Brava gente brasileira

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Clayton

 

Exemplos vindos do passado mostram que as crises são, por excelência, o momento adequado para extrair lições e oportunidades para o aperfeiçoamento da vida individual e coletiva. Caso o atual governo tenha aprendido algum ensinamento útil com os efeitos da pandemia do Covid-19 e com o número assustador de meio milhão de mortos dessa doença, o que parece absolutamente improvável, dado à total ausência de providências eficazes tomadas ao longo desses quase dois anos de crise sanitária, a primeira e talvez mais importante medida seria a revalorização de todo o Sistema Único de Saúde (SUS), conferindo, a esse importante e gigantesco organismo, todos os meios possíveis para que, doravante, ele se firme como uma espécie de porto seguro para os brasileiros em tempos adversos.

Aliás, é preciso ressaltar aqui que, não fosse o SUS, com todas as suas virtudes e carências, o número de mortos durante a pandemia seria, no mínimo, mais do que o dobro do que o registrado até aqui. Obviamente,quando se fala de um sistema dessa magnitude e complexidade, o que está em jogo não são apenas os recursos materiais e logísticos necessários para a boa realização dessa tarefa, mas, sobretudo, os recursos humanos, fundamentais para que todo esse portento funcione de forma exemplar e humanizada, como desejam aqueles que entendem desse assunto.

O lado positivo dessa crise sanitária, que ainda vai provocando seus efeitos maléficos, é que a maioria dos brasileiros, de uma hora para outra, parece ter dado conta do quão importante e vital tem sido a presença do SUS e quão importante e necessário foram também seu corpo técnico durante essa pandemia. O trabalho abnegado e corajoso de enfermeiros e médicos dessa instituição jamais será esquecido. Sem essa força de frente, equivalente a infantaria no Exército, os primeiros fronts dessa guerra já teriam sido dominados pelo inimigo invisível. Foi o empenho sobre-humano dessa tropa que forneceu, aos cidadãos, o exemplo e o ânimo que faltavam para entusiasmar a população, fazendo-a ver que é da união desse tipo de brasileiro que podemos contar em momentos de aflição, e não com pretensas autoridades que, nesse conflito, preferiram ficar longe do front, ao abrigo e proteção de seus bunkers oficiais.

As perspectivas com os desdobramentos dessa pandemia, que ninguém sabe ainda ao certo onde irão, apontam para a necessidade da criação de escolas de enfermagem, de cursos superiores em saúde pública e sanitária, de incrementos nos cursos de epidemiologia, virologia, de farmácia, de gestão hospitalar e de outras especialidades próprias ao combate às epidemias.

Por outro lado, a epidemia mostrou, claramente, a necessidade de reformulação do todo o sistema de Institutos como o Butantã e a Fiocruz, dando a esses centros de pesquisa e produção de vacinas todo o apoio material e humano que esse conjunto de cientistas precisa para fazer o país retornar à posição de destaque que possuía anteriormente.

Alguns chegam a falar na criação de um imenso complexo de laboratório e pesquisa nacional, equipado com o que de melhor existe em pessoal e equipamentos, tornando o Brasil soberano e exemplo nas questões de epidemias. Ou se fecha definitivamente essa porta, arrombada pela Covid-19 em quase dois anos de duração, ou estaremos condenados a experimentar, no futuro, o gosto amargo e frio da morte.

A frase que foi pronunciada

Se o bem mais precioso do ser humano é a saúde, seja lá quem espalhou esse vírus, nos roubou esse bem. Quem não morreu de Covid tem lutado para manter a saúde mental.”

Dona Dita, pensando com seus botões

Em Ação

Que sirva também para outras regiões administrativas. No Blog do Ari Cunha, a comunicação da Rede de Vizinhos e Polícia Militar, unidos pela segurança do Lago Norte. Todas as dicas para se manter em segurança dentro de casa. Confira lá.

  

T.I.

Está saindo, de uma incubadora da UnB, um projeto espetacular. Um aplicativo onde você acompanha o seu deputado, deputada, senador e senadora de perto, com todas as votações e aprovações de projetos feitas por eles. Já está pronto e registrado. Em breve será lançado.

Nota à imprensa

Falta de política industrial e Custo Brasil contribuíram para a redução de setores industriais de alta e média intensidade tecnológica. A participação deles caiu de 23,8% para 18,7%.

Foto: istoe.com

Por Girão

Ao deixar de seguir os rastros deixados pela montanha de dinheiro que foi despejada pelo governo federal, sem critérios salvaguardas prévios às Unidades da Federação, e colocada à disposição de governadores e prefeitos por esse Brasil afora, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Covid desprezou não apenas o primeiro e principal mandamento de toda investigação séria que se preze e que manda: “siga o dinheiro”, mas deixou de lado o mais importante veio, que poderia levar ao ralo largo por onde escoou toda essa fortuna.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

História de Brasília

A determinação presidencial para que a Voz do Brasil seja transmitida de Brasília não havia nenhuma razão de ser. O que devia haver, isto sim, seria a punição pelos responsáveis pela transmissão. (Publicada em 04.02.1962)

O futebol no tabuleiro do xadrez

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Charge do Machado

 

Conhecerás um pretendente a ditador do momento ao seguinte sinal: todos eles utilizam de eventos populares, não para o regozijo de sua gente, como quer parecer, mas tão somente para alavancar sua imagem junto ao povo, visando angariar apoio às suas pretensões políticas de cunho populista. Tal é a característica comum a todos eles, sem exceção. O que muda é apenas o tipo de evento popular a ser explorado como marketing político. Nesse caso, pouco importa o tipo de espetáculo. O importante é que reúna o maior número de adeptos. Pode ser ligado ao folclore, às tradições ou ao esporte.

No país do futebol, a utilização desse esporte como muleta oportunista desses políticos é um fato histórico antigo e manjado e pode ser conferido, praticamente, desde que surgiram os clubes devotados ao ludopédio. Só existe um porém nessa estratégia marota: para que a fórmula funcione, é necessário, antes de tudo, que o time escolhido tenha uma grande e apaixonada torcida, capaz de empolgar e incendiar multidões, tornando-as presas fáceis. Já quando o marketing político mira a seleção do país, onde estão representantes de todos os times e jogadores mais destacados, transformando-os em garotos-propaganda do governo, essa mistura entre oportunismo populista de cunho nacionalista com a paixão dos torcedores rende resultados à medida em que esse escrete devolve essa aposta em forma de gols e de vitórias incontestes.

