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Com a possibilidade, apontada até aqui pelas pesquisas de opinião, de uma polarização final, entre esquerda e direita nas próximas eleições para presidente , com tudo aquilo que essas duas tendências ideológicas possuem de mais radical e anacrônica, os cidadãos brasileiros, conscientes desse momento delicado que se aproxima , possuem a chance única de interceder nesse processo, provocando um verdadeiro ponto de inflexão no desafortunado destino político do país, revertendo, pelo voto, a tendência para o caos que se anuncia para todos nós.
É preciso que os cidadãos se inteirem do momento grave, atalhando o prolongamento dessas desventuras que parecem nos perseguir, praticamente desde o período da redemocratização nos anos oitenta. Nessa altura, já se sabe, que não será por meio da miríade de partidos, que parasitam o Estado, transformados em autênticos valhacoutos de garimpeiros dos cofres públicos, que irão propiciar a mudança de rumos e a salvaguarda da nossa cambaleante democracia.
O que se apresenta no horizonte, não serve aos cidadãos de bem. Tampouco as futuras gerações. Aliado as possibilidades tétricas da nova onda de enfermidades e mortes trazidas pelo estreante Ônicrom, vemos, paralelamente, a formação de algumas candidaturas, já testadas no poder e que se provaram tão ou mais letais para o país que o próprio vírus.
Não há meios termos para definir o que parece vir pela frente com esses estafermos, que bafejados pelos ventos do mal fado, que parecem soprar por essas bandas desde a chegada do primeiro invasor europeu no século XV, surgem em suas mulas mancas.
Ciente de que a democracia corre sério risco, o eleitor deve acautelar-se, tomando o voto como um bote que pode salvá-lo do naufrágio certo. Lições sobre como proceder ante esse desastre, existem em grande número. Em todo o tempo e lugar.
Mais recentemente Espanha, nos anos setenta e o Chile, nos anos oitenta, se viram igualmente diante do impasse, que bifurcava os destinos do país. Diante da possibilidade ou não do prolongamento do pesadelo da ditadura, escolheram sabiamente o caminho do meio, reunindo, numa mesma frente única, todos aqueles que queriam o caminho da liberdade. Partidos, sindicatos, intelectuais, organizações sociais e todas as forças vivas da sociedade se reuniram num movimento de “concertación” para decidir imbicar seus países em direção à democracia e à estabilidade política e institucional.
Em nosso país e em pleno século XXI, as esperanças são poucas, dada a baixa qualidade ética e social de nossas legendas políticas, preocupadas apenas em se instalar no poder e dele extrair o que puder em benefícios materiais.
A “concertación” à moda brasileira pode vir a se tornar uma realidade, caso o mais destacado candidato da chamada terceira via, consiga persuadir as forças sociais e políticas do país, na realização de um pacto, para caminharem juntos até as eleições, com um compromisso, assumido de, em caso de vitória, começar as mudanças do país pelas reformas políticas. Sem essas reformas de base, não vamos longe. Nunca.
A frase que foi pronunciada:
“A censura é a inimiga feroz da verdade. É o horror à inteligência, à pesquisa, ao debate, ao diálogo. Decreta a revogação do dogma da falibilidade humana e proclama os proprietários da verdade.”
Ulysses Guimarães
Passo importante
Em audiência pública a Câmara Legislativa inicia um trabalho importante de conscientização do etarismo, forma de preconceito e violência contra a pessoa idosa. Interessante notar que as crianças, naturalmente não têm preconceitos. Elas são o canal mais forte para educar a família em relação ao idoso. Um momento nas aulas com os contadores de histórias de cabeça branca é um passo singelo pela valorização e interação dessa parcela da sociedade tão negligenciada.
Defensoria
Na Câmara Legislativa a movimentação foi feita pelo deputado Martins Machado, presidente da Frente Parlamentar do Idoso, na Casa. Presente na reunião, Bianca Cobucci Rosière , defensora pública, disse que com a vulnerabilidade do idoso, ele passa a sofrer vários tipos de violência, inclusive a curatela indevida. A afirmação foi feita com a experiência da defensora na Central Judicial do Idoso no TJDFT.
