Tag: Brasília
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Enganam-se as autoridades brasileiras caso acreditem que o governo americano, que parece lhe servir de modelo, fará vistas grossas aos incidentes que vêm ocorrendo na região amazônica. Principalmente com relação à leniência com que o atual governo vem tratando essa questão. Não existe a tão almejada amizade fraterna entre governos, como erradamente sonham alguns dentro e fora do Palácio do Planalto.
O mundo move-se pelo interesse, em nome do qual não hesita fazer a guerra. Prova disso é que assim que retomaram seus trabalhos, os congressistas americanos focaram seus debates sobre os últimos acontecimentos havidos na região amazônica, principalmente na parte brasileira. Tido por muitos políticos daquele país como uma espécie de quintal próprio, a Amazônia vem tomando lugar entre as preocupações de americanos e de europeus, receosos que de essa região venha, conforme advertem os cientistas, entrar num processo irreversível de destruição, com sérios prejuízos para todo o planeta.
A bancada democrática americana vem pressionando para que o governo adote uma postura mais dura com relação aos produtos brasileiros, sugerindo, inclusive, que se adote uma proibição às importações de determinados itens. A punição se estenderia também aos acordos de livre comércio. Entre os itens que poderiam sofrer restrições estão o petróleo, o milho, o papel, o tabaco, o açúcar, a madeira, o couro, a soja e a carne, ou seja os principais produtos da pauta de exportação brasileira destinados para aquele país.
Do desmatamento que segue sem restrições, inclusive impulsionado pelo mercado chinês, as preocupações se estenderam às queimadas descontroladas que varrem parte significativa do bioma da região. Curioso notar que esses embargos poderiam englobar também a assistência militar, assunto de grande interesse para o governo brasileiro.
Durante os debates que se seguiram, foi aberta ainda uma oportunidade para que a pesquisadora brasileira do Peterson Institute for International Economics e diretora do Programa de Estudos Latino Americanos da Johns Hopkins University, Monica De Bolle, apresentasse sua visão sobre a questão amazônica. Em sua avaliação, o governo brasileiro precisa entender que o comércio no século XXI exige uma estreita simbiose entre ecologia, economia, principalmente na área comercial. “sob Bolsonaro e sua guerra ideológica contra o clima e o ambientalismo, muitos predadores passaram a se sentir confortáveis em depredar a Amazônia”, afirmou a pesquisadora, para quem é preciso que o governo reveja, o mais urgente possível, o desmonte das regulações e das agências ambientais como o Ibama e o Inpe.
Bolle criticou também a atuação do governo Trump em não aderir, de forma racional, à agenda ambientalista. “O fogo na Amazônia não é só uma tragédia, mas também uma oportunidade para que os governos do Brasil e dos Estados Unidos parem de negar as mudanças climáticas e passem a cooperar em estratégias para preservar a floresta e o meio ambiente” afirmou.
A frase que foi pronunciada:
“Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a força da lei.
Mas quem são mesmo os amigos e os inimigos? ”
Alguém na Praça dos Três Poderes, bastante confuso.
Cuidados
Não é só por causa da seca que a conjuntivite aumenta. Uma vistoria nas grandes clínicas dos olhos em Brasília seria interessante. De um paciente para o outro, o que se passa nos equipamentos é um papel seco. Nada mais.
Anjos inocentes
Fica, em Samambaia Norte, a instituição Santos Inocentes. Na QR 425, Conj. 5. Essa casa, além de rejeitar o aborto, recebe as adolescentes e mulheres que resolveram manter a vida da criança, apesar das dificuldades. Esse é um bom lugar para se investir. Veja como no link Como colaborar.
Receitas
Quase um terço de todos os alimentos que produzimos, 1,3 bilhão de toneladas por ano, é perdido ou desperdiçado. A informação é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Veja, no link Sete receitas com cascas e bagaço de alimentos, as publicações sobre o uso de cascas de alimentos em receitas deliciosas.
História
Escrita por Ari Cunha em 1961, a notinha da história de Brasília de hoje comenta sobre as aves da região nos primeiros anos da cidade. Ontem, foi publicada uma matéria no El Pais com a informação de que a metade das aves mais comuns da Europa e da América do Norte desapareceram. Os estudos dizem que, nos últimos 50 anos, há três bilhões de pássaros a menos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Lago está bonito. Está na cota mil, e cheio de garças. A nossa Lagoa do Jaburu, também. Vou pedir ao Anapolino para me mandar duas sacas de arroz em semente, para plantar lá, e conservar as aves que poderão desaparecer. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Soberania, com o sentido de domínio inconteste e irrenunciável sobre um determinado bem, um mantra tão caro as alas militares de todo o planeta ao longo da história, parece possuir, no mundo atual, que se pretende globalizado, uma outra semântica. Essa significância mais diluída e imprecisa, obviamente, põe de cabelos em pé todos aqueles grupos que acreditam que esse domínio e posse, antes de quaisquer outros sentidos, representa uma carta branca de alforria para, inclusive, pulverizar esse bem , transformando-o em cinzas.
Numa analogia mais aproximada, seria como se um pai, por sua autoridade de progenitor, possuísse também o direito de vida e morte sobre seu filho (ou a mãe, mas aí já é outra história). Não só para o mundo moderno, mas em todo o tempo e lugar, o sentido de domínio sempre foi imposto pelo poderio da força bélica. Ocorre que na atualidade essa posse também passou a ser encarada pela noção de responsabilidade e respeito por esse bem.
Da posse pelo uso, do passado, passou-se agora a posse pelo zelo. Dono, repetia o filósofo de Mondubim, é quem cuida, assim como pai é quem cria. A diluição de fronteiras, a conhecida escassez progressiva e alarmante de recursos naturais e sobretudo os efeitos indiscutíveis das mudanças climáticas, colocam a grande região amazônica no centro das atenções mundiais pelas mais diversas razões. Algumas coerentes e outras estratégicas, decorrentes das presentes e urgentes necessidades da espécie humana.
