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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Com a quase certa eleição do conservador Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, e, agora, com o avanço esmagador da direita nas eleições para o Parlamento Europeu, tudo isso sem contar com a vitória do também direitista Javier Milei, na Argentina, o governo brasileiro terá obrigatoriamente que reorientar suas ações, caso queira manter uma relação política mais saudável com o restante do continente, com os Estados Unidos e com a Europa.
As mudanças no matiz ideológico em muitos países já levam os analistas políticos a admitirem que o mundo vive uma onda global rumo à direita, sendo que esse verdadeiro maremoto está apenas em sua fase inicial. Isso significa que essas mudanças trarão, entre outras coisas, um novo modelo de relação entre os países.
Talvez, a mais significativa alteração aconteça nas relações econômicas, com o retorno do pragmatismo do Laissez-Faire ou do Liberalismo, com todas as suas vertentes. De imediato, a renovação do Parlamento Europeu poderá, em médio prazo, provocar impactos significativos nos mercados internacionais, embora que, nesse momento, as relações com a América Latina e o Brasil não serão afetadas ainda. Mais uma coisa é certa: os resultados da eleição na Europa afetarão, sem dúvida alguma, o modo como o Mercado Comum Europeu interage com o continente latino-americano. Em síntese, o que se espera é que essa nova configuração política do Parlamento Europeu, juntamente com as eleições americanas vindouras, traga bons frutos para nosso país.
A saída para o atual governo, caso não queira se isolar ainda mais do mundo democrático, é a busca guarida junto ao velho Centrão, deixando de lado os arroubos ideológicos. O que se descortina no mundo Ocidental nesses tempos é o retorno triunfal da velha e conhecida realpolitik, ou seja a diplomacia política alicerçada em considerações de cunho prático, ou seja no verdadeiro interesse nacional. A verdade é que no plano internacional a mudança que vem ocorrendo a cada eleição para o Parlamento Europeu, trará mudanças sobretudo nas relações do velho continente com a emergente China. É nesse polo que estarão, talvez, as mais importantes mudanças de rumo. Com a economia chinesa montada sobre os trilhos da ideologia do Partido Comunista Chinês, com suas já sabidas pretensões de abocanhar o mundo através da chamada Rota da Seda, as relações da Europa com o Oriente devem ser repensadas. Para os que estão hoje confortavelmente instalados no poder, todo e qualquer movimento feito pela direita é logo taxado de extremista. Assim é que a chegada dessa força política ao Parlamento Europeu foi logo atribuída à extrema direita.
O que está em jogo, com essa reviravolta que, diga-se de passagem, vem da vontade popular livre e soberana é o começo do fim das esquerdas no poder em boa parte do mundo civilizado. O que resta agora dessa ideologia no controle de alguns países se resume a governos nitidamente ditatoriais, opressores e sem rumos claros para a concretização de metas simples como o Índice de Desenvolvimento Humano. Todos os países controlados hoje por forças de esquerda mantêm suas populações na pobreza, pois servem-se dessa condição para perpetuarem-se no poder. Uma coisa é o que a realidade imposta pela vontade popular quer de fato. Outra coisa é o que se apressam em analisar aqueles que já estão com saudades dessas mudanças e com medo do que ela trará.
Com a possível eleição de Trump e guinada à direita do braço legislativo do principal bloco econômico do planeta, os embates entre China e Ocidente podem ser ainda mais acirrados, o que, de forma indireta pode favorecer também ao agronegócio brasileiro, também principal protagonista dos superávits do país. O que se sabe até agora é que os superávits surpreendentes nas finanças da Argentina, algo até pouco tempo inconcebível, é obra da direita no poder e isso é motivo de ciumeira por parte do atual governo de nosso país, principalmente quando se sabe que a economia do Brasil está rumando para o abismo fiscal com uma dívida interna podendo facilmente ultrapassar a casa dos R$ 7 trilhões de reais.
Com a guinada da direita em muitos países, vai ficando cada vez mais difícil ao governo brasileiro seguir com a manobra de isolar a direita em nosso país. As previsões, caso as eleições transcorram na paz e na ética, são que o próximo Legislativo nacional seja majoritariamente conservador. Em nosso caso, é preciso observar ainda que a construção de pontes entre o Executivo e o Legislativo vai ficando cada vem mais difícil, obrigando o Palácio do Planalto a ter que recorrer ao Judiciário onde parece contar com uma insólita maioria a seu favor.
A frase que foi pronunciada:
“A escuridão é covarde. Acenda uma pequena luz e ela fugirá apavorada.”
Provérbio Judaico
Imperdível
Amanhã, sexta-feira, às 19h30, a Academia de Letras e Música do Brasil realizará, no auditório do Departamento de Música da UnB, o recital semestral com entrada aberta e franqueada ao público. Dib Francis, membro da academia e agitador cultural irá tocar piano com a mestra dos tempos de UnB, Elza Gushiken. Norma Parrot, ao violoncelo, completa o trio. Outra presença importante é a de Alexandre Romariz. Um engenheiro que toca piano para se divertir. Do trio, Debussy interpretará a obra acompanhado por Ariadne e Marcelo Salles.
História de Brasília
Custa crer que o almirante Lucio Meira esteja trabalhando contra Brasília, mas se fôr mesmo o caso será o contrário. Êle saberá o que está acontecendo, e tomará providências. (Publicada em 10.04.1962)
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Uma das consequências da chamada herança cultural política é que, em países em que esse nefasto fenômeno ocorre, não é raro o surgimento de lideranças partidárias que extrapolam o próprio círculo político em que atuaram a passam a representar não mais um indivíduo, mas uma verdadeira entidade, criando, em torno de si, um movimento de cunho personalista. Esse evento, tão comum em nosso continente, resulta, na grande maioria das vezes, no aparecimento, quase que místico, de personalidades caudilhescas, populistas e demagogas, todas elas imantadas de uma oportunista áurea de salvadores da pátria. Trata-se aqui de um fato que, na maioria das vezes, tem trazido prejuízos imensos para a própria democracia e para o Estado Democrático de Direito, quando se verificam que autocratas passam a se impor e a se colocar acima das leis, principalmente aquelas que possam, de alguma forma, tolher seus anseios.
Para um país com tantos santos ungidos, alguns de pés de barro, outros verdadeiros santinhos do pau oco, não chega a ser surpresa que a população carente e com pouca escolaridade passe a santificar alguns desses mandachuvas políticos, endeusando-lhes como autênticos padroeiros dos despossuídos. Por décadas e até séculos, essa divinização de políticos astutos beneficiou justamente uma casta de personalidades que, hoje, com toda certeza, ardem em fogo alto no inferno.
