Tag: Brasília
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Aos poucos, o noticiário vai abrindo espaços para os efeitos trazidos pelo processo de quarentena sobre a economia. Não só no Brasil, mas em todo o mundo. Aos poucos também, a pandemia vai cedendo lugar às análises de economia. Na batalha final entre os gráficos da vida e da economia, a orientação das curvas prossegue ainda em sentidos contrários. À medida que sobem os índices de internados e mortos em decorrência da virose, decaem os números na economia, indicando aquilo que alguns temiam como uma premonição.
Em algum ponto do tempo e espaço, a performance dessas linhas irá se cruzar mais uma vez. No primeiro cruzamento, a linha de infectados, que subia, interceptou a linha da economia que declinava. Num segundo momento essas linhas farão o caminho inverso, com o declínio no número de mortos e uma escalada nos índices econômicos, mas isso, preveem os mais otimistas, acontecerá somente a partir do final do segundo semestre de 2021. Até lá, o que se projeta é uma recessão mundial, que para dizer o mínimo, será inesquecível, como foi a de 1929, que antecedeu e acelerou todo o processo que culminou com a Segunda Grande Guerra. Muita gente que considera uma afronta trazer para o debate dois assuntos aparentemente díspares, no que seria um desrespeito à vida humana, se esquecem que sem a saúde da economia, as possibilidades de uma existência minimamente digna são desprezíveis ou inexistentes.
A piorar uma situação vindoura nos números da economia, é preciso lembrar ainda, que bem antes do alastramento do vírus pelo mundo, muitos analistas, que se dedicam a estudar a saúde da economia mundial, já alertavam para uma imensa bolha que se formava, por conta do desencontro imenso entre o lastro real das moedas, versus um sistema financeiro que parecia estar negociando com riquezas abstratas e virtuais.
Um desses indicadores de uma economia de fantasia seria representado pelo o que os economistas chamam de índice de volatilidade. A questão nesse caso específico é que praticamente todas as economias mundiais, com exceção da chinesa, parecem compartilhar o mesmo destino de paralisação das máquinas de produção, o que coloca uma boa parte do planeta num mesmo patamar deficitário ou de pobreza.
Sobre essa questão, somente um rearranjo em âmbito mundial poderá abrir caminhos para uma melhora nas economias nacionais. Esse é também um problema que nos remete ao passado imediato que muitos querem hoje ver esquecido. Trata-se da globalização das economias e seus efeitos nefastos às economias nacionais, principalmente no que diz respeito a questões de soberania, dependência e outros quesitos, que bem ou mal nos conduziram até aqui, nessa quarentena forçada e que poderá ser, ao mesmo tempo um remédio para a pandemia, e um veneno para o futuro de nossas vidas.
A frase que foi pronunciada:
“Cada povo tem na sequencia histórica a sua função, no vario e grande drama da civilização o seu papel. Uns em cada momento na evolução da humanidade são protagonistas e heróis a outros cabem, no complemento e execução da obra comum, ofícios mais modestos, mas não menos necessárias atribuições. É o princípio harmônico e fecundo da divisão do trabalho aplicado à cooperação mútua das nações, no empenho de fundir e aperfeiçoar a civilização no decurso das idades. E deste modo a noção da pátria individual se esconde na penumbra da humanidade.”
Latino Coelho, general do exército português. Lisboa, 1825-1891
Livro
Lançado, em tempos de coronavírus, o livro com áudios on-line “Solfejo Racional – O método completo e definitivo do professor Bohumil Med. Detalhes a seguir.
Pauta
No Brasil e no mundo, o turismo é um dos setores vitimados pelo Covid-19. Mas o visitante que precisou adiar a viagem pela comemoração do aniversário de Brasília pode, por enquanto, visitar virtualmente as instalações do Congresso Nacional, com seu acervo cultural e histórico distribuído por salões, corredores e gabinetes. Basta acessar a visita virtual por meio do site Visitas Virtuais. Ali são mostrados todos os espaços que fazem parte das tradicionais visitas guiadas.
Aplausos para a cidade
Bruno Mello, apresentador da CBN abriu uma campanha muito carinhosa para o aniversário de Brasília. Ele sugere o maior aplauso do mundo, no aniversário da cidade. No dia 21 de abril às 19h, pare aonde estiver e bata palmas para a cidade que acolheu você.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Há, entretanto, uma solução, e esta está contida numa exposição de motivos feita pelo sr. Felinto Epitácio Maia, ao então presidente Jânio Quadros, para a construção de casas num plano de quatro anos. (Publicado em 05/01/1962)
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Em meio à toda mega crise gerada pela pandemia do Covid-19, um fato desolador pode ser facilmente constatado pelos brasileiros, de Norte a Sul desse país: nossas autoridades, indiferentemente a que partidos pertençam ou a que cargos ocupem na estrutura do Estado, seja federal, estadual ou municipal, nenhuma delas parece verdadeiramente sensibilizada com o drama vivido pela população.
De fato, o que a maioria dos governantes, legisladores e juristas têm feito durante essa crise é cumprir rotinas burocratas, de acordo com o que especifica a cartilha oficial para casos de calamidades e sinistros. Nada mais. Por detrás dessas ações obrigatórias e em função do cargo que ocupam, a vida, para essa gente, segue sem maiores atropelos, distante do mundo real das ruas. A pseudopreocupação que esboçam em público, é pura pantomima. Quando muito alterou-lhes alguns dos planos pessoais que almejavam, a crise parece ter atingido apenas as autoridades com o pensamento nas próximas eleições.
No Legislativo, a pandemia, como não podia deixar de ser, tem servido de pretexto para a elaboração de uma extensa pauta de interesse das bancadas e principalmente do chamado Centrão, uma união ocasional e cobiçosa de parlamentares em torno de objetivos de interesses próprios, muitos dos quais, inconfessáveis. Com a possibilidade agora de legislarem à distância, as lideranças dessas bancadas, verdadeiras raposas políticas, têm usados de suas prerrogativas para turbinar seus mandatos, aplainando o caminho às eleições vindouras. Para tanto, estão colocando nos ombros dos contribuintes de quarentena a futura conta salgada dos pacotes bombas que costuram em acordos e conchavos longe dos holofotes.
