A morte do bom senso

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Foto: Sergei Supinsky/AFP/Metsul

 

        Já no segundo dia da guerra entre Rússia e Ucrânia, este espaço alertava para a urgência de providências no sentido de conter a poderosa máquina bélica de Putin, primeiro, através de uma possível declaração do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estabelecendo a neutralidade de seu país nas questões entre Moscou e OTAN, a exemplo da Finlândia durante a guerra fria; por uma razão simples e imposta pelo pragmatismo político: a impossibilidade real da Ucrânia em conter um possível avanço da máquina de guerra russa. Segundo, para preservar a vida de cidadãos ucranianos, homens, mulheres, crianças e idosos, que seriam necessariamente alvos dos ataques russos. Conhecendo a belicosidade de Putin, essas seriam as melhores estratégias de um governante sensato, pois desmanchariam os argumentos do ditador para invadir o país vizinho.

        Não se trata aqui de pretensões em pousar de estrategista de guerra ou coisa parecida. A questão envolve o bom senso, um atributo que, em tempos de violência, desaparece como fumaça no vento. Agora, com o estabelecimento da guerra, ou mais precisamente, de um massacre sobre o povo ucraniano, principalmente sua parcela civil, parece tarde para recuar. Para complicar um problema que tende a crescer, o presidente ucraniano parece fazer o jogo que o Kremlin deseja, que é estender o conflito para toda a borda que margeia a Rússia, incluindo, nessa batalha, todos os países que faziam parte da antiga União Soviética.

        Ao apelar para que países como os Estados Unidos e a própria Otan entrem nesse conflito, o que o presidente Ucraniano está fazendo é acender o pavio para uma guerra generalizada em toda o continente Europeu, o que seria um prenúncio tenebroso para uma terceira e definitiva guerra mundial. É certo também que Putin e seus generais poderiam resolver a questão do cerco da Otan ao território russo estabelecendo um cordão de proteção armada ao longo apenas das fronteiras dos países limítrofes. Mas todas essas foram hipóteses lançadas na lata de lixo. De fato, ao açular os instintos bélicos de Putin, em nome de um patriotismo que sempre custa a vida da população local, Zelensky abriu as portas para o avanço dos russos sobre seu país.

        O mundo, que a tudo assistia e que também não acreditava numa guerra de fato, foi apanhado por um tipo de surpresa anunciada. O fato é que a Europa, que já enfrentou décadas de guerras sangrentas, teme a volta dos conflitos armados, que podem se espalhar para outros becos sem saída, preexistentes em seus territórios, como é o caso da questão das levas de imigrantes vindos da África e do Oriente, além da questão dos muçulmanos versos cristãos, ainda não resolvidas desde as Cruzadas.

        Mesmo as delicadas questões envolvendo os países Balcãs poderiam, em caso de uma guerra generalizada, voltar a incendiar todo o continente. Existe, de fato, um tênue equilíbrio político em toda a Europa que pode vir a ruir, caso haja uma escalada dos conflitos. O pavio de pólvora que poderia ser apagado nos dias que antecederam a invasão russa, não foi apagado a tempo.

        Agora, pelo desenrolar dos acontecimentos, a guerra parece que irá seguir seu curso natural, inflamando o continente e trazendo mais insegurança para todos os europeus, isso se as contendas ficarem restritas apenas à Europa. Caso outros protagonistas, como os Estados Unidos e a China, entrem nesse conflito, os rumos do planeta imbicam para um abismo sem fundo.

A frase que foi pronunciada:

O poder da palavra é ilimitado. Muitas vezes, uma boa palavra era suficiente para deter um exército em fuga, transformar a derrota em vitória e salvar o país.”

Emile de Girardin, Jornalista francês (1802-1881)

Emile de Girardin. Imagem: britannica.com

PNAD e IBGE

Nova pesquisa mostra que mais de 580 mil empresas do Brasil foram fechadas entre abril de 2019 e dezembro de 2021.

Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Evento

Nos dias 12 e 13 de março, o repertório apresentado pela Orquestra Desarmônica de Brasília será John Williams. No CCBB, às 19h30, com entrada franqueada ao público.

Cartaz: ccbb.com

Equilíbrio e Contraste

Impedir o primeiro retorno das primeiras quadras pares do Lago Norte foi ótimo nos horários de pico, ou seja, no máximo por 4 horas por dia. Nas outras 20 horas, os moradores são obrigados a cumprir um percurso inútil.

Foto: comdono.com

Branda demais

Em breve, o Estatuto do Idoso será alterado pelo Projeto de Lei 154/22, que aumentará a punição para os crimes de negligência e apropriação indevida de bens, quando praticados contra pessoas com 60 anos de idade ou mais. A punição, que era de 2 meses a um ano de detenção e multa, passa para de 2 meses a 2 anos de detenção e multa. Muito pouco!

Autor — Foto: Marcelo Camargo/ABr (valor.globo.com)

Projeto Índia Amazônia

Nessa quinta-feira, o Centro de Ensino Médio 404 (CED 404), de Santa Maria, recebe o Projeto Índia Amazônia (PIAMA), em escolas e em unidades de Internação. A iniciativa incentiva a prática da leitura e debates sobre a Amazônia por meio de rodas de leitura poética e lúdicas com Chico de Aquino, escritor do texto “ÍNDIA AMAZÔNIA”. O Projeto será realizado por meio de um Termo de Fomento da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SECEC), do GDF.

Foto: Rondineli Borges/Divulgação

História de Brasília

Quanto aos candangos, mesmo vivendo em invasões e em barracos de madeira estão em melhor situação que em suas terras de origem, onde a fome rondava seus lares hoje abastecidos. (Publicada em 18.02.1962)

Lógica “dinheirosa”

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Protesto realizado em 12/02/2020 na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Foto: Divulgação/CIMI

 

         Depois de aprovar, à toque de caixa e sob forte pressão, o Projeto de Lei 6299/02, também chamado “PL do Veneno”, em fevereiro último, revogando e afrouxando a lei sobre o uso de agrotóxicos, centralizando, no Ministério da Agricultura, os registros e a fiscalização fake desses produtos, mudando, inclusive, a denominação de agrotóxicos para pesticidas, a Câmara prepara agora para liberar a autorização para mineração, garimpo, pecuária e turismo em terras indígenas, com o PL 191/2020, abrindo a porteira dessas terras ao desenvolvimento, com as bençãos da poderosa bancada do agronegócio.