Primeiramente, foi na imprensa escrita, no tempo em que havia impressa escrita e livre, que esses falsários foram sendo desconstruídos um a um. Depois, vieram o rádio e a televisão, que passaram, a seu modo, a mostrar o que havia por detrás das cortinas dos palácios. Hoje, com o advento das mídias sociais, foi erguido o que parece ser um vasto movimento do tipo iconoclasta, que arremete contra o chão essas falsas imagens santas, estilhaçando-as uma a uma. Finalmente, o altar onde repousavam os santos políticos e ocos, foi varrido pelos ventos, uma modernidade que já não toleram ou aceitam coisas como a apostasia ou a idolatria, dentro do que já pregava Jeremias 17:5: “Maldito homem que confia no homem”.
De fato, as mídias sociais lançaram por terra uma legião de falsos profetas, embora alguns ainda insistam em permanecer instalados num altar onde já não há lugar para embusteiros. Hoje, em pleno século XXI, ainda há aqueles que teimam em acender velas para o Lulismo ou para o Bolsonarismo, acreditando que esses personagens possuem o condão de salvar o país das trevas. Nada mais falso, inútil e tardio. Mas, antes de tudo, é preciso destacar aqui as diferenças existentes entre esses dois santinhos, que, de uma maneira ou de outra, serviram para elevá-los ao altar de divindades populistas.
Lula, essa alma autodeclarada mais honesta do país, que já se comparou ao próprio Cristo, fez o que pôde para ser entronizado no altar dos santos caudilhos. Bolsonaro não se empenhou para tanto e foi elevado a essa condição pela inércia da herança cultural e política que insiste em permanecer entre nós. Um foi desmascarado pelos escândalos de corrupção, exaustivamente mostrados pelas mídias sociais. Outro foi exposto e perseguido sem trégua por uma mídia parcial, por se apresentar tal como era, por isso foi levado também ao altar dos caudilhos, mesmo contra a vontade.
Um foi elevado pelo sistema. Outro foi degredado pelo mesmo sistema. Nenhum dos dois são santos ou irão salvar a pátria. Ambos serão lembrados pela história. Cada um por suas ações e não por seus milagres.
A frase que foi pronunciada:
“O poder é uma coisa terrível. O poder é inebriante. O poder é enganoso.”
João Pinheiro Neto, em documentário sobre Jango, na TV Senado,
Legislação
Um passo importante haver uma legislação que preveja obrigações de empresas que causem desastres ambientais. O Rio Doce, um rio que morreu no Brasil e pouco foi feito, é bom lembrar. Mas o projeto ainda não aponta com decisão a quem cabe o pagamento de indenizações. Se for um derramamento de óleo no mar, a punição também não está bem definida.
Contribuinte
Ação importante, criada há anos pelo GDF, é o corredor BRT. Facilitou a vida de milhões de cidadãos que fazem uso do transporte coletivo. O criador do sistema BRT foi o urbanista Jaime Lerner, que, em 1970, implementou a experiência dos corredores exclusivos em Curitiba.
Lástima
Mas logo a Universidade de Brasília, que sempre apoiou o Partido dos Trabalhadores, teve que reagir à decisão do ministro Gilmar Mendes que cortou 26,05% de benefícios já adquiridos, por direito, nos salários do corpo técnico profissional da universidade.
História de Brasília
Ao mesmo tempo, algumas informações aqui contidas são também para o presidente da República, como o falso emprêgo de 400 candangos para reinicio das obras. (Publicada em 21.03.1962)
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Foi-se o tempo em que a expressão do Latim que ensinava que: “ verba volant, scripta manent” ou, em tradução livre , “palavras voam, a escrita permanece”, fazia algum sentido. Hoje, com o estabelecimento generalizado das tecnologias digitais, somadas às mídias sociais, tudo o que é falado em público, especialmente pelos políticos, é gravado e replicado ad infinitum.
Capturados pelas redes, ficam como escritos em rochas e jamais desaparecem, nem por força de controles e de censuras. Posto isso, é fácil aferir, antologicamente, o que seria a quintessência de qualquer indivíduo. Somos a expressão do que falamos, até de modo inconsciente. Não é por outro motivo que a psicanálise recorre, basicamente, ao que o paciente expressa em palavras, para desnudar-lhe a alma e o âmago.
Da mesma forma, é possível desnudar algumas dessas lideranças políticas, que estão atualmente sob o foco e a luz das atenções, para entendermos o sujeito e o objeto de suas falas. Tomando apenas os dois principais personagens políticos do momento e de posse do que disseram publicamente nesses últimos meses, e que podem ser conferidos em gravações que navegam pelas mídias eletrônicas, teremos farto manancial de palavras que podem, muito bem, servir de material para uma análise que mostre quem é, de fato, que pode estar por trás de cada fala.
O trabalho de compilar uma e outra fala do atual presidente e de seu opositor, que ambiciona lhe tomar o lugar, não é tarefa fácil, em virtude da verdadeira guerra de palavras que foi estabelecida e declarada, tanto no campo das eleições como anteriormente, na pré-campanha. Assim, estabelecendo Lula como sendo o número (1), e Bolsonaro como número (2), temos: (1) “ainda bem que a natureza criou o Coronavírus”; (2) “Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, e especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo”; (1) “Eu não vou enganar o povo mais uma vez”; (2) “O povo armado jamais será escravizado”; (1) “Eu não posso ver mais jovem de 14, 15 anos, assaltando e sendo violentado pela polícia, só porque roubou um celular”; (2) “O sr. só promete, promete até picanha com cerveja, quando, da votação do Auxilio Brasil, seu partido votou contra a medida”.
A lista de parlapatices é imensa e pode muito bem ser pesada, na balança do juízo, por qualquer um. O fato, como disse o próprio Lula, durante sua turnê na Europa, é que “Bolsonaro só pensa em destruir aquilo que destruímos.” Fossem aferidas, segundo padrões de peso, cada frase poderia, muito facilmente alcançar algumas toneladas.
Jogadas contra os adversários poderiam provocar grandes estragos. Nessa batalha de palavras, a maioria, saída da boca sem antes passar pelo crivo do cérebro, os mais prejudicados são os cidadãos de bem, que têm sua família, que vão à Igreja, pagam seus impostos e sonham com um país onde seus filhos possam expressar, livremente, seus credos, sua educação, exatamente como faziam nossos antepassados, quando essas ameaças de destruição de valores eram vistas apenas em livros de ficção distópica e que, de tão assustadores e tenebrosos, eram lidos apenas por uma parcela de masoquistas e niilistas renitentes.