Com isso, o que se quer clarear aqui, é sobre a necessidade de o Estado brasileiro passar a ver aquela região, sempre deixada à margem, com um novo olhar, assumindo uma responsabilidade para além da retórica da força, considerando aquela metade do país, como um centro de atenção e cuidados permanentes. Para tanto, é preciso abandonar o passado extrativista, primitivo e predador, adotando agora uma moderna estratégia que possa, inclusive, servir de parâmetro para o restante do planeta.
Foi preciso que mundo desse um puxão de orelhas no novo governo para que ele se conscientizasse de que esse problema histórico do abandono a que sempre foi relegada aquela região, havia chegado ao limite do tolerável. Claro que essa situação atual resulta de um passado sistemático de descaso e desatenção, não só por parte do governo federal, mas sobretudo por parte das lideranças daquela região, tradicionalmente preocupadas mais em enriquecer a si a aos seus em detrimento da floresta e de seus habitantes. Pelo volume que tomou essa questão, é que os problemas da região amazônica, por complexidade e grandeza, representam hoje o maior desafio da atualidade para o país. Bravatas e outros gritos de guerra roucos, de nada adiantam. Dizer aos vizinhos que o filho é seu e você o castiga o quanto quer, pode ter um preço impagável.
Uma espécie de conselho tutelar do mundo se formou e pode deitar sua mão pesada sobre Estados irresponsáveis, como é hoje o nosso caso.
A frase que foi pronunciada:
“Estamos nos afogando em informações, enquanto ansiamos por sabedoria. A partir de agora, o mundo será dirigido por sintetizadores, pessoas capazes de reunir as informações certas no momento certo, pensar criticamente sobre elas e fazer escolhas importantes com sabedoria.”
Edward Osborne Wilson, entomologista norte americano e biólogo
Educação
Embrapa cria uma cartilha “Três famílias e o fogo – um encontro no Cerrado” onde a comunidade começa a aprender sobre as estratégias com o fogo para combater o próprio fogo, além de outras técnicas para o manejo de áreas. Alunos do quinto ano da Escola Classe 111 Sul foram os primeiros a receber a cartilha durante visita do grupo à Embrapa Cerrados.
Calor
Brasília alcançou os 34ºC, sendo o mais alto grau da história da cidade. A umidade parece menor que os 13% apontados pelos ponteiros. Onde estão as cigarras que em setembro chamavam as chuvas?
Boicote
Para denunciar o preço abusivo cobrado pelos postos de gasolina estão usando também o e-mail 151@procon.df.gov.br . Entende-se que mais de R$4,22 é valor acima do normal. A tecnologia ajuda no boicote aos altos preços.
Dilma
Espetacular a entrevista da ex-presidenta Dilma dada ao Juca Kfouri. Ela fala muito bem quando está entre 4 paredes.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E por falar nisto, doutor, seja contra a eleição para vereadores em Brasília. Mesmo que o senhor se desgaste, seja contra. Estão fazendo horrores, em matéria de política, nas cidades satélites. Parece São João Del Rey na campanha eleitoral. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
É sabido que, na atualidade, as escolas de um modo geral e as públicas em particular experimentam um crescente conjunto de problemas de ordem social e que decorrem de diversos fatores, ligados não só aos novos modelos de família impostos por uma sociedade em rápida transformação, mas sobretudo às péssimas condições de vida enfrentadas por essas famílias.
Hoje não só os país, mas as mães também necessitam de trabalhar fora de casa, para a complementação de renda. Com isso, os pais se veem obrigados ou a ceder parte da educação dos filhos a terceiros, como parentes, creches e outros tutores, ou simplesmente deixá-los entregues à própria sorte.
Nos países subdesenvolvidos, essa nova realidade, somada às questões típicas enfrentadas pelas populações de baixa renda, aguçam ainda mais os problemas vividos pela parentela, criando uma espécie de círculo vicioso em que a má distribuição de renda, a precariedade dos serviços públicos, de moradia e a baixa escolaridade acabam afetando negativamente o desenvolvimento de muitas famílias.
Não é segredo para ninguém, muito menos para o governo, que essas famílias são obrigadas hoje a empreender esforços sobrenaturais para educar seus filhos. Dessa forma, as questões sociais complexas e desvantajosas para a maioria dessas comunidades carentes acabam, de alguma forma, adentrando as escolas, obrigando esses estabelecimentos a abrir espaços de entendimento para essa temática, de modo a permitir o andamento do processo educativo em consonância com essa nova realidade.
Embora a maioria dos problemas vividos por essas comunidades não possam ser resolvidos e sanados no âmbito escolar, é certo que seus reflexos nefastos também se fazem presentes em sala de aula. Violência contra alunos e professores, evasão escolar, reprovações bem como a deterioração material e humana do ambiente das escolas é hoje uma realidade.
De alguma forma, esse mundo distópico e instável que vai cercando, cada vez mais, as escolas públicas nas periferias pobres de todo o país, induzem efeitos diretos no comportamento e na psique geral desses alunos, contribuindo negativamente para o desempenho escolar. Para os especialistas nessas questões, muitas escolas públicas dessas áreas estão trabalhando no limite de suas possibilidades, com professores, servidores e alunos convivendo com o medo e a insegurança diária.
Enquanto providências de ordem macroestrutural não chegam, o jeito é ir encontrando saídas para contornar a crise. Projeto de Lei aprovado agora na Câmara dos Deputados (PL 3.688/2000) obriga as escolas de cada rede pública de educação básica a disponibilizarem, para os alunos, os serviços de uma equipe multiprofissional de psicólogos e de assistentes sociais para desenvolver ações conjuntas com a comunidade, com o objetivo de aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem. Pelo projeto, os sistemas de ensino terão até um ano para providenciarem o cumprimento dessa norma que aguarda apenas sanção do Executivo.