Defesa
Segundo Jairo de Souza, militante do Fórum Distrital da Sociedade Civil em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa no DF são 360 mil idosos, 10% da população. E chama a atenção para o fato de a rede pública de saúde no DF ter apenas 10 geriatras para atender essa população e que não houve uma política pública voltada para o seguimento durante a pandemia.
Simples
Reconhecimento, capacitação e a vontade de ser útil à sociedade. São reivindicações simples como a revitalização do Conselho dos Direitos do Idoso no DF. É bom que os deputados fiquem atentos às leis sobre os idosos. Um dia todos seremos enquadrados.
História de Brasília
E provando a má vontade do comandante do IAPFESP para com Brasília, basta que se diga que o general Aloísio de Andrade Moura estêve em Brasília, foi muito bem recebido na delegacia, ouviu palavras de elogio, recebeu sorrisos, mas não se dignou, sequer a visitar o canteiro de obras. (Publicada em 15/02/1962)
DESDE 1960 »
jornalista_aricunha@outlook.com
com Circe Cunha e MAMFIL
Há males que acontecem para que tenhamos presente na consciência o quão frágil são as circunstâncias da vida. Nas eleições americanas, não foi obra do acaso a chegada ao poder de um personagem que não se enquadra, de modo algum, nos moldes tradicionais da política dos Estados Unidos. Muito pelo contrário. A vitória de Trump se deu graças ao comodismo e ao cochilo de muitos americanos desiludidos com a classe política e que, simplesmente, não compareceram às urnas. Onde estava toda essa gente que agora protesta e que não deu voto algum? Perguntou a candidata derrotada pelo partido democrata, Hillary Clinton.
O descaso dos eleitores com o processo eleitoral resultou a vitória de um presidente que, agora, ameaça os direitos de muitos. Trump anunciou, entre outras medidas polêmicas, o aumento substancial das Forças Armadas, dando sinal verde para a velha corrida armamentista mundial, inclusive com a construção de novas ogivas nucleares. As indústrias bélicas estão em êxtase total. Mais armamentos, obviamente, significa o planejamento de novas guerras.
Para efetivar seu sonho belicista, o novo presidente vai retirar recursos de outras áreas, como a de proteção do meio ambiente. Os prejuízos decorrentes do afrouxamento da eterna vigilância vão repercutir negativamente em todos por muito tempo.
No Brasil, o mesmo fenômeno da displicência cívica se repete por décadas com repercussões negativas para todos indistintamente. Atrás do chamado voto útil, muitos eleitores escolhem aleatoriamente candidatos que, em pouco tempo, terão o nome estampado nas várias frentes de investigação policial, implicados em casos de corrupção e de desvio de recursos públicos. Todas as centenas de parlamentares citados nas recentes delações premiadas foram postas onde estão, por eleitores desatentos e pouco preocupados com as consequências do voto.
Elege-se quem subtrairá nossa carteira de dinheiro. Ao fim e ao cabo, os eleitores são corresponsáveis por quem indicaram ou pela omissão, inclusive, pelos corruptos que, alçados a postos de importância dentro da máquina do Estado, se utilizam da posição para delinquir e enriquecer.
O que ocorreu agora nos Estados Unidos se repete no Brasil e em todos os lugares onde não existe um comprometimento sério por parte dos eleitores. Em 1933, o mesmo fenômeno aconteceu na Alemanha. O voto popular guindou o nazismo para o comando daquele país, com as consequências que hoje conhecemos. Essa repetição sistemática de descaso dos eleitores, aqui e em todo o mundo, e em qualquer época, é a prova de que, ao longo de décadas, não aprendemos nada, não esquecemos nada, embora padeçamos das consequências de nosso cochilo, justamente naqueles momentos em que deveríamos estar em vigília máxima.
A frase que foi pronunciada
“Hillary Clinton cumpriu a promessa de revelar ao mundo os segredos dos ETs, guardados a sete chaves nos cofres da poderosíssima Nasa. E foi muito além… Apesar dos três milhões de votos de sobra, ela perdeu as eleições, mas conseguiu colocar um gigante ET na Casa Branca.”
