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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Vai ficando mais e mais evidente e confirmada, pelos pleitos eleitorais, não só no Brasil, mas em muitos países, a interação direta entre plataformas digitais e a integridade dos processos eleitorais.
A onipresença da internet, que muitos acreditavam ser a redenção na liberdade de opinião, tem sido usada de duas formas: tanto para afirmar princípios democráticos, quanto para dar apoio a ditaduras. Em outras palavras, essa é a nova ferramenta que tem sido largamente usada para erguer e desestabilizar democracias que, por ação de hackers, quer pela propagação de fake news, injuriam e difamam uns e glorificam outros.
Não se trata aqui de uma conduta aética e isenta da internet nas campanhas eleitorais, mas de um comportamento, por demais observável, de imiscuição indevida, capaz de mudar os rumos políticos até de países com forte tradição eleitoral.
O caso recente das eleições nos Estados Unidos comprova bem essa prática danosa, o que tem levado os resultados finais dos pleitos a serem repetidamente questionados na justiça. Não é por acaso que a transparência nas eleições, um fator essencial para o pleno funcionamento do modelo democrático, tem encontrado, na internet, não um aliado, mas um complicador em potencial.
É bem conhecido também aqui no Brasil o funcionamento dos chamados gabinetes do ódio, centrais autônomas ou diretamente ligadas ao governo, inclusive como foi verificado, funcionando dentro do Palácio do Planalto, com recursos públicos, usando das redes para denegrir adversários, elaborar listas de indesejáveis e outros produtos de mídia flagrantemente ilegais.
Nos governos petistas, também essa era uma prática corrente e bastante usada para fortalecer ideologicamente os partidos de esquerda e demonizar as oposições. Mais uma vez, é preciso destacar que a internet não está acima do bem e do mal, mas o uso que militantes, apoiados pelos diversos governos, fazem dela, torna esse tipo de mídia uma arma contra a transparência e contra a integridade das eleições.
Mesmo medidas legais como é o caso do Novo Marco da Internet, recentemente votado, não possui o condão de colocar a rede dentro de uma linha de atuação ética.
Nos países flagrantemente ditatoriais, como é o caso da Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, China, El Salvador e outros, essa questão é resolvida, simplesmente, com o desligamento e a censura das redes de internet ou seu banimento parcial ou total. O fato é que a internet se tornou, ao longo de sua curta existência, um fator indutor tanto de tiranias como de liberdades.
Controlar, pois, esse tipo de mídia é fator hoje de concentração de poder. A desinformação da população, principalmente naqueles países onde o analfabetismo já é em si uma arma de dominação, constitui-se numa facilidade a mais para o direcionamento criminoso da vontade eleitoral por meio de redes, muitas vezes operadas por robôs e situadas fora do país, para dificultar seus rastreios.
O pior é que esse tipo nefasto de prática não tem sido devidamente enquadrado pela justiça, mesmo em países onde as instituições têm espaço para agir. Aos governos, sejam eles do tom ideológico que adotem, uma vez instalados no poder, dificilmente abrem mão dessa ferramenta para diminuir seus opositores.
No Brasil, a questão, sempre sob suspeita, das urnas eletrônicas e a não introdução do voto impresso tem sido um complicador a mais em todo o processo eleitoral, e fator de desconfiança, principalmente por parte dos candidatos que se saíram derrotados. Há um oceano virtual a ser desvendado e ainda nos encontramos na borda da água.
A frase que foi pronunciada:
“A Internet é a cena do crime do século XXI. “
Cyrus Vance, Jr., advogado em NYC
Ainda
Seu Paulo fazia uma trabalho em uma casa do Lago Sul. Abriu uma torneira para lavar as mãos. Não parava de elogiar. Mas que beleza de água. É uma água leve, sem cheiro, sem cor. Bebeu a água da torneira: “E sem gosto!”, exclamou. Seu Paulo mora no Paranoá. A água que recebe em casa é do lago. Dizem que é tratada. Tem cheiro de sabonete, cor de mel e gosto estranho.
Futuro
Com a exposição no Parque da Cidade, o objetivo do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, é promover a troca de ideias entre jovens e pesquisadores, empresários e militares. A tecnologia é o entusiasmo que deve permanecer para um futuro promissor.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Surgirão, agora, muitos “candidatos” às próximas eleições, em defesa dos ocupantes dos mercadinhos da W-4. E é preciso, entretanto, que surja um esclarecimento. Aquilo é um antro de exploração, onde os produtores são sufocados e o povo escorchado. (Publicado em 20/01/1962)
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Estamos distantes ainda de um nível aceitável de Estado civilizado e coeso. Diferentemente de outros países desenvolvidos do Ocidente, onde, em tempos de aflição generalizada, sempre que o destino adverso pôs em risco a integridade da nação, mais e mais, foi reforçado o sentimento geral de que a união de todos, em torno de um objetivo comum, era a solução ideal.
Não há fórmulas mágicas, capazes de restabelecer a normalidade de um país submetido a ameaças, ainda mais quando o que está em pauta é a sobrevivência de sua população. Em nosso país, o quadro é outro. Desde o início do anúncio da existência do vírus, o que já era um desassossego geral, por falta de estratégias racionais e uníssonas para enfrentar a pandemia, transformou-se numa rinha política generalizada.
Nesse cenário surreal, até mesmo a chegada da tão esperada e redentora vacina passou a ser utilizada, mesquinhamente, como palanque político, onde passaram a se exibir, um a um, os candidatos a paladinos da saúde. A desfaçatez com que passaram a utilizar a vacina como propaganda político e partidária deixou patente a todos que, mesmo sobre caixões de mortos, é possível erguer palanques para campanhas.