A frase que foi pronunciada:
“Nada me o abismo deu ou o céu mostrou. Só o vento volta onde estou toda e só, E tudo dorme no confuso mundo.”
Fernando Pessoa, poeta português
General Mourão
Perguntado sobre o que os políticos podem aprender com os militares, o general Mourão respondeu: “Lealdade, camaradagem e amor à Pátria. Sacrificar seus interesses pessoais em favor do país e aprender a administrar.” A segunda pergunta foi sobre o que os militares podem aprender com os políticos. “A tolerância. Como dizia Ulisses Guimarães, em política até a raiva é combinada. ”
Todos juntos
Está combinado. Se o posto de gasolina passou dos limites na cobrança do litro de combustível é só pedir a nota fiscal e denunciar na ANP. Parece que está dando resultado.
Estética
Eder Alencar, André Velloso e Luciana Saboia da ArqBR Arquitetura Urbanística são os autores da bela Igreja Sagrada Família no Park Way. Que fique o registro.
Mobilização
Sindicato dos Jornalistas do DF em franca campanha de eleições. Só há uma chapa.
Crimes&Roçados
Aos poucos a fumaça das queimadas na Amazônia vão se dissipando. Uma declaração daqui, outra dali e a verdade sobre os fatos começa a ser mostrada.
Terrível
Vindos da L4 Norte para chegar à PGR, na altura da entrada do Eixo Monumental, os motoristas não conseguem enxergar as faixas do asfalto. Dirigem por braile. Volta e meia há batidas por ali.
Missão
Apesar do olhar longínquo e do semblante triste, o senador Tasso Jereissati obteve êxito na apresentação do relatório da Reforma da Previdência. Vários senadores pediram a palavra para enaltecer o espírito público da condução das discussões sobre a matéria.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Aqui já há reivindicações, os sindicatos já controlam os candangos, mas o que todo o mundo quer, mesmo, é voto. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Classificados juridicamente como entidades de direito privado, embora exerçam funções públicas, os partidos políticos são as únicas instituições em todo o país, autorizadas por lei, a representar e fazer a mediação entre a população e um dos poderes do Estado, no caso o Legislativo.
Com isso, eles concentram, em si, o monopólio dentro da representação democrática, aferida em cada ciclo eleitoral. No desenho teórico, conforme inscrito na Constituição de 1988, os partidos políticos são considerados de suma importância para o regime democrático. De acordo com o inciso III do artigo 17 da atual Constituição, cabe a essas instituições obedecer a certas obrigações e preceitos muito claros, dentre eles a prestação rotineira de contas e de todo o gasto efetuado com a máquina partidária, de forma que se tornem, aos olhos dos contribuintes cidadãos, entidades absolutamente transparentes.
Depois dos escândalos recentes que revelaram como eram firmadas as relações entre as grandes empresas brasileiras e os partidos, com a captura do político pelo poder econômico, o Supremo Tribunal Federal foi forçado a publicar um acórdão proibindo o financiamento eleitoral por pessoas jurídicas, de forma a pôr um fim na chamada Plutocracia que se instalara dentro do processo político nacional.
Essa distorção e captura se deu a um tal ponto que as centenas de milhões de reais que eram despejados pelas empresas nas legendas, e sobretudo naqueles políticos com ascendência nos partidos, mostraram que quem mandava de fato no processo político brasileiro eram esses financiadores, para os quais, posteriormente, as portas dos cofres públicos eram escancaradas.
Com essa barreira, imposta há exatos quatro anos, em 17 de setembro de 2015, obviamente que a temida asfixia dos partidos não se confirmou, uma vez que, logo em seguida, os políticos sacaram da manga do paletó um novíssimo modelo de financiamento, feito agora diretamente no bolso sem fundo dos contribuintes. Do investimento estratégico que as empresas faziam nos partidos, com vistas a estreitar e abrir caminho para suas pretensões dentro do poder público, saltou-se para um modelo em que o cidadão se viu de modo compulsório a custear não só as campanhas milionárias, mas o próprio partido. Com isso, as mais de três dezenas de legendas que superlotam o Congresso passaram a contar com duas fontes generosas e praticamente ilimitadas de financiamento: o fundo partidário e o fundo eleitoral.
Reajustados praticamente a cada ano, esses fundos, do ponto de vista dos eleitores e dos pagadores de impostos, representam uma verdadeira sangria na economia popular. A tão almejada transparência que se pretendia com esse novo modelo ainda é uma miragem perdida no horizonte. O fracasso desse modelo, de certa forma, era um fato já previsto por muitos. Como poderia entidades de direito privado, loteada por políticos que frequentaram praticamente todos os episódios de escândalos de corrupção nos últimos anos, passarem agora a receber vultosas e infindas verbas públicas e apenas com isso mudarem de comportamento ético?
Prova disso é o recente projeto de Lei (PL 5.029/2019) alterando, outra vez, diversas regras eleitorais, de partidos políticos e de valores de financiamento. Recebida pela população em geral como um projeto que afronta os mais elementares itens da moralidade pública, o PL abre, mais uma vez, as portas dos partidos políticos para a impunidade e o cometimento de crimes de toda a ordem.
A frase que foi pronunciada:
“Em uma República democrática, ninguém ostenta coroa e todas as cabeças do povo formam um todo soberano.”
Senador Lasier Martins
Falei das flores
Com a presença de Batista Reis, o FestFlor em Brasília promete ser um sucesso. A entrada é gratuita. O evento começa a partir de hoje, no pavilhão do Parque da Cidade, com cursos, palestras workshops (alguns pagos). Para participar, é preciso se inscrever no site da FestFlor (7ª Festflor Brasil 2019), na aba “Programação”. Essas são apenas algumas das atividades paralelas às flores. Veja todos os detalhes da programação a seguir.
