto, o documento aponta a possibilidade de uma queda de -7,7% no Produto Interno Bruto da região, com uma taxa de extrema pobreza em torno de 12,5% e de pobreza em 33,7%, o que resulta num contingente de mais de 78 milhões de sul-americanos vivendo em penúria total.

É preciso destacar que, não fossem os programas de transferência emergencial de renda, que atenderam cerca de 49,4% da população do continente, essa situação seria ainda mais alarmante, elevando o percentual dos que vivem em extrema pobreza para quase 16% da população. “A pandemia, salienta a técnica da CEPAL, Alícia Bárcena, evidenciou e exacerbou as grandes lacunas estruturais da região e, atualmente, vive-se um momento de elevada incerteza em que ainda não estão delineadas nem a forma nem a velocidade da saída da crise. Não há dúvida de que os custos da desigualdade se tornaram insustentáveis e que é necessário reconstruir com igualdade e sustentabilidade, apontando para a criação de um verdadeiro Estado de bem-estar, tarefa há muito adiada na região”.

Se os brasileiros não se unirem agora, enquanto há tempo, o destino do país será um túnel onde a única luz no final será se curvar a países que nos tirarão dos trilhos.

 

A frase que foi pronunciada:

Tudo o que é preciso para o triunfo do mal é que nada façam os homens de bem.”

 Edmund Burke,1729-1797. Filósofo, teórico político e orador irlandês, membro do parlamento londrino pelo Partido Whig.

Foto: Studio of Joshua Reynolds – National Portrait Gallery (wikipedia.org)

Positiva

Em todos os Shoppings de Brasília, a Claro disponibilizou serviço com atendimento em drive thru. O cliente liga primeiro e, quando passar pelo local escolhido, pode pegar o produto ou desembaraçar o serviço. A intenção é resguardar os clientes. Quem conseguir um atendente proativo, com certeza, vai gostar da iniciativa. Veja a lista de telefones para solicitar esse serviço a seguir.

 

Trágico

Veja, também, as fotos da situação do conjunto 5, na Qi 1, quando chove, divulgadas pelo morador Doralvino. Sem planejamento nos assentamentos e eliminação do cerrado, é isso o que ocorre.

Divulgação

Atenção Brasília! Operação tapa buracos e outras solicitações de serviços em sua região devem ser feitas pelo número 156 ou no portal da ouvidoria do GDF.

Foto: ouvidoria.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E foi precisamente este esgoto quem causou o desastre. Foi feito uma canalização por baixo do asfalto, mas as enxurradas, ultimamente, minaram o terreno e aconteceu o esperado. Arreou a pista. (Publicado em 27/01/1962)

Brasil dividido

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Foto: Amanda Perobelli/Reuters

 

De todas as inúmeras tarefas que cabem a um governo administrar, nenhuma outra é tão importante para a integridade de uma nação como a capacidade de se antecipar aos acontecimentos e aos fatos. Somente através de estudos e análises sérias, feitas previamente, contendo todas as variáveis possíveis, é que se prepara o país para a iminência de adventos extraordinários.

Essa é, pelo menos, dentro da concepção militar, uma das maiores estratégias a garantir e dar vantagens em caso de uma guerra. No livro básico de todos os estrategistas, num livro de bambu, por Sun Tzu, no século IV A.C., está escrito: “aquele que se empenha a resolver as dificuldades, resolve-as antes que elas surjam, vencendo antes que suas ameaças se concretizem.” Com isso, ensina, Sun Tzu, é preciso ver o que não está visível.

Nas escolas superiores de guerra, os oficiais se dedicam, quase que integralmente, a estudar e a planejar estratégias e cenários futuros dentro do seu país e com relação as demais nações, para melhor antecipar medidas. Também no antigo ministério do planejamento, quando essa pasta era também ocupada por economistas de renome e de expertise comprovada, essa era a tarefa primordial a ser desempenhada no dia a dia. Planejamento, estratégias e táticas de prevenção funcionam tanto em ambientes de conflito armado, quanto na paz, e são fundamentais para todos aqueles que se propõem governar sem maiores tropeços.

Tomando a pandemia do Covid-19, como inimigo que tomou de assalto o mundo inteiro, o que se pode comprovar, depois de um ano de batalhas intensas contra essa doença, é que os países que vão se saindo melhor dessa guerra são justamente aqueles que adotaram estratégias corretas, tanto de defesa, como de ataque à propagação da virose.

O caso simbólico dessa pandemia pode ser conferido na obtenção, em tempo recorde, de uma vacina ou mais vacinas, que apontam na direção certa de contenção dessa doença. Esse empenho diuturno dos cientistas e pesquisadores, dos diversos laboratórios espalhados pelo mundo, tornou possível antecipar o surgimento desse medicamento em pelo menos quatro anos, que é o tempo mínimo para o lançamento de uma vacina eficaz. Esse é também um exemplo de estratégia e planejamento prévios que vão possibilitar salvar milhões de vidas.

Estamos, segundo a imprensa, nesse momento, ostentando recordes mundiais em mortes diárias. A falta de liderança no trato com essa doença tem deixado a população perdida. Para o Brasil, que já foi exemplo para o mundo em eficácia de vacinações em larga escala e em tempo recorde, essa crise mostra o tanto que recuamos no tempo. De fato, voltamos a ser o país que, por sua sequência catastrófica e infinita de governantes, ineptos e sem planos de voo, permanece na rabeira do mundo, como um exemplo a não ser seguido.

 

A frase que não foi pronunciada:

Democracia é imposição para todos os lados. Imposto de Renda e Lockdown imposto.”

Dona Dita pensando enquanto espera a banda que nunca mais vai passar pela janela

Manifestação em frente à casa do governador. Foto: Carlos Vieira/CB/DAPress

Descomplicar

No sai não sai da CPI da Covid-19, o senador Eduardo Girão deixou claro que os estados e municípios também serão investigados sobre os recursos que receberam e onde foram aplicados. Em plena era digital, seria o mínimo de transparência divulgar todas essas informações para acesso dos contribuintes, que são os que enchem o cofre. Recebeu quanto da União e gastou como. Duas colunas numa tabela.

Charge do Cazo

Espaço

Leitor do Lago Norte sugere o aproveitamento das dependências do Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek, naquela região, para o atendimento emergencial aos pacientes que contraíram o vírus Covid-19.

Foto: nelsonkon.com

Ideal vs Real

Pela Amazon, gratuitamente, é possível baixar o livro do indígena de Ailton Krenak. As palavras são de alguém conectado com a natureza. Trata do cuidado com o ecossistema, da vida, da coragem, dos valores humanos. Chega a ser uma utopia, até ingênuo, em um mundo dominado atualmente por um país tão distante e tão poderoso. O amanhã já está comprado.

Foto: amazon.com

Cuidado

Telefones clonados geram aborrecimentos enormes. Jornalistas da cidade amargam a experiência.

Charge do Fernandes

 

Obesidade

Ontem a noite, as mulheres da EBC organizaram uma live no YouTube sobre gordofobia. O assunto que parece interessante é sério e preocupante. Veja a seguir.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Arreou o asfalto no caminho do Iate Clube. Há mais de um ano vimos chamando a atenção pelo fato de desembocar no Lago, diretamente, sem tratamento, o esgoto da Asa Norte. (Publicado em 27/01/1962)