No Judiciário, sobre tudo nas altas cortes, os magistrados têm aproveitado a situação pandêmica para pôr em liberdade os mais destacados e ilustres corruptos desse país, todos devidamente contemplados com as mordomias da prisão domiciliar. Mesmo no Executivo, a crise de saúde pública não foi capaz de amainar os ânimos e a animosidade política, com o presidente, mais uma vez, caindo na armadilha de parte belicosa da imprensa e colocando, aparentemente, todo o batalhão do Ministério da Saúde em posição de retirada da guerra contra o vírus.
Mesmo se dizendo preocupado com a onda de desemprego que se anuncia ao término da pandemia, o presidente Bolsonaro, em momento algum, tem incentivado a indústria nacional a fabricar os insumos que necessita para combater a doença. Preferiu, isso sim, comprar mais de 240 milhões de máscaras da China, a grande protagonista dessa agonia mundial, ao invés de mandá-las fabricar nas centenas de empresas de confecção nacional que estão às moscas desde fevereiro.
Ninguém nesse mundo aparte das autoridades abriu mão, até o momento, de mordomias, altos salários, abonos, penduricalhos e outros extras que recebem, graças a uma bem azeitada máquina de arrecadar impostos e tributos escorchantes.
A frase que foi pronunciada:
“Um dia ele me disse que era uma pena que os homens tivessem que ser julgados como cavalos de corrida, pelo seu retrospecto.”
Rubem Fonseca (Juiz de Fora, 11 de maio de 1925 – Rio de Janeiro, 15 de abril de 2020) foi escritor e roteirista brasileiro.
Simples assim
Quem leva um concurso a sério dedica, no mínimo, dois anos da vida, abrindo mão de reuniões de família, festas, viagens, passeios e até trabalho. Quem estuda para concurso abdica de tudo para atingir um só objetivo: estar na lista dos aprovados. O que rege um concurso é o edital. Quanto mais séria a banca, menos margens para interpretações. O que acontece no momento é que muito mistério ronda o concurso da SEDES. Mudaram a regra no meio do jogo sobre as questões anuladas. Quem fez mais pontos em conhecimentos básicos foi prejudicado. O TCDF acatou a tese de que o edital é soberano. Por unanimidade! Mas Paulo Tadeu, o relator do processo, ignorou a opinião dos colegas e, em seu voto, soltou um jabuti que fez com que a celeuma voltasse à estaca zero. Não é questão de justiça. Bastava obedecer às regras do edital com honestidade, como votou o Tribunal de Contas do DF.
Os fortes
Paradoxalmente, o isolamento social tem despertado o senso de comunidade e de pertencimento que há tanto estava adormecido. Proposta pelo ator Caco Ciocler a “lista Fortes”, nome que faz alusão à lista Forbes, divulga empresas que destinarem parte significativa dos lucros obtidos em 2019 para o combate ao novo coronavírus no Brasil. A inciativa do ator, que abriu mão do cachê para divulgar essas empresas em suas redes sociais, tem dado bons frutos, com diversas companhias aderindo com doações em valores substanciais para o combate ao coronavírus no Brasil.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Aí, então, alugariam os imóveis a preços elevados, e obteriam lucros a custos da especulação imobiliária. (Publicado em 05/01/1962)
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Quando uma crise, grave e complexa, como a atual pandemia, passa a gerar no seu interior outras crises de igual complexidade e gravidade, é sinal de que o problema pode ter atingido patamares totalmente fora do controle. Nesse caso, a crise passa a ganhar vida própria, arrastando tudo e todos num redemoinho. É esse justamente o cenário encontrado pela pandemia de Covid-19 no Brasil. Os constantes desentendimentos entre os poderes da República, fenômeno que vem ocorrendo desde que o chefe do Executivo se negou a dar continuidade ao nefasto modelo de presidencialismo de coalizão, tem sido, junto com a pandemia, um gerador de crises institucionais que, ao que tudo indica, ainda está longe de um desfecho favorável a todos.
Até aqui frustrada, o que resultou da tentativa de implantação de um novo sistema de governabilidade, proposto pelo Executivo, foi o rompimento da harmonia artificial e instável que existia entre Poderes, deflagrando assim uma disputa aberta por hegemonia e maior protagonismo na condução do Estado. Não surpreende que num cenário instável como esse, a crise da pandemia passasse a ser contaminada também pelos efeitos desse desarranjo institucional, ganhando ainda contornos político partidários.
Uma leitura atenta nos noticiários diários, indicam que a pandemia tem sido colocada como pano de fundo para disputas de toda a ordem, mas cujo o denominador comum se centra numa tese simplista: os resultados no combate à pandemia estão diretamente ligados ao futuro do governo. Em outras palavras, para aqueles que torcem pelo naufrágio do atual governo, o vírus passou a ser um aliado em potencial e que pode, por linhas tortas, fazer o trabalho que as oposições, das esquerdas ao Centrão não têm conseguido.
Sob o pretexto de agirem em defesa da crise de saúde pública que se anuncia, pacotes econômicos, como o aprovado agora na Câmara dos Deputados, destinando R$ 80 bilhões aos cofres estaduais, vão sendo aprovados à toque de caixa, mesmo contrariando orientações do Ministério da Economia, que enxerga, lá na frente, consequências sérias para o país. Ações mais simples e com resultado muito positivo e expressivo para o combate à pandemia, como é o caso da destinação dos fundos partidários e eleitorais para a saúde, não foram sequer discutidas ou mesmo admitidas. A tentativa e insistência do presidente da Câmara, em alcançar um protagonismo de relevo dentro dessa crise, tem chamado a atenção de analistas políticos e independentes, que enxergam nessas atitudes apenas manobras no campo político para reunir e angariar forças para se contrapor ao Palácio do Planalto.
Pelo sim, pelo não, a própria pandemia vai ficando em segundo plano aos cuidados apenas dos médicos e enfermeiros, esses sim os heróis desse combate.
A frase que foi pronunciada:
“O demônio foi o primeiro inventor da razão do Estado e do duelo, que são os dois revoltosos do mundo.”
Miguel de Cervantes foi um romancista, dramaturgo e poeta castelhano.
História
No auge da propagação de varíola, Edward Jenner viu que as tetas das vacas tinham feridas idênticas as provocadas pela varíola nos humanos. Na realidade, era uma versão mais leve da doença. Em maio de 1796, quis saber se a sabedoria popular estava certa. Havia a crença de que a gente que trabalhava com o gado não contraía varíola. Tanto era assim que os que ordenhavam as vacas tinham uma forma mais branda da doença. James Phipps, uma criança de oito anos foi testado. Jenner inoculou James Phipps com as bolhas das mãos de uma mulher que havia contraído varíola. O menino teve febre, mas logo se recuperou. Edward Jenner testou material de outras feridas no garoto que não desenvolvia a infecção completa da varíola. Foi descoberta assim, a imunização.