“Park Away”
Chico Santana denuncia que o Park Way foi entregue como uma capitania hereditária ao distrital cearense João Hermeto de Oliveira Neto, um policial que antes das eleições era muito respeitado pelos seus pares. Demitiu toda a administração, foi um susto para os moradores da região, conhecidos pela luta que travam para a defesa do território. Veja a matéria do Chico no link: Park Way: Ibaneis nomeia representante de invasores de área pública para gerir licenciamento de obras.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Só esqueceu uma valeta, que é perto do Palace Hotel. Mas é preciso reconhecer, que quase quinhentas valetas foram fechadas em 36 horas de trabalhos consecutivos. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Em tempos de fake news, encontrar a verdade dos fatos equivale, nos ditados antigos, a procurar agulha no palheiro. Quando esse tipo de notícia incide sobre determinados bens de consumo, essa situação pode extrapolar o patamar de racionalidade provocando ou um pânico no mercado com o aumento irrazoável da demanda ou, pelo contrário, afugentar os consumidores, forçando, assim, uma baixa nos preços desse produto.
A inseminação estratégica de fatos inverídicos dentro do mercado, onde oferta e procura travam uma luta justa pela fixação dos preços, possui o dom de desestabilizar e induzir a formação de preços irreais, para cima ou para baixo, prejudicando consumidores. Trata-se de estratégias presentes hoje em boa parte dos mercados nacionais e internacionais.
A luta desleal promovida pelos especuladores visa, como se sabe, derrubar alguns mercados e produtos em benefício de outros. Esse jogo desonesto e cada vez mais recorrente, dado o nível de concorrência estabelecida hoje na maioria dos mercados, vem aumentando à medida em que foi facilitada a difusão de falsas notícias ou de meias verdades pelas redes de computadores em tempo real.
Filtrar esses falsos alarmes não é tarefa fácil, ainda mais quando o que está em jogo é uma enorme quantidade de dinheiro. Por outro lado, é sabido que, onde há grande e rápida circulação de fortunas, valores como a ética e a honradez ficam deslocados e postos de lado, para não prejudicar os negócios. No caso do mercado de petróleo, que no Brasil foi-nos apresentado pelos episódios revelados pela Lava Jato, dentro do chamado escândalo do Petrolão, o que os brasileiros sabem é que nesse nicho, dependendo do governo de plantão, os bilhões voam de um lugar para outro com uma velocidade digna de prestidigitadores que escondem o caroço de feijão sob três tampinhas de refrigerantes.
Em se tratando do mercado internacional desse produto, o pouco que o público sabe é que ele é dominado por uma casta de bilionários e gananciosos sheiks árabes, dispostos a tudo para impor sempre os mais altos preços para seus produtos. Dessa forma, o que se pode de antemão presumir é que esse ambiente não é composto por pessoas, digamos, sensibilizadas por questões como a ética humana. Nesse sentido, todo o cuidado é pouco, toda a precaução não é demasiada. Trata-se de um terreno instável onde poucos caminham.
É, portanto, necessário que se apure, com rigor, o caso dos ataques às instalações petrolíferas da Arábia Saudita nesse sábado (14), interrompendo a produção de cerca de 5,7 milhões de barris, ou 5% da produção diária consumida no planeta. De cara, esse pretenso ataque alterou os preços do produto em todo o mundo numa média de 15%. Tão logo foi anunciado esse fato, os postos de todo o país não perderam tempo, efetuando aumentos significativos nas bombas de combustível.
Em Brasília os preços da gasolina saltaram da noite para o dia, numa demonstração de que o cartel dos combustíveis está mais vivo do que nunca. Dessa maneira fica comprovado que, nesse setor, quem manda são os espertalhões e especuladores de sempre.
Que venham, pois, os carros elétricos, para sabermos logo quem serão os próximos especuladores desse novo mercado.
A frase que foi pronunciada:
“A literatura é o sonho acordado das civilizações.”
Antônio Candido, sociólogo, crítico literário e professor universitário brasileiro.
Excesso
Tem gente alimentando pombos na 613 Sul, sempre depois das 13h. Quem não está gostando dos quase 200 ‘ratos voadores’ é o pessoal dos hospitais ao redor. Parece que a meningite fúngica é uma ameaça constante por ali.
Consulta pública já
Quando é que os administradores das Regiões Administrativas vão ocupar o cargo depois de concurso público? A gestão pública está mudando e Brasília está fingindo não ver.
Deus
Vale dar uma espiada no blog do Ari Cunha para assistir a entrevista de Anne Graham sobre o dia 11 de setembro.
Faixas
Últimos dias antes das chuvas para reforçar as faixas de pedestres. Estão apagadas e, durante a chuva, será um risco atravessar por elas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A cidade estava toda esburacada, mas na sua chegada já estará um tapete, o nosso asfalto. O dr. Ataualpa comandou a “operação tapa buraco” num ritmo que dava gosto, a gente ver. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Fôssemos escolher um emblema ou dístico que melhor conseguisse traduzir e representar o Brasil e sua capital, nesses últimos meses, com certeza a imagem do fogo seria a representação que melhor sintetizaria o momento atual, tanto literalmente como de forma figurada.
Enquanto o ambiente institucional, com destaque para os Três Poderes, parece arder em chamas em situações que claramente opõem a população contra os desmandos e abusos, o país continua virando cinzas aos olhos do mundo estupefato que observa tudo com um misto de revolta e indignação.
Também a capital, como cabeça administrativa do Brasil, os incêndios prosseguem numa escalada nunca vista em tempos passados. De fato, os Poderes parecem arder por dentro e por fora nas chamas da vaidade, da incúria, da negligência. Traçar um paralelo entre esse fogo figurado que continua transformando, em cinzas, as esperanças por ética na coisa pública e o fogo que varre, ipsis litteris, esse que já foi o paraíso e a Pindorama verde sobre a Terra não é tarefa difícil.
