Exportar importa mais do que a fome

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Reprodução/TV Gazeta

 

Sob a ótica da população, sobretudo aquela formada pela grande maioria de brasileiros de menor poder aquisitivo, governo bom é aquele que consegue levar adiante um conjunto de medidas políticas capaz de encher diariamente a dispensa e a panela das famílias com alimentos de qualidade a preços justos. Quaisquer outras ações oriundas do Estado ficam subordinadas a essa premissa.

Revoluções populares não se fazem com base em ideologias ou por decisão desse e de qualquer outro mandatário. Revoluções e outras turbulências sociais acontecem induzidas apenas pela barriga vazia do povo e por uma situação de fome e desespero com a falta de alimentos. Nesse aspecto, nada mudou desde o tempo em que os homens viviam em cavernas.

O advento da civilização também se deu pelo mesmo motivo. A união de esforços para defender os iguais, garantir alimentos e segurança para todos. Dito dessa maneira, é possível afirmar que o que move a humanidade em direção ao futuro é o combustível do alimento. Nesse sentido, a história da humanidade está repleta de exemplos e de lições práticas. Por essa razão e não outra qualquer, governos são lembrados apenas por esse quesito básico e essencial.

Em um país continental como o nosso, identificado como o maior produtor de proteína, animal e de grãos do planeta, com mais de 7.000 km de litoral, os preços dos alimentos vendidos internamente para a população continuam, governo após governo, como os mais altos do mundo. Peixe, carne, frutas e legumes com preços que fogem à razão. O motivo invocado está nos preços dessas chamadas commodities, cotadas em dólar.

Essa política, assentada no agronegócio, um poderoso e influente conglomerado, beneficia apenas a esses empresários. Para a população, restam peixes menos nobres, carnes de terceira, com muito osso e gordura, ou a opção pelo frango ou ovo. Assim, mesmo esses alimentos pesam muito na cesta básica do trabalhador.

Pressionado pela moeda estrangeira e madrasta do dólar, os preços da carne bovina, do maior rebanho do planeta subiram 35%, afastando a maioria dos compradores. Com o aumento da procura por outras proteínas animais, como o frango ou ovo, o mercado, essa entidade fantasma onde procuras e ofertas lutam umas contra as outras, os preços saltaram também, assustando e indignando a população com essa onda especulativa que continua retirando alimentos da panela.

O custo internacional da proteína sobe também pela fome de um mundo cada vez mais populoso. A prioridade no abastecimento interno de alimentos ainda é uma ficção e se reduz a ações do tipo paternalistas longe de uma política sensata de segurança nacional. Para a população, incapacitada de concorrer com os chineses, resta esperar que essa onda que anseia exportar, mesmo às custas de um racionamento interno, cesse um dia.

 

A frase que foi pronunciada
“Pode guardar as panelas que hoje o dinheiro não deu.”
Paulinho da viola, músico brasileiro.

Novos tempos
Para crianças de 2 a 5 anos, recomenda, a Sociedade Brasileira de Pediatria, que o período de exposição a aparelhos eletrônicos não exceda uma hora diária.

GETTY IMAGES

 

 

Inspiradora
Quem está atraindo a atenção dos internautas é a jovem de 19 anos Débora Dantas, que sofreu um acidente em Recife, andando de Kart. Seus longos cabelos prenderam e ela foi escalpelada. Mas agora está tudo bem. Sorriso em pessoa, segura de si, Débora fala dos planos para o futuro compartilhando nas redes sociais sua alegria de viver. Veja a seguir a entrevista publicada com a jovem no JC.

 

Urbanidade
Tem custado muita paciência dos moradores do final da Asa Norte desviar o trânsito por causa das obras nas passagens subterrâneas. Mas tudo sob controle. No fim da tarde, acrescente meia hora no cálculo de seus compromissos naquela região.

 

Nosso
No blog do Chico Santana, um apanhado geral das frutas do cerrado mais conhecidas. Para quem mora em  Brasília, é quase uma obrigação navegar no site para conhecer.

Será?
Nenhuma guerra eleitoral terminará justamente se a urna eletrônica não for adaptada para o voto impresso. Sem auditoria, não há democracia. A vontade do povo é que é suprema.

Foto: blogdoeliomar.com.br

História de Brasília
A volta do dr. Jânio Quadros está sendo anunciada para o carnaval. Nova máscara, nova cantiga, e Deus salve o nosso povo. (Publicado em 03/12/1961)

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