Em situações assim, o chefe de governo comparece aos estádios e, da tribuna de honra, faz questão de ser visto e aplaudido. Ocorre que, nesse mesmo país do futebol, não é raro os espectadores no local vaiarem até o minuto de silêncio e, com políticos, não tem sido diferente. Numa situação em que o Estado Democrático de Direito usa o seu tempo para cuidar, com denodo, de questões da mais alta relevância para a nação, não resta espaço e vontade para que o governo interfira em problemas menores relativos ao futebol, já que essa é uma atividade mantida por organizações e empresas privadas e com interesses próprios e diversos.

Também no Brasil e por diversas vezes, essa intromissão indevida do governo no mundo do futebol quase sempre tem rendido, ao lado de alguns minutos de popularidade ao chefe do Executivo, elevados custos para os pagadores de impostos que acabam arcando com a armação desse circo. Caso exemplar pode ser conferido durante o governo petista de Dilma Rousseff, com a construção de enormes e caríssimas arenas de futebol, destinadas à realização da Copa do Mundo e que hoje, em sua grande maioria, foram transformadas em verdadeiros elefantes brancos sem utilidade alguma, depois de terem sido erguidas à base de muita corrupção e sobrepreço.

Com Dilma e seu governo, ficaram, além desses fantasmas de concreto, as seguidas humilhações impostas pelos diretores da Fifa ao governo, os escândalos nessas construções e os posteriores que redundaram no banimento perpétuo desses dirigentes do futebol, as prisões dos chefões da CBF, as vaias retumbantes no estádio, durante a abertura dos jogos, e a derrota fragorosa da seleção para Alemanha por nada menos que 7×1. Não foi pouco!

Toda essa amarga experiência deveria ser utilizada como um aprendizado para que o governo jamais voltasse a misturar os assuntos de Estado com os problemas de estádios. Mas não foi o que aconteceu. O atual governo, no seu afã de preparar o caminho para 2022, resolveu intrometer-se na realização da Copa América, em plena pandemia, quando o país experimenta os maiores índices de mortalidade e quando os hospitais estão superlotados e a economia patina na lama. Não parece ser fanático por futebol, mas por jogadas políticas. Esse parece ser o caso.

Os países onde seriam realizados o torneio cuidaram logo de empurrar esse abacaxi para o Brasil. O que se viu, pelo menos até agora, foi o ensaio de revolta dos próprios jogadores e técnicos, possivelmente calados pelo reforço em dinheiro dos prêmios, bem como os escândalos de assédio sexual do presidente da CBF e seu posterior afastamento da instituição.

Também tem aumentado o repúdio dos brasileiros, médicos e enfermeiros e de todos os que perderam amigos e familiares nessa pandemia. Falta agora, para completar esse quadro patético, a vaia nos estádios, e a derrota da seleção. Mesmo em caso de vitória, essa é uma situação que em nada vai beneficiar os brasileiros, preocupados em sobreviver à pandemia e à crise econômica e social.

A frase que foi pronunciada:

Para uma minoria privilegiada, a democracia ocidental fornece o lazer, as instalações e o treinamento para buscar a verdade escondida atrás do véu de distorção e deturpação, ideologia e interesse de classe, através do qual os eventos da história atual são apresentados a nós.”

Noam Chomsky

Noam Chomsky. Foto: APU GOMES

Requerimento

Senador Izalci Lucas, do DF, pediu novamente ao senador Omar Aziz, da CPI do Covid, para aceitar o requerimento de convocação do ex-secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo. O parlamentar defende que Araújo sabe de vários fatos que podem esclarecer algumas ações da atual gestão do DF.

Senador Izalci. Foto: senado.leg

História de Brasília

Entretanto, qualquer conserto de emergência bem que poderá ser feito, porque a Capua e Capua, agindo com eficiência, dispõe, também de um equipamento de rádio ligando a Asa Norte com o IAPC no Rio, podendo receber ordens imediatas para qualquer reparo na obra. (Publicada em 02.02.1962)

Mais letais que o próprio vírus

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Charge do Zé Dassilva

 

Caso a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Covid), transformada e rebaixada em Comissão da Cloroquina, queira, nessa altura dos depoimentos, fazer um grande favor aos cidadãos brasileiros, pagadores das mais altas cargas tributárias do planeta, deve enveredar as investigações no rumo dos governadores.

Seguindo as pistas deixadas pelos bilhões de reais que foram escoados para essas unidades da Federação, sob a rubrica de combate à Covid, é possível encontrar evidências daquilo que seria impensável em qualquer país minimamente decente. Ou seja, desvios e malversação de abundantes recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia. Tudo isso praticado num momento de especial aflição e amargura das populações, que morriam como moscas nos corredores lotados dos hospitais.
Essa modalidade bem brasileira de crime, na maioria dos casos praticada por políticos travestidos de gestores públicos, só não é mais grave do que aquela cometida pelos mesmos personagens com relação à merenda escolar e à manutenção do ensino básico e fundamental. Surrupiar recursos públicos de gente que está à beira da morte ou que necessita desses bens para poder se alimentar e sobreviver deveria, por sua crueza, ser qualificado como crime de genocídio, passível de uma penalidade pesada e exemplar, inclusive, remetendo o caso a cortes internacionais que cuidam especificamente de crimes contra a humanidade, onde não teriam as mesmas indulgências encontradas em nossos gelatinosos tribunais.

Mas, como estamos num continente chamado Brasil, essas possibilidades são remotas ou quase inexistentes. Surpreende que muitos governadores, prefeitos e outros gestores públicos, espalhados pelos mais de 5 mil municípios, alguns inclusive já denunciados por essas práticas desumanas e abomináveis, ainda ostentem, impávidos, a possibilidade de recorrerem a cortes superiores, nas quais, por certo, vão encontrar guarida e uma porta de saída para seus crimes de lesa-pátria.