Fotos colhidas a cada hora pelos inúmeros satélites que cruzam nosso céu dão uma ideia da dramática situação que parece ter saído do controle. Confrontar essas imagens com a quantidade impressionante de manchetes, trazidas por toda a mídia, e que mostram, de forma objetiva, a imensa trama para a perpetuação de antigos e nefastos privilégios, serve não só para ilustrar nosso drama secular, mas assegura que o nosso País terá que renascer das cinzas, caso almeje algum futuro digno para as próximas gerações.
Sem dúvida, estamos assistindo os maiores e mais devastadores incêndios já ocorridos em nosso meio ambiente. Em muitos lugares, a fumaça grossa e descontrolada afugentou o sol, com o dia virando noite. Um número ainda incalculável de plantas e animais foram dizimados. Os prejuízos são irreparáveis e poderão levar séculos para serem restaurados, se é que teremos tanto tempo pela frente com essa voragem que nos consome por dentro e por fora.
Por toda a parte, milhões de hectares viram pó. Em Brasília, somente até agora, mais de 10 mil hectares foram destruídos pelo fogo. Nas instituições, o fogo também segue alastrando. Depois da Lei de Abuso de Autoridade, votada à toque de caixa no meio da noite, agora chega a vez da Lei que aumenta os recursos para as campanhas e que, de quebra, reduz a transparência partidária, impede a fiscalização, desvia recursos para outros fins, autoriza a contratação de advogados, reduz o montante a ser bloqueado, libera o uso de verba para pagamento de sanções, reintroduz as propagandas eleitoral entre outras manobras. No judiciário ficam impedidas investigações com dados do antigo COAF, do Banco Central e da Receita, fica impedido ainda investigar os Hackers criminosos, proibindo também críticas e outras manifestações contra os privilégios e desmandos na justiça.
No Executivo prossegue a tutela do presidente pelos seus filhos. A República e o Estado ardem internamente às escondidas. O restante do Brasil queima à olhos vistos.
A frase que foi pronunciada:
“E quando o circo pega fogo somos os animais na jaula, mas você só quer algodão doce…”
Renato Russo, vocalista e fundador da banda de rock Legião Urbana
Alegria
Bem diferente de quando competiu com o senador Calheiros, o presidente do Senado esteve no programa do Silvio Santos. Seu concorrente era o invencível Ratinho. Sem ter intimidade com o programa, e com os assuntos aleatórios, o senador Alcolumbre perdeu sorrindo o tempo todo. O apresentador prometeu que, no próximo domingo, a deputada Joice Hasselmann estará no palco. Aliás, para pronunciar o nome da deputada, o Silvio Santos precisou ouvir o senador para conseguir fazer o anúncio.
Só bloquear
Apesar da proibição de invasão de privacidade, a TIM insiste em ligar para os consumidores por um robô que dita ofertas. É muito irritante!
Desafio a encontrar
Alguma coisa a polícia precisa fazer em relação ao Parque da Cidade. O que não é possível conceber é que uma pessoa use a moto ou o carro para trabalhar e tenha o patrimônio roubado no local. Funcionários do Parque da Cidade passam por isso constantemente. O último apelo foi sobre a moto Honda/CG 160 Fan Esdi, preta, 2017, placa PAY-8594. A polícia já tem todos os dados.
Cães e gatos
Segue, até o dia 21 de setembro, a vacinação de cães e gatos no DF. A vacinação é gratuita e a iniciativa é excelente. Só não é certo conter o nome do governador Ibaneis e a função no cartaz de divulgação, mesmo que esteja em seu perfil oficial no Instagram.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O dr. Israel está feliz. Não precisa mais fazer aquela cara de bicho papão que ele fazia para os empreiteiros. A viagem maior que ele faz é para Paracatu, ou para o Rio, para lhe esperar do exterior. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Em sua prestação de contas, entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em novembro de 2018, o então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, informou ter arrecadado R$ 4.377.640,00 dos quais gastou R$ 2.812.442,00. Com isso ficou provado, de forma cabal, que todas e quaisquer despesas efetuadas no passado para esse fim, para todos os cargos eletivos, estavam ou superfaturados ou tiveram, em suas prestações de contas, valores declarados de forma claramente enviesada, seja com a utilização de notas frias ou com outros mecanismos pouco ortodoxos, para dizer o mínimo.
Há também a possibilidade de que, em seus périplos pelo país, muitos candidatos tenham se portado como antigos e nababescos monarcas distribuindo moedas de ouro por onde passavam. Com isso, por exemplo, ao comparar os gastos de campanha da ex-presidente Dilma, em 2010 e 2014, que, segundo Antonio Palocci, custaram respectivamente R$ 600 milhões e R$ 800 milhões, ou R$ 1,4 bilhão no total. A diferença chama a atenção pela disparidade desses valores. O pior é que, em sua prestação de contas, apresentadas à época ao Tribunal Superior Eleitoral, ela havia declarado gastos de R$ 153 milhões em 2010 e R$ 350 milhões em 2014, ou seja, um total de R$ 503 milhões nas duas campanhas.
Para um especialista em aritmética, não há como avaliar e comparar racionalmente esses gastos por suas disparidades ou incongruências, mesmo sabendo que essas despesas foram efetuadas num mesmo país. De qualquer forma, essa diferença de valores, apresentada ao TSE pela ex-presidente, é mais um problema para ela explicar aos tribunais.
O que importa aqui é que ficou comprovado que os gastos de campanha de praticamente todos os candidatos anteriores à presidência da República estão superfaturados ou maldosamente superdimensionados.