A frase que foi pronunciada:
“As palavras são gratuitas. É como você as usa que pode lhe custar caro.”
De KushandWizdom
Pela saúde
Ausente nos supermercados, a Vigilância Sanitária está perdendo os absurdos, principalmente, nas gôndolas de carne. No supermercado Dia a Dia do Novo Gama, as prateleiras do produto exalam o odor putrefato de longe. Pelo DF, a Vigilância também encontraria bastante trabalho.
Muito cuidado
Por falar em vigilância, com acesso aos limites de crédito dos clientes bancários, empresas que já tiveram busca e apreensão da polícia, continuam trabalhando com aposentados na mira. Mudam o nome e não se intimidam. Oferecem crédito consignado. Uma verdadeira armadilha. Marcam reunião, recebem a visita de consultores, tomam até cafezinho na própria empresa. O primeiro contato é feito por telefone. Quando o assunto for seu dinheiro, trate com o seu gerente.
Lado bom
Amor à primeira vista. Carlos Moisés e Antônia Souza Araújo. Esses são os nomes certos do casal que se conheceu no Varjão, enquanto votavam há 4 anos, e voltou, neste ano, para votar na mesma seção, já com aliança no dedo.
História de Brasília
Já que o assunto é fiscalização, aqui está uma: as casas da Caixa Econômica, na W-3, estão abolindo dependências de empregadas, para alugar a escritórios e oficinas. E o pior. Já estão colocando basculantes nas paredes externas, não se sabe com ordem de quem. (Publicada em 13.03.1962)
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Quem imagina que a polarização política, um mal a ligar o cérebro ao fígado, fica restrita apenas no âmbito dos partidos e entre aqueles que atuam profissionalmente nessa área está enganado e vem sendo convencido de que esse tipo de antagonismo permeia toda a sociedade indo, inclusive, parar no seio das famílias, gerando brigas e desentendimentos de toda a ordem.
De fato, essa polarização, por seu grau de insanidade, tem feito muito mal ao Brasil e, por extensão, aos indivíduos e a todos os grupos, sejam eles consanguíneos ou não. O que parece, no antigo país do futebol, é que essa praga migrou dos estádios e das torcidas organizadas para dentro das casas, contaminando tudo, como uma radiação mortífera.
Para quem ainda não percebeu, este é o legítimo subproduto de um modelo de política à brasileira, feito não de discussões sérias e propositivas, com todo o embasamento ético que esse tema exige. Trata-se aqui de uma rinha de galo, cercada de fanáticos que querem ver briga e muito sangue.
O que não pode ser escondido do público é que essa rinha teve início exatamente no momento em que a mais alta Corte do país julgou, per si, a conveniência de soltar nesse ringue o Garnisé de Garanhuns. Deu no que deu. Para onde quer que o brasileiro olhe, lá estão em discussão acalorada um grupo e outro. Casais, com matrimônio marcado, deixaram tudo para trás e romperam as relações. Nas famílias, filhos deixaram de falar com pais, irmãos cortaram relações uns com os outros. Tios, avós, primos, foram cada um amuado para seu canto. No trabalho, colegas passaram a torcer o nariz uns para os outros. Amigos, antes fraternos, deixaram de se falar.
Nas ruas o clima mudou para pior, com o medo tomando conta de tudo. Enfim, a maldição lançada há anos, do “nós contra eles”, vai tomando forma concreta, enfeitiçando cada um. De lado, ficaram aqueles que torcem pela volta de um passado que deixou marcas ruinosas e nunca vistas anteriormente. Para outros, a simples menção da possibilidade desse retorno vir a acontecer, de fato, representa um anátema e uma rendição a um pesadelo permanente.
Não há pontos de contato entre uma posição e outra. O Brasil, que nas urnas revelou seu caráter nitidamente conservador, por obra de uma espécie de forças do além, votou também pela volta do passado. Ficamos, com isso, a meio caminho, colocando em sérias dúvidas o que apresentavam as pesquisas e o que diziam as multidões nas ruas.
Com tanta discórdia, não surpreende que a censura, que se acreditava morta e enterrada, tenha ganhado corpo e músculos em todo lugar, sobretudo nas empresas, com as chefias orientando e mesmo obrigando seus subordinados a votarem no candidato por elas apontado. Demissões têm sido confirmadas. Assédios, confirmados. A regulação da mídia, como tem pregado o candidato pretérito, de certo, trará o recrudescimento da censura política que já é observada e posta em prática contra aqueles que ousam desacreditá-la. O bom sinal é que a censura sempre foi e será um grande sinal de que o que se está sendo censurando é correto e aponta para a manutenção da dignidade humana.
A frase que foi pronunciada:
“Um ser humano é uma parte do todo chamado por nós universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experimenta a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos como algo separado do resto, uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão é uma espécie de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição por algumas pessoas próximas a nós. Nossa tarefa deve ser libertar-nos dessa prisão, ampliando nosso círculo de compaixão para abraçar todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza”.
Albert Einsten
Terras
Veja, no Blog do Ari Cunha, o convite do Instituto Brasília Ambiental para a população participar da audiência pública virtual de apresentação e discussão do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental para parcelamento de solo urbano da Reserva do Parque, no Núcleo Rural Vargem da Bênção, Região Administrativa do Recanto das Emas. A partir das 19h, do dia 25 deste mês, com transmissão pelo YouTube.
Futuro
A formação de uma ampla bancada parlamentar voltada para a manutenção dos ideais da Lava Jato, promete agitar a nova Legislatura, com propostas que rendem ainda grande apoio da população.
Mobilidade
A finalização das reformas viárias na principal avenida do Paranoá, com construção de espaçosas calçadas, com estacionamento e todo ordenamento paisagístico, irá proporcionar mais do que um novo visual para aquela cidade. A urbanização adequada é fato de desenvolvimento e revitalização para o comércio local.
História de Brasília
Já que o assunto é professôras, pelo contrato, o pagamento será feito até o dia 5, e até hoje a Fundação não pagou a ninguém. E mais: não diz quando, nem dá esperança para os próximos dias. (Publicada em 11.03.1962)
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Exercitar o engenho e as artes da política, ao contrário do que pensam os vivaldinos e outros espertalhões, que transformam esse importante instrumento das boas relações humanas em algo sem valia, não é para qualquer um. Exige, além de expertise nesse mister, talento, bagagem cultural e intelectual e uma boa dose de humanismo e ética. Sem esses atributos, fica-se apenas na pequena política, de olho em posições e vantagens, voltada para satisfação do próprio ego, alheio ao mundo em redor.