Mais impensável ainda é encontrar alguns desses evidentes malfeitores com assento e pompa nessas mesmas CPIs, como se tudo isso fosse natural e aceito. Não, não é. Diante de um quadro surreal como esse, é preciso que aquelas autoridades que ainda não se deixaram contaminar por práticas dessa natureza adotem medidas emergenciais ou elaborem, o quanto antes, uma relação de todos esses nomes, para que tribunais, como o Eleitoral, encontrem um meio de vedar-lhes a possibilidade de se reelegerem, enquanto não forem devidamente julgados e condenados por seus crimes, de modo a interromper a continuidade desse processo sem fim de impunidade. Em tempos radicais como o que estamos experimentando, é preciso mais do que medidas legais de praxe.

É necessária a adoção de medidas extraordinárias, como aquelas adotadas em tribunais de guerra, para fazer cessar de imediato a ação desses indivíduos ou quinta coluna, que são mais letais à sociedade do que qualquer outro vírus.

A frase que foi pronunciada:
“Liberdade de imprensa é a raiz de qualquer processo democrático.”
Davi Emerich
Veja, a seguir, a entrevista, na TV Senado, com o jornalista Davi Emerich

Corrupção doméstica
Aumenta o número de carteiras de empregadas domésticas não assinadas. De um lado, os patrões que precisam de ajuda; e do outro, a pessoa que quer trabalhar, mas não quer perder os auxílios do governo.

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Capilaridade e rapidez
Com gerenciamento impecável, os Correios investem na renovação das frotas, o que dará mais agilidade e segurança nas entregas. Documento da empresa aponta 60% de renovação entre furgões e motocicletas de quase mil centros operacionais de distribuição e tratamento. Em dois anos, a meta é ultrapassar os R$ 560 milhões em novos veículos.

Foto: correios.com

 

CFM
Sobre a CPI da Covid, o Conselho Federal de Medicina se levantou depois da oitiva da pediatra Mayra Pinheiro. A instituição elaborou uma “moção de repúdio em defesa do médico, ao respeito e à civilidade na CPI da Pandemia”. Leia, na íntegra, no link MOÇÃO DE REPÚDIO – CFM.

 

Maus-tratos
Além de ter de suportar todo o sofrimento causado pelo isolamento e a perda de familiares, o brasileiro amarga aumento nas contas de água, luz, impostos, supermercado.

Charge do Cabalau

 

História de Brasília
Na quadra seguinte há também um ponto de carros de aluguel, o que quer dizer mais ou menos isto: dentro de dois meses ninguém poderá estacionar na W3 à altura da Novacap, porque será só para carros de aluguel. (Publicado em 02/02/1962)

A pandemia mostrou a todo mundo quem é quem

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Foto: Joédson Alves/EFE

 

Em qualquer governo – ontem, hoje e sempre e em todo o tempo e lugar –, o que se colhe, pela falta de ação e inanição, é a reação da sociedade. Povo algum tolera que suas lideranças não ajam quando devem agir. Muito menos em tempos adversos, quando o povo espera que seus governantes assumam as rédeas e o comando nas crises. Por todo o mundo, as maiores lideranças políticas, sobretudo nos países democráticos, foram submetidas à prova de fogo imposta pela pandemia, ocasião em que tiveram, forçosamente, que mostrar ao que vieram.

Nesse difícil teste em âmbito mundial, os governantes das diversas nações do planeta encontraram-se, de repente, em meio a uma espécie de guerra, com populações inteiras e indefesas sendo, subitamente, bombardeadas por uma perigosíssima arma biológica. É em tempos adversos como este que não apenas os verdadeiros governantes são revelados e se tornam essenciais, mas que também são postos a nu os farsantes e impostores de toda a natureza.

Durante os períodos mais críticos da pandemia da Covid-19, justamente quando ainda não se tinha uma vacina segura para combater o vírus, e quando ainda havia muitas dúvidas de como debelar essa doença, que o mundo passou a se familiarizar com as ações afirmativas, mesmo duras, daqueles verdadeiros líderes que, muito mais do que popularidade instantânea, perseguiam as melhores e mais racionais estratégias para livrar sua gente da nova peste.

Da mesma forma, mas em sentido contrário, muitos desses falsos guias também serão lembrados pela covardia e pelo medo de que a pandemia, por seus reflexos negativos nos números da economia, e não pelo número de mortes, acabaria por prejudicar suas carreiras políticas, encurtando-lhes o mandato.

Nesse particular, o desempenho do atual governo, se é que pode ser classificado desse modo, sua apatia belicosa durante todo o processo da primeira e segunda onda da virose, é para não ser esquecido e, com certeza, ficará registrado na história desse triste trópico. Muito mais do que o despreparo flagrante frente à crise sanitária, o que se viu, todo o tempo e de forma a camuflar sua inaptidão executiva, foi um presidente perdido em suas funções, insuflando a população contra os outros Poderes e contra os governadores dos estados, encorajando, de modo cínico, a população a enfrentar “de peito aberto” a doença, desestimulando o uso de equipamento de proteção individual e outros procedimentos aconselhados pelos médicos, mudando as equipes do Ministério da Saúde, por interesses meramente políticos, recomendando medicamentos de ação não comprovada cientificamente e, a toda hora, frisando não ter culpa pelo desenrolar dos acontecimentos, num claro sentimento de fuga da realidade.

O que restou, até aqui, desse somatório de trapalhadas pode ser conferido agora, numa Comissão Parlamentar de Inquérito, na sucessão de pedidos de impeachment, nos protestos de rua e muitos outros efeitos colaterais decorrentes de um governo que ainda não disse a que veio, e pior: está pavimentando, por suas tonterias, a volta do lulopetismo ao poder. Quer mais?

A frase que foi pronunciada:

Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.”

Johann Goethe

Goethe in the Roman Campagna (1786) by Johann Heinrich Wilhelm Tischbein | Reprodução

Game

Enfim, o Ministério da Educação disponibiliza um game educativo para crianças jogarem no celular. Por enquanto, só letrinhas e sons, mas já é um bom começo. Sem brigas, sem sangue, sem violência. Com ciência e conhecimento.