Não se sabe que medidas ou providências o TSE passou a adotar diante da evidência de tal disparidade de valores. Mas ainda assim esse não é, pelo menos por enquanto, o ponto central da questão. O problema está justamente centrado agora na pretensão absurda dos parlamentares em aumentar o Fundo Eleitoral para 2020 de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,7 bilhões. Somando-se ao Fundo Partidário, os contribuintes terão que destinar obrigatoriamente R$ 5 bilhões aos partidos com assento no Congresso, tudo isso apenas para as eleições do próximo ano. Lembrando aqui que a maioria desses partidos já possuem estruturas montadas nos estados e contam ainda com verbas generosas repassadas diretamente pelos Legislativos locais e federal para a manutenção dessas representações. Mesmo um eleitor desatento pode constatar com certa facilidade que tanto os partidos políticos como as próprias eleições se transformaram, a olhos vistos, em oportunidades vantajosas e altamente lucrativas. Não surpreende, pois, que toda essa dinheirama acabe ofuscando o essencial que é a democracia verdadeiramente representativa e ética.
A frase que foi pronunciada:
“É lícito afirmar que são prósperos os povos cuja legislação se deve aos filósofos.”
Aristóteles, filósofo grego
Motos
É preciso cortar o mal pela raiz. Motos transitam em ciclovias e nos jardins das superquadras como se fosse permitido. Colocam em risco a vida de ciclistas e pedestres. A falta de campanha educativa está fazendo com que o trânsito de Brasília se iguale aos piores lugares do país.
Produção
Deu no Antagonista que Jean Wyllys fará residência na Universidade de Harvard, no departamento de estudos afro-latino-americanos.
Vale ler de novo
Por falar em Harvard, em evento organizado por alunos brasileiros, o general Mourão foi aplaudido mais de 10 vezes na solenidade. A pergunta do professor, cientista político e doutorando, Fernando Bizzarro, foi determinante para o sucesso do vice-presidente: “O senhor não teme que a associação das forças armadas, que são uma instituição permanente do Estado brasileiro, com um governo, que é algo necessariamente temporário, ela pode corroer a legitimidade e a unidade das Forças Armadas? Por que a lição que o general Geisel aprendeu não se aplica ao senhor?”, perguntou o professor. Interessante que parte da plateia aplaudiu o professor efusivamente. Até que veio a resposta: “O Geisel não foi eleito. Eu fui.” Nesse momento todos se levantaram para aplaudir o vice.
Caráter
Um jornalista se infiltrou como paciente de Heloísa Bolsonaro, psicóloga. A esposa de Eduardo Bolsonaro recebeu, por via eletrônica, o profissional por um mês. Parece que o tiro saiu pela culatra. Os leitores receberam muito mais informações sobre o jornalista do que sobre ela. A questão jurídica que a iniciativa desperta é susceptível a várias frentes.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E por falar em doutor Jânio, o senhor, que viaja muito, não o encontrou por aí, não? O dr. Oscar Pedroso Horta hipotecou a casa dele em São Paulo, e eu nunca vi dinheiro espichar tanto. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Na grande maioria das cartilhas que versam sobre a ciência da administração, consta, de forma muito clara, a recomendação de que o bom gestor, seja ele da área pública ou privada, deve possuir a capacidade de delegar poderes aos seus auxiliares por ele escolhidos, de forma a ter tempo para refletir e decidir sobre questões centrais que requerem bom senso e racionalidade.
Todos aqueles administradores que, por algum motivo, tentaram passar ao largo dessa lição, concentrando todo o poder e as decisões em suas mãos, acabaram enredados numa espécie de labirinto erguido por ele próprio, tornando-se prisioneiro de suas ações. Com isso, quem perde, além dele próprio, são todos aqueles que têm suas vidas dependentes dessas decisões. Outra recomendação passada por essas cartilhas diz respeito ao debate ou brainstorm exaustivo que essas decisões devem sofrer entre o líder e sua equipe, para que desse processo resulte soluções coerentes e exequíveis. Não é por outra razão que ditadores e outros indivíduos com propensões centralizadoras acabam sempre atropelando a mecânica da boa administração, não confiando em ninguém, ou pior, confiando nas pessoas erradas que os induzem a adotar medidas desastrosas.
Num país como o nosso, onde o presidencialismo adquire uma característica quase monárquica e, portanto, centralizadora, onde, ao mesmo tempo, a governabilidade só se efetiva por meio de um presidencialismo de coalizão, do tipo toma-lá-dá-cá, essas contradições e anteposições de vontades ficam realçadas a cada instante e, não raro, geram crises sistêmicas.
Numa situação delicada e instável como essa, diria até radioativa, qualquer colocação fora da balança resulta num abalo da paz entre as instituições. Assim, de susto em susto, avançamos a passos trôpegos. Com um quadro institucional montado precariamente dessa maneira, o pior pode acontecer quando o comando do Executivo passa a ser ocupado por alguém que fala antes de refletir e, pior, dirige suas diatribes a qualquer um que ouse discordar de sua onisciência.
O centralizador é, antes de tudo, um desconfiado. Desconfia da própria sombra. Em alguns casos, chega a ficar paranoico, vendo fantasmas e traidores por detrás de todas as portas. Depois de uma facada e várias cirurgias é até compreensível. Mas essa situação pode ainda ser mais agravada, quando o pequeno núcleo que orbita próximo do centralizador alimenta e envenena sua percepção sobre todo seu entorno. Nesse caso, o que seria um problema de ordem contida apenas na ciência da administração, ultrapassa essa matéria e vai ter na esfera da psicanálise, onde o problema toma uma feição mais próxima de uma patologia de personalidade.
A história está repleta de exemplos em todo o tempo e lugar de situações anormais como essas. A questão aqui é que nenhuma dessas experiências vindas do passado resultaram em algo positivo. Pelo contrário.
A frase que foi pronunciada:
“A paranoia é a consciência aguda da fragilidade da vida.”