É desse mal que padecemos e que nos torna eternos prisioneiros de um subdesenvolvimento crônico e sem sentido. Quando essa deficiência política se estende para além dos assuntos internos e passa a abarcar também os interesses do país no campo internacional, o que se tem é a ruína completa de todo o edifício do Estado e de seu entorno. Saber que países jamais estabelecem laços de amizade e sim relações de interesses econômicos e estratégicos é uma das primeiras lições a serem aprendidas. Os amigos do Brasil são, em primeiríssimo lugar, para os brasileiros e para os que aqui vieram com suas famílias começarem uma vida nova e estão aqui para somar. De resto, o que se tem são interesses, inclusive os mais inconfessáveis. Acreditar, como fez o atual governo, que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, era seu amigo particular e de seus filhos foi não só um engano, como um perigo para o Brasil. Do mesmo modo, crer que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nutre laços de amizade fraternal e de apreço pelo atual governo e pelos brasileiros é de uma ingenuidade sem par.
Putin tem tanta simpatia e amizade com o atual governo e o Brasil, como teve com a Ucrânia, que invadiu e vem destruindo, tijolo por tijolo, matando civis e riscando aquele país, outrora uma nação independente. Observem que, nesse caso, assim como os russos, os ucranianos possuíam, com o invasor, uma história comum e até laços consanguíneos. Nada disso prevaleceu.
Encontrar vantagens em preços de fertilizantes NPK, como nitrogenados, fosfatados e potássicos, que o Brasil passou a importar da Rússia ou a compra de diesel, como vem sendo negociado agora, é um passo no escuro, como tem alertado aqueles que realmente entendem do xadrez das relações internacionais.
Comercializar abertamente com um país que está na mira do mundo por seu procedimento arrivista e bélico e que pode, na sequência, levar toda a Europa e o planeta para um guerra sem precedentes, é outra demonstração de um infantilismo político e perigoso. Burlar as sanções justas contra a Rússia é se colocar ao lado do agressor e contra as demais nações democráticas, assumindo o lado errado da história.
Com o ex-presidente e agora candidato Lula, ocorriam os mesmos erros na condução da política externa. Também o demiurgo de Garanhuns acreditava ser o rei da cocada preta. Suas amizades com os espertos irmãos Castros, com Evo Morales, Hugo Chaves e outros ditadores da América Latina, a quem chamava de “irmãos”, custou bilhões de reais aos contribuintes brasileiros, que deles só obtiveram o calote, puro e simples. Podemos imaginar aqui as risadas que esses personagens da tirania latina davam, entre baforadas de charuto, zombando da grande trapaça que aplicaram no brasileiro Lula, em nome de um socialismo que nem eles, nem ninguém mais acredita.
Não fosse pela alternância de poder e outros atropelos, como o impeachment contra Dilma, esses falsos camaradas de chanchadas, metidos em seus uniformes militares de fantasia, teriam levado até as cuecas dos brasileiros, tudo em nome do socialismo do século XXI.
A frase que foi pronunciada:
“Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e oficial, em uma palavra, opressores e oprimidos, estavam em constante oposição um ao outro, travavam uma luta ininterrupta, ora oculta, ora aberta, que cada vez terminava, ou na reconstituição revolucionária da sociedade em geral, ou na ruína comum das classes em conflito”.
Karl Marx, O Manifesto Comunista
De graça
Sempre valorizando a arte e a comunidade brasiliense, a Casa Thomas Jefferson apresenta, no programa Sexta Musical, as Obras para Violão de Guerra-Peixe interpretadas pelo violonista Álvaro Henrique, “conhecido por se apropriar da música como forma de comunicação. O concerto será às 20 h, na Thomas da 706/906 Sul.
Violonista Alvaro Henrique toca obras de César Guerra-Peixe no palco do CTJ Hall
Com entrada gratuita, espetáculo será nesta sexta-feira (15), às 20h, na Casa Thomas Jefferson da SEP Sul 706/906 Nesta semana, as Sextas Musicais apresentam ao público o espetáculo Obras para Violão de César Guerra-Peixe. No palco do CTJ Hall, na Casa Thomas Jefferson da SEP Sul 706/906, peças do renomado compositor brasileiro (1914-1993) serão interpretadas pelo versátil violonista Alvaro Henrique, conhecido por se apropriar da música como uma força de comunicação. O espetáculo, nesta sexta (15), às 20h, tem entrada gratuita. A apresentação terá também transmissão ao vivo pelo YouTube do centro binacional, que conta com o apoio da Embaixada dos EUA na realização de seus eventos culturais. Dessa forma, esse patrimônio de belas apresentações musicais permanecerá disponível online. Sobre César Guerra-Peixe César Guerra-Peixe foi o primeiro a se formar como compositor no Conservatório Brasileiro de Música (1944). Em seguida foi estudar com Koellreuter e mesclou serialismo com nacionalismo. Abandonou o serialismo em 1949. Viveu em Recife de 1948 a 1950. Participou do Movimento Armorial. Guerra-Peixe começou a escrever para violão após retornar ao nacionalismo. Sua primeira peça para o instrumento mistura serialismo com nacionalismo, a Suíte para violão. Já sua Sonata para violão é a primeira sonata para o instrumento feita por um brasileiro. Desenvolvidos a partir de uma trilha sonora que ele escreveu, seus 5 Prelúdios exploram muito cordas soltas com arpejos ao longo do braço do violão. A maior parte de sua obra para violão é para iniciantes, como o Caderno de Mariza, as Breves, e as Lúdicas (de Ludos, diversão em Grego). Peixinhos da Guiné é uma composição a partir de uma canção folclórica. Sobre Alvaro Henrique Alvaro Henrique, violonista, percorreu uma longa trajetória para se tornar um intérprete bem incomum. Iniciou seus estudos musicais como um adolescente muito tímido que tinha dificuldade de interagir com outras pessoas. Seu pai pensou que tocar um instrumento ajudaria. Alvaro não estava interessado até ouvir o violão. Alguns dias depois, ele começou a estudar o violão clássico. Por sorte, Alvaro entrou numa escola de música que o encorajou bastante a tocar em público. Então, desde o início, notou que a música poderia ser sua forma de se comunicar e se conectar com outras pessoas. Ele podia expressar o que sentia – o que todos sentimos e precisamos dizer – com música