        O que se tem aqui com esses dois famigerados projetos de lei, criticados por ambientalistas renomados, dentro e fora do Brasil, e seguramente prejudiciais aos biomas naturais do país, muitos deles dentro de áreas de preservação, pode ser definido como um pesadelo a comprometer o futuro das novas gerações, promovendo, de forma explícita, o que pode vir a ser um genocídio dos povos indígenas.

        O problema aqui, no atual governo, não é saber onde estão reservas e riquezas minerais, mas saber se nessas áreas há ou não povos indígenas. A questão aqui não é apenas a prospecção de jazidas economicamente interessantes para o governo e para as elites que manobram, nas sombras, essas propostas, mas saber se nessas áreas existem povos que lá estão por séculos.

        Mais do que as riquezas que ali se encontram, interessa desalojar esses povos, expropriá-los de suas terras, dizimando sua cultura e meio. Há nesses projetos um nítido interesse escuso, como se as causas e culpas pelo atraso e subdesenvolvimento do país coubessem a esses povos e não à classe política e parasitária que, desde 1.500, dilapidam, sem remorsos, as riquezas nacionais.

        O que se quer é envenenar a terra e os rios, em nome de um agrobusiness que não planta alimentos, mas somente lucros para seus proprietários. O que está em vista é mandar avançar os tratores com suas correntes sobre matas nativas, arrasando com os biomas vegetal e animal, implantando, em seu lugar, a monocultura transgênica e envenenada com “pesticidas”, em grandes e áridos latifúndios, depois transformados em desertos arenosos.

       O que se pretende, de fato, com essas propostas indecentes, é banir a variedade de vida e de cultura, substituindo-a por negócios, cujos os resultados não interessam ao homem do campo, tampouco aos povos indígenas autênticos, que vêm nessa chegada do homem branco, tendo à frente um novo lunático, o início do fim, assim como seus ancestrais que, primeiramente, entraram em contato com os primeiros navegadores chegados da Europa. Desde esses primeiros contatos, a terra inteira, com seu valor infinito, foi sendo trocada por espelhos e outras bugigangas sem valor. O que se tem nesses movimentos, que vão contra a corrente do bom senso e da vida, é a imposição do atraso e da lógica “dinheirosa” que tudo transforma em lixo.

 

A frase que foi pronunciada:

Quanto à riqueza não há limite claramente definido, pois aqueles que hoje dispõem das maiores fortunas entre nós, possuem também o dobro da voracidade dos demais e quem poderá satisfazer a todos?”

Sólon (séc.VI a.C.)

Sólon. Imagem: reprodução da internet

Lembranças

Vale passear pela Praça das Avós. Lugar aconchegante com Brasília bem presente. Na 506 Sul.

Foto: Blog do Ari Cunha

Dignidade

Carlos Eduardo Brandt, chefe da Gerência de Gestão e Operação do PIX do Banco Central, não faz ideia da revolução social que essa operação está fazendo. Mendigos, lavadores de carro, pessoas com situação vulnerável que anunciam PIX em cartazes têm recebido aporte maior.

Ilustração: Thiago Prudencio/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

 

Brasília, Pelé e JK

Silvestre Gorgulho, responsável pela entrada dessa coluna no Guiness Book, lança o livro De Casaca e Chuteiras – a era dos grandes dribles na política, cultura e história. O país entre 1956-1977 é retratado de forma criativa que provoca a fluência na leitura. Uma aula de história onde Brasília foi o marco. Além do Mercado Livre, a compra pode ser feita pelo WhatsApp (61) 98442-1010.

Etarismo

Palestras online estão esclarecendo a sociedade sobre mais um preconceito: o etarismo. Veja, a seguir, detalhes do I Encontro Inter-Regional de Psicologia Organizacional e do Trabalho, com a Dra. Juliana Seidl.

–> Você já ouviu falar sobre etarismo? Sabe como ele impacta a carreira principalmente das mulheres? Sabia que existem 4 tipos de idade? Como envelhecer sem imposições, fazendo as melhores escolhas?

Para responder a essas perguntas, o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Senado Federal realizam na próxima segunda-feira (07) a palestra “Etarismo e Carreira como Desafios Femininos”.

A palestra contará com a presença da idealizadora e consultora da Longeva, Juliana Seidl, e será transmitida pelo canal da Escola da Câmara no YouTube às 16h30. A moderação será feita por Juliana Werneck, integrante do comitê Pró-Equidade da Câmara dos Deputados.

Acompanhe! www.youtube.com/escoladacamara

Este evento faz parte das ações em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março.

Realização
Tribunal de Contas da União
Senado Federal
Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento
Câmara dos Deputados

História de Brasília

Todos nós sabemos, que quem se mudou para Brasília vive, hoje, melhor que no Rio. Os funcionários públicos melhoraram seu poder aquisitivo, em muitos casos melhoraram suas condições de habitações, e de maneira geral, o confôrto aqui é muito maior. (Publicada em 18.02.1962)

Ou é ele ou somos nós

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Na Ucrânia, maior usina nuclear da Europa é incendiada após ataque russo. Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

           Finalmente, as principais lideranças políticas do Ocidente resolveram tomar providências mais severas contra os oligarcas russos, na tentativa, entre outras medidas, de asfixiar as finanças desse pequeno, mas poderoso, grupo que, há décadas, orbita em torno do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

        Há décadas também, os serviços de investigação e combate a crimes econômicos, em vários países, principalmente na Europa, vêm fazendo um levantamento sobre a atividade desses magnatas russos, e há tempos, também, sabem do estreito envolvimento que o autocrata do Kremlin mantém com esse grupo, alguns, inclusive, apontados como testas de ferro de Putin. Dito em outras palavras, já faz tempo que os governantes europeus e americanos sabem das atividades ilícitas envolvendo esses oligarcas e o presidente Putin.