 

Escolas

Volta e meia, uma escola particular ou outra suspende as aulas por causa do Covid. A professora, de licença médica, passa alguns dias fora e depois volta com as aulas online, para depois retomar a aula presencial.

Foto: Colégio Little Kids/Reprodução

Severos

No Brasil, os pais levam os filhos para vacinar com carteirinha e mantém todo o processo em dia. Nos Estados Unidos, se uma criança voltar depois de uma vacina com febre ou inchaço no local da aplicação, os pais não ficam satisfeitos e registram reclamação.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Union

Aliança Francesa e Instituto Goethe juntos prometem oferecer mais cultura à Brasília. Veja, a seguir, quais são as últimas novidades.

História de Brasília

Falando em táxi, não se sabe quem autorizou, mas os carros particulares não podem parar em frente à lavanderia Ouro Fino, porque os motoristas colocaram um “ponto” de taxi, interditando a área aos particulares. (Publicado em 02.02.1962)

Familiares de mais de 3,5 milhões de mortos merecem uma explicação

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Presidente Joe Biden. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

 

Somente a dependência econômica e as dívidas, adquiridas em tempo recorde, de alguns países em relação à China podem explicar o silêncio e as tentativas de fazer calar aqueles que ainda insistem em considerar as teses que explicam a origem da Covid-19 a partir de um acidente ocorrido em um laboratório de armas biológicas do exército daquele país do Leste, em Wuhan.

Nem mesmo os mais de 3,5 milhões de mortes decorrentes dessa virose têm sido capazes de fazer o mundo ir atrás das causas desse flagelo moderno, que já deu trilhões de dólares em prejuízos às economias e tem, literalmente, paralisado o planeta há mais de um ano. Agora, segundo têm noticiado vários jornais mundo afora, a questão parece que irá ganhar algum impulso com as decisões tomadas pelo próprio governo americano, de ordenar, aos seus serviços de inteligência, um relatório definitivo sobre o caso no prazo de três meses, confirmando ou descartando todas as dúvidas acerca do aparecimento dessa doença.

Por certo, o atual governo americano tem sido alertado internamente para a possibilidade de, num futuro próximo, toda a sua administração vir a ser acusada de fazer vista grossa a esses fatos que já custaram a vida de mais de 500 mil americanos, numa proporção de óbitos maior até que os registrados na 1º Guerra Mundial.

A questão de como e quando surgiu o Coronavírus permanece ainda uma incógnita que incomoda cientistas em todo o mundo e que poderiam, a partir dessas informações, preparar respostas mais adequadas para o combate a essa doença. O que piora essa situação e põe dúvidas sobre a displicência e imperícia do governo chinês é que as autoridades daquele país, tão logo tomaram ciência do caso, empreenderam todos os esforços para abafá-lo, escondendo do mundo o ocorrido e, mais ainda, prendendo e silenciando todos aqueles que primeiramente denunciaram a estranha virose. Nem mesmo os cientistas e pesquisadores daquele país foram autorizados a investigar os fatos, ficando toda essa responsabilidade aos membros do Partido Comunista Chinês, que comanda o país com mão de ferro.

Jornalistas internacionais credenciados na China foram proibidos de divulgar os fatos, sendo que muitos foram simplesmente expulsos. Nem mesmo equipes de outros países foram autorizadas a entrar no país para ajudar nas investigações, o que poderia contribuir para um maior entendimento do problema que já é considerado a maior pandemia deste século.

Agora, dezenas de renomados cientistas das mais prestigiosas universidades e laboratórios americanos resolveram publicar uma carta aberta na Revista Science, pedindo que sejam investigadas as reais causas desse vírus, pois, para muitos, a hipótese de transmissão natural de animal para o homem tem parecido, cada vez mais, uma tese a ser descartada.

Como o caso permanece ainda muito nebuloso e dificultado pela barreira formada pelo governo chinês em torno dele, resta ao governo americano, forçado pelas evidências de que já dispõe e pressionado por cientistas do próprio país e do exterior, não deixar que o caso vá para o arquivo morto, junto aos milhões de mortos da vida real que reclamam por essa explicação.

A frase que foi pronunciada:

Cada homem é uma raça.”

Mia Couto, poeta português

Mia Couto. Foto: AFP Photo / Francois Guillot

Resolvido

Muitos celíacos que acreditam na Eucaristia eram privados de comungar por causa do trigo na receita das hóstias. No Santuário São Francisco, no final da Asa Norte, o protocolo é o aviso prévio da situação do celíaco e na comunhão é dado o vinho litúrgico.

Santuário São Francisco de Assis. Foto: divulgação.

Espaço

Sem parcialidade, as mulheres ocupam cargos nunca antes imaginados. Dirigem caminhões monstruosos, trabalham com desenvoltura em obras, pilotam avião e também começam a ocupar cargos de destaque em grupos de crime organizados.

Foto: ma10.com

Ontem, hoje e amanhã

Programa interessante é ler, em assinaturas premium, jornais de 2018. Todas as previsões das eleições, apoiadores por interesse, alianças malucas, opiniões… Obrigar os brasileiros a assistir o horário obrigatório eleitoral. Tudo muito engraçado.

Charge do Lézio Júnior

Força à família

Minha cyber amiga Anna Peleja foi levar sua alegria aos céus. Deixou o planeta Terra bem mais triste. Nenhum desafio eletrônico se transformava em barreira para ela. Super jovem de espírito, dançava, ria e topava qualquer desafio. A influencer da terceira idade foi um cometa iluminado. Exemplo para muitos jovens que estão sempre se lamuriando. Que os anjos lhe recebam de braços abertos dona Anna. A matéria do Correio Braziliense sobre dona Anna está disponível no link Influencer na terceira idade.

Isso pode Arnaldo?

Imaginem um ministro da Economia de um país transmitindo uma fala e estranhos interferirem na transmissão. Que sistema inseguro é esse? Pensando bem, não é tão inseguro. Se há licitude usando provas ilícitas, então….