Luiz Felipe Pondé, doutor em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Auditoria cidadã
Defensora ferrenha da clarificação das iniciativas que tratam da vida do povo brasileiro, Maria Lucia Fattorelli protesta: É imprescindível a rejeição da PEC 438/2017 e do PLP 459/2017, ou, no mínimo, a revogação do infame caráter especial dessa PEC e de urgência desse PLP, para que a complexa e danosa operação de que trata da chamada “Securitização de Créditos Públicos” seja completamente conhecida por todos os parlamentares que terão a responsabilidade de votar tais projetos.
Continua
A leitora, alerta: “A PEC 438/2018 escancara o privilégio da dívida pública, relaxa a “Regra de Ouro” da Constituição Federal, inclui o esquema da “securitização de créditos públicos” no texto constitucional e prevê até demissão de servidores públicos, entre outros absurdos. Veja o material completo no link: PEC 438/2018 – PAGAMENTO POR FORA DOS CONTROLES ORÇAMENTÁRIOS, MEDIANTE DESVIO DE ARRECADAÇÃO DURANTE O PERCURSO PELA REDE BANCÁRIA, ALÉM DE GERAÇÃO ILEGAL DE DÍVIDA ONEROSÍSSIMA!.
Estiagem
Aparelhos que medem a umidade do ar chegam em até 5% em certas horas do dia e em certos locais da cidade. A situação está perigosa, principalmente para os idosos e crianças. Ari Cunha previa a chuva com sabiás e cigarras, mas nem isso estamos ouvindo e estamos quase na metade de setembro.
Importante
Dia 6 de outubro é dia de votar no Conselheiro Tutelar da sua região. Depois de uma prova, a documentação é analisada para então o candidato concorrer à eleição. São pessoas que devem ter pelo menos 3 anos de experiência com trabalho diretamente ligado a crianças e adolescentes.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A cidade está mudando agora. Estão plantando árvores em todas as quadras, e o verde já dá aspecto melhor à criançada brincando. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Aqueles que se dispuserem a seguir as muitas pistas que conduzem ao instante inicial em que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos começou a despencar num abismo, terão que recuar a junho de 2005, quando eclodiu, no Legislativo, o escândalo que levava o nome dessa instituição e que deflagraria também a formação da Comissão Parlamentar de Inquérito, intitulada CPI dos Correios.
É justamente nessa encruzilhada sinistra, e que quase levou ao impeachment do então presidente Lula, que tem início a derrocada daquela que já foi uma das maiores e mais eficientes empresas públicas do País, detentora do Selo de Qualidade, admirada por todos os brasileiros pela ampla cobertura de serviços alcançada no imenso território nacional.
Para dar conta de tamanha tarefa diária os Correios chegaram a contar com mais de 118 mil funcionários, que todos os dias iam aos mais longínquos e recônditos pontos do país entregando mensagens e encomendas em tempo e hora sempre com presteza e garantia.
Foi naquela CPI, acompanhada, com suspense por toda a população, que teve início, não apenas a derrocada dessa grande empresa, mas revelou a todos, os métodos usados pelo Partido do Trabalhadores para extorquir e depenar essa e outras estatais em prol de projeto de perpetuação no poder, através do enriquecimento dessa legenda e de seus dirigentes.
Pela magnitude da rapinagem efetuada nessa empresa e pelas revelações no modus operandi do partido no poder naquele instante, pode a CPI instalada, chegar a um esquema, infinitamente maior e mais criminoso que foi a descoberta de que aquele partido estava, literalmente, comprando, de forma regular e contínua parlamentares, transformando parte significativa dos congressistas em meras mercadorias precificáveis. É nesse redemoinho, onde a ética política foi varrida pelo vento, que surgiria o esquema chamado Mensalão e onde os Correios iniciaria sua descida ao inferno.
Tivessem os parlamentares, naqueles momentos, hombridade e coragem cívica, teriam interrompido a continuação delitiva daqueles grupos, inclusive com o afastamento definitivo do chefe do Executivo, o que, sem dúvida alguma teria poupado os Correios e outras empresas nacionais da falência por má gestão e principalmente por corrupção.
Com a reeleição, aquele presidente acreditou ter recebido uma carta branca da população. Não só prosseguiu na dilapidação dessa empresa, como mirou também em outras até mais rentáveis, como a Petrobras. O esquema criminoso foi aperfeiçoado e mantido até as eleições de Dilma Rousseff.
Com a chegada da primeira mulher à presidência da República, envolta numa falsa áurea de grande gestora, aprofundou-se ainda mais toda a maquinaria de assalto às estatais, com os Correios sendo literalmente levados à lona. Com a “presidenta”, o volume de dinheiro advindo dos lucros da empresa foi praticamente, na totalidade, repassado ao Tesouro. A essa sangria, seguiu-se a destruição do Fundo de Pensão dos Correios, o Postalis. Sob seu comando, mais de R$ 6 bilhões desse Fundo, viraram fumaça, devido à corrupção e má gestão.
Parte dessa fortuna que era propriedade dos trabalhadores da empresa, amealhada por anos a fio, foi usada para bancar campanhas políticas. Outra parte foi aplicada propositadamente em papeis podres. Outra parte foi simplesmente roubada por gestores indicados pelo partido. O saldo de mais de uma década dessa verdadeira razia sobre os Correios é uma empresa falida, com milhares de empregos perdidos, greves constantes, como a deflagrada nessa terça-feira (10) e um futuro incerto entre a privatização e, quem sabe, um possível, mais duvidoso projeto de soerguimento da empresa.
Na era em que se assiste a um verdadeiro boom no e-commerce, com a estrutura material e humana que ainda dispõem e com o monopólio do setor de entregas, existe uma pálida perspectiva de salvar essa que já foi uma das maiores e melhores empresas nessa área. Resta saber até que ponto o novo governo está disposto a investir nessa empreitada.