Essa é a diferença básica a demonstrar o quanto ainda temos que percorrer até chegarmos ao patamar em que estão outras nações no enfrentamento à pandemia. Nesta altura dos acontecimentos, não resta dúvida de que até a pandemia mortal pode ser colocada em segundo plano, quando o que está em jogo são das disputas por espaços políticos individuais.
No parlamento e mesmo na justiça, o assunto é secundário e só ressurge quando a questão põe em risco projetos pessoais. Um estrangeiro, que circulasse pelos corredores do Poder, ficaria estarrecido com o grau de alienação da maioria de nossas lideranças, num momento como esse. Pensaria, inclusive, que o país já estivesse livre da virose, tal a pouca importância que a questão desperta em cada um.
As eleições de 2022 se sobrepuseram à questão da pandemia. A tudo a população assiste, entre espanto e medo. Obviamente que os laboratórios internacionais, com a China na ponta, sabedores desse pandemônio em que o país parece mergulhado, por conta do vai e vem e das decisões sem projetos claros, irão cobrar preços altos pelas indecisões.
É preciso lembrar que o setor da farmoquímica internacional é, tradicionalmente, bafejado pela sorte e pelos lucros exorbitantes, toda a vez que uma pandemia se anuncia no horizonte, não sendo diferente nesse caso, onde a doença parece ter atingido o grosso da população mundial.
O noticiário geral dá como certo que, nessa batalha contra a pandemia, o maior perdedor venha a ser justamente o presidente da República, pela demora e pela insensibilidade com que tratou do tema desde o início. Nesse caso, tanto ele como o governador de São Paulo, pela exploração excessiva do assunto para fins eleitorais, igualam-se quando o assunto são as críticas da população à atuação de cada um.
Para complicar ainda mais um cenário que já é confuso o bastante, os exemplos vindos dos governantes e a seriedade ou não com que tratam essa questão acabam refletindo no comportamento da própria população que, pouco a pouco, vai relaxando nas estratégias de auto defesa, principalmente a população mais jovem, que vai se entregando aos antigos hábitos de aglomeração e de festas.
Sem coesão e sem lideranças capazes, não será surpresa se viermos a ocupar, no ranking da pandemia, a posição de liderança mundial em infectados e mortos.
A frase que foi pronunciada:
“O segredo da gestão de crises não é o bem versus o mal, é evitar que o mal piore.”
Andrew Gilman, Presidente e fundador da CommCore, jornalista premiado e advogado.
Déjà-vu
Jornalismo é uma profissão muito fácil quando as coisas não mudam. Basta mudar o nome dos responsáveis. Observe o que diz a História de Brasília registrada por Ari Cunha no final desta coluna. Quase 60 anos, e a invasão de terras no DF continua na mesma. A premiação também.
Carpe Diem
Por outro lado, jornalismo se torna a profissão mais desafiante quando as vaidades das autoridades se sobrepõem aos interesses do Brasil. Nem que seja uma linha a mais no currículo, às custas de acordos escusos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O regime de premiar os invasores com um lote, dar caminhão para transportar o barraco ajudar de custo, afora ser dispendioso demais, é aviltante, porque premia os que apossam do que não lhes pertence. (Publicado em 20/01/1962)
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Em meio a mata e em terrenos de difícil visibilidade, é comum que as tropas e pelotões, envolvidos em batalhas, fiquem atentos às recomendações das cartilhas de guerrilhas que ensinam: “Quando o inimigo avança, nós recuamos. Quando o inimigo recua, nós avançamos. Quando o inimigo para, nós aquietamos.” Uma lição dessa natureza pode ser empregada também em tempos de pandemia, quando o inimigo invisível, representado pelo vírus da Covid-19, parece sitiar as populações em todo mundo.
Em tempos de guerra pela preservação de vidas e quando já se prevê que, na virada do ano, cerca de 180 mil brasileiros poderão perder a batalha contra a doença sufocante, a recomendação mais sensata a ser seguida por aqueles que detêm o poder de governar uma cidade seria, exatamente, a observância dos sinais emitidos pela pandemia. Nesse caso, e dadas as ondas de avanço e recuo da doença, a prudência, aceita pelos homens de bom senso, manda que qualquer ação mais ousada por parte do governo deveria aguardar o momento propício para ser deflagrada. Incluem-se nesses casos, além de todo o processo de privatização, feito, ao ver de muitos, como uma ação um tanto açodada e sem medir as exatas repercussões que tais medidas trarão para a população, a médio e longo prazos, toda e qualquer realização de obras de grande vulto, que venham a demandar recursos públicos, numa hora tão delicada.
Na verdade, os recursos e poupanças públicas deveriam, neste momento tão especial, ficar retidos para eventualidades, sendo sua utilização reservada apenas para casos de emergência pública. O momento requer serenidade e parcimônia com o dinheiro do contribuinte. A privatização de estatais, merecidas ou não, deveriam esperar outro momento. Assim como a construção de pontes, viadutos, estradas e outras obras de interesse do governo.
Os preciosos recursos recolhidos da população, numa hora de incerteza como esta, deveriam, por parte de governantes prudentes, ficar, prioritariamente, à disposição para serem gastos em necessidades de emergência, como na compra de medicamentos e insumos, aparelhamento de centros de saúde, hospitais, contratação de pessoal de saúde, compra de vacinas, geladeiras para acondicionar esses materiais, o restabelecimento de hospitais de campanha, compra de ambulâncias e uma infinidade de outros gastos necessários em tempos de guerra, como estamos presenciando.
Por certo, haverá oportunidade para que o Governo do Distrito Federal demonstre sua capacidade administrativa e de empreendedorismo centrada na realização de obras vistosas nos quatro cantos da cidade. Por enquanto, o inimigo, vindo do Leste, de terras distantes, está à espreita, comprando terras, portos, indústrias e atacando a cada movimento desastroso feito por nós, ceifando a vida de nossos cidadãos, sem piedade.