História de Brasília

A par disto, para melhor atender aos alunos em idade escolar, a Prefeitura autorizou a conclusão de uma escola no SRE, uma na Asa Norte, uma na Coréia e duas em Taguatinga.” (Publicado em 02.02.1962)

O lado bom da coisa ruim

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Foto: Gov. SP/Divulgação

 

Deixando de lado, apenas por uns momentos, os muitos malefícios trazidos a todos pela pandemia, é possível encontrar, em meio ao caos que se instalou na vida de todos, alguns elementos que, por força das circunstâncias, acabaram gerando pontos benéficos indiscutíveis e que só poderiam existir em condições excepcionais como essa.

Tomando como ponto de partida a questão do trânsito no Brasil, um país reconhecidamente recordista em mortes nas estradas e que, por vários anos, tem ocupado a triste posição de 4º colocado no mundo nessa categoria, superado apenas por China, Índia e Nigéria, é preciso destacar que, durante a pandemia, tem havido uma expressiva redução nesses índices.

Em 2019, algo em torno de 40 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas do país. Em 2020, esse número caiu para menos de 35 mil. Uma redução que, embora não sinalize uma mudança de hábitos e, sim, uma diminuição no número de veículos circulando, tem servido para poupar vidas, desafogar leitos hospitalares e poupar recursos econômicos de toda a ordem.

Coisas do confinamento e do esfriamento do comércio, principalmente na área de transporte de mercadorias. Houve, além de uma diminuição do trânsito nas estradas do país, uma nítida diminuição do fluxo de automóveis nas zonas urbanas, aliviando os congestionamentos, reduzindo a poluição do ar, a poluição sonora e o excesso de acidentes em todas as vias de nossas cidades. São milhares de vidas poupadas e bilhões de reais economizados. Basta ver que a cada 10% de redução nos acidentes correspondem à economia de R$ 25 bilhões aos cofres públicos.

Há, também, dados trazidos pelo Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), elaborado pelo Instituto Sou da Paz, que mostram que os crimes violentos sofreram retração de 11% em 71% dos municípios paulistas em 2020. O isolamento social foi responsável por esses números, na medida que a diminuição de circulação de pessoas nas cidades tem reflexos na dinâmica criminal, reduzindo as oportunidades de crimes.

Também no Mato Grosso do Sul houve redução geral da violência, com destaque para as mortes decorrentes de intervenção policial que foi de (-53%). Contrariamente ao que acreditava o próprio governo, que chegou a traçar cenários de saques e invasões de supermercados, boa parte dos estados brasileiros registrou, em 2020, diminuição no número de crimes diversos.

Diminuíram os indicadores de roubos e furtos nos domicílios em todo o país. Obviamente que são reduções que não alteram o fato de o Brasil ainda ser um dos campeões mundiais em violência, mas dão uma certa perspectiva de que há possibilidades reais em trazer os índices de violência para patamares próximos de países desenvolvidos.

Claro que esses indicadores não possuem a capacidade de esconder que estamos na iminência de atingir a cifra de quase meio milhão de mortes em decorrência da Covid-19 e outras doenças muitas vezes penduradas na conta da pandemia.

Deixando as estatísticas nacionais num canto, é preciso notar, com relação especificamente à capital do país, uma expressiva diminuição de mortes tanto no trânsito quanto nos crimes de forma geral. Em Brasília, em 2020, houve queda de nada menos do que 50% nos crimes de feminicídio. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) indica que, em 2020, foram registrados 11,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1980. Também efeitos trazidos pela pandemia. É o lado bom da coisa ruim.

A frase que foi pronunciada

Todo mundo acha que nós criamos problemas com a China, menos a China.”

Ex-chanceler Ernesto Araújo

Ministro Ernesto Araújo. Foto: Folhapress / Pedro Ladeira

Estacionamento

Enorme área na Granja do Torto com postes de iluminação funcionando bem e iluminando o nada. Veja a seguir.

Sacrifício

Hoje, das 7h às 23h, o fornecimento de água na parte norte da cidade será suspenso. Lago Norte, Taquari e Sobradinho. “Os serviços vão aumentar a capacidade de transferência de água para a região norte e garantir maior confiabilidade na operação do sistema.”

Caesb. Foto: destakjornal.com.br

Lógica científica

Se um governo não tem oposição é porque algo está errado. Durante os governos Lula e Dilma, não houve oposição que engrossasse a voz contra qualquer atitude suspeita, verba desviada, até a inutilidade de uma tomada com padrões novos foi recebida de braços abertos. Havia algo de podre e não era no governo da Dinamarca. É bom ver oposição a um governo que o povo apoia. A urna eletrônica com o voto impresso vai chancelar a vontade do brasileiro. Se deixarem…

Foto: bbc.com

História de Brasília

Mas havia esperança no país. Apenas meia dúzia de pelegos estrebuchava espumante, conta o homem. Forças Armadas, a favor. Povo a favor. Trabalhadores a favor. E veio a notícia bomba: o homem renunciou. (Publicada em 02.02.1962)

Da competição à colaboração

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Foto: paho.org

 

Para tempos excepcionais, medidas excepcionais. Assim deveriam proceder todos aqueles países que, uma vez tendo dominado a tecnologia e a fórmula biológica, capaz de trazer, à luz, a vacina contra o vírus da Covid-19, abririam mão dessas patentes preciosas e de todo o segredo industrial dessa produção em socorro à humanidade, nessa hora de desespero para todos. Mais do que um segredo e uma conquista do intelecto, capaz de render altíssimos lucros aos seus detentores e aos laboratórios farmacêuticos, a questão das vacinas ganhou, nesse momento específico, uma tal importância e urgência sanitária que qualquer outro conceito de valorização material dessas fórmulas perde seu significado diante do fato de ser essa a única alternativa para bilhões de habitantes do planeta.

Trata-se, como afirma muitos cientistas, de uma decisão que poderá antepor a ética e os valores humanos, como a dignidade e a vida, contra outros conceitos como o lucro e o poder. O presidente dos Estados Unidos, onde a vacinação da população é a mais adiantada, entre todos os países do ocidente, já se pronunciou, extraordinariamente, a favor da quebra de patentes de vacinas, numa postura historicamente contrária às adotadas por essa nação, que tem como seus princípios a defesa de todas as suas propriedades intelectuais.

Para que sirva de lição para outros mandatários claudicantes e que não enxergam, no ensino de qualidade e no incentivo à pesquisa, um fator de prosperidade, hoje, países ricos em minérios, petróleo e outros ativos primários estão literalmente à mercê daquelas nações que, mesmo sem recursos materiais, são capazes de gerar tecnologia de ponta, como é o caso desses remédios providenciais.