em vez de palavras. Portanto, a música é, para Alvaro Henrique, uma linguagem que usa para se comunicar com as pessoas. Todo seu trabalho artístico é baseado nisso, seja pesquisando a expressividade musical (na sua dissertação de mestrado), seja programando recitais que conectam as plateias com um mundo de emoções e histórias que incendeiam ideias, conversas, e significados. Os programas de recital de Alvaro Henrique incluem vários instrumentos de cordas dedilhadas cobrindo uma vasta gama de histórias e culturas. Ele toca a antiga vihuela, o violão barroco ateorbado, o violão do século XIX e, claro, o violão moderno. Seu repertório flexível permite apresentações com cinco séculos de música e culturas. Alvaro Henrique também estreou obras de vários compositores, como Mario Ferraro e Ernest Mahle. Ele toca obras de Villa-Lobos, Scarlatti,Tárrega e Guerra-Peixe, assim como transcrições surpreendentes de obras de Tchaikovsky e Stravinsky. Como solista de orquestra, já se apresentou no Brasil com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e com a Orquestra de Cordas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assim como na Finlândia com a Vaasa Sinfonietta. Estreou 5 concertos, e trabalhou com os regentes Julio Medaglia, Ville Mankkinen, Angelo Cavallaro, dentre outros. Com um interesse especial em arte que provoca mudanças, os projetos de Alvaro incluem a encomenda de obras sobre temas sociais. São exemplos o Concerto Que Todos os Ditadores Caiam, de Jean Goldenbaum (inspirado na Primavera Árabe), e Brasília 50, de Jorge Antunes (uma obra para violão e sons pré-gravados que descrevem eventos históricos que ocorreram de 1960 a 2010). Comprometido a auxiliar a plateia a realizar conexões significativas com a música, Alvaro com frequência realiza concertos didáticos e aulas-espetáculos em escolas, centros comunitários e asilos. Conhecido pelo drama e humor de suas performances, além de suas presença de palco com a plateia, Henrique viajou por 15 países e lançou dois álbuns solo e um DVD. Alvaro Henrique é bacharel em violão pela Universidade de São Paulo (USP), possui diploma de Kunstliche Ausbildung pela Hochschule für Musik Nürnberg (Alemanha) e é mestre em música pela Universidade de Brasília. Entre seus principais professores, estão Franz Halasz, Alvise Migotto, Bohumil Med e Zilmar Gustavo Costa. Os recitais, concertos, e gravações de Alvaro Henrique mostram a música primeiramente como uma força de comunicação, e cada projeto transmite uma mensagem. O programa do espetáculo: – Suíte para violão (5 min): serial + nacional. – Sonata para violão (13 min): a obra-prima que você ainda não conhece. – Prelúdios 4 and 5 (4 min): uma aula de orquestração com cordas soltas – Violão a Bordo, do Caderno de Mariza (2 min): fácil pode ser bonito. – Breves II (2 min): música para iniciantes com cara de música. – Lúdicas 4 (Berimbau) (2 min): a melhor representação no violão. A Casa Thomas Jefferson e Brasília A história da Casa Thomas Jefferson se mistura com a de Brasília. O centro binacional, entidade sem fins lucrativos, foi criado na capital federal para contribuir para o desenvolvimento dos habitantes por meio de experiências singulares em cultura e educação. Idealizada desde a inauguração da cidade por um grupo formado por brasileiros e norte-americanos, iniciou as suas atividades em 1963, modestamente, em salas comerciais na Quadra 510 da W3 Sul e segue fiel ao seu estatuto e compromisso com a sociedade. A série Sextas Musicais destaca-se no cenário de Brasília e do Brasil e pode ser considerada um patrimônio imaterial da capital por sua contribuição à sociedade, às instituições e à comunidade artística. A excelência em todas as áreas em que a Casa Thomas Jefferson adquiriu ao longo de seis décadas e que agora é expandida para outras cidades no Brasil deve ser considerada, com legitimidade, típica e oriunda de Brasília para o Brasil. Sobre as Sextas Musicais As Sextas Musicais são um tradicional evento de Brasília. Desde 1987, a Casa Thomas Jefferson realiza esses concertos gratuitos e com classificação indicativa livre, mantendo-se fiel à missão de conectar e transformar vidas através de gerações por meio de experiências singulares. Desde 2020, com a pandemia do novo coronavírus, a Casa Thomas Jefferson adaptou as apresentações para o formato on live streaming. Com produção requintada, qualidade de captação e transmissão de som e imagem, as Sextas Musicais demonstram o compromisso e o respeito do centro binacional com os artistas profissionais da música que dedicam suas vidas ao estudo e à performance musical e ao público. Serviço Evento: Sextas Musicais com público presencial e transmissão ao vivo Obras para Violão de César Guerra-Peixe Alvaro Henrique, violonista Data: 15 de julho de 2022 Horário: 20 horas Local: CTJ HALL-Casa Thomas Jefferson – SEP-Sul 706/906 Classificação indicativa: Livre Entrada gratuita |
Mestrado
Em Harvard e Yale, está dando certo. Também a Universidade de Brasília passou a ministrar a matéria ‘Felicidade’. Como trazer a felicidade para a família, Medicina, Direito ou para qualquer profissão escolhida. Como chegar à felicidade com o compartilhamento. É um assunto novo e, dessa vez, positivo.
História de Brasília
Nêstes últimos dias, o gás engarrafado sofreu um aumento de 20,6%, o que constitui um record sôbre todos os aumentos anteriores. (Publicada em 02.03.1962)
Ludopédio de várgea – Os artigos publicados nesse blog não traduzem a opinião do jornal.
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Dizia, com toda a razão, o filósofo de Mondubim que “o mesmo risco que corre a árvore, corre o lenhador.” Aplicando esse aforismo ao que parece ocorrer hoje no Brasil, mais precisamente quanto ao papel constitucional das Forças Armadas na estabilidade política o social do país, vis a vis ao alinhamento ideológico dessa instituição a governos que vão e vem ao sabor das eleições.
Há, no ar, um risco de que a gigantesca árvore, representada pelo Estado Democrático de Direito, tombe sobre a cabeça dos cidadãos, levando o país, de roldão, de volta a março de 1964. Não é fora de propósito lembrar que tanto Lula, como Bolsonaro, por diversas vezes, e até de modo velado, já deixaram entender que anseiam pelo apoio irrestrito das FAs às suas pretensões políticas.