Amarílio Carvalho, leitor
Release
» Segundo a Câmara Americana do Comércio, 95% das empresas acreditam em melhora nos resultados comerciais neste ano. Foram ouvidos 326 empresários e executivos durante Seminário Perspectivas Comerciais, Econômicas e Políticas. A maior esperança é que a reforma trabalhista ou a modernização da legislação trará impacto em médio prazo, tanto em retomada dos investimentos como também no volume de postos de trabalho.
Social
» Volta e meia aparece alguém dormindo de madrugada no paredão da Rodoviária perto do Conjunto Nacional. Justiça seja feita. O governo Rollemberg e a equipe do secretário de Desenvolvimento Social, Antonio Gutemberg Gomes de Souza, sempre resolvem o problema de forma eficiente e humana.
Nem leite nem barro
» No Setor de Mansões do Lago Norte, um morador postou no WhatsApp da rua o que aconteceu quando resolveu limpar o filtro que usava para limpar a água da Caesb antes que chegasse aos canos de casa. Puro barro. Depois dessa fase, a empresa coloca tanto químico que a água chega como leite.
Recife
» O que mais impressionou no carnaval deste ano foram os músicos do frevo tocando erguidos por um guindaste a 40m. Até o maestro da orquestra Aerogroove, pendurado por um guindaste, estava postado em frente à orquestra. Foi impressionante.
Tudo de novo
» O asfalto que chegou até a Cidade Ocidental não recebeu manutenção. Os estragos feitos pelos últimos dias de chuva fizeram com que várias partes da cidade voltassem ao tempo do barro.
Segredo
» Por excesso de cavalheiros, a turma Nova de Forró na CDMA, Asa Norte, está oferecendo desconto de 50% na mensalidade com a professor Pat Borges.
História de Brasília
Há, também, o caso de um senhor goiano, que com um papel na mão, disse a um amigo nosso, que entregaria ao senador José Feliciano aquele papel e que ali estavam todos os cargos da Prefeitura. Terminou dizendo isto: o cargo do Ari Cunha, é uma questão de honra para o PSD de Goiás. (Publicado em 23/9/1961)
Do ponto de vista do marketing, é certo que as rebeliões em vários presídios do país resultaram num sucesso estrondoso sem igual. As organizações criminosas obtiveram exposição na mídia nacional e estrangeira que mesmo aquelas empresas mais famosas do planeta não conseguiriam, ainda que investissem centenas de milhões de reais. Para o crime organizado, a divulgação de suas ações e poderio foi feita sem gastar um só centavo. Para isso, recorreram ao capital que tinham à mão, no caso, a vida de uma centena de presos que foram sacrificados com a degola no altar da impunidade. Nesse caso, pode-se afirmar, com certeza, que a missão foi cumprida à risca.
Além da exposição de seu poder intimidatório, as organizações obtiveram o que esperavam do Estado: a transferência dos líderes da rebelião e de facções para presídios federais, onde as condições carcerárias são bem melhores e onde se encontram também seus comparsas. Para organizações de qualquer espécie — exceto, claro, aquelas de cunho secreto —, imagem é tudo, mesmo as mais tenebrosas. Sem a propaganda dos feitos criminosos, não há como causar o efeito desejado de incutir o medo em uns e provocar o respeito e a admiração em outros, principalmente perante os novos integrantes e futuros pretendentes.
Pertencer a esses grupos do crime, que ganham manchetes aqui e alhures, é tudo que os neófitos desejam. Nesse sentido, é bom observar o que alguns países, como Portugal, procedem em relação a situações semelhantes. Naquele país, considerado hoje um dos mais seguros de toda a Europa, quando um criminoso cai nas malhas da Justiça e é condenado, praticamente ele some do horizonte e é deletado da sociedade até o último dia de sua condenação. Nem mesmo a impressa sensacionalista tem acesso ao seu paradeiro. Trata-se de um morto-vivo, cujo destino só interessa à Justiça que o condenou.