É tempo de preservar a vida de nossos soldados, reunindo a tropa, mantendo-os seguros e protegidos do fogo inimigo. É tempo de nos aquietarmos.
A frase que foi pronunciada:
“A política brasileira está dividida entre paranoicos e messiânicos.”
Jaime Lerner, urbanista.
Recordando Neusa
Merecida homenagem à autora do Hino de Brasília, Neusa França. Debaixo do bloco J, onde morou desde os primeiros anos da capital, os alunos Soledad Arnaud, Wandrei Braga e Alexandre Romariz e Beatriz Pimentel (por vídeo) tocaram músicas compostas pela mestra. Com a colaboração de Rogério Resende, que tratava o piano da Neusa como um cardiologista, o instrumento foi levado ao ar livre, onde a audiência aplaudia animada. Alexandre Romariz, Dib Francis e Durval Cesetti trataram da divulgação, e quem organizou o evento, além dos alunos, foi Mauria França, a nora de Neusa. Denise França, filha, não escondeu a emoção com o carinho dos alunos.
Pela cidade
Leia, no Blog do Ari Cunha, a opinião da professora de arquitetura Emilia Stenzel, em relação ao Setor Comercial Sul. Emília é representante do International Council of Monuments and Sites (ICOMOS), ligado à UNESCO.
–> A proposta de revitalização do SCS, ao colocar a ênfase na introdução do uso habitacional, sob a justificativa da democratização dos espaços da cidade, parece não reconhecer que a alocação de usos de caráter público nos centros urbanos – como os usos definidos para a escala gregária: comércio, serviços, cultura – assegura o acesso a camadas mais amplas da população, do que a sua destinação ao uso habitacional.
A par de assegurar uma maior amplitude no acesso àqueles espaços, pelo caráter público desses usos, a implantação de polos de tecnologia e de ensino, bem como o apoio ao desenvolvimento do comércio e o suporte adequado às manifestações culturais são ações que têm em seu conjunto o potencial para a revitalização que o SCS demanda.
A introdução da habitação traz para aquele setor comercial demandas que não poderão ser atendidas no âmbito do SCS, como mais escolas, mais silêncio, ou espaços para playgrounds, para citar as imediatas.
A “cidade de 15 minutos” que buscamos no Século XXI demanda ações mais amplas e pode se realizar sem que se alterem os usos definidos no quadro da preservação.
O SCS demanda ações de fortalecimento dos usos que lhe são inerentes e a resposta a essa situação não comporta o abandono de sua estrutura física, da mesma forma como não comporta o abandono de suas características gregárias.
A introdução de uso habitacional na escala gregária não responde às pautas levantadas para justificar tal uso, não se mostra sustentável (seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista social) e fere a preservação do patrimônio cultural.
Por um outro lado, a proposta de uma tal alteração de uso nos espaços centrais do conjunto urbanístico tombado é colocada sem que tenham sido estabelecidos os mais elementares instrumentos de gestão definidos pelas Nações Unidas para os sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, quais sejam: um plano de preservação do conjunto urbanístico e um comitê gestor do mesmo.
Brasília é um feito da cultura brasileira no campo do urbanismo e da arquitetura, mundialmente reconhecida como um dos mais importantes legados do Século XX. A construção de Brasília tornou realidade um projeto de cidade que é nosso privilégio, mas também nosso compromisso: é nosso compromisso transmitir essa riqueza às futuras gerações, é nosso compromisso inserir esse legado cultural em nossos projetos de futuro.
Condizente com nossa autonomia como povo é recusarmos a miopia e o casuísmo de interesses políticos e econômicos, que não hesitam em tornar letra morta os dados estruturantes de nossa memória coletiva.
Magia
Reginaldo Marinho publicou, na coluna Bahia de Todos os Cantos, comentário sobre a magia das pedras encantadas da Serra do Sincorá. Tudo registrado no link Diário do Turismo.
Viva hoje
Não sei o nome dela. Passou a vida inteira planejando a volta para Laranjeiras, no Rio. Juntou cada centavo que podia. Ano a ano. Eliminou viagens, passeios, almoços, só para economizar. Tudo conspirava a favor. Até que o grande dia chegou. O caminhão de mudança estacionava na rua Estelita Lins. Um choro escapou por alguns minutos de tanta emoção. Dali em diante sua vida virou um inferno. O vizinho era viciado em drogas pesadas e nunca mais ela conseguiu dormir em paz. Moral da história trazida pelo ditado lídiche: “Deus ri de quem faz planos” (Mann Tracht, Um Gott Lacht).
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Não faz muito, denunciamos desta coluna, que numa granja depois de Taguatinga, seu proprietário alimentava porcos com abóbora e cenoura, porque não tinha comprador, e não tinha lugar para vender na cidade. (Publicado em 20/01/1962)
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Sobre os episódios que levaram o Supremo Tribunal Federal a julgar inconstitucional, por um placar apertado de 6×5, as reeleições dos presidentes da Câmara e do Senado, é preciso deixar bem claro que toda essa história não acaba aqui. Não apenas por suas repercussões em âmbito nacional, mas pelo significado dessa pretensa manobra e pelas possibilidades nefastas que tal decisão abriria no arcabouço jurídico do Estado Democrático de Direito, principalmente no que se refere ao respeito às leis a que estão sujeitas as autoridades políticas, investidas, como estão, de responsabilidades amplas.
Ao menos para uma parcela da população brasileira, que não engoliu esse que seria um duro golpe e uma afronta contra a Carta Magna, praticada, simultaneamente, por altos figurões da República, esse é um episódio que, por sua ousadia, atentou claramente contra as normalidades do Direito e da democracia. O pior, nesse enredo todo, é que, para seu intento, concorreram, cada um com sua missão específica, os Três Poderes da República.