Primeiros passos
Em 1838 houve uma epidemia de tifo na Prússia. Samuel Hahnemann, fundador da homeopatia, formulou uma maneira de impedir o avanço do mal com o ‘gênio epidêmico’. Hahnemann criou o conceito de “gênio epidêmico”, que se sustenta na seguinte ação: para medicar uma doença epidêmica, é necessário, antes de tudo, anotar os sintomas que diversos doentes apresentam. Geralmente a homeopatia busca a pessoa dentro da doença. E não o contrário. No gênio epidêmico, o que se procura é a imagem da doença e não a pessoa na doença.
Hoje
Quantidade de substância é a diferença entre a vacinação alopática para a homeopática. No medicamento do gênio epidêmico não existe matéria, daí a briga da medicina alopática. Hoje em dia, o Dr. Rajan Sankaran, médico homeopata mais respeitado do mundo, inovou em relação ao coronavírus. Pediu para os médicos da filial da escola dele no Irã mandarem os sintomas da doença, exatamente como ele orientou. A equipe chegou ao gênio epidêmico do coronavírus no Irã, que foi muito semelhante na Índia. Autoridades nomearam o Dr. Sankaran como o responsável pelo controle da pandemia pela visão homeopática.
Estudos
Cânfora, uma planta tóxica se usada sem suporte científico, pode levar à febre, taquicardia, alterações respiratórias, vômitos e náuseas, hepatite tóxica e inflamação nos músculos. Na dose certa, ditada pelos médicos homeopatas, a cânfora foi administrada em pessoas. Atingiram uma grande quantidade de sintomas em todas as esferas; físicas, sensoriais, emocionais. Ao administrar a canfora à imagem do coronavírus, você provoca o perfil comportamental espelhado em cânfora.
Dúvida&Ciência
A Associação Homeopata Médico Brasileira está chegando a um estudo do que seria o gênio epidêmico brasileiro do coronavírus depois das mutações sofridas. Não seria vacina, mas uma homeoprofilaxia. Ninguém pode dizer que funcione 100%, assim como as vacinas também podem não ter esse resultado. O importante nisso tudo é resumido por Michael Friedmann: A ciência é a cultura da dúvida.
Pauta
Esse é o resumo de uma conversa que tivemos com o Dr. Edson Saraiva, que estará se reunido com médicos de várias partes do mundo nessa semana, em teleconferência, para discutir o assunto.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E criaria muitos problemas para o governo. Funcionários sem capacidade financeira, não perderiam a oportunidade de compra, e, quando não pudessem pagar criariam casos nas suas repartições até que fossem transferidos para o Rio. (Publicado em 05/01/1962)
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Não bastassem as agruras vividas por todos, por conta da Covid-19, mais um problema, esse também de enorme gravidade, paira no ar e, mais uma vez, aflige as pessoas idosas. Trata-se da questão da continuidade tanto dos seguros de vida e de sinistros, como dos planos de saúde, conforme estabelecidos nos atuais contratos. De saída, é preciso notar que a excepcionalidade do momento, no Brasil e no mundo como um todo, deverá impor, às empresas que administram esses negócios, um comportamento absolutamente profissional, isso é, muito mais o ponto de vista humanitário e urgente, do que pelo lado econômico. A questão é: como fazer esses seguros e planos de saúde funcionarem a contento diante da perspectiva de enormes perdas que se anunciam.
Nesse sentido, tão danoso como não ter condições de prestarem os serviços necessários à que se destinam é o fato dessas empresas perderem a capacidade de bancar financeiramente esses serviços, por conta da inadimplência e outros imprevistos que estão por vir. Exemplos históricos lembram que é justamente em tempos de grandes catástrofes que as empresas, que operam nesses ramos, demonstram não apenas a sua solidez e o seu profissionalismo, como o seu poder e a sua capacidade de honrar contratos.
Esse foi o caso específico do grupo segurador Lloyd’s os London, que no ano de 1906, quando praticamente toda a cidade de São Francisco, na Califórnia, foi destruída por um terremoto de 8,6 na escala Richter, seguido de enorme incêndio que reduziu a cinzas o que que restara, pagou, sem contestações todos os segurados pelo grandioso sinistro, raspando até os fundos dos cofres. Com essa atitude a seguradora ganhava respeito e se consolidaria, definitivamente, em terras americanas.
Para aqueles empresários que seguram suas empresas contra sinistros de toda a ordem, a questão só será resolvida com muita briga na justiça, mesmo que muitos contratos excluam os casos de pandemia, guerras e terremotos. Pela novidade da questão entre nós, essas coberturas terão os tribunais como o único meio possível. No caso dos planos de saúde privados, que contemplam mais de 47 milhões de beneficiários no Brasil, ou um quarto da população, existem ainda uma série de dúvidas a serem devidamente pacificadas.
Sabe-se que os planos de saúde devem, de modo geral, cobrir o atendimento para pacientes confirmados com o COVID-19. Tratamento esse, diga-se de passagem, que normalmente tem incluído ao menos duas semanas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), o que normalmente resulta em uma alta conta hospitalar. Do diagnóstico ao tratamento da doença, todo o atendimento deve ser prestado por essas operadoras. Pelo menos é o que rezam a maioria dos contratos.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) tem afirmado que vem acompanhando essa situação inusitada, recomendando que os planos de saúde prossigam atendendo os beneficiários durante todo o evento de pandemia, a fim de evitar que planos sejam suspensos ainda durante a crise de pandemia, o que seria um desastre tanto para o segurado como para as empresas e, de quebra, para o sistema público de saúde, já sobrecarregado. Como a situação é nova e surgiu como que de repente e sem aviso, por certo muitas pendências sobre esses problemas também irão acabar nos tribunais.
No entanto, para aquelas empresas que conseguirem, dentro do labirinto burocrático do Estado, sobrevier incólumes à pandemia, cumprindo todos seus contratos, o prêmio, por certo, será a consolidação de sua marca no Brasil. Para aquelas outras empresas, acostumadas ao tradicional protecionismo das autoridades e das agências reguladoras de saúde, a pandemia do Covid-19 prenuncia um fim de linha seguro e certo.