No Brasil, as penitenciárias, no entanto, transformadas em escritórios centrais do crime, toda a divulgação é permitida. Para isso, retardam, ao máximo, a simples instalação de bloqueadores de celulares. Aliás, nesse ponto, é bom destacar que os sinais de celulares funcionam bem melhor intramuros do que fora das prisões, onde os consumidores são tosquiados pelas operadoras omissas.
Vivemos uma contradição: prendemos, mas queremos permitir mordomias, como visitas íntimas, churrascos, bebidas, drogas, e um entra e sai de pessoas das mais diversas, que, em parte, fazem o papel de pombos-correio. Em democracias muito mais justas do que a nossa, os presos não têm direito a conversas particulares e outras regalias comuns em nossas cadeias.
Qualquer pesquisa feita entre as classes menos favorecidas, justamente as mais prejudicadas pela criminalidade, mostrará que elas desejam uma atitude mais dura por parte das autoridades. Teorias como a humanização de presídios é coisa de discurso de pessoas situadas no alto da pirâmide social. O povão quer mesmo é que bandido pague sua pena, de preferência trabalhando enquanto cumpre a condenação, até para reparar o mal causado. Que trabalhe para pagar pelo que come e pelo abrigo.
Neste mês, as revoltas nas penitenciárias empurraram das manchetes dos jornais a Operação Lava-Jato e colocaram em seu lugar o morticínio de presos. Para não ser acusado de omisso e sob forte pressão dos governadores, a maioria da base política, o presidente Temer resolveu colocar as Forças Armadas para garantir a segurança nos presídios.
Especialistas alertam para o perigo de lançar as FA em missões que não dizem respeito a seu papel constitucional. Muito mais proveitoso do que colocar mil homens das FA, seria utilizar essa força especialíssima para formar um forte cordão de segurança ao longo dos milhares de quilômetros de nossas fronteiras com os países produtores de drogas e vendedores de armamentos.
A população carcerária hoje é de 600 mil presos, outros 400 mil condenados e com mandado de prisão aguardam na fila. Além disso, não há controle do tempo de internação, o que, com a tecnologia disponível, deveria ser automático. Cumpriu a pena, liberdade imediata. Infelizmente, até hoje um problema simples como esse não foi resolvido. A impressão do cidadão comum é que estamos enxugando gelo sob o Sol. A situação ameaça sair dos muros frágeis das prisões e ganhar as ruas, já excessivamente violentas do país. Soluções extremas não chegariam à origem do problema, que está nas escolas abandonadas, sem equipamentos, com professores desprestigiados e mal pagos.
>>A frase que foi pronunciada
“O caráter de alguns homens públicos é como o próprio cheiro de corpo. Só incomoda os outros. ”
Dona Dita, lendo jornal
>>História de Brasília
O ministério do Trabalho está dano comida de graça aos candangos, à custa do Saps. Mas não tem nenhum controle, e muita gente está mandando chamar parente para viver à custa do governo. (Publicado em 21/9/1961)
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jornalista_aricunha@outlook.com
Circe Cunha e MAMFIL
No fim do ano passado, quando o diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Paulo Salles, declarou que a população precisava rezar para chover, estavam aparentemente lançadas, segundo seu entendimento técnico, todas as condições necessárias para que os reservatórios que abastecem a capital com água tratada voltassem aos níveis normais, evitando, assim, que o racionamento rigoroso fosse decretado pelas autoridades.
Fosse simples assim, bastaria entregar a pasta a algum padre ou pastor, que a situação estava resolvida. Bastaria a população sair em procissão pelas ruas, com velas, entoando cantos religiosos ou quem sabe por meio da convocação de povos indígenas para a realização de antigos rituais invocando as águas do céu.
Não querendo entrar no mérito da eficácia desses métodos, que têm explicação no plano da metafísica, o problema diz respeito à confluência de um complexo conjunto de causas, muito humanas, que remontam à história recente de Brasília e do Entorno. Anteriormente, as desculpas se resumiam a atribuir aos imponderáveis caprichos da natureza pela falta de água. Rezar é bom e alivia a alma, que não necessita desse tipo de água para viver. A fonte da vida é outra.