        Para alguns observadores dessas relações escusas, o que o presidente Putin tem feito, desde que assumiu o poder, foi afastar, prender e até eliminar todos aqueles milionários de seu país que não aderiram aos projetos de seu governo. Ao mesmo tempo em que cedia nacos importantes de setores econômicos de seu país, como petróleo, gás, mineração e outros, a grupos de empresários dispostos a tudo, desde que seguissem, à risca, os planos de Putin.

        Com o poder econômico russo, enfeixado, diretamente em suas mãos, Putin passou a controlar, pessoalmente, a circulação de riquezas, obviamente, retirando, desse poderio, parte significativa dos recursos da nação, para si e seu grupo. Com as forças armadas sob seu controle, além dos serviços de inteligência, do qual é oriundo, e de forças especiais de segurança e repressão, Putin passou a controlar, além do Poder Judiciário e Legislativo, a imprensa e toda a mídia do país, submetendo-os a mais estrita censura.

        Para a oposição, recorreu ainda as prisões em massa, tentativas de envenenamento e morte de todos aqueles que ousaram ir contra sua tirania. Em síntese, é bom lembrar que os principais líderes políticos do Ocidente, que passaram pelo poder nos últimos 20 anos, sabiam que Putin, juntamente com a maioria desses oligarcas que agora estão na mira da polícia, vem formando uma verdadeira máfia dentro do Estado Russo, impondo o terror, ameaçando países vizinhos e, agora, ameaçando todo o resto do mundo com suas armas nucleares.

        O que está ocorrendo agora, sob o olhar espantado de alguns governos, é a sequência natural de um longo projeto de dominação, em larga escala, há muito, preparado por Putin e do qual já sabiam as principais lideranças do planeta. A questão aqui é saber por que demoraram tanto a agir para impedir o crescimento e fortalecimento desse tipo de indivíduo. O que vemos aqui é o silêncio cúmplice de muitos presidentes mundo afora. Um silêncio e uma inanição que tem custado muitas vidas ao longo dos últimos vinte anos. Não há uma saída para o mundo que não seja a saída imediata de Putin do poder. A permanência desse tirano no poder pode custar a vida de bilhões de seres humanos. Ou é ele, ou seremos nós.

A frase que foi pronunciada:

Eu era uma garotinha na Segunda Guerra Mundial e estou acostumada a ser libertada pelos americanos.”

Madeleine Albright

Madeleina Albright. Foto: GREG KAHN

Helicóptero

Em Vicente Pires e no Lago Norte, duas crianças sofreram afogamento em piscina. Mais uma vez, a agilidade do Corpo de Bombeiros e o preparo da corporação trouxeram as duas vidas de volta. Não poupem elogios a esses heróis.

Atualizar

Por falar nisso, quem busca a ouvidoria do Corpo de Bombeiros cai em uma página geral do GDF que não é muito amigável. Inclusive, é necessário um pré-cadastro para a manifestação. Mas, indo com paciência, é possível finalizar a operação com sucesso.

Atendimento fake

Aconteceu na loja da Claro da Qi 11 do Lago Sul. Ao pegar a senha, o cliente aguarda a chamada no painel. A curiosidade é que isso não quer dizer que o atendimento vá ser feito naquele momento. Se a empresa controla o tempo de espera do consumidor, é bom que saiba que o resultado nessa loja em Brasília é fake. A espera é longa, apesar do chamado no painel.

Foto: divulgação

 

Notas de R$200

Por enquanto, só 18% das cédulas de R$200 reais estão em circulação. Segundo o Banco Central, os outros 369 milhões de cédulas produzidas e ainda não distribuídas estão guardadas na instituição.

Enfim

Secretário do DF Legal, Cristiano Mangueira, foi incisivo no anúncio pré-carnaval do que seria ou não seria permitido durante as festas de Momo. Dias depois, o governador Ibaneis liberou a máscara em lugares abertos, seguindo os passos de outros países. Estamos perto do fim em relação ao Covid.

Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press

História de Brasília

Fala que a cidade tem favelas, desconforto, precariedade de transporte, vicissitudes de tôda ordem e é quase inabitável. É preciso muita distância do assunto, para dizer isto. (Publicada em 18.02.1962)

Educação sem competição

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Em tempos de crises profundas, quando a humanidade, por suas escolhas imediatistas, se vê, mais uma vez, em sua história, imersa nos campos áridos da disputa e da luta fratricida, é necessário e vital buscar, nas pausas da reflexão, a luz e a sabedoria daqueles que, por sua experiência e bom senso, podem indicar os caminhos de volta à vida.

É em encruzilhadas e abismos, como agora se anunciam no Leste da Europa, que se precisa convocar a presença dos verdadeiros construtores de pontes, para reestabelecer laços e vínculos perdidos. “Nunca, como agora”, diz um dos mais notáveis construtores de pontes da atualidade, o papa Francisco, “houve a necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes, e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”.

Refere-se o pontífice precisamente à Campanha da Fraternidade de 2022, cujo lema é “Fraternidade e Educação”, e que, neste momento, parece ganhar uma dimensão toda especial e urgente. Observa-se que, justamente por se afastar de uma educação que induza a fraternidade e a partilha é que, mais uma vez, se ouve falar em guerras e destruições. A educação, nos moldes em que ela é ativamente desenvolvida em vários países do globo, e que estimula, sobremaneira, o espírito de concorrência entre o alunado, para que sobreviva numa sociedade cada vez mais competitiva e excludente, está na raiz da maioria das guerras.

Para a então educadora italiana e também construtora de pontes Maria Montessori (1870-1952), na educação estruturada para a competição, está o princípio da maioria das guerras a que temos assistido ao longo da história humana. A paz, dizia ela, não escraviza o homem, pelo contrário, ela o exalta. Não o humilha, muito ao contrário, ela o torna consciente de seu poder no universo. E porque está baseada na natureza humana, ela é um princípio universal e constante que vale para todo ser humano. É esse princípio que deve ser nosso guia na elaboração de uma ciência da paz e na educação dos homens para a paz.

Tivessem os generais e políticos que hoje estão envolvidos direta e indiretamente nesse conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia recebido, em tempo de escola, uma educação próxima daqueles conceitos montessorianos, por certo não estaríamos assistindo ao espetáculo horrendo da dança da morte nos campos de batalha.