É sabido que as Forças Armadas estão, como reza a Carta de 88, sob autoridade suprema do Presidente da República e é nesse ponto que se apegam esses extremos da política, para fazer valer seus pontos de vista. Os ensinamentos da Venezuela estão bem aí nas bordas de nossa fronteira para servir como alerta da possibilidade dessa abdução do poderio militar em proveito de governos, sejam quais forem.
Lá, as FAs foram totalmente aparelhadas para servir de suporte, como guardiãs de um governo condenado por todo mundo civilizado, levando à ruína total daquele que já foi um dos mais prósperos países de nosso continente. Lula e seu ideólogo de algibeira, José Dirceu, já declarou à imprensa que um dos maiores erros do seu governo foi o de não ter captado, para seu entorno, o grosso das Forças Armadas.
Também não tem escondido sua pretensão de que, caso eleito, irá corrigir, de imediato, esse erro, transformando essa Força num braço auxiliar e armado de seu partido, seguindo os ensinamentos do próprio Presidente Maduro, da Venezuela, onde até uma força paramilitar foi organizada para eliminar a oposição.
A possibilidade do atual ministro da Defesa Braga Neto vir a compor a chapa de Bolsonaro como vice, além da instalação de diversos militares em postos chaves do Estado, são sinais, dizem os observadores, de que há, em andamento, um lento e progressivo aparelhamento do governo com vistas a assegurar que, no caso de reeleição, haja uma atração das FAs para a órbita do Executivo.
Em matéria intitulada “Reação ao uso político das Forças Armadas”, publicada nesse jornal, de autoria de Cristiane Noberto e Rafhael Felice, o general Santos Cruz diz, textualmente, que Bolsonaro vem fazendo uso político e exploração das Forças Armadas. Santos Cruz, um militar respeitado por seus pares e que conhece por dentro o funcionamento e o espírito das FAs, não se intimida em afirmar que o atual governo tem como estratégia pessoal cooptar os militares, tanto para a sua base eleitoral como para seus propósitos.
O fato é que as FAs correm nessas eleições o risco de virem a cair na cantilena tanto das esquerdas como da direita. Caberá, à população que tudo assiste, equilibrar-se entre esses dois abismos, caso o que reza a Constituição vir a ser transformado em letra morta. Por certo, tanto a direita como a esquerda, nessa altura dos acontecimentos, já se certificaram que a perpetuação no Poder passa primeiro pela captação das Forças Armadas.
O que não se pode negar é que existe hoje, entre o oficialato das Fas, simpatizantes de um lado e de outro. Mais do que nunca, os brasileiros devem torcer para que os caminhos constitucionais prevaleçam sobre a vontade de governos. Eles passam, a gente fica.
A frase que foi pronunciada:
“A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.”
Mahatma Gandhi
Urgente
São mais de 200 mil famílias cadastradas na assistência que ainda não conseguiram atendimento. A falta de pessoal para administrar os problemas sociais no DF reflete a inércia gerencial que parece ter perdido a obstinação em não convocar os aprovados no concurso da Sedes/2018 e começa a preparar a chamada da lista de especialistas e técnicos em assistência social.
Antes das eleições
Deputado Federal Júlio César Ribeiro, da base do governo, pelo partido Republicanos, está acompanhando as emendas parlamentares feitas para o DF, inclusive a nomeação dos aprovados no concurso da Sedes/2018. Representantes dos 466 aprovados estiveram em comissão no auditório José Alencar. Entre eles, apenas 20 administradores aguardam pela promessa do governador em nomear todos.
Poder
Também do Republicanos, nascido em São Paulo, e representante do DF, o deputado distrital Martins Machado, tem se desdobrado para fazer valer sua palavra aos aprovados nesse concurso. De um lado, mostram empenho aos aprovados e, de outro, aguardam a resposta que é justamente o indicador do poder desses parlamentares junto ao GDF. Fato interessante é que o deputado, ao perguntar, um por um dos representantes dos aprovados, o cargo e a classificação, ficou espantado ao perceber que apenas 3 administradores foram nomeados até agora e exclamou: “Para administrador está triste mesmo!”.
SOS
Desde 1967, a Casa do Pequeno Polegar recebe crianças carentes de 1 a 3 anos em período integral. Agora as instalações precisam atender exigências dos Bombeiros, mas não há caixa para mais esse gasto durante todas as dificuldades que a pandemia impôs. Quem quiser ajudar o PIX é 00.094.714/0001-06 ou Banco do Brasil, agência 3129-1, CC 15387-7
História de Brasília
O hall dos elevadores do bloco 1 dos ministérios não tem mais onde sejam colocados cartazes. Agora, até plantas de clubes já estão sendo expostas. (Publicada em 17.02.1962)
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Nessas próximas eleições, quanto mais se intensificar a polarização das forças políticas ao redor da esquerda e da direita, mais restarão espaços e terrenos vazios, por onde poderão crescer, livremente, as alternativas para a consolidação de uma terceira e vitoriosa via. Essa possibilidade viria com mais naturalidade e vigor se pudesse contar com um amplo apoio popular, o que, por hora, dadas as complicações da pandemia, parece incerto. O fato é que a polarização em torno de Bolsonaro e Lula é favorável ao caminho do meio, por forças livres, do que se convencionou chamar velha política.
Por certo que, a essa altura dos acontecimentos, dado o intenso grau de movimentações de bastidores desses dois candidatos ditos “naturais”, já perceberam essa possibilidade e começam a agir para não perderem tempo e ganharem, também, nacos desse espaço central que vai se abrindo. Inclusive, os próprios candidatos desses extremos já deram a partida para um processo de captação dessas forças que poderão surgir entre as fronteiras da esquerda e da direita.
A apatia com a pandemia, e os quase 550 mil mortos, pelo lado da direita, e a experiência traumática de treze anos de governo petista, com a formação do maior esquema de corrupção já visto em todo o mundo, servem, cada um com sua intensidade específica, para a formação de um mínimo de juízo, por parte do eleitorado, principalmente aquele formado por pessoas que enxergam, na ética humana e na ética com a coisa pública, as principais virtudes de todo e quaisquer governantes.
Os contratempos para a consolidação dessas novas forças centrais ficam aqui por conta da possibilidade real da utilização da máquina pública em favor do candidato da situação e do forte aparato organizativo que ainda existe das esquerdas, espalhados por todo o país. Em entrevista ao Correio, o presidente e dono do PSD, Gilberto Kassab, uma dessas notórias raposas da política nacional, demonstra que está à espreita e com o faro fino e bem afiado para a possibilidade da terceira via, e já não esconde de ninguém que aposta no nome do atual presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Se conselho pode servir de alguma ajuda para o atual presidente do senado, mire-se no exemplo trágico do ex-juiz Sérgio Moro e faça ouvidos moucos à cantilena encantadora dessas sereias. Leia a Odisseia de Homero! No poema épico do século VIII a.C, pode estar a fórmula para livrar-se de apelos dessa natureza.