A frase que foi pronunciada:
“Se quer ir rápido, vá só; se quer ir longe, vá em grupo.”
Provérbio africano
Em falta
Pacientes com doença cardiovascular, usuários diários do medicamento Atorvastatina Cálcica 40 mg, não o estão encontrando nas drogarias há mais de 60 dias. Laboratórios, afirmam que não há desabastecimento do medicamento. No entanto, as drogarias enfatizam que não está sendo fornecido para o mercado de Brasília. A questão é levantada pelo leitor Renato Prestes.
Embrapa
Nada melhor para a mente do que trabalhar a terra. Com um curso especial para o confinamento, a Embrapa, via online, mostra como fazer horta em espaços pequenos. Veja as dicas em Embrapa abre inscrições para o primeiro curso on-line de Hortas em Pequenos Espaços.
TCU
Em resposta à coluna sobre a responsabilidade do TCU frente o controle das verbas em face da pandemia, a assessoria de imprensa nos enviou o planejamento da instituição sobre o assunto. Acompanhe a seguir.
–> Email enviado à coluna:
Sobre sua coluna “Em tempos de pandemia, olho vivo nos cofres públicos”, esclarecemos a atuação do TCU em relação aos indícios de corrupção apurados na operação Lava Jato neste link aqui.
Quanto à situação emergencial vivida em meio à pandemia do Covid-19, seguem dois arquivos. O primeiros trata-se de comunicação da presidência do TCU ao Plenário, na sessão do dia 8 de abril, sobre Plano Especial de acompanhamento das ações de combate à Covid-19 e às suas consequências. O segundo apresenta a lista de 27 acompanhamentos que serão realizados pelo Tribunal.
Estamos à disposição em caso de dúvidas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A venda de apartamentos é uma medida condenável, principalmente no momento, há um ano distante do novo Congresso. Ademais, o dinheiro arrecadado pelos Institutos não iria nunca para novas construções, mesmo porque seria muito pouco, uma ninharia a mais, além dos aluguéis. (Publicado em 05/01/1962)
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Particularmente, nesse domingo de Páscoa, experimentamos, mais do que em outro momento qualquer de nossa existência, o sentimento de uma travessia ou passagem (Pessach), talvez semelhante ao que vivenciaram os hebreus em sua peregrinação pelo deserto, durante o que parece ter sido uma quarentena por longas quatro décadas.
À semelhança daquele povo que fugia do cativeiro do Egito em busca da terra prometida de Canaã, estamos numa caminhada dentro de casa, em torno de nós mesmos, depois de aparentemente termos perdido, ou deixado para trás, um mundo que acreditávamos conhecer muito bem, mas que agora sabemos estranho, cheio de segredos e mentiras e mesmo hostil, por um lado, e solidário, patriota e cheio de esperanças e planos, do outro.
Embora tudo pareça estar em seus lugares costumeiros, há nesse instante, com os olhos que passamos a enxergar o mundo exterior, uma dúvida de que essa não é mais a paisagem e o lugar que pensávamos ser real. Como diria o velho Machado, em sua indagação mais profunda sobre o Natal, mas que poderia ser agora adaptada à Páscoa: mudaria a Páscoa ou mudei eu? Infelizmente o mundo segue indiferente às nossas agruras, estranhamente ignorando nossa aflição.
Notícias que chegam de toda a parte mostram que nossa casa, que é esse pequeno planeta, perdido no universo imenso, está até melhor com nossa ausência. O ar está mais puro, os animais estão mais livres. Mas sabemos também que aqueles, que sempre agiram nas sombras, não perderam tempo e estão tirando o máximo proveito da distração do mundo com o vírus e prosseguindo, como nunca, no desmatamento da Amazônia, atendendo ao grande volume de pedido externos de madeira. O lado ruim do mundo não dorme nem descansa.
Em resposta àqueles que buscaram saber como puderam os Hebreus vagarem por quarenta anos pelas areias escaldantes do Norte da África quase sem esmorecer, encontramos uma justificação simbólica, mas poderosa: eles eram guiados nessa passagem de um mundo para outro, do cativeiro para a liberdade por um líder escolhido pelo próprio Deus e que era sentido por todos por meio da fé. A fé que para muitos é algo irreal e místico, distante da fatualidade científica, é combustível que move o motor do espírito. De posse da fé de que havia à frente um mundo novo, onde a liberdade era um verdadeiro maná de Deus, nenhum obstáculo terreno seria intransponível.
Essa mesma fé, nem tanto espiritual, dos navegantes da Idade Moderna, conduziu-os ao Novo Mundo. Da mesma maneira os primeiros peregrinos deixaram a Europa em busca de uma nova vida na América recém-descoberta, longe das perseguições políticas e religiosas, necessitamos, desesperadamente agora, desse ânimo ou alma para descobrir, talvez um novo mundo, já que o antigo teremos que forçosamente deixar para trás.
O fato de o planeta voltar a respirar melhor com nossa ausência demonstra que temos sido, nós mesmos, o vírus que vem assolando o planeta desde que nos organizamos em sociedade. Podemos entender agora que até a Revolução Industrial, que pensávamos ser a libertadora do homem e da escravidão, apartou-nos do mundo, transformando-nos em danosos predadores e consumistas vorazes. Temos, por força das circunstâncias mortais, que nos transformar em agentes por um novo planeta. Não é tarefa pequena, mas esse trabalho hercúleo que nos espera pode agora, mais do que em outras oportunidades, ser distribuído igualmente pela humanidade enclausurada.
À certeza de que o planeta não necessita de nós para continuar girando no espaço, podemos apenas nos contentar com a resposta de nosso ego que diz: de que valeria todo esse mundo, sem a nossa presença e a capacidade que temos de refletir sobre essa importância?
A poesia que foi declarada:
“Está escuro porque você está se esforçando demais. Criança levemente, levemente. Aprenda a fazer tudo de ânimo leve. Sim, sinta-se levemente, mesmo sentindo profundamente. Apenas deixe as coisas acontecerem levemente e lide com elas. Então jogue fora sua bagagem e vá em frente. Existem areias movediças ao seu redor, sugando seus pés, tentando sugá-lo ao medo, à autopiedade e ao desespero. É por isso que você deve andar tão levemente. Levemente minha querida … ”
Aldous Huxley, escritor ingêns em Ilha
Reta final
Nos dias 13 e 17 de março, esta coluna abriu a discussão sobre o polêmico concurso da SEDES-DF. No dia 01 de abril, saíram as últimas decisões. Todos os conselheiros do TCDF votaram pelo sistema proporcional de pontuação, conforme traz o edital do certame. No entanto, nos últimos dois parágrafos do seu voto, o relator Paulo Tadeu acrescentou uma observação que está agitando os concurseiros. Veja a seguir.