O que os soldados fazem nas frentes de batalha, a mando de seus superiores, é repetir o modelo de competição que recebiam em suas escolas. Com uma diferença: agora, os jogos e as disputas saíram das salas de aula e estão sendo praticados de arma em punho, numa autêntica caçada humana.

A Campanha da Fraternidade deste ano Fraternidade e Edu cação, com o subtítulo “fala com sabedoria e ensina com amor”, foi retirada de Provérbios 31:26-31, e teve início na quarta-feira de cinzas. A proposta dos idealizadores, com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) à frente, é aprofundar o tema educação, incentivando a reflexão pelo Pacto Educativo Global, conforme convocado pelo papa.

Entre os objetivos estão: analisar o contexto da educação na cultura atual e seus desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da palavra de Deus e da tradição cristã, em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do reino de Deus; pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral em escolas, universidades, centros comunitários e em outros espaços educativos, em especial os das instituições católicas de ensino; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:
“É necessário que o professor oriente a criança sem que esta sinta muito a sua presença, de modo que possa estar sempre pronto para prestar a assistência necessária, mas nunca sendo um obstáculo entre a criança e a sua experiência.”
Maria Montessori

Maria Montessori. Foto: Wikimedia Commons

 

Expressão
Passeando no site da Embaixada da Alemanha, um internauta perguntou a razão de a instituição defender a Ucrânia e pagar pelo gás da Rússia. Foi bloqueado. Entrou com outra conta e perguntou se isso é saudade da DDR. Foi bloqueado novamente. Quem estava acompanhando viu tudo.

Foto: g7.news

 

Vagas
São raros os alunos do EJA que chegam animados para estudar. Ou o atrativo é o lanche, ou são os colegas que ficam fora da escola em reunião. O diploma é importante, mas como a reprovação é evitada pela direção, esse tipo de aula não tem validade. Basta imaginar uma instituição independente organizar uma prova e aplicar aos alunos que frequentam as aulas à noite. Seria um desastre.

Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

 

Produção
Apoiados pela Emater, os produtores rurais iniciam as feiras de agricultura familiar, que funcionam em março no DF. Veja a lista de datas e locais a seguir.

Foto: Emater-DF

Feira Rural no Parque
Quando: dias 13 e 27 (domingos)
Horário: 8h às 14h
Local: Estacionamento 10 do Parque da Cidade (antigo pedalinho)

Feira Rural no CABV – Sobradinho
Quando: dias 8, 15, 22 e 29 (terças-feiras)
Horário: 17h às 21h
Local: Área multiúso do Condomínio Alto da Boa Vista

Feira Rural do Palácio do Planalto
Quando: dias 3, 10, 17, 24, 31 (quintas-feiras)
Horário: 10h às 15h
Local: Anexo IV da Presidência da República (próximo aos restaurantes)

Feira Rural de Multiprodutos do Barreiros
Quando: 4, 11, 18 e 25 de (sextas-feiras)
Horário: 16h às 21h
Local: DF-140, km 11, Núcleo Rural Barreiros (Jardim Botânico)

Feira Rural do Produtor da Vargem Bonita
Quando: dias 5, 13, 19 e 26 (sábados)
Horário: 7h às 15h
Local: Em frente ao comércio local, ao lado da quadra de futebol

*Com informações da Emater-DF

*Agência Brasília

 

História de Brasília
O Globo publica um comentário do “Republicain Lorrain”, de Metz, contra Brasília e termina por perguntar se valeu mesmo a pena empreender a construção colossal de Brasília. (Publicada em 18/02/1962)

Não fale em nome da nação

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Presidente Bolsonaro. Foto: Reprodução/redes sociais

 

          Certos comportamentos de autoridades repercutem negativamente em momentos de tragédias. Não cabem exibições em jet ski, enquanto acontece uma guerra. Depois da experiência com a Covid, ao mirar no presidente da República, o que a população espera é que a liturgia do cargo reflita na conduta.

            Com essa postura, pouco exemplar para os cidadãos, o chefe do Executivo vai consolidando, para si, a fama de indivíduo insensível e indiferente aos dramas humanos, sejam eles de outros países ou mesmo seus próprios conterrâneos. Talvez imagine que, agindo dessa forma, demonstrará valentia e coragem. Nada mais falso e mais próximo da covardia do que ignorar seus semelhantes. A imagem que passa é de insensibilidade e pouco caso que faz dos dramas alheios. Claro que o peso da imprensa deve ser considerado, mas, não por outro motivo, o presidente do Brasil achou, por bem, não se manifestar com relação à guerra que vai destruindo, pelas beiradas, a Ucrânia.

        Na visita que fez a Moscou, às vésperas de Putin mandar varrer do mapa a vizinha Ucrânia, o presidente do Brasil chegou a afirmar que o Brasil era solidário com a Rússia. Por certo, o presidente, mesmo a despeito de ser constitucionalmente chefe de Estado, não falou em nome dos milhões de cidadãos brasileiros de bem que condenam, com veemência, essa chacina.

        A posição dúbia e vacilante do representante do Brasil, obviamente orientado pelo Palácio do Planalto, junto à Organização das Nações Unidas, (ONU), pedindo, de modo protocolar e refinado, bem ao estilo Itamaraty, o estabelecimento de um impossível diálogo entre os dois países do Leste, foi posto de lado, dessa vez, de modo nada protocolar, com a resolução, tomada agora, da Assembleia-Geral da ONU, condenando a Rússia pela invasão à Ucrânia.

        Do mesmo modo, o Tribunal de Haia deixou claro que investigará a Rússia por crimes de guerra e por crimes contra a humanidade. Com isso, o colega russo do presidente do Brasil poderá se tornar réu no Tribunal Internacional por crimes de genocídio.

        O chefe do Executivo nacional disse ainda que vai adotar um discurso neutro em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia. Na contramão do que pensa o mundo todo, o chefe da Nação brasileira diz atrelar às suas decisões, de caráter personalista e frio, o que querem os brasileiros nesse momento. Nada mais falso.

 

A frase que foi pronunciada:

Não devemos nos permitir esquecer os milhões de cidadãos não judeus da Bielorrússia, Rússia, Ucrânia e outros territórios eslavos que também foram massacrados. Mas, para mim, permanece o fato saliente de que o antissemitismo era o princípio dominante, essencial e organizador de todas as outras teorias raciais nacional-socialistas. Portanto, não deve ser pensado como apenas um preconceito entre muitos”.