Ladinos como são, outros também têm feito acenos aos potenciais candidatos da terceira via, com as promessas de sempre e os distratos que lhes seguem.
O que se assiste, até com certa curiosidade, é o pânico, indisfarçável, que, a cada dia, vai tomando conta dos principais postulantes, muito antes da existência real dessa terceira via e da possibilidade dela vir a retirar-lhes o chão sob seus pés. Não será surpresa se, nessa marcha da insensatez, os movimentos que vão se alternando nas ruas, apoiando esses nomes da esquerda e da direita, vierem a se encontrar numa esquina que dá para uma rua sem saída e, por ação da razão, enxerguem que estão sós e sem alternativas, e com isso baixem as bandeiras.
A frase que foi pronunciada:
“Cuba foi sustentada pela URSS, saqueou Angola, sugou o que pôde da Venezuela e passou 14 anos parasitando o Brasil. A crise cubana tem uma explicação simples: Com a falência da Venezuela e a queda de Lula, acabaram os hospedeiros.”
Dárcio Bracarense (@darciobraca), no Instagram
Para alma
Assinado pelo Comandante Geral dos Bombeiros, Cel William Augusto Ferreira Bomfim, o convite eletrônico para a live da Banda de Música do Corpo de Bombeiros Militar do DF, dia 28 às 20 h. O concerto será transmitido da Academia de Bombeiro Militar no Setor Policial Sul. Veja a seguir.
* Cartazes publicados nos histories do perfil oficial do CBMDF no Instagram
Transparência
Veja como o QRCode e o código de certificação digital, além do voto impresso, podem garantir uma eleição limpa. Pessoas com fé pública na conferência dos votos e a apuração imediata, sem transporte dos dados antes de aferidos. Isso sim é democracia. Ideia publicada no tik tok. Veja a seguir. Dia 1º de agosto, às 9h, presença pelo voto impresso no Museu da República.
Novo script
Saiu, no Diário do Poder, uma matéria de forma diferente das mesmas notícias, onde só apareciam com o lado negativo. “O Brasil superou nesta quinta-feira a marca de 7 milhões de pessoas curadas da Covid, o que representa 97,24% do total de casos encerrados”.
História de Brasília
Ninguém pode dizer que o governo do sr. Jânio Quadros tenha sido proveitoso para o Brasil, mas autoridade, êle tinha, e ninguém se atrevia a insistir quando êle dizia não. (Publicado em 04.02.1962)
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Com a polarização política que se anuncia para as eleições presidenciais de 2022, curiosamente antepondo dois extremos que, de tão apartados um do outro, tocam-se em suas radicalidades, o que fica de certeza concreta é a imagem de um país que insiste em permanecer preso no tempo, como quem não conseguiu estabelecer as pazes com um passado conturbado. É nessa fronteira da irracionalidade ideológica que multidões parecem ir em busca de remendar algo, como uma xícara de fino alabastro esmigalhada. A exemplo do que ocorreu com outros países em tempos diversos, quando a opção final de um pleito desembocou para a encruzilhada bifurcada entre o ruim e o pior, qualquer dos caminhos escolhidos conduziu sempre ao precipício.
A tão esperada imunidade de rebanho, pretendida agora por especialistas em medicina sanitária, poderia, com muita propriedade, ser aplicada e estendida também ao rebanho formado por eleitores, conferindo-lhes a capacidade de manter-se distantes e infensos aos apelos encantatórios desses seres das profundezas.
A oportunidade para que os eleitores reflitam é dada pelas consequências auferidas ao final, nos governos de um e de outro, o que, em si, pode se constituir em um poderoso alerta do que virá. O problema aqui é colocar na mesma balança a baixa qualificação dos eleitores e, por inércia, de seus candidatos. Em país algum, submetidos no passado aos rigores e traumas, seja de uma extrema-direita ou extrema-esquerda, candidatos com esse perfil jamais ousariam apresentar-se ao público.
Mas, em se tratando de Brasil e sua estranha mania em autoflagelar-se em penitências inócuas, tudo parece possível. A opção entre candidatos tão assemelhados em seus vícios, com os mesmos perfis anacrônicos, moldados num personalismo populista e vazio e que já não deveria ter lugar em pleno século XXI, faz do Brasil um laboratório aberto não apenas para o estudo epidemiológico do Covid, mas também para um estudo dos efeitos colaterais de uma democracia jamais levada a sério neste país.
Exemplo desses extremos a se tocar nas pontas pode ser facilmente constatado nas semelhanças que unem o negacionismo científico e desdém apático pela pandemia de um, e a defesa feita pelo outro, da importância maior que teriam a construção de gigantescos e dispendiosos estádios de futebol, em comparação aos hospitais. Não por ironia do destino e, talvez como um alerta aos eleitores, muitos desses estádios fantasmas, a relembrar a derrota vexaminosa da seleção para a Alemanha, servem hoje como espaços surreais para a instalação dos hospitais de campanha, numa tentativa de suprir a deficiência histórica de nossos centros de saúde, sucateados e constantemente lotados.
Até mesmo a escolha racional baseada num caminho do meio, de consenso e de concertação, e que parece não existir no horizonte, tem mostrado como é difícil, neste país, sair do impasse e das opções pelo caos. Quem poderia, dentro das possibilidades que temos à mão do eleitor, apresentar-se como tal, certamente, viria sob uma roupagem ou um cavalo de Troia a esconder um Centrão sempre pronto a tudo em troca de vantagens. É nesse ponto que vamos sentir o desejo de voltar atrás, em busca, quem sabe, de refazer todo o trajeto, a começar por uma profunda reforma política e eleitoral.
A frase que foi pronunciada:
“Se vais sair à frente para descrever a verdade, deixa a elegância para o alfaiate.”
Einstein
#EuLiParaVocê
Osmar Arouck, da Biblioteca do Senado, gravou um pequeno trecho da obra “O Carnaval dos Animais”, de Moacyr Scliar. Postamos o link no Blog do Ari Cunha para você ouvir. Que boa ideia Arouck! Inclusive o lado social e inclusivo dessa iniciativa.