Nenhum desses altos Poderes estão isentos de responsabilidades. Os órgãos de notícias de todo o país acompanharam de perto o desenrolar de todos esses acontecimentos e testemunham essa movimentação, mesmo antes dela extrapolar para fora dos gabinetes. Todo o terreno para a consecução desses planos foi devidamente aplanado, e, pelo que deixou transparecer, havia todo um planejamento para que essas reeleições se concretizassem sem maiores traumas junto à opinião pública.
O respaldo dado pela mais alta Corte selaria todo o enredo de modo suave e sem possibilidades de reclamos, mesmo dentro do parlamento. Desde as tratativas em casas de ministros do STF até de uma série de encontros entre os políticos e o Executivo e esse com o Supremo, existiu uma espécie de triangulação de negociações que visavam um rearranjo no comando do Congresso, atendendo a interesses distantes daqueles apontados pela Carta Maior.
Sob as luzes dos holofotes, toda a discrição e comedimento eram falsamente demonstrados, criando um pseudo clima de que esse não era assunto ligado diretamente aos personagens pretendentes e sim postulações colocadas por algumas lideranças no melhor estilo “se colar, colou”. Não há como negar que, dando a volta por fora do que estabelecia a Constituição, ao recusarem ir pelo caminho da apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição, como seria o correto, preferiram rasga-la sem piedade. Juristas probos, por certo encontraram um conjunto enorme de crimes cometidos por esses protagonistas ao longo de todo esse triste acontecimento.
Para as gerações mais novas, esse é um acontecimento a ser figurado nos anais da história do país como um episódio que depõe contra esses personagens e enxovalha a República. Para os mais idosos, tratou-se de um acontecimento ocorrido em plena pandemia, e que deixa um certo grau de temor sobre o futuro da nação, entregue em mãos, digamos, pouco confiáveis.
A frase que foi pronunciada:
“Ninguém deseja mais sinceramente a divulgação de informações entre a humanidade do que eu, e ninguém tem maior confiança em seu efeito no sentido de apoiar um governo bom e livre.”
Thomas Jefferson, sobre a Constituição norte americana
Aconteceu
Projeto Pioneiras promovido pela BPW Brasil apresentou uma live com a pioneira Maria Inês Fontenele Mourão. Ângela Chaves, vice coordenadora da Comissão dos Direitos da Mulher, trouxe, em suas perguntas, um passado dessa cidade nascendo.
Campeão
Se existisse uma votação para o melhor servidor público do GDF em atendimento à população, Andjei Remus seria o primeiro lugar. Coordenador do Na Hora da Rodoviária, ajuda a todos, sem distinção, que pedem socorro diante de burocracias. Mantém as regras, mas conforta com a atenção.
Pelas beiradas
Aos poucos, o espaço entre a rodoviária e o Conic vai se transformando na feira que existia antes da criação da Feira dos Importados. A situação é bem difícil com o desemprego e o número de refugiados que chegam na capital.
Perigo
Por falar em Rodoviária, essa passarela está com o parapeito bastante comprometido. Veja a foto a seguir.
Rogaciano
Mas que pureza de texto, que história cativante, nos 100 anos de Rogaciano, Nonato de Freitas faz uma homenagem, diretamente da cidade do Porto, d’além mar. Veja, no link O ROGACIANO LEITE QUE EU CONHECI, a matéria publicada no Jornal da Besta Fubana.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
É preciso que se saiba que os ocupantes daqueles mercadinhos jogam foram, diariamente, dezenas de caixas de verduras, para que seja mantido o mesmo alto preço. (Publicado em 20/01/1962)
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Passados os momentos mais urgentes da pandemia, depois que forem restabelecidas algumas normalidades, inclusive as normalidades da razão, por certo, haverá espaços de sobra para que sejam encaixadas todas as pedras soltas, ou melhor, todas as ampolas usadas, e, finalmente, possam ser esclarecidos todos os pontos envolvendo o negócio bilionário e açodado das compras e vendas das vacinas.
Vivêssemos nos tempos da civilização mesopotâmica, onde vigorava a Lei de Talião, inscrita no Código de Hamurabi (1770 a.C.), talhado em rocha de diorito com 2,25 metros de altura e que decretava penas duríssimas para infrações de toda a natureza, haveria um responsável que o mundo todo fosse capaz de confirmar. Precisamente, a burocracia, que comanda o país com mão de ferro, seria diretamente responsabilizada pelo alastramento da Covid-19, pagando conforme era dito: “olho por olho, dente por dente”.
Dessa forma, surpreende que seja esse mesmo governo ditatorial a lucrar, não só com a venda de equipamentos médicos de toda espécie, mas também, agora, de insumos para as vacinas salvadoras da peste. Primeiro quebram-nos as pernas, depois vendem-nos as muletas a preços de ouro. O dinheiro tem comprado até consciências.
Nessa confusão mundial, em que a pandemia e a morte de mais de 1,5 milhão de habitantes em todo o planeta misturaram vidas humanas com os lucros exorbitantes nas vendas e aquisições de medicamentos e vacinas, questão que certamente envolve outros laboratórios internacionais, é preciso muita cautela neste momento. Sobretudo, com relação à qualidade e à eficiência desses remédios e seus efeitos colaterais de longo prazo.
Passado o momento de pânico generalizado, será necessária uma séria investigação, não só interna, mas em âmbito mundial, para se apurar esse verdadeiro “negócio da China” que foi criado com a pandemia e que rendeu lucros vergonhosos para alguns laboratórios mudo afora. O certo e justo, dentro da Lei de Talião, seria obrigar o Partido Comunista Chinês a fornecer, gratuitamente, todo o material necessário para deter a pandemia. O mesmo deveria ser feito com os diversos laboratórios envolvidos nesse caso.
Trata-se aqui de uma questão humanitária e que aflige todo o planeta. Assim sendo, não é possível, sob nenhuma hipótese, que lucros exorbitantes sejam obtidos com negociações envolvendo a salvação de vidas humanas, apanhadas de surpresa por uma pandemia, que muitos ainda desconfiam ter sua origem em descuidos de procedimentos em um dos vários laboratórios secretos da ditadura chinesa.
