Brasília não merece

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

Ainda com relação à questão da revitalização do Setor Comercial Sul, proposta pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em conjunto com a Câmara Legislativa, o que mais surpreende, em toda essa discussão, é a ausência e a atitude de alheamento, tanto dos departamentos do GDF que cuidam disso quanto das instituições de ensino e pesquisa pertencentes às universidades públicas e privadas que lidam com o intricado assunto do urbanismo.

Nesse ponto, todos parecem fazer cara de paisagem, deixando tão importante assunto ao alvitre de políticos e de empresários de visão utilitarista e curta. Todos afoitos na tentativa de solucionar um problema que, por sua complexidade e organicidade, não pode ser tratado de forma isolada, ainda mais por pessoas não gabaritadas para tão delicado tema.

A transformação de parte do Setor Comercial Sul em moradias, como parece ser a proposta do GDF, poderá, em última análise, vir a ser uma opção viável apenas numa etapa final, depois que forem devidamente cuidados os problemas com a decadência crônica apresentados pelas avenidas W3 Sul e Norte. De maneira até simplória, seria preciso que aqueles que vão se debruçar sobre esse importante assunto visualizem todo o Plano Piloto do alto, (bird view), como fazem os verdadeiros urbanistas, para entenderem o desenho no seu todo.

Dessa forma, poderiam começar a ter uma pálida ideia do contexto geral e de sua mecanicidade complexa. Entender essa questão, em seu conjunto, facilitaria a compreensão de todo o sistema urbanístico e, quem sabe, abriria clarões para iluminar o caminho a ser percorrido na confecção de um projeto digno de uma cidade tombada, projetada por figuras do mais alto refinamento que o país já teve tanto em arquitetura quanto em urbanismo.

A intervenção isolada apenas no SCS não resolveria a questão da revitalização dessa área, como criaria outros problemas ainda inexistentes nessa região. Criar ambiente de moradias não se resolve apenas fazendo adaptações em antigos edifícios comerciais. É importante que se discuta a interligação de todo o conjunto central da capital.

O projeto de Lucio Costa, ao obedecer à orientação de eixos básicos entrecruzados selou, de forma indelével, o destino urbanístico da própria capital. Desse modo, os eixos ou artérias comunicam o que a cidade tem de saudável e de enferma também. Por isso mesmo, não se permitem intervenções dissociadas do conjunto.
Como foi mencionado nesse mesmo espaço, na coluna anterior, todos os eixos ou linhas ortogonais irradiaram para as áreas centrais da capital e dela refletem o que a cidade tem de orgânica. Esse é um tema central e de vital importância para entender Brasília.

Como visto, não se trata aqui de uma questão a ser resolvida apenas no âmbito político. E muito menos restrito aos empresários locais, reconhecidamente ávidos por brechas legais para aumentarem seus lucros. O que esses atores parecem não perceber, ou fingem entender, é que o Setor Comercial Sul integra, por suas características de projeto urbano, concebido por Lucio Costa, uma extensão natural da própria W3 Sul, assim como o Setor Comercial Norte, em relação à W3 Norte. Ambos representam a integração e o interligamento dessas duas artérias comerciais, deixadas, por décadas ao abandono. É preciso, pois, cuidar para que essa proposta de rezoneamento não se transforme numa espécie de zoneamento de uma zorra deixada para outros governos e para outras gerações. Brasília não merece.

 

A frase que foi pronunciada:
“Arquitetura é, antes de mais nada, construção, mas construção
concebida com o propósito primordial
de ordenar e organizar o espaço
para determinada finalidade
e visando a determinada intenção.”
Lúcio Costa, arquiteto, urbanista, professor nascido na França.

Lúcio Costa e presidente JK. Foto: arquivo.arq

 

CEB
Espalham, pelas redes sociais, que funcionários da CEB começam a articular uma greve. Nada de privatização é a opinião.

Cartaz publicado na página oficial do Sindsasc no Instagram

 

Elas
A mulher brigava com o marido aos tapas no gramado perto da Funarte. Estava ensandecida. Era quem agredia o marido. Um transeunte viu a cena e o desespero do marido e gritou se poderia ajudar em alguma coisa. “Pega a minha filha no carro!” A criança tremia de pavor. Há mulheres agressoras e há maridos que não registram ocorrência.

 

Na mesma
Festas de fim de ano, confraternizações a todo vapor. Convites por todos os lados. Sem a consciência da população, a questão pandemia deverá se estender por 2021.

Charge do Jorge Braga

 

História de Brasília
Na homenagem dos Diários Associados ao prefeito Sette Câmara, um detalhe muito comentado foi o sapato e a boca da calça do prefeito completamente enlameados. (Publicado em 16/12/1961)

Revitalização urbana é assunto sério demais para ficar nas mãos de políticos

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Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

 