Christopher Hitchens

Christopher Hitchens. Foto: Marvin Joseph/The Washington Post

Curiosidade

Começa a ser arrecadado, pelos estados e municípios, o IPVA. Em 1969, o TRU, que era a taxa paga, ia para governo federal: Taxa Rodoviária Única. O destino da verba era delineado pelo ordenamento jurídico brasileiro. Expandir, conservar e financiar novas rodovias no país. Já o IPVA, nasceu de uma Proposta de Emenda Constitucional e, como imposto, é destinado a despesas da administração pública. Não há como acompanhar os investimentos feitos com essa verba.

Foto: Pixabay

Vulneráveis

Em franco andamento, as obras da Escola Técnica do Paranoá. As colunas já subiram. Há muita esperança em formar, profissionalmente, tantos jovens daquela região.

Foto: Francisco Zagari/Divulgação

Adeus papai!… Adeus, filho!…

Há dois ou três dias, na divisa com a Ucrânia, uma mulher assistia a orientação dada aos jovens soldados russos, perfilados, prontos para a ocupação da Ucrânia. Avistando filho no meio da tropa, não resistiu: atropelou oficiais e guardas, invadiu a formação, abraçando-se a ele, chorando. O soldado manteve inicialmente a postura militar ereta, olhando para frente onde estava os superiores mas, de repente, também desabou em lágrimas abraçado à mãe.” Leia a seguir a íntegra do artigo do professor Aylê-Salassié Filgueiras Quintão.

Foto: Sergei Supinsky/AFP/Metsul

–> Adeus papai!…Adeus, filho!…

Aylê-Salassié Filgueiras Quintão*
O início do fim da guerra do Vietnam foi marcado por dois eventos impactantes. A foto da menina vietnamita correndo nua pela estrada, tentando escapar das bombas de napalm que explodiam atrás dela, e o assassinato , com um tiro no ouvido de  um vietcong capturado, no meio da rua de Saigon, em frente as câmeras de televisão,   dado pelo chefe de polícia. A opinião pública mundial foi despertada naquele momento  para a desumanidade, a brutalidade e a insanidade das guerras.  Afinal, o respeito à vida humana e a diplomacia teriam evoluído muito.
Há dois ou três dias, na divisa com a Ucrânia,  uma mulher  assistia  a orientação dada aos jovens  soldados russos, perfilados,   prontos  para a  ocupação da Ucrânia. Avistando  filho no meio da tropa, não resistiu: atropelou oficiais e guardas, invadiu a formação, abraçando-se a ele, chorando. O soldado manteve inicialmente  a postura militar ereta, olhando para frente onde estava os superiores mas,  de repente, também desabou em lágrimas abraçado à mãe.
“Adeus meu filho!…”Adeus papai!…”. Na estação de Kiev, na Ucrânia, suspenso pelos cidadãos, e passado de mão em mão, no meio da multidão que  tentava embarcar para a Romênia, um menino  ia despedindo-se do pai até alcançar a mãe no interior do trem.  Mulheres e crianças foram recomendadas a deixar o território ucraniano . Maridos e  pais com idade entre 18 e 60 anos estavam proibidos de sair do país.
Na Ucrânia ainda, foram gravadas cenas de jovens pais mal saídos da adolescência  despedindo-se das  esposas, que partiam assustadas com bebês  nos braços. Os  homens estavam convocados compulsoriamente para  lutar ou morrer. Mesmo assim, professoras de uma escola pública armaram-se com equipamentos pesados para esperar os russos.
Remete, de fato,  a 1968, ao episódio do   General Nguyen Ngoc Loan  descarregando o  revólver  na cabeça do prisioneiro. O corpo do vietnamita  ficou  ali,   por dias exposto até que os restos mortais fossem recolhidos por uma carrocinha, igual à desses trabalhadores  informais que recolhem lixo nas ruas .
Conhece-se pouco do aparato militar ucraniano, mas se isso vai ocorrer com eles, não se sabe. Os corpos dos ucranianos mortos parece que terão uma solução mais próxima dos vietnamitas. Continuarão abandonados pelas ruas ou coletados coletivamente por carroças para serem enterrados ou incinerados anonimamente.
Os  russos, não. O Exército está levando para a frente de batalha  crematórios volantes para os cadáveres dos soldados. Os mortos  serão  transformados em cinzas, que poderão chegar em uma urna aos familiares.  Esses fornos, de invenção nazista,  intimidam os soldados, induzindo os soldados a lutar pela vida, ao mesmo tempo que alimentam menos esperanças de que  voltarão a ver esposas, filhos e mães .
 A despedida do Pai  daquela criança apoiada nos braços do mãe, em lágrimas de desespero na porta do trem,  prenunciava a possibilidade de ser aquela a última visão família . Ocorreria tanto de um lado quanto do outro. A Rússia bombardeou mais de 270 pontos de resistência dos ucranianos, atingindo porto aeroportos, gasodutos, mas também escolas e prédios residenciais civis e, por cima,  proibiu a imprensa de dar tratamento de “guerra” ao confronto, e tem evitado revelar o número de mortos. Sim, porque os ucranianos estão usando coquetéis molotov e os próprio corpos (como no Tianamen), por todos os lugares, como os estudantes fizeram na invasão de Praga e de Budapeste, no passado contra  esses mesmo russos, para parar os tanques de guerra.
Segundo a versão de Putin, a Ucrânia é o berço étnico da Rússia. A sua criação como país teria sido  um erro de Lênin. Ele, senhor de si,  aparenta  ser mais um sujeito traumatizado . Assistiu in loco a derrocada de Berlim Oriental e, por consequência, destruição da União Soviética, agindo  como  espião dentro da Alemanha.  Considerou o fato mais desastroso do século passado. É possível que tenha guardado aquela  imagem, e venha tentando resgatar a União Soviética (URSS), acreditando  poder  manter a Rússia hegemônica na região,  como na Guerra Fria.
A realidade tem mostrado que, todos os vizinhos que se recusam a dobrar-se à liderança da Rússia, ou de Putin, são colocados no mesmo saco. Já  invadiu o Afeganistão, a Chechênia, a Geórgia, a Mondalvia, Belarus, tomou a Criméia,  e quer  a Ucrânia, parte da qual já ocupou. Para não deixar por menos ameaça a Suécia, a Finlândia e os países bálticos. Sua geopolítica não respeita as etnias, nem os cidadãos civis. Para Putin são pessoas que não pertencem a lugar nenhum (Bjorn Berge, 2021). São todos russos. Pretenderia ele corrigir os caminhos da história,  restaurando a URSS como uma Federação, liderada pelos russos.
Pensando estrategicamente,  Putin pode até ter um pouco de razão, que é alimentada por verdadeiras provocações do Ocidente, em particular os EUA e pela própria imprensa, anunciando guerra todos os dias. São desafios que  não resultam de consultas públicas internas.
A guerra tem um  cenário real fora dos gabinetes dos governantes e estrategistas militares, que parecem desdenhá-lo. É lá onde está a sociedade civil , ignorada em todos os lugares. ´Tem sido ela a maior  vítima dos conflitos bélicos no mundo. Portanto, assim como aconteceu nos Estados Unidos durante a guerra do Vietnam, na Rússia grupos de pessoas estão saindo às ruas para protestar contra a invasão da Ucrânia, considerado um país irmão – e não mais um satélite.
No mundo todo há uma indignação crescente contra a atitude de Putin, que virou meme entre cidadãos.  E, por último, talvez fosse bom lembrar que a guerra como solução, em pleno  século 21, estaria refletindo, provavelmente, o obsoletismo dos modelos  diplomáticos e desvendando, mais uma vez,  os riscos de governantes insanos. Não existe mérito em conseguir a paz pela guerra.
 * Jornalista e professor