As cortes internacionais, bem como as cortes aqui no Brasil, fazem cara de paisagem para um assunto sério como esse. Talvez reste ao parlamento, quando esse acordar de seu sono egocêntrico, instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) para esclarecer o que existe pode detrás dessa que, à primeira vista, parece uma tentativa de genocídio, conforme detalhado no Estatuto de Roma de 1998, em seu art. 7ª: “O Estatuto de Roma, de 1998, definiu em seu art. 7º como aqueles cometidos num quadro de ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque. Ou seja, crimes desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou mental.”
A frase que foi pronunciada:
“Alguns estrangeiros com a barriga cheia e nada melhor para fazer apontam o dedo para nós. Primeiro, a China não exporta revolução; segundo, não exporta fome e pobreza; e terceiro, não bagunça com você. Então, o que mais há para dizer? ”
Xi Jinping, presidente da China
Circuito 2
Começam hoje os jogos com atletas cadeirantes de tênis em Brasília. O evento será na Associação Médica de Brasília, com entrada franca.
Ligue 100
Segundo a Polícia Civil do DF, já foram 576 pessoas idosas vítimas de violência. Até agora, 13 agressores estão presos. Mais de 520 denúncias foram apuradas nos locais indicados pelos telefonemas feitos ao disque-denúncia.
Oportunidade
Ministra Damares, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), conseguiu R$ 2 milhões a serem aplicados em capacitação de pessoas com deficiência. A ação foi anunciada pelo Governo Federal.
O chefe da missão Permanente da Liga dos Estados Árabes, Embaixador Qaís M Shqair, reuniu os poucos funcionários da embaixada numa grande mesa onde todos compartilharam o alimento e as histórias de vida.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os diretores da DASP que resolveram suas divergências através de sopapos e murros foram os senhores Valdir Lopes e Lúcio Leite. Não se sabe até agora, qual foi a punição para ambos. (Publicado em 19/01/1962)
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É certo que os modelos de democracia, tal como desenhado pela civilização ocidental, a partir dos milenares ideais gregos, vivem, neste instante de paralisação do mundo, seu maior ponto de inflexão. Na verdade, as interrogações sobre esse modelo já vinham apresentando indagações, até violentas, desde a virada do século XXI, com alguns, mais exaltados, chegando a decretar que esse modelo estava esgotado em suas possibilidades e não mais respondia às exigências atuais.
Tal descontentamento pode ter sua origem na confusão que, propositalmente, estabeleceu-se entre democracia e liberalismo econômico, ou ainda entre democracia e capitalismo. Com efeito, esses movimentos contra a democracia e a liberdade de pensamento e de empreendedorismo, por suas insanidades, têm refletido muito diretamente naquilo que a democracia tem de mais básico, que são as eleições, os votos, e a alternância no poder de grupos diversos.
Sem o mecanismo de eleições livres, não há possibilidade do exercício da democracia. Dessa forma, quando as eleições sofrem ataques vindos do hiperespaço das mídias sociais, por meio da ação deletéria desses novíssimos protagonistas surgidos no mundo virtual, o que se tem e o que se espera dessas ações é, simplesmente, o solapamento da democracia em sua base. Devido à ação, cada vez mais intensa, dos chamados hackers e da propagação ilimitada das fake news, a democracia, em todo mundo, inclusive no Brasil, vem sendo colocada sob intenso bombardeio.
A ação desses novos protagonistas, ou melhor, desses antagonistas da democracia, mira, justamente, nos eleitores, incitando-os ou a desacreditar no modelo, ou, simplesmente, a boicotar as eleições. É verdade também que os políticos e os partidos em todo o mundo, principalmente por aqui, perderam muito a capacidade de aglutinar eleitores em cima de propostas e desempenho.
O desgaste dos políticos nacionais e suas respectivas legendas no Brasil criou uma espécie de aversão na população, o que acaba favorecendo a ação dos hackers e a propagação das fake news. O pior é que a disseminação de notícias falsas e a ação dos hackers, por seu poderio de fogo e alcance, passaram a ser usadas tanto pela esquerda quanto pela direita, o que serviu para potencializar, ainda mais, esses fenômenos nefastos.
Nesse sentido, tanto a esquerda quanto a direita são responsáveis por esse crime que, em última análise, arranca do chão o discurso de cada um, retirando a escada de coerência, deixando suspensas apenas pela brocha. O exótico Tribunal Superior Eleitoral, criado, unicamente, no Brasil, para dar alguma justeza nos pleitos, tomados por ações de toda a espécie de crimes, inclusive de morte, poderia agir como um “deus ex machina”, dando algum sentido à trama das eleições e aos superpoderes de seus atores.
Mas, por limitações de toda a ordem, principalmente quando as ações vão parar na suprema corte, todo o trabalho e ação acabam no mesmo dia em que começam e terminam as eleições.
A frase que não foi pronunciada:
“Nós, os representantes do povo, recebemos os votos e deixamos de ser deputado ou senador para ocupar cargo no governo, ou outro cargo para o qual não fomos escolhidos pela população para ocupar. Assim, desvirtuamos a confiança depositado no voto. Rasgamos o futuro que os eleitores nos deram.”
Parlamentar no confessionário da política
Leitura
Lançado no Senado o livro “Histórias de amor tóxico: a violência contra as mulheres”. É fácil adquirir. Veja no link: Edições do Senado lançam obra que denuncia a violência doméstica.
Rede feminina
Hospital de Base, desde que era o Hospital Distrital, sempre teve a simpatia da população. Mesmo depois das transformações administrativas, a diretoria continua promovendo essa integração com a comunidade. O convite é para correr ou pedalar para ajudar quem tem câncer. No link Corra ou pedale e ajude quem sofre com câncer, os detalhes.
