Dáblio três

Publicado em ÍNTEGRA

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aricunha@dabr.com.br

com Circe Cunha // circecunha.df@dabr.com.br

 

Entra e sai governo, e o problema da revitalização da avenida W3 persiste sem solução à vista. Ao longo dos anos, alguns concursos públicos para a escolha de um projeto de urbanização dessa importante via de comércio da cidade foram realizados, os resultados e os vencedores foram divulgados e conhecidos de todos, mas, até agora, nada de prático. Ocorre que esses projetos vencedores, com o passar do tempo e do esquecimento, ficaram, de certa forma, datados, e as soluções apontadas não se encaixam nas exigências atuais. Burocracias à parte, o problema com a decadência das avenidas W3 Sul e Norte, à primeira vista, não necessita de cérebros sofisticados para se chegar a bom termo.

De saída, o que essas vias requerem, com urgência, é limpeza e uniformização das calçadas. Ao longo de todo o trecho, ambas as avenidas não dispõem de piso largo, uniforme, limpo e convidativo para as pessoas perambularem despreocupadas. Calçadas bem desenhadas, com as exigências que um bom desenho técnico recomenda, representam a pré-condição para a revitalização da área, atraindo pessoas de todas idades e condições físicas.

No caso da W3 Sul, importante, ainda, é a reconstrução das marquises em frente às lojas, dentro dos padrões atuais, dando mais segurança e abrigo aos passantes. Fundamental também nas duas avenidas são a limpeza e a padronização dos letreiros e propagandas das lojas, acabando com a poluição visual que enfeia e prejudica os locais.

As paradas de ônibus necessitam ser revitalizadas, seguindo o padrão Brasília, com conforto e segurança aos usuários do transporte público, dentro do que propõe o desenho modernista. A ideia de revesti-los com azulejos Athos Bulcão pode ser pensada.

O problema com a infiltração de comércio nas quadras 700 Sul, que são residenciais, pode ser tranquilamente resolvido, usando-se, para isso, a lei e a autoridade do governo para levar esses empreendedores para a área destinada a esse fim que fica logo ali, atravessando a avenida, nas quadras 500.

Deixar essas importantes ruas de comércio entregues à criatividade e à inventividade de cada um desses comerciantes, resultou no que se tem agora: uma avenida que é o retrato do terceiro mundo. Pior, bem no coração da capital. O prolongado descaso das autoridades com essa região, traz prejuízos para a população e para os próprios comerciantes que vêm os clientes serem tangidos para os shoppings e outros pontos de comércio mais seguros e limpos.

Desfiguradas com a proliferação de puxadinhos verticais e horizontais, a situação é calamitosa nessas avenidas. Sujeira, poluição visual, barreiras físicas e outras anomalias urbanas impõem providências urgentes, principalmente agora em momento de profunda crise econômica, quando milhares de estabelecimentos comerciais fecham as portas.

Revitalizar a avenidas W3 Sul e Norte pode ser a redenção da atividade econômica não apenas nessas áreas específicas, mas para toda a cidade, trazendo mais movimento na economia, comércio, mais lazer, mais empregos, e devolvendo aos brasilienses duas importantes vias, conforme idealizadas por seus projetistas.

A frase que foi pronunciada

“A máquina política triunfa porque é uma minoria unida atuando contra uma maioria dividida.”

Will Durant

Uma por todos

Poucas pessoas em Brasília estimulam os artistas como Flávia Obino Boeckel. Concretiza exposições, apresenta um talento ao outro, dá conselhos, organiza jantares. É uma raridade altruísta no campo das artes. Estudou em várias instituições importantes do Brasil e do exterior. Nenhum dos diplomas dos vários cursos que fez registrou essa qualidade. Aqui está o agradecimento de todos os artistas que você apoiou, Flavita.

Convenhamos

São 180 dias para tentar encontrar qualquer coisa que jogue fumaça no desfalque do Partido dos Trabalhadores aos cofres públicos. O mestre da arte da política, José Sarney, está longe desse burburinho petista. A conversa muito mal gravada sobre a solidariedade do ex-presidente a Sérgio Machado não traz nenhum indício de ilícito.

Dados

Resultados estarrecedores apresentados em audiência pública na Câmara dos Deputados. Lançado o primeiro Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens. Daniel Cerqueira, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, disse que o Brasil perde R$ 150 bilhões com a morte dos jovens a cada ano no Brasil. Uma juventude que poderia ser parte do desenvolvimento do país.

História de Brasília

Muito benfeito, o policiamento. A não ser o caso criado com o deputado Osmar Cunha, nada houve de anormal. O comportamento dos soldados foi exemplar. (Publicado em 6/9/1961)

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