Tecnologia, não custa dizer, é hoje o referencial a indicar se um país é ou não rico e próspero. O Brasil que, até há pouco tempo, detinha ao menos um conhecimento na administração em massa de vacinas, perdeu terreno nessa importante área da medicina, pela falta de políticas e de incentivos do Estado, cujo corte nos orçamentos e a pouca valorização das pesquisas nas universidades é a parte mais visível.

Ir contra a ciência em pleno século XXI é muito mais do que uma aposta errada. É suicídio. Mais e mais lideranças, prêmios Nobel e personalidades de todo o mundo estão se unindo numa corrente para que vacinas contra essa virose sejam um bem comum a todos os habitantes da Terra.

Pode ser que essa universalização de esforços, para salvar a humanidade, seja uma das boas consequências geradas pela pandemia e quarentena mundial, capaz de mudar o referencial da nossa espécie, de competidor insaciável para colaborador solidário.

A frase que foi pronunciada:

A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar.”

Na folha informativa divulgada pela OPAS (Organização Panamericana da Saúde). Veja a íntegra no link Folha informativa sobre COVID-19

Foto: paho.org

 

Honra ao mérito

Comunidade musical de Brasília e diversas cidades do país e do mundo vibram com o final do doutorado de Neviton Barros. Figura incrível, de uma garra invejável e talento inquestionável. Fica aqui o registro.

Neviton Barros. Foto publicada em seu perfil oficial no Facebook.

 

Competitiva

A Maternidade Brasília Dasa, que fica no Sudoeste, está realmente preocupada com a opinião dos pacientes. Uma pessoa da ouvidoria vai, pessoalmente, quarto por quarto, anotar as observações. Coisa rara nessa cidade.

Foto: tourmkr.com

Brasil Paralelo

Produzidos com a participação popular, os documentários e séries disponíveis pelo grupo do Brasil Paralelo são importantíssimos por uma simples razão: são 100% informativos. Vale conferir e se inscrever. Veja mais detalhes a seguir.

Volta

Ao lado do pacote Pró-Economia, divulgado pelo governador, outra iniciativa seria bem-vinda ao brasiliense: colocar o GDF para voltar ao trabalho. Parques, Detran, Viveiros da Novacap, Zoonose e por aí vai.

Publicação do dia 06/05 no perfil oficial da Secretaria de Economia do DF no Instagram

Cuidado

Ao contratar o Uber, tenha alguns cuidados. O primeiro é a opção por pagamento em dinheiro. Se não for trocado, dificilmente o motorista terá troco. Fica o impasse. Outro inconveniente de pagar com dinheiro é que o cambalacho é certo. A corrida era R$15, não havia troco. A ideia foi entregar os R$50 e o cliente teria um crédito. Resultado: a viagem custou o dobro. Veja a seguir.

História de Brasília

Disse o dr. Francisco Mangabeira a amigos, que pior que o incêndio no poço de petróleo da Bahia, é o incêndio da luta interna na Petrobras. (Publicada em 01.02.1962)

As joias da coroa

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Reprodução/PCC/China

 

Difícil é convencer alguém de bom senso, e que conhece de perto a realidade política interna da China, que o governo daquele país, em suas relações com outras nações, seria capaz de dar tratamento pacífico e complacente a pessoas de outras nacionalidades que, eventualmente, viessem a se opor às diretrizes políticas impostas por esse regime fechado e de partido único (PCC).

Mesmo assim, nações pelo mundo afora, principalmente a partir da aurora do século XXI, começaram a comercializar com aquele país do extremo Oriente, colocando de lado, ou mesmo desprezando, o fato de ser, aquele governo, um antípoda das concepções clássicas de democracia e por extensão dos Direitos Humanos e, no caso das relações comerciais, um inimigo da livre concorrência e da liberdade do mercado (Laissez faire) e do liberalismo.

Conhecendo os muitos relatos que falam de detenções em massa, torturas, mortes, abusos policiais e outros crimes contra a humanidade, praticados pelo regime ditatorial chinês, fica claro que as relações da China com o mundo são montadas sob um disfarce, como uma cópia oriental de Jano, o deus romano de duas ou mais caras a concentrar, na mesma figura, o passado e o futuro, que dá por uma mão e toma pela outra. Seria possível haver relações comerciais livres, saudáveis e com base nos princípios da ética humana, com alguém que despreza ou ignora esses valores? Essa é uma questão que, sabemos, pouco interessa no mundo dos lucros e das vantagens.

Entre nós, existe apenas dois elementos capazes de se espalhar com a mesma velocidade da atual pandemia do Covid-19: as notícias ruins e as fake news. O mais interessante é que, em algum ponto do espaço e do tempo, ambos elementos se cruzam, gerando o que muitos conhecem por teoria da conspiração. Após o advento das redes sociais, as comunicações instantâneas e, sobretudo, do conteúdo fatual dessas informações que passaram a chegar aos indivíduos e à sociedade, em grandes e aceleradas avalanches, deram origem a um fenômeno intrigante e, ao mesmo tempo, problemático, que passou a afetar, de modo significativo, o comportamento de todos. Com isso, passou a ser comum que versões e fantasias cheguem ao conhecimento de todos, muito antes dos fatos em si. O que, de certa forma, reforça a tese histórica de que o homem é um contador de estórias por natureza. A grande questão aqui é como separar o que é realidade de fantasia, já que as duas parecem ter a mesma origem.

Os antigos costumavam dizer que quanto mais longe da fonte, mais a água está turva. Assim também ocorrem com fatos. Essa característica vem lá de trás, da origem da humanidade, quando na impossibilidade de entender o mundo à sua volta, os homens buscavam, na fantasia e no misticismo, as explicações sobrenaturais para os fenômenos da natureza. Essa herança trouxemos até os dias atuais, adaptando-a ao mundo virtual da Internet. De um país sem liberdade e de quem vive em um país livre que defende o país sem liberdade, tudo se pode esperar.