Com relação ao que seria o estabelecimento de um amplo plano de revitalização do Setor Comercial Sul (SCS), a prudência manda que, antes de tudo, seja necessário a convocação de uma junta de arquitetos e urbanistas e outros técnicos gabaritados na delicada questão de soerguimento de áreas decadentes para, numa primeira etapa, elaborar o que seria apenas um pré-projeto para esse endereço.
Nesse caso, não basta atacar, especificamente, o problema da decadência do setor, com uma visão parcial da questão, uma vez que até um aluno do primeiro ano de urbanismo sabe muito bem que, dentro da macroestrutura que compõe a cidade, esse setor representa apenas uma ponta, não isolada, no intricado e orgânico projeto elaborado por Lucio Costa para a capital.
Cuidar do que seria a revitalização do SCS, desconsiderando as artérias que ligam esse ponto às extremidades do Plano Piloto, tanto Sul quanto Norte, será um desperdício enorme de tempo e de dinheiro. E o que é pior: poderá acarretar ainda mais problemas para a cidade, com reflexos, inclusive, no tombamento da capital, reconhecido pela Unesco em dezembro de 1987.
Tanto o Setor Comercial Sul, seu espelho, quanto o Setor Comercial Norte, do outro lado do Eixo Monumental, e área central do Plano Piloto entraram num processo paulatino de decadência a partir do fim do século passado, em decorrência e por contágio do que acontecia com suas artérias comerciais de ligação, representadas aqui pelas avenidas W3 Sul e Norte. Foi justamente o abandono, por décadas, dessas vias de comércio que acabou por contaminar as áreas centrais da capital.
Para quem percebe a questão crucial dos eixos que perpassam todo o desenho do Plano Piloto, fica claro que o que acontece numa parte acaba irradiando para outra ponta e vice-versa. Dessa forma, de nada adiantam esforços isolados para um rezoneamento do SCS, visando a sua revitalização urbana, sem atentar para a questão maior que é o soerguimento de todo eixo que compõe as avenidas W3 Sul e Norte.
Somente após a realização de obras de modernização e limpezas dessas avenidas é que se pode partir para a revitalização de outras áreas centrais ligadas a esses eixos. Sem isso, qualquer projeto é falho e vai representar apenas mais um puxadinho do tipo político empresarial, com objetivos distantes dos necessários.
Trata-se, aqui, de questão fundamental que precisa ser resolvida o mais rapidamente possível, porém , sem açodamentos e medidas paliativas, sob pena de irradiação dessa decadência urbana para outras partes, contaminando igualmente todo o conjunto urbanístico de Brasília, tornando esse problema de resolução cada vez mais difícil e com prejuízos para todos igualmente.
A frase que foi pronunciada
“A violência contra pessoas negras e a repetição de casos brutais, como o de João Alberto, não podem passar despercebidos pela sociedade, pelas autoridades e pelos políticos brasileiros.”
Damião Feliciano, deputado federal pela Paraíba
Damião Feliciano. Foto: camara.leg
No caminho
Criada uma comissão externa na Câmara dos Deputados para acompanhar a investigação sobre João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por seguranças em uma loja do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. O deputado Damião Feliciano coordena o grupo.
Reprodução / Arquivo Pessoal
A se pensar
Leitor nos envia uma questão sobre imóveis e Imposto de Renda. O valor do imóvel é corrigido anualmente pelo boleto do IPTU emitido pelo governo local. A Receita Federal não permite, no Imposto de Renda, que o valor do imóvel seja atualizado. Resultado: na venda do imóvel, o ganho de capital é calculado pelo valor de compra do imóvel, o mesmo declarado no imposto, o que é um absurdo. Outra observação feita é que a cobrança do ganho de capital é implacável, mas do mesmo caixa não sai verba para a perda de capital do imóvel do contribuinte.
Foto: ultimasnoticias.inf.br
Para sempre
Fabrício, assessor de imprensa do senador Petecão, explicou a razão desse nome peculiar adotado pelo parlamentar. Na verdade, foram os colegas de infância que o chamavam assim. Tudo começou, como se diz, no Ceará, rebolando a capsulinha na coxia. No Acre, a capsulinha ou bolinha de gude é chamada de peteca. O senador jogava com a criançada de Inãpari, cidade peruana onde eram conhecidas como bolitas. De peteleco em peteleco o campeão virou Petecão.
Sérgio Petecão. Foto: Sérgio Petecão
História de Brasília
A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso, e foco de agitação. É que em muitos casos há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação, e não quer mais trabalhar. Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap. (Publicado em 16/12/1961)

Que venham os touros

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Foto: DF Legal/Divulgação

 

Ao mesmo tempo em que o Governo do Distrito Federal anuncia, de forma até tímida, a lista contendo as novas medidas de flexibilização das medidas restritivas, a capital assume a liderança como a de maior taxa de mortes por Covid-19 do país. Trata-se de uma posição que, até o momento, não foi oficialmente assumida pelas autoridades de saúde do governo local, mas que caminha para essa possibilidade.

A questão com essa triste estatística é que o Distrito Federal, ao contrário do que acontece em muitos estados brasileiros, é a unidade da federação que, historicamente, mais recebe pacientes encaminhados por outras regiões do entorno e até de outros estados, o que altera, sensivelmente, esses dados. Para a Secretaria de Saúde, o cálculo de mortalidade leva em conta, tradicionalmente, apenas o número de residentes locais, dividido pela população total da região em análise, o que reduziria o número de óbitos de forma visível.

Para as autoridades, o que está havendo é uma discrepância entre o número absoluto de óbitos locais contra óbitos de residentes. Citar números e outras estatísticas e porcentuais, numa época em que esses valores sofrem variações diárias significativas, nada acrescentaria ao fato de que a maior taxa de óbitos por Covid-19, na capital, já resultou num número de mortes que ainda oscila para cima e já ceifou a vida de mais de 3.100 brasileiros com residência em nosso pequeno quadrilátero.

Tão grave quanto esses números funestos, e jamais observados em tempo algum, é o fato de que, mesmo sob a sombra e as ameaças constantes da morte, a maioria dos brasilienses são obrigados, pelas circunstâncias adversas, a enfrentar todos esses riscos onipresentes para não morrerem com a pior de todas as pragas que é a fome. Se, até pouco tempo, os riscos para os que saíam para trabalhar eram a violência diária dos assaltos e do trânsito, hoje, somados a essas realidades de cidade grande, todos têm que enfrentar os riscos dessa virose pandêmica.

De fato, para os que aqui permanecem com saúde e disposição, há ainda outros desafios que necessitam ser enfrentados no dia a dia, como a permanência dos empregos e da renda. Não fossem esses cidadãos que enfrentam de frente essas batalhas cotidianas, muitos produtos, nas prateleiras dos supermercados, simplesmente, teriam desaparecido de vista. Tão preocupante quanto essa doença, que vamos conhecendo melhor com o tempo, e cuja a vacina definitiva já desponta no horizonte, preocupa-nos a situação da economia, não só do país e do mundo, mas da própria capital. Como não poderia ser diferente, dados recentes, levantados pelo Boletim de Conjuntura Econômica do DF, apontam que na capital do país, embora registre índices negativos menores que outras regiões, a Covid-19 tem feito estragos também na economia local, principalmente no segundo trimestre deste ano.

O fechamento de comércios de variados ramos de atividade segue em alta, assim como o número de falências. A economia encolheu 4,2% no segundo trimestre. O chamado Índice de Desempenho Econômico (Idecon) também recuou esse ano, atingindo o menor patamar desde 2015.