História de Brasília

Outro jardim muito bonito, é o do Banco do Brasil. A grama não está sendo cortada a propósito, até que fique o tapete verde. Nas quadras da Fundação, parece que falta alguma coisa. Só o gramado não está dando uma impressão ideal. Parece que faltam flôres, e falta uma área para parque infantil. (Publicada em 18.02.1962)

Putin o novo Kzar

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Jornais, revistas, livros e boa parte da mídia em todo o mundo, de repente, passaram a se interessar pela biografia de Vladimir Putin. Na verdade, o que muitos estão fazendo é buscar conhecer quem é esse personagem e o que tem feito até aqui, para entender até onde ele irá nessa sua nova empreitada, regada a sangue de invasão à vizinha Ucrânia e que possíveis planos prepara, posteriormente, para saciar sua sanha de recriação do antigo poderio da União Soviética.

Ao contrário do que muitos historiadores fazem ao ir pesquisar na fonte os documentos que necessitam para compor seus relatos, no caso de Putin, a metodologia tem que ser outra. De fato, em relação ao russo, fica difícil, se não impossível, nessa altura dos acontecimentos, encontrar qualquer documento oficial que indique quem é esse indivíduo que governa o maior país da Europa com mão de ferro desde 1999.

Até mesmo a ONG Memorial Internacional, fundada em 1989 para apurar fatos e crimes contra os direitos humanos pelos go vernos russos, apesar do trabalho de alto nível que vinha realizando, angariando respeito e admiração mundo afora, foi fecha da por ordem de Putin, acusada de criar uma imagem distorcida da União Soviética, prejudicando a memória “sagrada dos russos” durante a Segunda Grande Guerra.

Os documentos oficiais que traçam uma biografia de Putin foram, todos eles, “maquiados” e suavizados para emprestar ao líder supremo uma imagem de intocabilidade. Para pesquisadores ingleses e alemães que têm ido em busca de decifrar esse personagem, Putin chegou ao comando do país pelas trilhas mal afamadas da KGB, a temida e eficaz organização de serviços secretos da antiga União Soviética, criada em 1954 e extinta, oficialmente, em 1991.

Por sua capacidade em cumprir as mais duras missões, principalmente a eliminação de suspeitos e outros oponentes ao regime, com frieza e precisão, logo ascendeu dentro da organização. Dali para a política, sob a sombra de Boris léltsin, foi um pulo. A crise desencadeada com a invasão da Ucrânia acendeu nos pesquisadores o desejo de escanear a vida desse mandatário, como meio de antever suas pretensões futuras e quiçá, livrar o mundo e a Europa de novas e nefastas surpresas.

O congelamento de recursos da Rússia, dentro das medidas de retaliações contra a invasão da Ucrânia, mira secretamente na verdadeira fortuna estimada pela mídia, por baixo, em U$ 200 bilhões, que Putin e os oligarcas sob sua proteção, ainda segundo notícias, teriam desviados do país.

A oposição russa, pelo menos aquela que ainda não foi envenenada, diz que Putin possui pelo menos US$ 40 bilhões mantidos secretamente fora do país. O fato é que a corrupção, uma praga que conhecemos muito bem, também é um flagelo que acompanha a história da Rússia, sendo mais significativa após a dissolução da União Soviética em setembro de 1991.

Compreender a trajetória do homem e sua história ajuda a assimilar parte significativa de suas ações, facilitando no entendimento geral de toda a conjuntura, principalmente quando esse personagem enfeixa em suas mãos todo o poder, calando a imprensa, mandando prender ou matar opositores, controlando a Justiça e o Legislativo e mantendo sob seu controle total as Forças Armadas do país.

Observadores políticos asseguram que, após a invasão da Ucrânia, outros movimentos expansionistas e de controle das regiões próximas estão na cabeça de Putin, aguardando o tempo certo para serem deflagradas. No Ocidente foi aceso o alerta vermelho, não apenas por paranoia, mas pela certeza de que novos desdobramentos virão. Primeiro, para os países próximos. Depois, para os demais onde conceitos como democracia e respeito pelos direitos humanos ainda estão presentes, sendo que são essas mesmas características, comuns ao Ocidente, que mais parecem ameaçar os planos de Putin.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A mídia ocidental tende a dar muita ênfase às instituições oficiais da Ucrânia, como sua Suprema Corte, a comissão eleitoral central e o parlamento. Na realidade, o povo da Ucrânia agora controla seu destino.”