Para a imprensa, que até pouco tempo detinha o monopólio natural sobre a informação, isto é, as notícias, essa mudança de eixo e de mãos tem modificado, sobremaneira, o trabalho diário, obrigando os profissionais a separarem, com lupa, fatos e ficções. Não é por outro motivo que muitos órgãos de informações tiveram que criar um departamento especializado em checar minuciosamente as notícias, separando os grãos de areia dos fatos, do oceano de boatos.

Nessa nova tarefa imposta pela aldeia global ao trabalho da imprensa, surgiram ainda outros desafios, dessa vez realizados no sentido contrário da lógica de investigação e apuração jornalísticas, fazendo o caminho inverso, ou seja, partindo dos boatos e dos sinais de fumaça para se chegar aos fatos e a verdade escondida em meio à paisagem.

É justamente com relação a esse ponto que, por exemplo, parte da imprensa nacional e internacional tem deixado de lado os efeitos da recente e perigosa pandemia do vírus da coroa, seguindo atrás dos boatos e das teses defendidas pelos teóricos da conspiração, na tentativa de chegar às fontes e às causas que determinaram o surgimento dessa doença.

Para os seguidores dessas teorias fantásticas, em um mundo cada vez mais surrealista, tudo teve início com a chamada guerra comercial declarada pelos Estados Unidos contra os superávits seguidos, que vinham sendo obtidos pela China ao longo das últimas décadas e que passaram a ser combatidos pela atual administração do país.

Essa história é longa e com vários capítulos paralelos e que vão ganhando versões mais atualizadas a cada dia. O que parece real é que, por detrás desse vírus, se escondem fatos e verdades que, mais dia, menos dias, chegarão ao conhecimento de todos, levando-nos a conhecer até onde governos são capazes de ir para fazer valer questões de mercado, laboratórios, políticas e de ganhos sobre a vida de pessoas, tornadas, nesse jogo cruel, meros dados estatísticos, sem valor e sem qualquer respeito pela dignidade humana.

A frase que foi pronunciada:

Custava ferver o morcego?”

Meme viralizado nas redes sociais

Acende, ascende!

Vários protocolos registrados, mas a iluminação das ruas no trecho 9 da SMLN está uma lástima! Moradores revoltados e inseguros.

História de Brasília

Ao dr. Laranja: muita gente que produz em Brasília continua jogando fora ou deixando morrer nos canteiros ou dando aos animais, verduras e legumes que poderiam ser vendidos a baixo preço. (Publicada em 01.02.1962)

Por uma CPI internacional

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Foto: Unrwa/Khalil Adwan

 

Há, em âmbito mundial, uma infinidade de fatos mal explicados intercalados entre a pandemia e o processo posterior e apressado de vacinação que, cedo ou tarde, deverão vir à luz, até como satisfação à humanidade. Para isso, será necessário, primeiramente, contabilizar, com precisão, o número de mortos globais e os reais prejuízos econômicos provocados por essa estranha e inesperada virose em cada canto da Terra.

E por que isso será necessário? Para que, em seguida, seja formulado um programa semelhante ao Plano Marshal, aplicado pelos Estados Unidos à Europa Ocidental após a II Grande Guerra, ou seja, para financiar, a longo prazo, os países mais atingidos para que voltem, ao menos, ao estágio econômico em que se encontravam antes da pandemia.

Essa será uma estratégia que impossibilitará uma quebradeira econômica mundial, com prejuízos inclusive, aos países desenvolvidos. Dessa vez, essa espécie de Plano Global deverá ser bancado por aqueles países, instituições e empresas que – acreditem – lucraram bilhões de dólares com essa pandemia ou que, ao menos, sofreram pouco com ela. Essa parece ser uma das poucas saídas para a crise sanitária que tudo paralisou.

Ao contrário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada agora no Senado Brasileiro e que muitos acreditam que se transformará num palanque político-eleitoral e de interesse apenas das legendas para obter mais vantagens, será necessária a formação, em âmbito internacional, de uma Comissão para investigar, a fundo, todas as causas e efeitos dessa estranha doença que chegou tão rápido e com vacinas desenvolvidas em prazos recordes.

Obviamente que caberá, à Organização das Nações Unidas (ONU), a instalação de tal Comissão. Isso se ela vier a acontecer de fato. Caso a ONU não chame a si essa importante questão, o que pode ocorrer, de menor impacto, é o aumento na descredibilidade dessa instituição internacional.

Por outro lado, caso esses problemas sejam postos de lado, poderá ocorrer, não apenas um aumento abissal e intransponível entre ricos e pobres, mas poderá servir ainda como estopim para conflitos generalizados com aumento nas tensões entre as nações e uma explosão de casos de terrorismo. É o pós pandemia. É preciso passar a limpo toda essa história misteriosa que redundou na eclosão da pandemia. Analisar a postura do governo chinês, nesse caso, que escondeu esses fatos do mundo e, mais do que isso, impediu que uma comissão internacional, inclusive da imprensa, checasse, in loco, esses eventos.

Desse comportamento suspeito, nasceram teorias diversas, entre as quais a que dá conta de que esses acontecimentos tiveram origem em um acidente ocorrido em um laboratório daquele país, especializado em fabricar armas biológicas de destruição em massa. Todos esses fatos devem ser checados para que, ao menos, não voltem a se repetir.

Nessa situação surreal em que o planeta foi obrigado a mergulhar, até os mortos clamam por explicações.

A frase que foi pronunciada:

Mandar nos outros ou interferir nos assuntos internos dos outros não traria nenhum apoio.”

Xi Jiping

Tedros Adhanom e o Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim.
Imagem: POOL

Vale ver

Anhony Hopkins ganhou o Oscar aos 83 anos de idade. Melhor ator no filme “Meu Pai”. Um belo filme que retrata a mente e o ambiente no final da vida. Link a seguir.

Justiça cega

Até quando o Brasil continuará punindo quem faz a coisa certa? Inconsolável, Elisa de Oliveira Flemen percebeu que os estudos rendiam mais em casa do que na escola. Criou um sistema de dedicação à leitura, prestou vestibular para Engenharia, passou com nota máxima em redação e ótimas notas em geral e foi impedida pela Justiça de cursar a universidade.