Um giro pela cidade mostra bem o grande número de estabelecimentos fechados, de salas e lojas vazias, com anúncios nas vidraças para aluguel ou venda, assim como uma grande quantidade de atividades que sumiram de vista. Mesmo assim, alguns economistas dizem que o DF, diante do que vem acontecendo no resto do Brasil, é a unidade da federação que menos tem sofrido com a pandemia. Os números anunciam o que pode ser um dos maiores efeitos negativos dessa pandemia, com a retração histórica do Produto Interno Bruto, que deve ser o menor desde o início do século passado.

Na verdade, não fosse a renda do funcionalismo público, a queda na renda e na economia da capital teria acompanhado o que acontece em outras regiões. Há ainda muita repercussão dessa pandemia que virá pela frente e que nem conhecemos ainda. Mas que venham os touros.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É estranho, -mas verdade; pois a verdade é sempre estranha;/Mais estranho que a ficção: se pudesse ser contado,/quanto os romances ganhariam com a troca!/Quão diferente o mundo veria os homens! ”

George Gordon Byron, poeta inglês, em Don Juan

Imagem: Byron, 1813, por Phillips

 

Wally

Praias lotadas, piscinão de Brasília lotado, festas nos fins de semana cheias de gente até a madrugada. Mas o perigo está só onde o presidente Bolsonaro estiver. Muito estranho…

Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 15.mar.2020

 

Eleitores

Senador Randolfe Rodrigues apoiou a ideia do senador Reguffe, que elaborou a PEC 8/2016. Essa Proposta de Emenda à Constituição sugere que as pautas do Senado e da Câmara sejam trancadas quando algum projeto de iniciativa popular não for analisado em até 45 dias. Em março de 2010, a PEC foi retirada da pauta e, até hoje, aguarda inclusão na Ordem do Dia.

Senador Randolfe Rodrigues. Foto: Rodrigo Viana/Senado Federal

 

Passeio

Veja, a seguir, que beleza a capela São Francisco de Assis, no Gama. Já abriram as inscrições para casamentos em 2021. Esse é um dos lugares prediletos dos motociclistas para assistirem a missa. Volta e meia, acontece a procissão sob duas rodas até lá.

Foto: comunidade.casamentos.com

 

Escassez

Em média, nove litros de leite materno são distribuídos para alguns hospitais do DF. Na pandemia, esse número diminuiu preocupando principalmente Ana Cláudia Barros, chefe do Núcleo de Banco de Leite Humano do Hmib, onde a demanda é maior.

Foto: saude.df.gov

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um dia não está, outro dia está no Rio, outro dia está ocupado, e assim por diante. Nem pró, nem contra, falou o Ministro mais elegante. (Publicado em 17/01/1962)

A ideia é deles o problema é nosso.

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Foto: pelomundodf.com

 

Todo esse empenho do governo de Brasília para a criação de um novo bairro para assentar milhares de famílias, por mais humanitário que possa parecer à primeira vista, não funciona quando se percebe que, sem um minucioso planejamento urbano de infraestrutura de suporte, o projeto fica solto no espaço e capenga.

Em linhas gerais, esse tem sido o processo recorrente e decidido por nove em cada dez governantes da capital, respaldados claramente e por razões óbvias, pelas bancadas com assento no Legislativo local.

O que decorre desse jeito especial de administração é também sentido por todos. Deixando de lado as questões de carência e mesmo inexistência no abastecimento de água, de rede de esgoto, de asfalto, segurança, e de escolas, para ficar apenas nesses quesitos, esses novos bairros, surgidos do nada, passam a pressionar os serviços públicos que servem às outras regiões, criando o caos no atendimento.

A ideia irracional de se criar um problema e depois as soluções para esse problema, ao inverter a lógica, deixa para todos os habitantes, indiscriminadamente, só aperto. Para se ter uma ideia das consequências desse tipo de política, feita de trás para a frente, e apenas para focar no problema específico do atendimento público de saúde.

Basicamente todos os hospitais e postos de saúde das administrações regionais vivem superlotados, sem um número de profissionais adequados. Pacientes continuam a morrer nas filas de espera. Não há leitos, não há medicamentos. Os atendimentos são precários.

Apesar dessas mazelas as cifras dispendidas no funcionamento da rede de saúde local são altas e sempre crescentes. A demanda por saúde é tão intensa que nem mesmo a criação de novos hospitais daria conta do recado. O ministério Público local, diariamente tem que recorrer e fiscalizar para o sistema não entrar em colapso. E pensar que todo esse drama diário poderia ser evitado lá atrás com a adoção de um simples e consistente planejamento urbano, tantas vezes menosprezado e negligenciado.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Brasil vive a síndrome do impasse. Exageramos de tal maneira nossos problemas que estamos perdendo a obrigação de enfrentá-los”

Jaime Lerner, urbanista brasileiro

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

 

 

Pesquisa

Gabriel Vasconcelos, doutor em Engenharia Elétrica pela PUC-Rio, pesquisador na Universidade da Califórnia, Irvine, Yuri Fonseca, doutorando em Decisão, Risco e Operações na Universidade de Columbia, NY, João Madureira, doutorando em Modelagem Computacional, pela Universidade Federal de Juiz de Fora, elaboraram uma pesquisa minuciosa sobre os boots e ataques coordenados no movimento de impeachment de Gilmar Mendes. Todos os detalhes desse material podem ser vistos, na íntegra, a seguir.

Análise de dados do Twitter para campanha de impeachment contra Gilmar Mendes

 

Twitter

Ao todo, foram analisados 17.913 tweets #GilmarMendesVaiCair, no dia 15 de novembro de 2019. Esse número foi fixado dentro das limitações de download da API do Tweeter. As conexões entre os usuários são realizadas com o conceito de seguir (são unilaterais). A API do Twitter permite que diversos aplicativos se conectem a ele para os mais variados fins. A partir de sua API, o Twitter começou a ser utilizado em aplicações rodando em dispositivos móveis, periféricos, entre outros.

 

 

Total

Bot, diminutivo de robot, também conhecido como Internet bot ou web robot, é uma aplicação de software concebido para simular ações humanas repetidas vezes de maneira padrão, da mesma forma como faria um robô. Gráficos da pesquisa apresentada pelo blog do Ari Cunha mostram que dos 17939 tweets analisados foi identificado um total de 5479 usuários, ou seja, uma taxa de 3,27 tweets por usuário. Em um universo de 300 mil tweets, o número de pessoas participando seria próximo de 100 mil. 99,8% dos tweets com #GilmarMendesVaiCair não são de bots.