Consequências
Pediatra conta que famílias trancadas durante a pandemia entram em pânico. Crianças com excesso de tela, aumento nos casos de epilepsia, problemas com a má postura, além de ansiedade, pânico, depressão e tique nervoso. Videogame, celular, TV e tablet liberados em excesso.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os diretores da DASP que resolveram suas divergências através de sopapos e murros foram os senhores Valdir Lopes e Lúcio Leite. Não se sabe até agora, qual foi a punição para ambos. (Publicado em 19/01/1962)
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Governos, das mais diversas orientações ideológicas, em toda época e lugar, souberam que, em tempos de crise, como guerras, pandemias e outros eventos adversos, é preciso usar a imaginação e a criação para fazer, do pouco que dispõe, o material básico para soerguer o país e forçá-lo a entrar, novamente, nos trilhos da prosperidade.
É em ocasiões como essa que os verdadeiros líderes despontam, indicando caminhos e conduzindo seu povo para fora da zona de perigo. A história está repleta de acontecimentos como esse, a nos ensinar que, mesmo na distância do tempo e das circunstâncias particulares vividas por cada um, devem ser tomados como exemplos a serem seguidos. Não seria exagero afirmar que estamos, todos nós, indistintamente, experimentando tempos bastante adversos e que, por sua complexidade única, parece turvar os horizontes futuros.
Para trazer maior complicação a um problema que em si já é bastante intrincado, a sensação geral é de estarmos literalmente perdidos em mar aberto, sem lideranças políticas confiáveis, ao sabor dos ventos do destino e dos humores ciclotímicos de nossos governantes. As eleições municipais, realizadas há pouco, quase nada acrescentaram ao cenário político do país. Foi a repetição de mais do mesmo. Na área federal, apesar dos esforços que foram feitos, isoladamente, pelo ministro da economia para forçar à volta de índices aceitáveis de crescimento econômico do país, o que se observa é o desgaste a que foi submetido, tanto pelo Palácio do Planalto quanto por parte da classe política.
Com isso, bem antes da eclosão da pandemia, o que se assistia era a perda paulatina de credibilidade do ministro, a falta de apoio às suas propostas, no Executivo e no parlamento, o que, de certa forma, esvaziou os projetos de reforma apresentados, empurrando essas medidas necessárias para uma data incerta e distante. Diante de um quadro de apatia generalizada, e em que o PIB do país parece pronto para despencar ladeira abaixo, levando todos de roldão à inadimplência, não seria estranho que o Brasil viesse, mais cedo ou mais tarde, voltar a tocar a campainha do Fundo Monetário Internacional (FMI), jogando-nos de volta a um passado que acreditávamos ter ficado para trás.
Pesadelo dessa natureza só pode ser evitado, se houver engenho e arte por parte da atual administração federal, o que parece pouco crível até aqui. Nesse compasso, 2021, como antessala das eleições de 2022, poderá se transformar em mais um período de estagnação, caso o governo prossiga, como tem feito desde o primeiro dia de mandato, em permanente campanha política, alheio ao que se passa ao redor.
Com uma perspectiva desse tipo e diante de um cenário no exterior, também não muito promissor, não temos para onde correr, sendo mais aconselhável, neste momento, seguir as ponderações daqueles que têm algo a acrescentar e que, com certeza, não são muitos.
A frase que foi pronunciada:
“A torpeza, a ignomínia, a podridão das entranhas vivas, o nascer ou morrer infamado ou infame é só do homem.”
Camilo C. Branco
Imensidão
É hora de se repensar a segurança e infraestrutura do Parque das Garças. Lugar agradável, mas sem policiamento algum.
Esperteza
Em 2020, os consumidores brasileiros sofrem com uma inflação galopante ditada pela indústria de alimentos. Aumentam o preço e diminuem a quantidade de produto na embalagem. Dizia o filósofo de Mondubim que a esperteza engoliu o dono.
Ser ou ser
Ser idoso nesse país é uma incoerência. Paga-se meia entrada e meia passagem de ônibus por ser idoso. Mas os shoppings lhes negam estacionamento gratuito, enquanto permitem entrada de cães. Os planos de saúde, depois de uma vida toda pagando, aumentam o valor quando a idade avança, quando o certo seria diminuir.
Ideia
Endividar-se pelo FIES parece injustiça, mas há solução. Se o governo cobrasse o retorno dos endividados em serviço, pelo menos uma parte do dia, o estudante, além de começar a ter uma profissão, pagaria o débito com os serviços prestados.
Preto, amarelo e rosa
Dona Milta de Jesus e família constatam que o problema não é a cor da pele. O problema é a desvalorização do ser humano. Foi acusada de ter furtado o chinelo que estava usando e foi parar no hospital, com o coração partido.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Provavelmente não se realizará agora o concurso para médicos no IAPC. É voz corrente que a sua realização se efetivará somente depois da aprovação do projeto 620 – a que efetiva os interinos. (Publicado em 19/01/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Das muitas lições que podem ser aprendidas com as últimas eleições municipais, nenhuma outra é tão importante quanto aquela que demonstra a necessidade urgente de se imprimir uma verdadeira reforma na vida política do país. Os números estratosféricos relativos ao total de abstenções, dos votos brancos e nulos somados, mais do que alertam para essas mudanças; eles servem como um sinal a indicar que a nossa jovem democracia parece ter entrado numa espécie de estado de anemia crônica, perdendo seu viço e entusiasmo precocemente.
Quando aproximadamente um quarto da população deixa de comparecer às urnas, mesmo diante da obrigatoriedade do voto, fica patente que nosso sistema eleitoral, pela atuação de seus atores e pelo protagonismo de suas respectivas legendas políticas, não empolga nem motiva os cidadãos a participarem do pleito. O cansaço do eleitor, diante de um modelo de representação em que o cidadão só é chamado a participar de quatro em quatro anos, assim mesmo de forma transversal, diz tudo.