Bob Schaffer, senador estadunidense

Bob Schaffer. Foto: denverpost.com

 

Mobilidade

É preciso ouvir a população em relação às calçadas. Muitos dos que ajudaram a construir esta cidade não podem se locomover por falta de conservação nos passeios. Um deles é o da 105 Sul. A mensagem é de Inas Valadares, pioneira. Já viu pessoas tropeçando e caindo por causa dos desníveis constantes. Outro local é o corredor da quadra interna para o Pão de Açúcar. Frutas podres e folhas pelo chão escondem as calçadas irregulares. As fotos estão a seguir.

 

Visual

Melhor forma de reconhecer um país subdesenvolvido é olhar para a paisagem. Quanto mais fios e postes, pior a situação do PIB.

Foto: José Carlos Vieira/CB/DA Press

 

Expert

Procurado pelo Citibank de Stamford, em Connecticut, o senador Flavio Arns deve dar uma entrevista para o podcast da instituição. Como autor do PL 3825, que disciplina os serviços referentes a operações realizadas com criptoativos em plataformas eletrônicas de negociação, o senador despertou a atenção da brasileira Ana Figueiredo, responsável pelo assunto no banco internacional.

Senador Flavio Arns. Foto: senado.leg

 

História de Brasília

Quanto ao sr. Ibrahim Sued, também. Mas o colunista social não conhece Brasília. Esteve aqui uma vez, para o lançamento da superquadra da família imperial, que ficou somente no cercado, sem que nenhuma prestação tenha sido paga. (Publicada em 18/02/1962)

Indústria bélica patrocina a guerra

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Foto: Deutsche Presse-Agentur GmbH

 

Tecer comentários sobre qualquer outro assunto que não seja esta famigerada guerra que o czar da Rússia, ou seja, o Napoleão de hospício, pôs em marcha contra a vizinha Ucrânia, parece embaralhar a prioridade das coisas, pondo uma crise humanitária, sem precedentes no mundo atual, a reboque de outros problemas menores e até menos urgentes.

Mesmo sabendo que o mundo, por sua configuração no cosmos, não pode parar, as consequências para a população civil local, provocadas por esse conflito, são imensas e devem concentrar a atenção do planeta, sob pena de nos tornarmos insensíveis ao que ocorre com nossa própria espécie.

Quer queiram, ou não, somos uma mesma família, abrigada neste planeta que vai sendo, irremediavelmente, exaurido, sob nossos pés, e essa é a mais importante tarefa que cabem aos líderes mundiais atualmente, e não a perpetuação de guerras, uma atividade que estamos empenhados desde o surgimento das primeiras civilizações sobre a Terra.

Pudessem essas querelas armadas serem arbitradas num tribunal internacional isento e peremptório, por certo, o veredito final apontaria a existência de um conjunto de culpabilidades, distribuído para os dois lados, tanto para o Ocidente quanto para o Oriente, em iguais proporções e com iguais penalidades.

De fato, para aqueles que se dispuserem a buscar mocinhos nessa guerra, em ambos os lados, não os encontrará com facilidade. Os únicos que, em todo esse conflito, podem ser aponta dos como totalmente isentos de culpa são as populações, com postas por homens, mulheres, crianças, idosos e enfermos, que nada fizeram para serem triturados no maquinário bélico que promove essa carnificina.

A rigor, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o Kremlin deveriam se sentar no banco de réus, assim como todos os países, que, direta ou indiretamente, açularam o conflito armado. Quem azeitou a máquina de guerra de Putin, pondo-a em marcha contra seus conterrâneos, foram os generais do Ocidente, em conluio com a classe política dirigente de vários países, tendo, na retaguarda o enorme complexo industrial de armamento.

A produção recorde de armamentos, cada vez mais letais e cirúrgicos, necessita ser posta para funcionar na prática. Pudessem ser exibidos à luz do dia, veríamos que os principais patrocinadores dessa guerra fratricida é a indústria bélica, de ambos os lados das trincheiras. E pensar que a macabra tecnologia que fabrica esses moedores de carne humana é desenvolvida por ex-alunos das melhores universidades do planeta, sendo que muitas dessas máquinas da morte são financiadas graças aos impostos pagos pela população civil.

Nas mãos de celerados, essas tecnologias mortíferas acabam promovendo o show de horrores que as emissoras de TV transmitem ao vivo e a cores. Ironia tétrica é observar que os alvos dispostos para receber os tiros certeiros dos mísseis de última tecnologia, orgulho da capacidade bélica de um povo, são justamente casas de civis, escolas, hospitais, praças, igrejas e outros monumentos construídos para celebrarem a vida em comunidade e a paz entre as pessoas. O que o mundo assiste agora em tempo real é ao show da morte, um oferecimento dos coveiros de sempre.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Uma das coisas agridoces de envelhecer é perceber o quanto você estava enganado quando era jovem. Como jovem esquerdista político, eu via a esquerda como a voz do homem comum. Nada poderia estar mais longe da verdade.”

Thomas Sowell

Thomas Sowell. Foto: Divulgação

 

Aproveitamento

Mesa Brasil é um programa patrocinado pelo Sesc, que ensina as donas de casa a aproveitar toda a comida, frutas e cascas. Em tempos de guerra, é uma dica preciosa. Veja no link: O MESA BRASIL SESC.

 

Juntos

Num esforço concentrado, desta vez, pela Liga do Bem, o Senado arrecadou 35 toneladas de doações para Petrópolis. Clique aqui para acessar a matéria elaborada pela Casa.

 

Imundice

Está na hora de a Vigilância Sanitária dar uma volta pelas asas Norte e Sul. Vai ter muito trabalho.

 

Inodora, incolor e insípida?

Mais uma vez, as imagens registram o descaso da Caesb com os moradores do Setor de Mansões do Lago Norte. Moradores gravaram a cor da água servida, sem concorrência, pela companhia.

 

História de Brasília

Não sei o que dirão depois disso, os senhores Mauricio Joperte Gustavo Corção, mas já era hora de dar a mão à palmatória. (Publicada em 18/02/1962)

Erros históricos

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Foto: Alan Santos/PR/Divulgação

 

         Erros históricos são aqueles que, por suas dimensões e efeitos negativos ao longo do tempo, ficam registrados para sempre, marcando seus personagens em episódios que denigrem não só a imagem de seus autores como do país que representam, prejudicando ambos indistintamente. A história da humanidade está repleta de exemplos, bastando ao interessado consultar os registros do passado.