Foto: AFP / EVARISTO SA

 

 

Universo

Interessante notar sobre os retweets dessa campanha contra o ministro do STF. Chegam a 72%. Exatos 1794 pessoas replicaram a mensagem, o que na matéria da vortex mídia parece que esse número ficou limitado aos que se manifestaram a favor da saída do ministro. Na verdade, o universo de internautas é de quase 100 mil.

Veja a matéria na íntegra: Campanha no Twitter por impeachment de Gilmar Mendes tem marcas de ação coordenada

 

 

Veja só

Artistas por toda parte do país mostram com humildade que se arrependeram do voto dado nas últimas eleições. Veja a seguir alguns vídeos disseminados pela Internet. As razões do arrependimento, as dicas e o amor pelo país. Regina Duarte, mantém o que sempre disse: foi firme na tempestade e agora mostra a razão.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outro argumento, para acabar com a história: governo quando é bom, tanto faz aqui como na China. É bom em toda a parte. (Publicado em 06/12/1961)

Sem planejamento é o caos

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Áreas desocupadas pela Agefis no Setor Habitacional Sol Nascente — Foto: Agefis/Divulgação (g1.globo.com)

 

Explicar aos governos que, a cada quatro anos, vem e vai, no comando do Distrito Federal, a importância vital que o planejamento possui para a sobrevivência e futuro da cidade, tem sido, ao longo dessa década, uma tarefa inglória; e mormente aqueles técnicos que se atrevem a fazê-lo são postos de lado, sendo seus pareceres descartados na lata do lixo.

Muitos problemas que poderiam ser equacionados com certa facilidade, transformam-se em questões insanáveis e seríssimas a complicar a vida de todos e a diminuir a qualidade de vida da população como um todo. Os políticos, por sua visão pragmática e de curto prazo, com um horizonte que normalmente não ultrapassa os quatro anos, não percebem que, a cada medida tomada no calor das decisões imediatistas, criam mais problemas do que soluções.

Esse acumular de projetos açodados acaba indo parar nas próximas administrações que terão que resolver o imbróglio criado. Dessa forma, pequenas medidas, de caráter puramente político e eleitoral, vão se avolumando ao longo dos anos, moldando uma espécie de um monstro que, cedo ou tarde, acabará literalmente sentado no colo do cidadão contribuinte para ser resolvido ou pago de forma compulsória.

Dentre as muitas decisões desse gênero, tomadas nas últimas décadas, sobretudo, com vistas à formação de verdadeiros currais eleitorais, talvez a mais importante e mais impactante para a capital tenha sido justamente a criação de um grande número de regiões administrativas sem os mínimos critérios de estudo, de planejamento e de viabilidade técnica. Aos governos isso pouco importa.

Tomada a decisão, no âmbito do Executivo, e depois de pesadas as vantagens políticas dessa medida, aos poucos técnicos capacitados é dada a ordem de retirar do papel, o mais rapidamente possível, a ideia do gênio, por hora, instalado no Palácio. Em questão de dias, os técnicos burocratas, cuja a chefia é exercida por um político nomeado e que nada entende do métier, entregam a encomenda que nada mais é do que um rascunho mal traçado e impensado sobre a criação de um novo bairro para assentar milhares de famílias.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“País subdesenvolvido é aquele que importa, como novidade, o que os países desenvolvidos já abandonaram como obsoleto.”

Urbanista brasileiro

 

 

Passo importante

Preparar os menores de idade apreendidos com uma profissão é tarefa fundamental para a ressocialização. Fossem nossas prisões locais apropriadas para preparar o interno para uma vida de trabalho, grandes problemas seriam resolvidos. A Câmara Legislativa do DF aprovou o projeto de lei que cria o serviço voluntário, mas de natureza indenizatória e eventual. Será um passo, com boa gestão, para a falta de efetivo nas unidades de internação.

Foto: Carlos Gandra/CLDF

 

 

Fiel involuntário

Se os fãs de academia fizessem uma pesquisa pelas principais capitais do país, ficariam estarrecidos com as abusivas exigências de fidelização feitas por aqui. Para uma corrente do código do consumidor, se você conhece as regras e assina o contrato é porque concorda. Para outros, essa forma é abusiva e ilegal. É preciso garantir a autonomia da vontade. A impressão é que essa necessidade de fidelização se dá apenas por uma razão: o serviço nem sempre é bom.

Foto Eduardo Montecino/OCP

 

 

Divulgação

O Parque de Uso Múltiplo Denner, localizado entre a QE 40 e o Polo de Modas do Guará II, será a próxima unidade a receber as obras de melhorias da força-tarefa parques, inserido no Programa GDF Presente. Nesse contexto, será realizada, na próxima segunda-feira, 18/11, às 8h30, a primeira reunião de trabalho com o objetivo de avaliar e decidir as ações necessárias ao local.

Foto: guara.df.gov

 

 

 

Imprensa

Nesse domingo termina a competição paralímpica de bocha. Eduardo Vasconcelos, de 16 anos é estreante e representa Brasília. “Eu consegui a vaga no regional do Centro-Oeste, realizado em julho, em Uberaba. Lá eu fiquei com a prata”, contou o atleta da categoria BC2, que viajou por meio do programa Compete Brasília.

Foto: O único representante do Distrito Federal é o estudante Eduardo Vasconcelos, 16 anos. (agenciabrasilia.df.gov)

 

 

 

Pauta

Bocha é praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca. Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros. A Secretaria de Esporte e Lazer realiza no dia 22 de novembro, a seletiva do Futuro Campeão na modalidade.  Será das 14h às 17h, no Centro Olímpico e Paralímpico de Ceilândia – Setor O.

Banner: agenciabrasilia.df.gov

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quanto à energia elétrica, que às vezes falta, e contra a qual reclamamos aqui, mas não lembramos das faltas do Rio nem de S. Paulo, há isto: estão completando a segunda fase de Cachoeira Dourada, a hidrelétrica do Paranoá, e a termelétrica do SIA.

A novela do Sudoeste e o voto de cabresto

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Foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

 

Em decisão monocrática, que liberou a construção da Quadra 500 do Sudoeste, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, reascendeu e deu novo fôlego, acrescentando mais um capítulo nessa novela que, há mais de dez anos, contrapõe moradores desse bairro e a empresa Oeste Ambiental, proprietária do estratégico terreno que circunda e fecha o Parque Ecológico das Sucupiras.

