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com Circe Cunha // circecunha@gmail.com
A esta altura dos acontecimentos, a residência do vice-presidente Michel Temer virou lugar de peregrinação de políticos e empresários, desde que passaram a enxergar ali a tal luz no fim do túnel irradiando seu brilho encantador. O assédio mudou de endereço.
Hoje, mesmo ainda no cargo, a presidente Dilma experimenta a temida solidão do poder. Tornou-se pata manca ainda na metade do seu segundo mandato. O que restou a presidente e ao seu cada vez menor núcleo de aliados, foi o marasmo de longos e tediosos dias pela frente. Com o vagar das horas modorrentas, sobra tempo para, ao menos, conspirar.
Reunida, na segunda-feira, no Palácio do Planalto com Lula, Stédile (MST), Boulos (MTST) e Vagner Freitas (CUT), seus amigos de ocasião e de presumíveis infortúnios no futuro, o quarteto fantástico arquiteta meios de precipitar o dilúvio sobre a cabeça dos infiéis, minando o terreno por onde passará a caravana do governo Temer.
Reconhecida a derrota iminente no Senado, resta a tática da sabotagem, tramada dentro do edifício oficial. O que difere reais combatentes de simples arrivistas é o fato que, diante da morte inevitável, caem de pé. Os antigos costumavam dizer que não basta viver com dignidade, é preciso também saber morrer com dignidade.
Enquanto a senhora Rousseff vaga pelo palácio fantasma, seu vice se prepara para o que deve ser o maior desafio de toda a sua vida. Qualquer um que vier a herdar a administração do país pós-Dilma terá pela frente desafio maior do que os doze trabalhos de Hércules.
Pelo prólogo anunciado, Temer começou bem ao prometer auditoria profunda nas contas dos bancos públicos. Essa auditoria, tipo pente-fino, deverá se estender aos demais órgãos do governo, principalmente nas estatais e nas grandes obras públicas, tocadas por empreiteiras enroladas com a Justiça.
Fazer auditoria significa desarmar bombas de efeito retardado, deixadas para trás. Ou Temer cuida de desarmar essas minas terrestres, ou seu governo vai pelos ares também.
A frase que foi pronunciada:
“Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma…”
Clarice Lispector
Marlem Haddad
Emocionante a Missa de Sétimo Dia de dona Marlem Haddad Rocha. Denise, a filha, recebeu todo o apoio das amigas de infância que estudaram juntas no Sacre Coeur, nos primeiros anos de Brasília. Dona Marlem faleceu ao ser atropelada no Iate.
Calliandra
Até 14 de maio, a exposição de Tão Cascão estará aberta ao público na casa Thomas Jefferson. A mostra é uma homenagem a Brasília e traz o nome da flor de fios de pétalas vermelhas porque, segundo o artista, “essa é uma flor típica do cerrado e representa as pessoas românticas, afetuosas, idealistas, justas, honestas e verdadeiras e que têm fortes princípios com os compromissos de servir, e possuem grande senso artístico.”
Jogo contra violência
As regiões têm nome de mulheres. A meta do jogo é que todos participem em uma ação integrada para conter a violência contra a mulher. Perguntas e respostas são as armas. Maria Raquel da Faculdade de Saúde da UnB é a coordenadora do Recriar-se e do Núcleo de Estados da Educação e Promoção de Saúde e Projetos Inclusivos.
Tocha em Brasília
No próximo dia 3, a Tocha Olímpica passará pelo DF. A interrupção do trânsito será por poucos minutos. Eixo Monumental, Taguatinga, SAI, Riacho Fundo, Setor Comercial Sul e Asa Sul. Não há razão para ser ponto facultativo além disso, o governador Rollemberg espera que o megaevento sirva como superação das divergências causadas pela crise política.
Efetivados na Defensoria
Quem tinha a atribuição de nomear, criar ou manter cargos na Defensoria Pública era o Governo do Distrito Federal, e não a Câmara Legislativa. Agora, com a derrubada do veto do governador ao Projeto de Lei nº 765, as coisas mudaram. As galerias com dezenas de funcionários da Defensoria gritando palavras de ordem pressionaram na decisão. Mais de 600 funcionários de outros órgãos que estavam cedidos à Defensoria, serão efetivados.
História de Brasília
O pessoal dessa equipe, nos dias de folga, estava sempre em comunicação com o Hospital, aguardando, em casa, o chamado, se necessário. (Publicado em 5/9/1961)