Correios
Com administração eficiente, o resultado mostra a retomada dos Correios. R$ 1.53 bi que representam 84% de aumento no patrimônio líquido em relação a 2019. No início de julho do ano passado, divulgamos a intenção do general Albuquerque de implementar os lockers em Brasília. Já foram inaugurados na Agência Central dos Correios, da Administração do Paranoá, no Conjunto Nacional, no Shopping Popular de Ceilândia, no Home Center Castelo Forte, em Vicente Pires e no Jardim Botânico, no Shopping Plaza Alto do Sol. Lockers são armários onde os clientes contratam para receber a correspondência ou produtos fora do domicílio.
Elo
Pneu de Ferro é o nome da operação da PF para desmontar o tráfico internacional de armas. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os mandados de prisão temporária fecharam as investigações que se iniciaram desde 2019. Tudo começou no Galeão, quando fuzis e outros apetrechos foram apreendidos. A ligação com as cidades de Kissimmee, Orlando e Tucson nos Estados Unidos era o elo que deu a partida nas pesquisas investigativas.
História de Brasília
O ponto de táxi da Igrejinha está sem telefone. Presta relevante serviço a uma área muito grande, e bem que merecia um aparelho. Merecia, também, a fiscalização de Serviço de Trânsito a propósito do uso de taxímetro. (Publicado em 02.02.1962)
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No que pese o excelente nível técnico do quadro ministerial que vem sendo montado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, persiste ainda uma lacuna sensível e preocupante quanto ao nome do futuro ministro que ocupara a pasta do Meio Ambiente. São inúmeras as razões para se preocupar hoje com a escolha desse nome, não só no plano interno, onde há muito a ser feito para combater o desmatamento e a depredação irracional de nossa flora, mas também com relação à imagem do Brasil perante um mundo que vai, aos poucos, percebendo que ninguém sairá lucrando com a destruição dos recursos naturais do planeta.
As provas de que o planeta começa a apresentar uma certa fadiga ambiental vêm sendo sentidas por toda a parte. Enchentes terríveis, secas devastadoras, tornados e furacões cada vez mais violentos, desgelo acelerado das calotas polares, poluição, sem precedentes do ar e dos mares e diversas outras alterações bruscas, provocadas claramente pelos seres humanos, mostram que nosso pequeno mundo entrou numa área cinzenta, o que necessariamente irá nos obrigar a mudar de rumos se quisermos que nossos descendentes continuem a habitar esse planeta.
Com relação ao Brasil, as preocupações na área ambiental precisam ser redobradas e vistas com um olhar puramente técnico e científico, distante, pois, de conjunturas políticas. De preferência, distantes dos anseios desmedidos e imediatistas da chamada bancada ruralista. A destruição de nossos recursos naturais, principalmente nas regiões Centro-Oeste e nas bordas da Amazônia, para a expansão de um agronegócio ganancioso e sem escrúpulos, trará prejuízos incalculáveis ao país, na forma de desertificação irreversível de enormes áreas rurais, com morte de rios, de animais e de espécies únicas de nossa flora.
As declarações desencontradas do futuro presidente ao longo desses últimos meses têm servido para aumentar o desassossego de todos aqueles que conhecem a importância da preservação do meio ambiente. As afirmações vão desde uma possível extinção do Ministério do Meio Ambiente, para dar maior espaço e liberdade às pretensões dos produtores rurais, até críticas ácidas à atividade, qualificada como “xiita”, dos fiscais do meio ambiente.
Discursos como esses não ajudam em nada a imagem do país, além de servir de incentivo para novas investidas daqueles que enxergam a questão de modo enviesado e com base apenas nos lucros rápidos. Mesmo quando o futuro presidente fala em acabar com o excesso de áreas sob proteção e de reservas indígenas, essas pretensões acabam encontrando um eco bastante negativo para o país, resultando inclusive num boicote aos nossos produtos, obtidos, segundo creem, às custas da destruição irracional da natureza.
A última afirmação de Bolsonaro nas redes sociais e que tem gerado mais inquietação é a de que o nome para o Ministério do Meio Ambiente irá sair de um consenso direto da bancada ruralista. Caso isso venha acontecer, de fato, o passivo da nova gestão nacional para a área ambiental só irá crescer a partir de 2019, fazendo de nosso país um caso único de um Estado em conflito direto com o resto do planeta, numa época em que ações desse tipo já não serão mais consentidas.
Caso o Brasil venha, de fato, a comprar briga com os ambientalistas do resto do mundo, por questões domésticas do tipo nacionalistas ou independentistas, o prejuízo, nem é preciso dizer, atingirá, além da nossa imagem, o que ainda resta de áreas naturais preservadas.
A frase que não foi pronunciada:
“Nós só queremos respeito. Tentamos sobreviver desde a chegada dos portugueses. Antes disso, sabíamos o que era paz.”
Joênia Wapichana, pensando em um discurso
Sem limites
Continua forte o lobby dos cartórios no parlamento brasileiro. Com preços bem acima da inflação, o assunto será discutido na CCJ do Senado. Só para se ter uma ideia a sugestão apresentada para o valor do reconhecimento de firma para transferência de carro, por exemplo, passaria de R3,90 para R$ 31,59. O registro de casamento seria R$245,70 e não mais R$ 164,75, que já é um absurdo. Não é possível que os representantes do povo comprem essa ideia.
EUA
Enquanto isso, há países que optaram pela dispensa de cartórios em relação a autenticação de documentos e reconhecimento de firma. Notários públicos fazem o serviço depois de serem certificados pelo Executivo dos estados com mandatos que podem durar até 10 anos. Trabalham por conta própria.
Com crise ou sem crise
Só para que os brasileiros tenham uma noção da força desse lobby, no ano passado, o faturamento desses estabelecimentos chegou a R$14 bilhões.
Expressão
Conta Rainer Gonçalves Sousa, no Brasil Escola, que a origem da expressão “Culpa no Cartório” vem do Tribunal da Santa Inquisição. Nesse momento da história, por volta do século XIII, a Igreja combatia os movimentos contra a doutrina católica. Os acusados sofriam um processo judicial que ia desde uma simples penitência até a morte na fogueira. O controle dos rebeldes era registrado em um cartório mantido pela própria Igreja. Daí a expressão muito usada também nos países ibéricos, para caçoar ex-condenados com “culpa no cartório”.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Como poder arrecadador, o governo precisa dar mais atenção aos seus funcionários e aos contribuintes. Queremos nos referir ao Departamento de Trânsito. (Publicado em 04.11.1961)