Pesadelo político

Publicado em ÍNTEGRA

Desde 1960

aricunha@dabr.com.br

com Circe Cunha e MAMFIL

 

Vivemos em meio a tal ponto caótico e surreal que não seria surpresa se algum dia desses, ao acordar bem cedo, cada um dos eleitores fossem surpreendidos com a chegada da Polícia Federal à sua porta, munida de mandato de prisão . A acusação que pesaria em desfavor dos cidadãos seria a de crime de formação de quadrilha.

No caso, ter organizado junto à políticos malfeitores, grupos organizados para a prática continuada de crimes de toda a ordem contra o Estado. Dessa forma eleitores e políticos vitoriosos formariam a mesma trupe, reunido com o objetivo de saquear o erário. Em outras palavras o eleitor apontado como coparticipe, estaria sendo responsabilizado por ter escolhido e apontado, como eleito, políticos de sua confiança para a pratica de delitos.

Neste caso , uma imensa multidão, formada por milhões de eleitores, entraria no radar da justiça. Na falta de espaço nas penitenciárias para tanta gente condenada cumprir pena em regime fechado e de tornozeleiras individuais , em número suficiente , a solução para o impasse, voltaria a recair sobre o Congresso que votaria, em regime de urgência, uma lei de anistia ampla, beneficiando a todos e principalmente o Estado , que economizaria uma fortuna em gastos com as prisões em massa.

Resolvido, momentaneamente o dilema, novas eleições seriam marcadas. Mas , para que a situação de conluio entre eleitores e políticos não voltasse a se repetir, cada eleitor, na cabine de votação, assinaria um termo de compromisso, se responsabilizando pela indicação feita nas urnas. Caso seu escolhido e vitorioso candidato viesse a praticar algum crime durante o mandato, o eleitor, como fiador do nome, sofreria as mesmas penalidades imputadas ao político. Novamente a situação iria se repetir.

Multidões de eleitores processados juntamente com seus candidatos abarrotariam os tribunais. Para impedir, de vez , que situação tão impregnada de realismo fantástico, voltasse a ocorrer, a solução viria nesta ordem: impedir que eleitores votassem em qualquer candidato; impedir que políticos se candidatassem; impedir eleições gerais e por fim , por termo definitivo a democracia, esta sim reconhecida, ao final do longo processo, como a grande responsável pela desestabilização contínua do Estado e pelas agruras sofridas pela sociedade.

Superado o antigo modelo, a sociedade encontraria, finalmente um tipo tão profundo de paz , que acreditaria estar vivendo no paraíso eterno. Até o dia em que um estraga prazeres perceber e tentar gritar: estamos todos mortos.

 

A frase que foi pronunciada:

“Existem homens de bem, homens que se dão bem e homens que são flagrados com os bens”.

Lawrence Peter, educador canadense

 

Congresso

Durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes delegados são estudantes eleitos de forma direta para representar as suas universidades durante o evento. Além de participar de todas as atividades, eles têm direito a voto na plenária final. A eleição na UnB para a escolha da chapa que participará desse encontro gerou protestos.

 

Chapa

Libertas não é da esquerda. Não recebe subsídio de partidos políticos. Uma publicação na página estarreceu a concorrência. Veio a público um áudio, na quarta-feira onde um coordenador do DCE da atual gestão fazia a proposta de cortar caminho burlando as atas e assinaturas.

 

Na mesma

Na gravação o interlocutor questionou a prática, dizendo que era incorreto. O coordenador retrucou garantindo que bastava fazer um acordo com as outras chapas que tudo estaria certo. Uma notinha de esclarecimento que segue a receita de outras tantas foi publicada como resposta depois dos protestos. A página da chapa 1, Libertas tirou tudo do portal porque foi ameaçada. Como não há subsídio para pagar advogados ficou de mãos atadas para ir à luta.

 

Futuro

A experiência dessa votação na UnB é o retrato da política nacional. Perdeu-se a noção de ética. Rejeita-se a honestidade. Anos de corrupção no país impregnaram a cultura política. Pode até ser que a economia nacional seja recuperada mas sem um estadista na liderança o futuro voltará ao passado. O melhor para um país são líderes que governem com sabedoria e não com esperteza, que conduzam o país sem limitações partidárias.

 

História de Brasília

Algumas pessoas, entretanto, continuavam na mesma aflição, à espera de seus familiares que ocupavam o mesmo aparelho. As primeiras notícias já diziam que não havia vítimas, mas a espera demorada dos passageiros, a falta de transporte do local do acidente para a estação, provocou sérios dissabores a diversas pessoas. (Publicado em 28/09/1961)

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