Para aqueles que residem na região, a construção desse novo bairro, com 22 prédios de seis andares para moradias e mais 2 edifícios comerciais, irá acrescentar àquele espaço mais de 2.500 habitantes numa localidade onde inexiste infraestrutura para suportar tamanho adensamento. Com isso, moradores e ambientalistas acreditam que a construção desse novo conjunto de edifícios iria gerar graves danos ambientais à vegetação do referido Parque que, segundo apontam, é um dos últimos na capital a apresentar a ocorrência de vegetação nativa do Cerrado, com espécies raras e de difícil preservação e manutenção, uma vez degradada.

A questão central aqui é, mais uma vez, a luta entre preservacionistas e aqueles que enxergam em espaços verdes uma oportunidade de negócio. É preciso salientar que esse tipo de visão e sentimento da importância da manutenção de áreas verdes é praticamente uma exclusividade defendida por moradores da grande área que integra o polígono tombado da capital.

Nas regiões administrativas, no entorno do Plano Piloto, essa preocupação é tão tênue que, sequer, é levada em consideração pelas autoridades. O desrespeito às escalas e aos gabaritos e normas de construção tem sido uma constante acelerada, após a emancipação política da capital. De lá para cá, o inchaço da cidade comprova que a ganância e o poder de lobby do dinheiro falam mais alto do que qualquer tipo de regulamentação. Basta dizer que nenhum candidato, até hoje, seja ao Buriti ou à Câmara Legislativa, jamais prometeu, em seu discurso de campanha, respeitar a legislação, preservar os espaços verdes e o tombamento da cidade.

Os discursos desses pretendentes são sempre no sentido oposto de abrir espaços para moradias de seus eleitores sejam onde for, bastando para isso a mudança de destinação das áreas. Qualquer candidato que se comprometesse a respeitar e a seguir as leis vigentes não teria a menor condição de vitória nesses pleitos e, por uma razão óbvia: desde a emancipação política da capital, os terrenos públicos foram transformados em moeda de troca, na base de um voto, um lote. Nesse sentido, o inchaço da capital está ligado direta e proporcionalmente à formação de currais eleitorais, onde os novos coronéis distritais exercem o antigo e nefasto voto de cabresto.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Pensando em conseguir de uma só vez todos os ovos de ouro que a galinha poderia lhe dar, ele a matou e a abriu apenas para descobrir que não havia nada dentro dela.”

Esopo, escritor da Grécia Antiga

Imagem: pensador.com

 

 

Os grandes

Procon abre as portas para que os clientes do Banco do Brasil, Caixa, Itaú e BRB possam renegociar dívidas em atraso. Na primeira semana, de 09 a 13 de setembro, o órgão recebe representantes do Banco do Brasil. O órgão que defende o direito funciona também para reforçar o dever do consumidor. Veja, a seguir, as próximas datas e bancos.

 

 

Chuva

Que falta faz o filósofo de Mondubim! Em tempos secos, ele era o primeiro a prever as chuvas depois da estiagem. Era pelo canto do sabiá, das cigarras e pela direção do vento. A umidade chega a 8%.

Charge: Por Son Salvador para o Estado de Minas

 

 

Agenda

No próximo dia 20 de setembro, sexta-feira, o cantor e compositor Geraldo Carvalho, que é potiguar, radicado na capital Federal há dez anos, se apresenta no Projeto “Acontece no Museu”, do Correios de Brasília. Teatro Museu dos Correios – Brasília, Setor Comercial Sul, Quadra 4, Bloco A.

Cartaz: facebook.com/acontecenomuseu

 

 

Interessante

Por falar em Correios, você pode ter um selo personalizado. Os Correios recebem a imagem e você preenche um termo de responsabilidade. É uma boa opção de registro.

Imagem: correios.com

 

 

Pedestres

Por todo o DF, as faixas de pedestres perdem a cor. Antes das chuvas seria bom reforça-las.

Foto: noticias.r7.com

 

 

Aniversário

Brasília ganha com o interesse do embaixador Akira Yamada em promover parcerias com a cidade. Acertos para a grande festa dos 60 anos da cidade começam a ser feitos com o governador Ibaneis Rocha.

Foto: agenciabrasilia.df.gov

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os funcionários da Imprensa Nacional estão reclamando que o dr. Brito não dá ônibus de graça para que eles almocem em casa. Em consequência, a maioria utiliza o restaurante da Imprensa, que não é dos melhores, como a refeição, também, que é fornecida pela cantina do IPASE. (Publicado em 29/11/1961)

Maioridade política e a destruição urbanística da cidade

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Foto: laboratoriobrasilia.blogspot.com

 

Desde que foi anunciada, há algumas décadas, a chamada maioridade política da capital, esta coluna já previa que a mudança no status administrativo do Distrito Federal traria consigo não apenas uma hoste de políticos com ganas de poder, mas um grupo determinado a transformar Brasília numa espécie de mina de ouro a enriquecer os mandatários de turno e sua agremiação de entorno.

É isso justamente o que tem ocorrido ao longo de todos esses anos. Cada grupo desse que chega ao Buriti e Câmara Legislativa, de quatro em quatro anos, vem cheio de ideias e projetos que, observados de perto, com mais cuidado, visam apenas ao fortalecimento econômico de sua grei, pouco se importando com assuntos complexos do tipo planejamento urbano ou respeito a diretrizes de tombamento e outros complicados e trabalhosos temas necessários à conservação urbanística e única da capital.

Interessante que desses grupos que se revezam no poder político local, curiosamente, nenhum deles é capaz de apresentar projetos sérios, exequíveis e necessários para urbanizar as muitas regiões administrativas da cidade, todas elas carentes de jardins, calçadas, iluminação e outras obras de infraestrutura. Curioso também que nenhuma dessas administrações políticas jamais tenham apresentado e realizado projetos de reurbanização das W3 Norte e Sul, obras essas que trariam um renascimento nesse que é o principal eixo econômico da capital e que, por si só, representaria uma nova revitalização em todos os setores ligados a essa importante avenida. O que se vê são calçadas quebradas como uma maquiagem passageira.

