Nesse ponto, concordamos

Publicado em Íntegra

VISTO, LIDO E OUVIDO – Nesse ponto, concordamos

Criada por Ari Cunha desde 1960

jornalistacircecunha@gmail.com

com Circe Cunha e Mamfil

 

Exemplos vindos de todos os lugares do mundo, em todos os tempos, têm comprovado que políticas econômicas de governo — feitas em cima do laço, com vistas a tapar rombos nas contas públicas — construídas em cima de propostas que visam a taxação dos investimentos dos super ricos não funcionam.

O que surpreende é que mesmo, com a comprovada inutilidade dessa estratégia, ainda há aqueles que insistem nessa medida. No fundo, o que essas estratégias querem passar para a população é que medidas como essa são para corrigir injustiças, ao atribuir aos ricos a causa das desigualdades econômicas do país. Nada mais falso e mais manjado que isso.

Tudo o que ocorre, da porta do Palácio do Planalto para fora, atingindo a população como um todo, é consequência de ações tomadas da porta do Palácio para dentro. Aos ricos, que entendem essa mecânica, melhor que a maioria da população, cabe proteger seu patrimônio. Essa proteção natural, pode ser feita aqui ou alhures, uma que o capital não possui pátria e o que não faltam são instituições desejosas de captar esses investimentos, venham de onde vier.

Mesmo a previsão, sempre falha, de que haverá, por meio dessa medida, uma captação de algo em torno de R$ 54 bilhões é pífia e incerta, diante da gana gastadora do governo. Volta e meia, e se vê por essas bandas, governos perdidos, sem metas ou planos consistentes, insistindo nessa tecla. Não há como negar que são os ricos, empresários ou investidores, os maiores geradores de empregos aqui e em outras partes do mundo, exceto nas economias centralizadas de países comunistas.

Para esses, a culpa deve ser pespegada aos ricos. Abrisse o governo a cartilha da ética pública, na página referente probidade administrativa, veria, logo no preâmbulo, a recomendação que diz: reconhecer sinceramente os erros, é a primeira tarefa a ser feita, antes de empreender medidas e muito antes de quaisquer ações concretas.

Os ricos pela influência que dispõem em todos os meios, inclusive na máquina do Estado, sabem de antemão, por conexões, ou  por inside information, todos os movimentos que serão adotadospelo governo. Nessa altura dos acontecimentos, cuidaram de salvar seus rendimentos da sanha arrecadatória do governo.

Para tributaristas há, além da fuga de capitais, a possibilidade de os ricos transformarem seus investimentos em produto de previdência. Na prática, o que se tem com essa taxação de super ricos, é apenas uma teoria sem lastro na realidade e nas análises. A questão central aqui é que essa taxação jamais irá se reverter em benefício dos pequenos contribuintes, aliviando-os com menores tributos.

Se, em vez de  taxar os super ricos, o governo mirasse naquela porção dos muitos ricos dos que dirigem o país, pagos com o trabalho dos contribuintes, a medida talvez surtiria mais resultados. Outro meio de aumentar a arrecadação para os cofres do Estado, é por meio do combate a corrupção. Nesse ponto não há o que discutir.

 

 

A frase que foi pronunciada

“Para bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe, e para bem conhecer o do príncipe, é preciso pertencer ao povo.”

Maquiavel

 

Inteligente

Projetos de sustentabilidade, como o da UnB, com a geração de energia fotovoltaicam, e o do Senado, com o reaproveitamento da água da chuva, são exemplos a serem seguidos pelas instituições públicas do país. O desperdício é enorme na esfera municipal, estadual e federal.

 

Agenda

Por falar em UnB, o campus do Gama comemora 15 anos e a organização está a todo vapor preparando a festa para a comunidade em 1º de setembro.

 

Atitude

Deputada Paula Belmonte incentiva a Semana da Primeira Infância na Câmara Legislativa do DF. A iniciativa da parlamentar traz à comunidade um seminário hoje, além de atividades recreativas e educacionais para crianças. Quinta-feira, lançará a Frente Parlamentar da Primeira Infância.

 

IHora do boicote

Um passeio pelos supermercados da Asa Sul e Asa Norte é o suficiente para se atestar a diferença abissal de preços. Parece que o boicote aos comerciantes exploradores é coisa do passado. E funcionava mesmo que as donas de casa não tivessem naquele tempo as poderosas ferramentas de comunicação como Instagram, Telegrama ou WhatsApp.

 

História de Brasília

A Cidade Livre voltou a ser livre outra vez. A área devastada pelos incêndios está sendo invadida livremente por barracas uniformes e postas em filas, formando pequenas ruas. (Publicada em 23/3/1962)

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