A verdade é que, passados os momentos de euforia com o retorno da democracia, a sensação experimentada pela população é que ela embarcou num canoa furada, com os políticos e partidos avançando, ano a ano, sobre os recursos públicos, criando uma casta privilegiada de cidadãos blindados e divorciados do restante dos brasileiros, centrados apenas em seus próprios interesses.
Diante de uma situação tão bizarra em que os cidadãos não se veem representados dignamente, não surpreende que seja a Justiça Eleitoral, um organismo exótico criado justamente para impor uma certa disciplina e ordem nessa dissintonia representativa, a principal protagonista dos pleitos bianuais. Nessas ocasiões, são os magistrados, e não os políticos, que se colocam diante dos holofotes para certificar a correção das eleições. Mas o que ocorre, por detrás dessa encenação toda, é que a cada pleito, de maneira até monótona, repetem-se as inscrições de candidatos fantasmas, principalmente mulheres, para justificar, falsamente, os altos gastos com as campanhas, por meio de notas frias e outros malabarismos malandros, sempre trazidos à tona pela imprensa investigativa.
Muitos desses candidatos do além não chegam a receber um voto sequer, nem mesmo da mãe. O mais incrível é que todos sabem que a contabilidade dessas e de tantas outras eleições, apresentadas por cada um dos mais de trinta partidos político ao TSE, e que são turbinadas com os bilhões de reais dos cofres públicos, encontram, por ocasião dos pleitos, a oportunidade certa para se transformar em pó, nos desvãos da burocracia das legendas, indo engordar o patrimônio das elites partidárias que encontraram nessas siglas um negócio de ouro, melhor até que o das inúmeras igrejas neopentecostais que dominam o ambiente dentro e fora do parlamento.
A mercantilização da política, e sua apropriação por partidos e por figuras demasiadamente conhecidas da população, vai, a cada eleição, perdendo o sentido e se transformando numa espécie de jogo interno, envolvendo apenas as legendas e seus acólitos, com a população vendo tudo de uma arquibancada distante, indiferente ao que se passa alhures, na Terra do Nunca.
A frase que foi pronunciada:
“Se os porcos pudessem votar, o homem com o balde de comida seria eleito sempre, não importa quantos porcos ele já tenha abatido no recinto ao lado.”
Orson Scott Card, escritor de ficção científica e fantasia norte-americano.
Popular
Google mostra que os Correios estão na 28ª posição de busca dos internautas, com 9 milhões de pessoas acessando a Internet querendo informações sobre a empresa. Para se ter uma ideia, a Mega Sena tem o mesmo número de acessos
Real vs Virtual
Ginastas do DF, que penam por patrocínio, conseguiram espaço para treinar. O Parque de Exposição do Parque da Cidade vai se transformar num ginásio para as modalidades artística, rítmica, acrobática, aeróbica e de trampolim. Falta só atualizar a página da Federação Brasiliense de Ginástica.
Solidariedade
Talvez por falta de comunicação, mas o container onde ficam os alimentos não perecíveis arrecadados pelo Serviço Fraterno Santa Dulce dos Pobres está praticamente vazio. O Santuário São Francisco de Assis, na 915 Norte, está se mobilizando para ajudar na campanha. Veja mais detalhes no link @sfSantaDulcedosPobres.
Vai entender
A Agência Brasília divulga que o GDF está pronto para enfrentar uma possível segunda onda do Covid, decretando, inclusive, o fechamento de eventos e atividades culturais à partir das 23h. Mas a Secretaria de Turismo quer turbinar a chegada de turistas, o que, convenhamos, não é o ideal no momento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Em geral, vocês sabem. Os chefes de serviço não querem, porque continuam recebendo “dobradinha” e morando no Rio, e morar no Rio com ordenado dobrado é muito melhor, mesmo com terremoto. (Publicado em 19/01/1962)
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De abrir as asas
Sair de casa
De flutuar
De sentir os pés fora do chão
A poeira da estrada
A água gelada
Molhando o corpo e a alma
Estou sem calma, sem pressa
Mas agitada
Vendo a lua em plena tarde
E na noite, a alvorada
Estou quase descolando de mim
E aterrissando em algum planeta
Remarcando meu território
Refazendo meu oratório
Não sei onde vou parar
Nem se vou sair nem se vou chegar
Nem se o vulcão vai explodir
Ou se chuva vai molhar
Só sei que vou fazer algo
Que tenha cheiro de capim
De lírio, de lavanda
De hortelã, manjericão
Que não tenha placas
Mas que aplaque minha vontade
Que mova meu desejo, meu sonho
Minhas pernas, minha verdade
Acordei com vontade de viajar
De abrir as asas
Sair de casa
De flutuar
–> 🎅🏽 Já começou a campanha do Natal Solidário!Até o dia 10 de dezembro, você pode adotar uma cartinha para o Papai Noel e ajudar crianças, idosas e idosos de diversas instituições. Confira no link: Liga do Bem SF
👉🏽 É possível adotar dois tipos de cartas:
📩 Cartas digitais: envie um e-mail para ligadobem@senado.leg.br solicitando uma carta de criança ou idoso(a).
📬 Cartas físicas: disponíveis no galpão da Liga do Bem (Gráfica, Senado Federal, Bloco 14), de terça a quinta, das 10h30 às 16h30.
🎄 Faça parte desse time do bem!
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Aqueles que se empenham em buscar a verdade dos fatos sabem que, assim como a flor de lótus, que brota nos pântanos insalubres, também ela pode ser encontrada em meio à sujeira material e à degradação humana. Partindo desse princípio simples e que contradiz o senso comum de que beleza e verdade formam um único e só corpo, é preciso muita atenção às atitudes e ao empenho firme do governo chinês, no sentido de induzir a adoção, aqui em nosso país, da ainda polêmica tecnologia 5G.