Com um projeto simples de uniformização dessa artéria, setores como os hoteleiros Sul e Norte, a Rodoviária Central e outras áreas ganhariam mais dinamismo e movimento, o que atrairia a atenção de novos investidores. Ao contrário desse que seria um projeto de bom censo, os ocupantes do Palácio do Buriti e da Câmara Legislativa, muitos dos quais sequer conhecem em profundidade e na sua totalidade a cidade de Brasília, parecem delirar com projetos, todos eles, sintomaticamente, mudando e alterando regras de gabarito e de tombamento, como guiados por mãos invisíveis daquelas que enxergam em cada canto da cidade uma oportunidade de lucro.

Depois dos projetos visando alterar e modificar áreas como o Setor Comercial Sul e adjacências, construindo moradias naquela localidade, sem qualquer planejamento de impacto e em flagrante confronto com o idealizado para aquela região por seus urbanistas e arquitetos, é chegada agora a vez de investir contra o Setor de Indústrias Gráficas (SIG), mudando-lhe o gabarito e aumentando a ocupação das construções, entre outras transformações. Também nesse caso é preciso lembrar que essa é uma área inclusa dentro do plano de tombamento. Como aconteceu em outras partes da cidade, é importante deixar aqui registrado que a maioria dos arquitetos, urbanistas, professores e especialistas consideram que essa é mais uma tentativa, vinda do setor especulativo e de empreiteiros da cidade, para lucrar com essas mudanças mesmo que elas arruínem, por completo, o projeto original da capital.

Para aqueles que entendem a importância de Brasília como patrimônio Cultural da Humanidade, a ser permitida essa mais nova investida contra a cidade, estarão abertas as portas para a descaracterização da capital conforme anseiam os políticos e os especuladores que surgiram com essa malfadada maioridade política de Brasília.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“E o espaço criado pelo capital é realmente um espaço muito sedutor – desde que você tenha o dinheiro.”

Alessandro Busà, PHD em planejamento urbano. Citação do livro The Creative Destruction, de Nova York: Engenharia da cidade para a elite.

Foto: facebook.com/creativedestructionofNY

 

 

Publique-se

Paula de Araújo Pinto Teixeira publicou timidamente o melhor livro para crianças que já li desde Sylvia Orthof. Com um texto absolutamente encantador, conta a história de um almoço na casa da vó Rute onde o menu do dia é o arco-íris. Educativo, instrutivo, delicado e marcante. Daqueles livros que não saem de você. Rasguem os livros de princesas que vem coisa ótima por aí.

 

Qualidade musical

Hoje é dia de Espaço Arte. O violonista brasiliense Jaime Ernest Dias e o pianista português João Lucas vão encantar o público no Clube do Choro de Brasília, com o álbum “Cerrado Atlântico – Uma conexão cultural pela música”. O álbum com repertório autoral celebra a relação cultural entre Brasília e Portugal.

Foto: facebook.com/jaimeernestdiasoficial

 

 

Novidade

Em 60 dias, os hospitais públicos e particulares estarão obrigados a acrescentar nos cursos de pré-natal informações sobre a ‘manobra de Heimlich’, que desengasga bebês.

Arte: otempo.com

 

 

Embrapa

Quem tem ideias para a Embrapa agora é a hora de se manifestar. Mais de 2 mil representantes de diversas iniciativas com ciência, tecnologia e inovação já foram consultados para subsidiar a produção do VII Plano Diretor da empresa.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O colegiado do IAPFESP esteve aí, e não tomou nenhuma providência quanto à construção de alvenaria no canteiro de obras. E não aparece, também, o responsável pelo uso de alvenaria para residências provisórias, o que encareceu demais a obra. (Publicado em 26/11/1961)

O preço da fama

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Charge do Cazo

 

De acordo com levantamento feito pelo Índice de Confiança na Justiça (ICJ), um órgão ligado à Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, mostrou que apenas 24% da população em 2017 confiava no trabalho do Supremo Tribunal Federal e na justiça brasileira de forma geral. Trata-se de um índice baixíssimo que colocou essa Corte numa posição delicada e negativa diante da opinião pública do país.

Pesquisa feita também pelo Instituto Ipsos, no mesmo período, reforçou essa avaliação, o que mostrou o Supremo como a instância com maior reprovação por parte dos brasileiros. Nessa mesma pesquisa, o ministro Gilmar Mendes aparecia, individualmente, como líder absoluto no quesito pior avaliação. Sua desaprovação naquela ocasião era superior a 67% e aumentava de acordo com a maior escolaridade do entrevistado e à medida em que ele ia ficando conhecido do grande público.

Os embates desse ministro contra o Ministério Público, desqualificado por ele com todo o tipo de adjetivos, desde gentalha sem honra ou que utiliza métodos de gangsters para amedrontar, tem levado a opinião pública, de forma geral, a identificar esse magistrado como alguém contrário às medidas saneadoras que vêm sendo realizadas pela Operação Lava Jato e congêneres. Certa ou errada, a opinião dos brasileiros sobre esse juiz e outros que seguem o mesmo entendimento contrário às ações de limpeza, levada a cabo pelos procuradores do Ministério Público, caíram no desagrado da população, que passou a identificá-los como indivíduos que se colocam na defesa do Status Quo e, portanto, contra um novo Brasil, que apesar de tudo, insiste em renascer.

Hoje já se sabe que os brasileiros conhecem mais de perto esses onze ministros do que conhecem a escalação da Seleção de Futebol. O motivo para esse estreitamento inédito foi, obviamente, motivado pela transmissão, ao vivo, das sessões do Supremo no rádio e na TV. Com isso, as sessões dessa Corte passaram a despertar a curiosidade da sociedade sobre a atuação do Judiciário, antes um poder hermético e distante do dia a dia dos brasileiros.

Não é por outro motivo que, nos julgamentos de maior repercussão e de interesse público, essas plenárias chegam a registrar altos índices de audiência. Dessa forma, se por um lado as transmissões ao vivo trouxeram maior proximidade entre a Suprema Corte e os cidadãos, por outro lado, e não podia ser de outra forma, geraram descontentamentos e outras manifestações populares, da mesma forma como acontece com a atuação de um treinador ou jogador de futebol.

O fato é que ao se expor perante os brasileiros, mostrando quem são, o que pensam e como agem em determinados momentos, os ministros do STF ganharam uma notoriedade antes impensável e naturalmente sujeita às oscilações de ódio e amor por parte do grande público.