Burocracia virtual
Para gerar a segunda via da conta da Caesb, o portal interativo e amigável agiliza o comando. Já na CEB, é preciso usar a barra de rolagem, o que nem sempre é lógico para os usuários. O que aparece primeiro é um login e senha para se cadastrar no portal, absolutamente desnecessário, visto que o clique para a segunda via da conta foi jogado para o final da página.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os moradores da superquadra 409/410 pedem a construção de uma escola e alegam que uma superquadra dupla merece uma escola, perfeitamente. (Publicado em 05/01/1962)
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Em meio a um conjunto imenso de problemas, disseminados nas mais diversas instâncias do Estado por conta da pandemia do Covid-19, um em especial, tão grave quanto a questão da saúde dos brasileiros, diz respeito ao modo como irão se processar o acompanhamento e a fiscalização dessa verdadeira montanha de recursos públicos, que, oficialmente, está sendo liberada ou mesmo prometida a todo o instante.
Essa questão obviamente diz respeito à saúde econômica do próprio país e que, todos devem saber, tem ligações estreitas com a saúde dos cidadãos. De fato, esse é um ponto, que, dada a sofreguidão do momento, tem passado despercebido e até sido deixado de lado. Trata-se aqui de uma discussão que pouco interessa àqueles que não perdem oportunidades, nem nas horas de maior aflição, para extrair vantagens de todo o tipo.
Por outro lado, esse passa a ser um problema ainda mais angustiante quando se conhece a tradicional inoperância e mesmo pouca dedicação que os Tribunais de Contas dão aos gastos públicos, seja por falta de pessoal técnico suficiente para vistoriar, seja pelo nefasto aparelhamento político desse órgão e suas ligações, digamos, frágeis, com o Poder Legislativo. Apenas à guisa de exemplo dessa miopia proposital com o dinheiro do contribuinte, basta recordar um fato um tanto prosaico: durante quase duas décadas do início desse século, esse Tribunal especializado não foi capaz, em momento algum, de acender a luz vermelha de suspeição e dúvidas, quando bilhões de reais, silenciosamente, escorreram dos cofres da nação para o ralo sem fundo da corrupção.
Foi necessário, nesse caso, o trabalho solitário de um juiz de primeira instância do Paraná para estancar essa sangria. A mesma displicência vale para a Receita Federal e para o sistema financeiro do país, sempre cegos a grandes movimentações de fundo político, mas atinadíssimos quando se trata de fiscalizar centavos dos mortais contribuintes que suam para ter o pão de cada dia honestamente.
Toda essa preocupação toma ainda uma feição mais pavorosa e preocupante quando chega a informação de que a Câmara dos Deputados, via Centrão, tem devotado um esforço, até fora do comum, para aprovar, em meio à crise e por votação à distância, um amplo pacote denominado Plano Mansueto, para socorrer especificamente estados costumeiramente inadimplentes, permitindo, entre outras medidas, prorrogar a capacidade de pagamento das dívidas, de modo a enquadrarem esses entes da federação dentro do Regime de Recuperação Fiscal.
Tudo, obviamente, na sequência da pandemia, quando as atenções da nação estão focadas na questão da saúde. Trata-se aqui do famoso jabuti, com roupagem da grife da Covid-19. Sem o estabelecimento de um modelo extraordinário de fiscalização e acompanhamento desses recursos que vão sair dos cofres públicos, por conta do momento de emergência e ainda mais em ano eleitoral, quando a classe política está ouriçada com as campanhas, todo o cuidado é pouco, tanto por parte dos cidadãos que vão votar em urnas inauditáveis como por parte do governo, que lá na frente poderá ser acusado de crime contra a ordem econômica ou coisa que o valha.
A frase que foi pronunciada:
“O coronavírus encheu os hospitais do DF de médicos, leitos, material cuidados, desinfecção, planejamentos, solidariedade. E o melhor. Sem pacientes até agora.”
Enfermeira de plantão
Relaxe
Fernando Fernandes, de 27 anos de idade, é o autor da plataforma Good News Coronavírus, com mais de um milhão de acessos, trazendo só notícias boas sobre o assunto. Confira em Conheça o Good News Coronavírus.
Atitude
Eu estou aqui e você também. Trata-se de uma iniciativa do instituto tocar em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF, para promover apoio aos moradores de rua que estão reunidos no autódromo. Precisam de doações! Vejam mais detalhes para as doações no grupo do WhatsApp. Eles buscam tudo para você.
Cultura
Coisas boas que apareceram com o coronavírus. Uma lista com centenas de cursos online, alguns gratuitos, e programação do maestro Barenboim, ao piano, celebrando os duzentos e cinquenta anos de Beethoven. Barenboim é o maestro ovacionado por construir uma orquestra com jovens palestinos e judeus. Veja a lista na página: Listamos 1156 cursos em português com certificado gratuito, para você aprender em casa.
Ruído
Não bate a notícia de que o embaixador Georg Witschel, da Alemanha, está convocando os cidadãos que se encontram no Brasil em viagem para voltar imediatamente para a Alemanha. O que diz no portal da embaixada em Brasília é para permanecerem onde estão. Veja no link IMPORTANTE: Está imediatamente proibida a entrada na Alemanha, a princípio, pelos próximos 30 dias!.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Estão em São Paulo, os representantes do Movimento do Rearmamento Moral. Gostaram do Brasil, os meninos. Há um índio, que faz o papel de um trabalhador fichado em São Paulo, para ser o representante dos trabalhadores no Partido Socialista. Tinha casa e comida para não fazer nada, e, nas sessões, sentar-se à mesa como representante classista. (Publicado em 04/01/1962)
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Quando se diz, com razão, que Deus ri de quem faz planos, é porque essa não é a primeira vez, nem será a última, que projetos, elaborados às vezes nos mínimos detalhes e com grande esmero, são facilmente evaporados quer pelas vicissitudes da vida ou mesmo pela indiferença do tempo, para quem nada, nem ninguém é para sempre.