A frase que foi pronunciada:
“Desde agosto de 2003, é voz corrente em cada canto desta Casa que o senhor Delúbio, com o conhecimento do senhor José Genoíno, tendo como pombo-correio o senhor Marcos Valério […], repassa dinheiro a partidos que compõem a base de sustentação do governo, num negócio chamado mensalão.”
Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB
Reconstrução
Quando surge a possibilidade da volta da CPMF, o impacto na população parece ser diferente. A ira dos cidadãos é pelos cofres arrebentados pelos governos anteriores. O que o brasileiro quer é reconstruir o próprio país.
César&Deus
Recebemos, de um amigo da Alemanha, o recorte do Deutsche Welle com o registro da luta para impedir a instalação da Igreja Universal na praça Leopold, em Berlim. A prefeitura não compactua com a forma de arrecadação dos templos. O subprefeito do Mitte, Stephan von Dassel, do Partido Verde, tem receios com a falta de transparência na prestação de contas. A nota acrescenta informações dadas sobre o assunto nessa coluna.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O prefeito Sette Câmara está trabalhando por três, para “desenterrar” as verbas. Estão chamando-o de touro, porque sete vezes três são vinte e um, e quem é brasileiro não esquece do jogo do bicho. (Publicado em 30/11/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
jornalistacircecunha@gmail.com
Facebook.com/vistolidoeouvido
Instagram.com/vistolidoeouvido
Definir o Brasil e sua gente em poucas palavras tem sido um exercício tentado por muitos, desde que por essas bandas a frota de Cabral aportou. Padre Antônio Vieira, definindo os homens que aqui viviam no século XVII, dizia: “Cuidam da reputação, mas não da consciência.”. Já para o poeta Augusto dos Anjos, no século XIX, a visão que possuía do Brasil era: “O homem, que, nesta terra miserável, mora entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera.” Na opinião seca e direta do dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues, nosso país era assim descrito: No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte.” Para o músico Tom Jobim “o Brasil não é para principiantes.” O filósofo do Meyer, Millor Fernandes, dizia que “o Brasil está condenado à esperança”.
Em comum, esses pensadores ilustres possuíam uma visão, digamos, realista/pessimista do Brasil, de sua gente e sobretudo de sua elite letrada, uma gente egoísta e, acima de tudo, ridiculamente vaidosa. Depois da Lei de Abuso de Autoridade, aprovada por um Congresso cheio de culpas e maus presságios, parecíamos ter atingido o fundo do poço da ignomínia com esse projeto, mas como é de costume, verificamos que esse “fundo” é só mais uma etapa e o buraco sem fim.
De fato, desde que vieram à tona os mega escândalos da Operação Lava Jato, chegamos à conclusão de que somos realmente um país surreal em matéria de miséria humana, conforme tem demonstrado as investigações da polícia ao dissecar em público as entranhas de nossas elites dirigentes. Nesse país em eterna formação, os únicos vícios que parecem fazer sombra à cobiça dessa gente são a vaidade e a arrogância gigantes. Exemplo desse pecado capital pode ser encontrado em toda a parte, mesmo onde menos se espera.
Projeto de Lei de autoria do deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), feito de encomenda pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), estabelece uma tal “norma sobre a posição topográfica dos advogados nas audiências de instrução e julgamento.” Em outras palavras, isso quer dizer que os advogados pleiteiam ficar situados, nas salas de audiência, num mesmo plano ou nível de importância que os magistrados.
Essa situação, um tanto exótica, faz lembrar o filme O Grande Ditador, de 1940. Escrito e dirigido por Charles Chaplin, o filme retrata com humor ácido, o nazismo e o fascismo em pleno apogeu naquela época. Numa das cenas, Hynkel (Hitler) busca humilhar Napaloni, que seria Mussoline. Ao recebê-lo para uma conversa, aguardou que Napaloni se sentasse. Durante o encontro com o ditador alemão em Roma, o visitante só podia sentar-se em uma cadeira muitos níveis abaixo, donde poderia Hynkel, de cima, olhar com maior autoridade. Guardadas as devidas proporções, o que vemos hoje é a mesma vaidade desimportante.
Assista à cena em: Le dictateur – La rencontre des deux dictateurs
A frase que foi pronunciada:
“Uma coisa é estar dentro da lei, outra é estar sob a lei. Os que estão dentro da lei são livres, os outros são escravos.”
Santo Agostinho, um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo.
Nova reforma
É chegado o momento, com a reforma trabalhista, de se discutir a modernização dos sindicatos brasileiros à luz do que vem sendo feito em outras partes do mundo, onde essas entidades já encontraram, nos valores democráticos universais, novas formas de organizar as classes trabalhadoras, libertas das ideologias partidárias.
Velha Brasília
Quem viveu naquela Brasília, onde todos se conheciam e eram solidários, desencanta ver as cenas de violência crescentemente veiculadas por todas as mídias. Houve tempo em que, por exemplo, o engenheiro Kleber Farias Pinto ia ao aeroporto apenas para dar carona para os recém-chegados à capital. A solidariedade falava mais alto que a selvageria.
Educação
Muita gente não sabe, mas o colégio Militar Pedro II, coordenado pelos Bombeiros, é aberto à comunidade. A escola recebe crianças a partir de 4 anos até o 3º ano do Ensino Médio. Veja mais informações no site: https://www.cmdpii.com.br/index.php.
Programa
Com entrada franca, hoje e amanhã é dia de concerto no auditório do Centro Cultural da ADUnB, às 20h. A entrada é gratuita. O convite é da UnB, que recebe Coros convidados. A iniciativa é uma parceria da UnB com o Coral Cantus Firmus, Grupos de Regentes de Coros de Brasília e os participantes do I Encontro de maestros Brasil/Argentina.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Hoje, muitas obras foram recomeçadas. Vi outro dia dr. Vasco Viana de Andrade, e ele me disse que está mandando fazer cem quilômetros de calçadas, e mais do que isto, de meio fio. (Publicado em 30/11/1961)