Ameaçar com processo aqueles que eventualmente os criticam não vai render maior popularidade, respeito ou temor a essa Corte. Bem ou mal, esse é o preço da fama.

 

A frase que foi pronunciada:

“A tragédia quando somos famosos é que se tem de devotar tanto tempo a ser-se famoso.”

Pablo Picasso

Foto: escritoriodearte.com

 

Menos privilégios

Recebemos de Aldo Paviani, geógrafo, missiva sobre protestos em relação aos gastos da Câmara Legislativo. Diz o leitor: Acompanho com muito interesse as mudanças em curso, sobretudo as que aumentam o gasto com dinheiro público – dos impostos que a população recolhe. Assim, anotei o projeto de um deputado distrital que propõe um privilégio inconcebível: colocar no orçamento da Câmara Distrital verbas para bilhetes aéreos. Com isso, alguns (não todos) deputados distritais poderão viajar a “trabalho” fora do Distrito Federal. A pergunta que se faz é “que tipo de trabalho farão os deputados distritais fora do DF”?

Charge: jornalconversainformal.blogspot.com.br

 

Mais ação

Pondera Paviani: Pressupondo que esses interesses sejam justificáveis do ponto de vista social e político, é sensato considerar ainda que a bancada distrital deva passar o “trabalho” externo à expressiva bancada federal, que já tem a seu encargo tratar dos interesses do DF, de outros Estados e de projetos nacionais. Os deputados distritais poderão estancar este e outros privilégios, com o que fecham o dreno de privilégios. Esses recursos devem ser canalizados e aplicados na educação, saúde e transporte público – especialmente o trem metropolitano. A ferrovia faz falta, como se percebe.

Foto: agendacapital.com.br

 

Pé no chão

Que o trabalho que o deputado proponente deseja realizar fora do quadrado possa ser feito de ônibus, o que contribuiria para melhor compreensão das demandas dos 3 milhões de habitantes do DF e dos quase 1,3 milhões de brasileiros/brasilienses que vivem nos 12 municípios componentes da Área Metropolitana de Brasília (AMB), em organização, finaliza o leitor.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os que quiseram plantar, produzir, receberam a terra bruta, sem nenhum tratamento, sem um arado, sem uma estrada, virgem como nasceu. Esta, a razão de muito poucos estarem produzindo em Brasília. E quando produzem, não têm tempo para vender. Entregam aos intermediários, que estão ganhando além do normal. (Publicado em 15.11.1961)

Câmara Legislativa do DF continua com as mesmas velhas práticas

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Foto: Diogo André/Divulgação (http://g1.globo.com)

 

Entra legislatura, sai legislatura e a Câmara Legislativa local insiste em continuar com as mesmas velhas práticas há muito já condenadas, não apenas pela população do Distrito Federal, mas por outras unidades da federação e que custaram o mandato de muitos políticos. Por aqui, os problemas são os mesmos: gastos sem limite, como se o dinheiro do contribuinte jorrasse de uma fonte abundante e inesgotável e como se houvessem outras necessidades infinitamente mais urgentes para a aplicação do suado e escasso dinheiro público. Os hospitais continuam os mesmos, as escolas continuam as mesmas. O luxo que sustenta os representantes do DF também.

De nada adiantaram as mobilizações organizadas pela população para abrandar os elevados custos da representação política na capital, já considerada a mais alta de todo o país. A campanha por uma Câmara + Barata, organizada pelo Observatório Social de Brasília (OSBrasília) e pelo Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), duas instituições sem fins lucrativos que promovem a transparência e o controle social das despesas públicas e que contaram com o apoio expressivo dos brasilienses, conforme requer a legislação, ficaram apenas na promessa.

Aproveitando o calendário eleitoral, a antiga mesa da Casa, remeteu a questão do corte de custos para a próxima legislatura, já sabendo que o tempo e as mudanças que ocorreriam na mesa diretora ajudariam a enterrar o pedido da população. Protocolado em outubro de 2018, o PL nº 2.151 previa uma economia de R$ 75 milhões em gastos anuais da CLDF ou R$ 300 milhões por legislatura, uma montanha de dinheiro que poderia ser empregada, como já dissemos, em diversos outros setores da capital, como escolas, postos de saúde, hospitais, segurança e outras despesas verdadeiramente necessárias e úteis para todos. Ademais a proposta foi endossada por mais de 23 mil assinaturas.

Ao engavetar a proposta sob alegação de não reconhecimento da totalidade das assinaturas, a Câmara Legislativa traiu a população, o que permitiu que o custo de cada Distrital para o contribuinte permaneça de R$ 235,8 mil ao mês, ou quase um terço a mais do que é pago a um deputado federal. Não satisfeita com esse recuo, que desde o início já indicávamos que iria acontecer, por conta do histórico dessa Casa alheia às reais necessidades do cidadão e da capital, a direção da CLDF anunciou agora a compra de cinco luxuosos carros sedãs para o uso institucional no transporte de integrantes da Mesa Diretora ao custo de R$ 90 mil a unidade, o que pode gerar uma despesa sem propósito de mais de meio milhão, se somadas todas as despesas para o desembaraço burocrático desses veículos.

Com isso, suas Excelências, que já possuem carros próprios e contam também com uma grande frota à disposição, irão desfilar pela cidade a bordo de novíssimos e dispendiosos automóveis bancados pelos mesmos contribuintes, que sacolejam nos precaríssimos transportes públicos da cidade, ou esperam horas nas paradas sem proteção nem recuo.  Trata-se, infelizmente, de uma afronta constante a um povo inerte e uma desconexão com a realidade que circunda essa Casa.

Para conferir ainda maior descaso com a opinião pública, principalmente quando se sabe que as eleições ainda estão longe de voltar a acontecer, a Câmara Legislativa do Distrito Federal anunciou a nomeação de um primo do deputado José Gomes (PSB), o mesmo acusado de ter usado a empresa Real JG Serviços Gerais, de sua propriedade, para coagir funcionários a votarem nele nas eleições de 2018 para a Comissão Permanente de Licitação (CPL).  Lembrando que essa Comissão é responsável pelas contratações de empresas, serviços, aquisições de bens e obras dessa Instituição e tem sido alvo desse mesmo parlamentar na tentativa de incluir a Real JG nas concorrências dessa Casa.