Esse parece ser exatamente o que está por ocorrer com as próximas eleições. Quis o acaso que a data prevista em lei para a realização de todo o calendário eleitoral de 2020, onde seriam decididos os destinos políticos de mais de cinco mil municípios brasileiros, trombasse de frente com a maior pandemia de todos os tempos, aprisionando grande parte da humanidade em casa e apontando para o que possivelmente poderá se transformar na maior recessão econômica já experimentada em séculos. Para início de conversa, isso não é pouca coisa. Com certeza é infinitamente maior que qualquer pleito eleitoral. É também bem mais grave.
Para o mundo miúdo e até não inteligível dos políticos, esse parece ser apenas um contratempo menor, de fácil solução. Tanto é que, mesmo diante do iminente naufrágio do transatlântico Brasil, eles insistem em ficar agarrados ao baú pesado do fundo eleitoral e partidário, indiferentes ao encontro da fatalidade. Tanto o calendário como os recursos estão a salvo. Pelo menos é no que acreditam. Enquanto as águas do dilúvio invadem furiosas o convés, nossos políticos seguem na proa contando os niqueis, como num butim onde a divisão do rapinado é feito ao som das sirenes da lei que se aproxima.
De fato, quais propostas e tipos de campanha podem ser realizadas ainda esse ano? Que novas promessas podem ser alardeadas? Que espécie de eleitor ainda dá ouvidos a esses cantos de sereia? Da mesma forma, como dizia o filósofo de Mondubim repetindo Einstein, “Deus não joga dados”, significando, com isso, que não há acasos e tudo acontece numa sequência lógica de causa e efeito, o que obviamente foge à compreensão do pragmatismo do mundo político.
Contrariamente à noção de que não possuímos controle sobre as forças da natureza, temos ainda que acreditar na capacidade de administrar nossas vidas e nossas agruras em sociedade, prescindindo da ação desse modelo político que aí está, de pé sobre os escombros, discursando para o vazio.
A transformação dos debates sobre o combate à pandemia e seus reflexos na vida do país foi apequenado claramente por disputas políticas, num prenúncio do que está por vir em outubro com suas urnas inauditáveis.
Para a população, a simples transformação improvisada e emergencial de nababescos e inúteis estádios de futebol em hospitais de campanha, feito de lona, demonstra, na prática, a distância imensa entre o que pretende a classe política, com essa e outras eleições, e o que necessitam os brasileiros hoje e sempre. Enquanto permanecemos todos dançando uma melodia misteriosa, entoada à distância por um invisível jogador (Deus), o melhor, por agora, é recolher as urnas.
A frase que foi pronunciada:
“Daqui a vinte anos, você ficará mais decepcionado com as coisas que não fez do que com as que fez.”
Mark Twain, foi um escritor e humorista norte-americano crítico do racismo.
Uma lástima
Fale com o Administrador é o nome do grupo do WhatsApp para resolver questões comunitárias do Lago Norte. Um pequeno exemplo do que ocorre no campo das ideias nesse país. O nome do grupo não poderia ser mais claro. Interessante notar que quando as pessoas seguiam as mínimas normas de civilidade, bastava postar uma reclamação com a foto, esclarecendo sobre o fato, e rapidamente o administrador Marcelo Ferreira da Silva e sua equipe providenciarem a melhoria do local. Maçãs podres infiltradas trazendo a dissidência do grupo, com assuntos não pertinentes às solicitações feitas à administração, exaltadas até com palavrões, mancharam a ideia inicial prejudicando a todos. Independe de classe social, a educação nada tem a ver com conta bancária. Conseguiram com que ninguém suporte mais participar da iniciativa. Roubaram uma ferramenta poderosa entre moradores e governo. Vamos acompanhar como reagem os interessados em manter o nível do grupo.
Primeiro passo
Por falar em Educação, a série do Brasil Paralelo: Pátria Educadora precisa de financiadores para o Plano Patriota, R$10 por mês. Veja a seguir que trabalho cirúrgico sobre a educação no Brasil. O caos, o caminho por onde a verba da educação vai sendo talhada, tudo de forma científica, didática e apolítica. Investimento que pode resolver o futuro dos seus netos.
–> Plano Patriota
–> Capítulo 1
–> Capítulo 2
–> Capítulo 3
Direito inviolável
Um vídeo divulgado pelo centro de aprendizagem do The Life Institute mostra como reage um feto durante o aborto. A tecnologia desse século permite o acompanhamento de imagens chocantes. Pelos depoimentos científicos, fica claro que o primeiro caso, Caso Roe contra Wade (nascido de uma mentira, diga-se de passagem), onde a Suprema Corte Norte Americana autorizou o aborto, poderia ter um destino diferente. Há vida indefesa, há sofrimento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Ainda sobre árvores: no caminho do aeroporto, foram abertas 172 covas para árvores. Foram colocadas as mudas, mas apenas 67 covas foram fechadas. As mudas das 105 restantes estão há uma semana ameaçadas de morrer, porque não terminaram o serviço. (Publicado em 04/01/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Tão chocante quanto a atual pandemia é a omissão e a insensibilidade de boa parte da classe política nacional. Indiferentes e incapazes de demonstrar gestos, mínimos, de solidariedade, diante de um quadro que parece se agravar a cada dia, nossos políticos, em todas as esferas, municipais, estaduais e federais ainda não foram capazes de, por livre e espontânea vontade, abrir mão de parte de seus polpudos rendimentos para ajudar no enfrentamento da maior crise de saúde pública, já experimentada pelo Brasil em toda a sua história.
No Legislativo federal, foi preciso a intervenção heroica e solitária do juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Cívil da Justiça Federal em Brasília, que determinou o bloqueio dos recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral que juntos somam mais de R$ 3 bilhões de reais para o combate à pandemia do Covid-19 e à seus reflexos posteriores, principalmente os de ordem econômica. Se a prestação de contas do candidato à presidência Jair Bolsonaro foi contabilizada como arrecadação de R$ 4.390.140,36, e gastos de R$ 2.456.215,03, ficando abaixo do teto legal permitido para os dois turnos do pleito presidencial, que era de R$ 105 milhões, está na hora de nossos políticos angariarem votos com ação deixando discurso e dinheiro de lado. Se todos os brasileiros foram obrigados a aprender com as limitações impostas pelo vírus, é hora de os representantes do povo fazerem o mesmo.