Elisa, de 17 anos, optou pelo homeschooling em 2018. Foto: Acervo Familiar

Repensar

Leitora nos envia missiva protestando com a nova modalidade de prestação de serviços do Detran. “Os trabalhos foram direcionados aos usuários que pagam pelos documentos, ficando com a obrigação de reproduzir via internet a consecução do documento CRV e da Carteira Motorista Digital, inclusive a impressão destes.” De uma forma geral, há muitas reclamações de várias localidades sem respostas no portal do Departamento de Trânsito.

Foto: Divulgação/Fazenda DF

Eles merecem

SLU Coleta DF é o nome do aplicativo para o cidadão se inteirar do dia e hora da coleta do lixo. É uma ótima oportunidade para as donas de casa oferecerem um lanchinho para esses incansáveis trabalhadores, que correm o dia todo, respiram lixo para deixar a cidade limpa e agradável.

História de Brasília

O Palácio do Planalto está na mesma linha. Difícil, também, a ligação pelo PABX. Quase impossível, para dizer a verdade. O serviço interurbano do Palácio atende com presteza, mas infelizmente não faz ligações internas. (Publicado em 01.02.1962)

Insegurança alimentar, fome e revolta

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Foto: Arquivo EBC/Danielle Pereira

 

Depois de mais de um ano experimentando o que parece ser uma das maiores e mais universais pandemia que a humanidade já conheceu, o mundo e, particularmente, o Brasil começam a sentir os efeitos que essa doença provocou também na economia, sobretudo, no aumento, sem precedentes, do número de pessoas assoladas pelo tenebroso espectro da fome.

Em nosso caso, a situação é de emergência, já que a chamada insegurança alimentar atinge hoje mais da metade dos lares pelo país afora, tanto nos centros urbanos quanto em outras regiões mais carentes. A totalidade das pesquisas que vêm sendo feitas sobre esse problema indica que o fenômeno da escassez de alimentos, e mesmo sua falta total, já é uma realidade para milhões de brasileiros.

Somados aos 19 milhões, que nesse momento passam fome, os 116,8 milhões que sofrem a situação de insegurança alimentar, temos quase 136 milhões de cidadãos sem ter o que comer diariamente. Desde o início da pandemia, muitos economistas e outros pesquisadores das ciências sociais vinham alertando para essa possibilidade iminente e, como quase tudo que acontece nesse país, nenhuma providência de fôlego foi tomada a tempo de evitar esse quadro.

A privação de alimentos pode ser considerada o mais degradante e cruel grau de sofrimento físico e psicológico a que um ser humano pode ser submetido. Essa situação, para um país que é considerado, no mundo bilionário das commodities e dos negócios de grãos e proteína, um celeiro do planeta, torna o Brasil uma das mais desiguais e contraditórias sociedades já vistas. Como pode um país que é tido como uma potência do agrobusiness, ter um contingente de pessoas, maior que muitas populações de outros países, passando fome?

Essa realidade bizarra reforça a ideia que muitos fazem do agrobusiness como sendo um setor que não produz alimentos e sim lucros em larga escala para seus proprietários. Na verdade, dizem alguns entendidos, ruim com o agronegócio, pior sem ele, uma vez que esse é ainda considerado o grande indutor dos superávits na balança comercial do Brasil com o resto do mundo.

Pelo sim e pelo não, muitos especialistas apontam que é justamente no setor agrícola que estão as maiores e mais concretas possibilidades de combate à fome e à insegurança alimentar. Para tanto, afirmam os pesquisadores, será preciso antes, instituir um amplo e consistente Plano Nacional de Alimentação, por meio de uma série de políticas públicas que diminuam os desequilíbrios entre a produção industrial de alimentos, ligados ao agrobusiness para a exportação, e o amparo às pequenas e médias cooperativas, ligadas à agricultura familiar e comunitária, tanto no entorno das cidades quanto no campo.

O problema, além da falta crônica de planejamento e projetos, esbarra na falta de recursos e nos cortes sofridos em muitos programas como o Programa Nacional de Alimentos (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa de Cisternas, Bolsa – Família e Renda Básica Emergencial. Mesmo o Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar (Pronaf) sofre há anos com a falta de incentivos e com cortes de orçamentos.

A pandemia, e isso não é segredo para ninguém, fez os preços dos alimentos nos supermercados e feiras dispararem, o que aumentou os índices de pobreza e, consequentemente, elevou o número de brasileiros que passam fome. Nas grandes cidades do país, esse efeito é bem visível e clama por providências antes que essa situação descambe para uma revolta popular, como muitas que aconteceram ao longo da história humana e que mostraram que a única razão que conduz o povo à revolta não são as ideologias, mas a fome.

A frase que foi pronunciada:

Todo mundo quer comer na mesa do governo, mas ninguém quer lavar os pratos.”

William Faulkner

William Faulkner. Foto: Carl Van Vechten (wikipedia.org)

Imperdível

Um concerto imperdível será transmitido pela Internet, no próximo domingo, diretamente do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Floripa. A Orquestra de Cordas da Ilha, criada por Paulo Roberto Matos, contrabaixista da Escola de Música de Brasília, interpretará canções de vários séculos. Paulo Roberto, que mora em Florianópolis, convida os amigos de Brasília para acompanharem a performance pelo Youtube e Facebook. Veja mais detalhes a seguir.

Verde Brasília

Trabalho de pós-graduação em História, importante para a cidade, está arquivado na UnB. Com a orientação do professor Dr. José Luiz de Andrade Franco, trata do Desafio da floresta urbana: História do processo de arborização de Brasília (1960-1970), de Marina Salgado Pinto. Leia no link repositorio.unb.

Facebook “Histórias de Brasília” – Visão aérea de Brasília (1967)

Três gerações

Vale a pena assistir a live histórica de três gerações do jornalismo brasileiro. Alexandre Garcia, Luís Ernesto Lacombe e Caio Copolla. Sem políticos de estimação, sem papas na língua e sempre com muita educação. Acompanhe a seguir.

História de Brasília

Já que a ordem é moralizar, que não se permita então, que uma firma estabelecida num barraco provisório cobre preços superiores às outras organizadas contabilmente e concorrendo com impostos para a Municipalidade. (Publicada em 30.01.1962)