Brasília vivia bem sem a Câmara Legislativa. Essa coluna mantém a coerência já que lutou desde o início contra a criação dessa máquina de gastar dinheiro dos contribuintes.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“I am here to kill the snake and show the stick. Because with me is bread bread, cheese cheese!”

Odorico Paraguaçu, em discurso na ONU

 

 

Horror

Slime é moda entre crianças e jovens. Trata-se de uma mistura química que se transforma em um objeto gelatinoso de contato interessante, como a geleka de antigamente. Pois, bem. Nos últimos dias, infiltrados em vídeos de slime no YouTube, e entre outros de conteúdo voltado para o público infantil, um personagem chamado Momo, uma boneca assustadora, aparece ensinando as crianças a cometerem suicídio. A denúncia foi publicada na página da Internet da revista Crescer, por um depoimento de uma professora que acompanhava a receita do slime com a filha no YouTube Kids.

Leia mais em: Momo aparece em vídeos de slime do YouTube Kids e ensina as crianças a se suicidarem, diz mãe

Imagem: reprodução do Facebook

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O caso do abastecimento de Brasília é muito mais complicado do que se pensa. A Novacap arrendou as granjas, e a maioria fez delas recantos para fins de semana. (Publicado em 15.11.1961)

Problemas de uma cidade quase idosa

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Foto: Letícia Carvalho/G1

Um tema que, no mínimo, poderá, doravante, regular toda a vida urbana da capital do país com reflexos óbvios no futuro da cidade e de seus habitantes. Dessa vez, coube aos deputados distritais, em fim de mandato, dar uma espécie de grand finale político e relâmpago à essa questão que já se arrasta por longos nove anos. Com a aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) pela Câmara Legislativa, mais um capítulo na conturbada história envolvendo as terras do Distrito Federal é escrito.

O fator que explica os muitos anos decorridos entre a apresentação dessa proposta e sua aprovação é que, desde que surgiu há exatos 9 anos, a Luos jamais conseguiu reunir num mesmo documento os reais anseios da população de Brasília. Urbanistas, arquitetos e outros técnicos que entendem da dinâmica de uma cidade têm um pensamento distante do que sempre pretenderam os políticos, os grileiros, os empreendedores e demais empresários ligados ao milionário mercado da especulação imobiliária que se criou por essas bandas com a maioridade política da capital.

Com isso, o futuro da cidade, mais uma vez, fica em suspenso, à mercê agora dos humores do mercado e dos múltiplos interesses que se escondem por detrás dessa medida. Um fato que demonstra bem essa dicotomia entre o que querem os brasilienses e o que pretendem os que apoiam esse documento foi dado pelas manifestações contra e a favor da aprovação dessa proposta.

Por um lado, e como fizeram desde o princípio, estão as mais de duas dezenas de Entidades da Sociedade Civil do Distrito Federal que, em Carta Aberta ao GDF, se uniram para lançar um manifesto chamando a atenção para os graves problemas que ameaçam o futuro da capital e que vai, pouco a pouco, minando a qualidade de vida de todos. A Luos, na opinião dessas entidades que congrega professores de arquitetura e urbanismo, técnicos em meio ambiente, em gestão pública e outras especialidades, foca seu intento nas áreas passíveis de alterações e alienações, principalmente nos mais de 365 mil terrenos do Distrito Federal onde poderão ser erguidos novos empreendimentos.

Com isso, deixa de lado aspectos fundamentais como o inchaço da cidade, a crise de abastecimento, o aumento da criminalidade, dos engarrafamentos, a questão da destruição das áreas de preservação da capital e outros aspectos importante na vida das metrópoles.

Para essas entidades, há questões a serem resolvidas nas áreas com deficiência nas políticas públicas, na ineficiência na gestão hídrica, na falta de visão integrada do DF, na perda de áreas rurais, na ineficiência da mobilidade urbana, na falta de rotina de restauração conservação e manutenção do patrimônio cultural, na falta de um plano diretor de arborização urbana e plano distrital de adaptação às mudanças climáticas, entre outros assuntos de suma importância.

Contudo há aqueles que se dizem satisfeitos, além dos distritais, com a aprovação da Luos como é o caso do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), da Associação Brasiliense dos Construtores (Asbraco), da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), além dos grileiros e de todos que têm se beneficiado com a transformação de terras em capital político e econômico.

 

A frase que foi pronunciada:

“Nada mais fácil do que fazer planejamento de um país sem incluir gente.”

Jaime Lerner – Política

Charge do Junião

Estudar

CESAS, da 602 Sul, é um colégio público da capital do país que não tem número suficiente de alunos matriculados para 2019. Jovens e adultos que queiram completar o ensino médio e fundamental terão também a oportunidade de participar de cursos profissionalizantes. Telefone para contato: 3901-7592.

 

Casa do Ceará

Por falar em cursos, a Casa do Ceará começará as férias com animação total. Vários cursos à disposição da comunidade. Cabeleireiro, corte e costura, manicure, culinária, depilação, bordado em pedraria, yoga e pintura em tela. Ligue para: 3533-3800.

Foto: casadoceara.org.br

Novidade

Certidão eleitoral, diversas consultas, processos, variedade de nada consta… aos poucos a internet vai ocupando o lugar de burocratas. Vale ver, no blog do Ari Cunha, Gabriel Senra no TedMauá trazendo o assunto à tona.

Fotovoltaica

É dever dos líderes públicos atender aos anseios da sociedade brasileira. O crescimento sustentável do Brasil será potencializado pelo uso da energia solar fotovoltaica como política pública estratégica para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, contribuindo para diversificar a matriz elétrica, gerando milhares de empregos, reduzindo a queima de combustíveis fósseis, ampliando a liberdade do consumidor, estimulando a cadeia produtiva, reduzindo perdas e trazendo economia para os cidadãos, as empresas e os governos. A opinião é de Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)

Foto: youtube.com/MundoEnergy

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Parece que o ideal seria reaver esses lotes, para que a Caixa Econômica não faça especulação, e vendê-los aos industriais que não têm onde colocar seus funcionários, e aos funcionários da prefeitura que comprovarem não possuir outro terreno em Brasília. (Publicado em 07.11.1961)