O presidente da Câmara, que anteriormente havia retirado de pauta qualquer discussão sobre esse assunto, não quis comentar essa decisão de primeira instância, na certeza de que nos tribunais superiores ela será revertida em favor dos partidos e das eleições que, segundo consta, ainda está nos planos de muitos políticos, ansiosos para serem reconduzidos, sem pleito e diretamente aos mandatos.
Mesmo que o calendário político não seja alterado, como creem, há ainda a possibilidade de estender os atuais mandatos, o que para muitos parlamentares, principalmente aqueles que estão mal cotados hoje, perante a opinião pública, é também uma grande notícia ou um presente. Nos bastidores da Câmara correm as conversas para que o atual presidente da Casa possa, contornando o regimento interno, por conta da pandemia, continuar na presidência por mais algum tempo, o que para ele e para seu grupo de apoio é também uma boa notícia.
Por certo, boa parte dos eleitores, principalmente aqueles de boa memória e que hoje se manifestam, fartos e contrários à um Estado perdulário, hão de reter na lembrança esses momentos de aflição em que o dinheiro da nação, oriundo dos pagadores de impostos, foi retido no legislativo, para custear partidos e eleições de pessoas que, já se sabe, não se pode contar, nem na hora da agonia.
A frase que foi pronunciada:
“Curar a doença britânica com socialismo era como tentar curar leucemia com sanguessugas”.
Margareth Tatcher, primeira ministra do Reino-Unido de 1979 a 1990.
Para a alma
Por falar no vírus, iniciativa da diretora do Senado, Ilana Trombka, agradou aos servidores e fez valer alguns importantes objetivos do Coral da Casa, regido por Glicínia Mendes: integrar servidores de diferentes níveis hierárquicos da Instituição e criar condições de maior humanização dentro da Casa, promovendo a motivação e a elevação do moral dos servidores com ótimo reflexo sobre a melhoria do ambiente de trabalho. Tudo o que se precisa em tempos de coronavírus. Pela intranet, os funcionários podem assistir apresentações já realizadas pelo grupo.
Bagunça
Também a seguir, um vídeo da professora Emília Stenzel mostrando a fila de um banco. Só uma pessoa com máscara, todos do lado de fora, aglomerados. A ordem só acontece da porta do banco para dentro.
Abuso de poder
Bancos que, num momento desses, cobram taxas impagáveis de cheques especiais poderiam pelo menos não divulgar os lucros no fim do ano. O que parece sucesso para uns, para outros, é uma vergonha.
Sindicondomínio
Senador Anastasia acatou o apelo do Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) e aprovou o Projeto de Lei 1.179/2020, dispondo sobre as regras transitórias de direito privado devido à pandemia de coronavírus. Os mandatos dos síndicos, encerrados em 23 de março, ficam prorrogados até outubro, o que evita a paralisação da movimentação de contas bancárias e, principalmente, a aglomeração dos condôminos em assembleias. O presidente do Sindicondomínio, Antônio Carlos Saraiva de Paiva, sugere que a Câmara, no exame do projeto, acrescente mais uma regra, possibilitando ao síndico criar programas para o depósito de resíduos sólidos de pessoas que estão sob suspeita ou contaminadas pelo vírus. No DF, são mais de 10 mil condomínios.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Uma recomendação ao dr. Vasco, diretor executivo da NOVACAP: As covas abertas para a plantação de árvores na W-3, em alguns casos, estão próximas demais a postes de iluminação. Parece que não vai dar certo uma árvore ligada a um poste. (Publicado em 04/01/1962)
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Com o advento e disseminação das mídias sociais em todo o mundo, ao menos duas verdades microscópicas, perdidas em meio a um oceano de fake news, podem ser encontradas: a primeira é que não se pode mais prescindir desses canais para a feitura de qualquer veículo de imprensa e comunicação. A segunda é que, mesmo entre as espumas e o mar agitado dessas redes mundiais, misturadas entre as ondas de fatos e ficções, há ainda verdades represadas oficialmente pelas autoridades e, naturalmente, ainda não divulgadas ao grande público. A esses fatos futuros, ainda em sua forma embrionária, são afixados rótulos dos mais diversos, com a intenção óbvia de desacreditá-los.
Muitas dessas notícias passam a ser classificadas como teorias da conspiração, ou simplesmente como fatos não verificáveis. Claro que a imprensa não pode se valer de informações não checadas para construir seus conteúdos, sob pena de vir a ser desacreditada junto ao público. Por isso mesmo tem sido cada vez mais árduo o trabalho da imprensa em informar com precisão, num mundo que parece ter encontrado na ficção, uma fórmula para aceitar a realidade diária.
Não se pode construir uma simples verdade nem com mil tijolos de mentiras, o fato é que é preciso estar atento às infinitas versões que brotam de todo lado e que parecem formar um gigantesco quebra-cabeça muito crível. Em outras palavras, o que se tem é que é possível, juntando as diversas informações, dispersas nesse oceano da Internet, sobre um tema que intriga milhões de pessoas nesse instante, compor um quadro com muita exatidão do que ocorre muito longe dos olhos do grande público.
Dentre esses fatos que, rotulados, propositadamente, por seus detratores de teorias da conspiração, e que foram sendo pacientemente montados, peça por peça, para formar um panorama, ao mesmo tempo crível e perturbador, tem-se o que parece ser a história mais significativa desse início de século.
Desde que o presidente Trump, dos Estados Unidos, resolveu acabar com o superávit comercial inexplicável da China em suas relações comerciais, deu-se início a uma guerra inédita de tarifas alfandegárias que os especialistas no assunto temiam justamente porque não sabiam no que resultaria. É sabido que a China não investe nos moldes tradicionais dos países capitalistas. Ela simplesmente compra, seja aeroportos, portos indústrias e toda a infraestrutura que lhe interessa.
Isso tem por base uma estratégia muito bem arquitetada pelo Partido Comunista Chinês, que é própria e diferenciada do resto do mundo e que foge dos manuais do capitalismo ocidental. São “investimentos” que visam reforçar sua presença estratégica e física no mundo. Já não é segredo para ninguém que por detrás das montanhas de recursos que despejam em outros países, muitos dos quais necessitados desses “financiamentos” aparentemente generosos, estão embutidos projetos que vão muito além de seus aspectos puramente econômicos.
O PCC, em nome daquele país, tem projetos para o mundo todo e isso inclui também o Brasil, onde a presença chinesa tem, desde que a esquerda chegou ao poder no início desse século, se espalhado como uma espécie de vírus. A questão aqui é saber onde começa a teoria da conspiração e onde terminam os fatos.