Obviamente, não cabem à Adasa, da qual a população desconhece a existência, todas as responsabilidades pela escassez de água. A parte que lhe diz respeito diretamente vem exatamente do aparelhamento político imposto pelos governos passados, das agências reguladoras, com a substituição de técnicos especializados e renomados, por apadrinhados políticos, sem qualificação específica para a função. Numa escala de responsabilidades, cabe, primeiramente, à classe política os infortúnios vividos pela população. A transformação das terras do DF em moeda de troca política permitiu que imensas áreas, muitas, comprovadamente de proteção ambiental, com importantes nascentes, está em uma das raízes do problema.
Com a farra dos loteamentos irregulares, construídos da noite para o dia, veio o inchaço populacional desordenado. Uma vez estabelecidas, as invasões eram imediatamente equipadas com redes de água e luz, mesmo antes de qualquer planejamento urbano técnico , consolidando o problema e empurrando a solução para um futuro que, agora vemos, chegou com a conta nas mãos.
A falta de planejamento de longo prazo e de uma política permanente de educação sobre o uso correto desses recursos finitos vem em seguida. A transformação do cerrado em extensas áreas de monocultura para a exportação, com a destruição da vegetação nativa, ao destruir o ecossistema da região, considerado o berço das águas, fez o resto.
É importante observar que, ao longo da história da humanidade, nenhuma civilização foi capaz de prosperar e mesmo sobreviver sem os recursos hídricos necessários e essenciais. Muitas cidades importantes na antiguidade simplesmente foram deixadas para trás, quando a água secou. O exemplo permanece. Portanto, debitar nas contas, já volumosas de Deus e da administração celeste, as causas pelo esgotamento hídrico, não convence, mesmo aos mais crédulos.
A frase que foi pronunciada:
“Esse estádio monstrengo é a prova de que nunca faltou dinheiro para atender pacientes com dignidade nos hospitais públicos. Faltou mesmo foi sensibilidade e humanismo.”
Paciente na emergência do Hran
Notas
» Sob o argumento de superlotação, o Hospital do Paranoá suspendeu, temporariamente, o atendimento a todos os pacientes que procuram a unidade. Essa situação inusitada revela e expõe a falência da estrutura de saúde no DF. Já o Hran, na madrugada de ontem, tinha enfermeiras e médicos de plantão. Só que o atendimento na emergência só começou na troca de turno.
SOS nojo
» Por falar em Hran, no orelhão do PS perto da chefia de enfermagem, havia uma cadeira onde alguém com diarreia sentou. Com a espuma alta, cada um que sentava ali, para amenizar a exaustão da espera, levantava com a surpresa desagradável.
Vermelho
» Não é de hoje que pacientes que necessitam de atendimento de urgência, em todo o DF, só têm acesso ao interior dos hospitais e, portanto, aos cuidados médicos, se derem entrada nos estabelecimentos, deitados em macas e transportados pelas unidades dos Bombeiros e das ambulâncias, de preferência prontos para morrer.
Ver para crer
» E mesmo quem dá entrada é atendido de forma precária. Sem limpeza, sem lençóis, sem a menor dignidade. E justiça seja feita: falta dignidade para os pacientes e para os que optam por trabalhar sem o mínimo básico necessário para exercer a profissão. Os médicos enfermeiras, técnicos, que batem ponto e trabalham, merecem todo o respeito da população. O governador Rollemberg poderia ir a qualquer hospital público de madrugada disfarçado, sem estafe. Alguma coisa mudaria.
Realidade
» Devido a carências no setor, as brigadas do Corpo de Bombeiros foram transformadas em serviço de atendimento de emergência de saúde, transportando pacientes de todo o DF para os hospitais depois de um atendimento preliminar. São heróis que também lutam com condições que poderiam ser melhores.
História de Brasília
Como não há exceção, caiu o decreto das corridas de cavalo, e as determinações sobre o uso de carros oficiais foram desrespeitadas, mas nessa mesma edição há uma carta do chefe da Casa Militar da Presidência, general Amaury Kruel, a respeito. (Publicado em 21/9/1961)