Sobretudo, é preciso ficar atento ao que pode estar camuflado nesse empenho oficial, quando se assiste a sequência de ameaças veladas que seu representante no Brasil vem fazendo abertamente para impor essa que é uma agenda do Partido Comunista Chinês (PCC) sobre os interesses do nosso país.
A transformação do Brasil numa espécie de arena, onde se engalfinham americanos e chineses, cada qual defendendo a eficácia e lisura de sua tecnologia, deve ser acompanhada por todos com olhos bem vivos. A favor dos americanos, não está apenas o fato da gravitação das forças geopolíticas, mas, principalmente, por ser historiado que essa tecnologia tem seu DNA em pesquisas realizadas e desenvolvidas, ao longo dos anos, por americanos, e que foram, uma a uma, pirateadas pelos chineses, que, seguidamente, têm demonstrado nenhum apreço por questões como direitos intelectuais, tanto industriais quanto de tecnologia de ponta.
A defesa ferrenha que o representante do governo chinês faz da empresa Huawei, que seria a responsável pela venda dessa tecnologia, deixa clara a estreita ligação entre o PCC e essa gigante das telecomunicações. Fosse uma empresa que operasse em regime de livre mercado e ampla concorrência dentro da China, e sem as ligações pouco transparentes que a une à burocracia estatal daquele país, por certo, caberia aos mandatários comunistas observar as movimentações econômicas no exterior dessa empresa para fins fiscais.
Mas o empenho ferrenho e as declarações dadas por sua embaixada no Brasil deixam à mostra que essa não é, como se faz supor, uma empresa privada com pretensões singelas de lucros, mas uma empresa estatal que trabalha diretamente sob as ordens da burocracia chinesa e cujos objetivos vão muito além de qualquer pretensa parceria na área de comunicações.
A segurança nacional, tão cara à área militar do governo e tão necessária aos países modernos, não pode ser descuidada num momento como esse. O megaleilão será realizado, talvez, em 2021, e, segundo a própria Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), será o momento chave que poderá marcar uma posição de independência do Brasil em relação à pressão econômica que a China vem fazendo sobre nosso país, desde que o governo Lula decidiu que esse país asiático era uma verdadeira economia de mercado, abrindo as portas para a entrada massiva dos produtos made in china, que tantos males têm causado desde então à nossa indústria e à nossa iniciativa privada
A frase que foi pronunciada:
“O carvalho poderoso de hoje é apenas a noz de ontem, que se manteve firme.”
David Icke é um criador de teorias conspiratórias britânico. Escritor e orador, dedicou-se, desde 1990, a pesquisar sobre “quem e o que está realmente controlando o mundo”. (Wikipédia)
Conhecer
Cada vez mais valorizados, os catadores e recicladores do DF terão, nas mãos, a segunda edição do Anuário de Reciclagem, que será lançado amanhã pela associação da classe, via online.
Diferente
Compras pela internet estão sendo entregues pela cidade depois das 19h. Questão de segurança ou mobilidade, está agradando os consumidores.
Opinião
Leitor pontua sobre desenvolvimento, desconstruindo a ideia de que apenas a educação é capaz de salvar a pátria. “Hitler se elegeu com 30% dos votos em uma Alemanha cujo nível de educação, já naquela época, seria um sonho para nós no Brasil de hoje em dia, Trump se elegeu presidente e teve 73 milhões de votos em um país cujo nível de educação dificilmente será atingido pelo Brasil neste século, a Argentina se afunda cada vez mais na lama do subdesenvolvimento há cerca de 70 anos, a despeito de ainda hoje ter um nível educacional muitíssimo superior ao nosso, com crise e tudo mais. (Continua a seguir).
Que eu saiba, a Rússia acabou com o analfabetismo há décadas, acho que desde o início da Revolução. Mesmo assim, está, por livre e espontânea vontade, nas mãos do Putin e da cleptocracia associada a ele, a Inglaterra, com seu nível educacional de fazer inveja ao mundo todo, escolheu o Boris Johnson para governá-la e conduzi-la para fora da Comunidade Européia,a Itália, com seu altíssimo nível educacional, pôs o Berlusconi várias vezes no poder, o povo de Israel, com sua educação que é uma das melhores do mundo, não abre mão de ser governado pelo Bibi, os assaltantes da Petrobrás eram TODOS, SEM EXCEÇÃO, portadores de diplomas de curso superior, Ernesto Araújo e o Ricardo Sales são portadores de diploma de curso superior (e a Dilma Roussef também), dentre os apoiadores do atual presidente, ainda hoje, existe uma quantidade ENORME de portadores de diploma de curso superior, das mais diversas áreas do conhecimento. Conclusão desse meu breve decálogo: a educação NÃO É e NÃO SERÁ essa panacéia para os males do Brasil. Sinto muito por desapontar vocês, mas todas as evidências concretas mostram que a educação não resolve problemas de nenhuma nação, se essa nação for governada por uma cultura que infantiliza os cidadãos, que os exime de responsabilidade pelo que fazem e pelo que são, que os predispõe a terceirizar toda e qualquer responsabilidade pelo que fazem e pelo que são. No máximo, o que a educação pode propiciar a pessoas imersas em uma cultura assim é convertê-las em infantilóides que sabem ler, escrever e fazer contas, mas que votarão no primeiro demagogo que aparecer e prometer-lhes casa, comida e roupa lavada.
G.D.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
No aeroporto há uma área para embarque e desembarque, onde ninguém estaciona. Vai daí o verde-amarelo chega, para ali mesmo, e quem quiser que salte na lama, porque o pátio de desembarque está ocupado pelo carro do governo, que está desorganizando o serviço. (Publicado em 16/12/1961)