A frase que foi pronunciada:
“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.”
Friedrich Nietzsche, filósofo prussiano
Amar ou deixar
Agora que todos sabem que a equipe do presidente vai continuar coesa, vale conferir logo abaixo a fala do ministro Mandetta. Explica tudo sem manobras vernaculares e pede para todos trabalharmos juntos.
Doação
Veja a seguir um flyer entregue pela nossa colega Rosane Garcia. A Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua precisa de ajuda para os desempregados informais. Quem quiser colaborar, o contato é 992898079.
Arte
Professor Nagib Nassar gosta de reunir os amigos para o projeto cineliteratura. Agora, em quarentena, todos assistem os filmes em casa e o professor compartilha a crítica. Livros que se transformam em cinema também são avaliados.
Profissional
Exímia em caligrafia, a professora Fátima Montenegro descreveu a situação dramática que está passando ao presidente Bolsonaro. Em tempos normais, é uma das profissionais mais procuradas, principalmente por concurseiros.
Cobrar de todos
Nada de máscaras usadas pelos funcionários de padarias, supermercados, farmácias. Os próprios clientes podem cobrar a segurança do ambiente. Falta urbanidade. Interessante que os quiosques independentes de supermercados que vendem alimentação à parte não estão funcionando.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Na W-3 há outro desrespeito. São casas residenciais ocupadas por comércio, inclusive cartórios. O prazo dado pela Prefeitura foi até 31 de dezembro, mas ninguém obedeceu, e novas placas estão surgindo. (Publicado em 04/01/1962)
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Uma outra grande lição que poderá ficar gravada na memória de todos os brasileiros, com o término da quarentena, e que pode levar até a uma futura modificação nas relações entre a população e os Poderes constituídos da República, é quanto à pouca ou quase nenhuma disposição dessas instituições em, prontamente, socorrer e solidarizar-se, de forma prática, com a sociedade nesse momento de enorme aflição geral.
De forma prática, entende-se essa solidariedade como sendo a diminuição geral dos altos salários e dos indecentes penduricalhos que, somados aos proventos, já altos para os padrões do país, elevam os valores recebidos por uma casta de marajás do serviço público, acintosamente dezenas de vezes acima do salário mínimo. Com ou sem pandemias, o fato é que a tolerância dos contribuintes com esses desníveis injustos e até afrontosos de proventos chegou ao limite da tolerância, do bom senso, da ética e do que seria justo, mesmo para um país injusto e campeão mundial absoluto em desigualdade social.
Essa situação, vergonhosa perante o mundo civilizado, ganha ainda mais nonsense quando se verifica que mesmo diante de uma economia de guerra, em que estamos todos metidos, o que se observa, sempre que crises surgem, são as costumeiras receitas que acabam mirando na saída fácil do desemprego, da diminuição de salários, para quem já pouco ganha, e outras medidas que, ao fim e ao cabo, não só não resolvem a origem do problema, como criam outros de iguais ou maiores efeitos.
Mesmo as medidas emergenciais adotadas pelo Executivo, em cima do laço e por pressão, mais uma vez sairão caras aos contribuintes, já que serão eles que vão ser chamados para cobrir os rombos da dívida pública que se avoluma com a mesma rapidez com que o vírus se espalha. Passada a crise, num futuro incerto, a conta virá na forma de mais um arrocho, seja no sistema tributário, seja na forma de achatamento de salários. O que o público em geral está assistindo é a tomada de um conjunto de medidas, principalmente pelo Executivo, que visam amainar os primeiros efeitos ou onda da paralisação da economia.
Espanta que mesmo em meio ao que se denominou economia de guerra, não surjam lideranças, tanto do Legislativo, como do Judiciário, colocando-se, de fato, ao lado dos brasileiros, quer abrindo mão de parte dos altos salários, quer sugerindo cortar na própria carne os gastos astronômicos e despropositados com mordomias de todo o tipo, como passagens aéreas em primeira classe para ministros e suas esposas, quer na compra de acepipes refinados como lagostas e vinhos de grife internacional entre outras merendas e comilanças pantagruélicas. O mesmo se sucede no Legislativo, incapaz de abrir mão dos bilhões de reais dos fundos partidários e eleitorais, numa afronta, sem precedente contra os cidadãos que lutam para sobreviver e ainda assim são obrigados a manter esses descalabros que envergonham os homens de bem.
Para um país, que parece hipnotizado com esses disparates e que talvez seja o mais surreal do planeta bastaria, como recomenda uma criança nas redes sociais, indexar toda a economia com base no valor atual do salário mínimo, a começar por todos os salários, que seriam nivelados por esse valor, ao menos enquanto perdurar a crise e seus efeitos, o que facilmente se estenderia por todo o ano de 2020. À primeira vista parece uma solução fácil demais e até óbvia. Mas apenas os gênios são capazes de enxergar o óbvio.
A frase que foi pronunciada:
“Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros.”
Confúcio, filósofo chinês
Sem fundamento
Veja a seguir a devassa das motosserras na 315 Norte. Ninguém entendeu.
União
O leite em pó especial Enfagrou quase dobrou de preço no Sams Club. É preciso ter uma rede de denúncias alimentada pelos consumidores, capitaneada pelo Procon, registrando o abuso nos preços. Não é possível que faturem até na crise.
Governo
Veja a seguir o vídeo do ministro Guedes com as estratégias para enfrentar a crise instalada com a chegada do Coronavírus. Os brasileiros precisam compreender agora como será a logística dessa ação.
Ação
Ainda sobre o Coronavírus, uma iniciativa que tem dado certo em outros países é o rastreamento dos casos de pessoas hospitalizadas. Em um mapa, é apontado onde essa pessoa mora e onde costumava frequentar. Assim, as regiões são advertidas a manterem os cuidados, por estarem mais vulneráveis.
De boa
No Paranoá e no Piscinão do Lago Norte, o Coronavírus é completamente ignorado. Nos mercados, farmácias e padarias, não sendo obrigatória a proteção dos funcionários, os proprietários ignoram a segurança sanitária. No piscinão, a festa aos domingos é a mesma de sempre.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Quanto ao caso particular de Brasília, lembramos o recomeço das obras das Superquadras 304 e 104, e alojamento para funcionários e engenheiros que não desrespeitem o plano de Brasília, como a construção de alvenaria, que continuam de pé, desafinada a própria Prefeitura. (Publicado em 04/01/1962)