        No Brasil, alguns dos muitos erros históricos, cometidos no passado, conduziram-nos para o que somos hoje como país e nação. Dos erros históricos mais significativos e que nos levaram a distanciar-nos de países como os Estados Unidos, colonizados no mesmo período, destacam-se a perpetuação do regime da escravidão, a manutenção dos latifúndios e da monocultura de produtos para a exportação e a exploração e depredação da colônia, exaurida e renegada a ser apenas uma economia complementar à metrópole.

        Um erro histórico e contemporâneo imenso, capaz de empurrar todo o país para uma crise institucional que desembocaria na desventura do regime militar, foi a renúncia, até hoje mal explicada, do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. Os efeitos deletérios desses cometimentos impensados marcam e afetam o país, o que mostra, com clareza, que nossas autoridades, em todo o tempo e lugar, sempre desprezaram as lições do passado. Não é por outra razão que repetia o filósofo de Mondubim: “Quem não aprende com a história, está condenado a repeti-la.”

         Deixando de lado os muitos e repetidos erros históricos cometidos durante a década petista e que acabariam por nos levar à mais profunda brutal recessão que experienciamos, todas elas decorrentes de um misto entre má gestão e corrupção sistêmica, chama a atenção a recente visita feita pelo atual presidente Bolsonaro à Rússia. Não bastasse a presença do chefe do Executivo ao Kremlin, num momento absolutamente inoportuno, contrariando todas as recomendações de assessores que lidam profissionalmente e no dia a dia com as relações internacionais, o atual presidente, sob o pretexto de ir tratar de assuntos relativos ao fornecimento de insumos agrícolas, ainda cometeu o erro histórico de afirmar, com todas as letras e no plural: “Somos solidários à Rússia.”

        Com isso, falando em nome do Estado que representa, colocou todo o Brasil e sua população ao lado do fratricídio que vem sendo cometido pelo atual Napoleão de hospício, na figura do ditador russo. É não só uma vergonha, para todos nós, que fatos como esse tenham acontecido e sido registrados em vídeo para a posteridade, como continuem a serem confirmados pela tibieza de nossos representantes na Organização das Nações Unidas (ONU).

        Errar historicamente é persistir no erro, quer por voluntarismo, quer por total falta de senso ou razão. Não satisfeito com essa gafe internacional, o chefe do Executivo, em pronunciamento durante essas costumeiras e patéticas lives, condenou o pronunciamento do seu vice-presidente, General Hamilton Mourão, que defendeu reprimenda dura às ações de Putin, posicionando-se ao lado da soberania dos países e da democracia.

         Os Estados Unidos e seus aliados deixaram entender que as nações que agora apoiam as atrocidades desse Napoleão de hospício russo ficarão marcadas como inimigas da democracia. Ir contra a corrente internacional passou a ser, desde 2018, o que nosso país tem feito. Questões como o aquecimento global, a preservação do meio ambiente, da vacinação, entre outras mostram que seguimos à deriva, sem um norte, guiados por um néscio.

 

A frase que foi pronunciada:

A Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, se matam, por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam.”

Erich Hartman

Sina

Tem sido a sina, de todos os grandes ditadores e tiranos, deixarem, atrás de si, um gigantesco cemitério com milhares de vítimas e uma paisagem de escombros e cinzas, que testemunham sua passagem ruinosa entre os humanos.

Foto: Handout / UKRAINE EMERGENCY MINISTRY PRESS SERVICE / AFP

 

Ditadores

Um dos mais antigos e utilizados estratagemas que ditadores de hospício, como o russo e outros ao longo da história humana sempre recorreram para manterem-se em evidência, e com isso desviar a atenção do cidadão comum, é eleger um inimigo externo, debitando a ele todas as causas, agruras e infortúnios experimentados pela população. À esse inimigo da nação, devem ser monopolizados toda a força do país para derrotá-lo, obviamente sob o comando supremo do chefe ou, comumente, como preferem, o “paí da pátria”.

Foto: bbc.com

História de Brasília

A W-4, também, está um encanto. A agressividade do conjunto arquitetônico, com côr única e linhas retas, teve a monotonia quebrada com os jardins, que estão dando mais beleza para a vista. (Publicada em 18.02.1962)

O texto-bomba

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Foto: 14/09/2021 – REUTERS/Adriano Machado

 

      Em meio às bombas que começam a cair, nessa madrugada, sobre a cabeça dos civis na Ucrânia, forçando milhares de idosos, mulheres e crianças a fugirem, às pressas, das principais cidades daquele país, no que poderá se constituir no mais novo flagelo humano da atualidade, nossos lépidos parlamentares cuidaram logo, também na calada da noite, de lançar sobre a população brasileira o texto bomba do projeto que legaliza os jogos de azar em todo o país, com a volta dos bingos e dos cassinos.

        Por 246 votos a favor e 202 contra, o chamado texto-base passou na Câmara, abrindo a porteira para a consolidação não só dos cassinos, mas do jogo do bicho e dos jogos online. A urgência pedida para a apreciação dessa matéria e o empenho das principais lideranças dentro da Câmara para a aprovação dessa medida explicitam os muitos interesses que estão por detrás desse projeto.

        Caso venha a ser aprovado também pelo Senado, a lei liberando geral a jogatina cairá como uma verdadeira bomba sobre a cabeça da nação, pois, entre outras consequências imediatas, criará uma espécie de banco especial para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e armas, além, obviamente, de uma excelente lavanderia para o branqueamento dos recursos desviados pela corrupção.

        Muito mais importante do que programas sérios nas áreas de educação e de saúde para a população. Iniciativas que poderiam favorecer a sociedade, como o fim do foro privilegiado para todos, ou a prisão em segunda instância, ou mesmo o endurecimento das Leis de Improbidade Administrativa e da Ficha Limpa não são, sequer, mencionadas como prioridades. Pelo contrário, são afrouxadas para facilitar os atos costumeiros contra o erário. Os brasileiros de bem sabem muito bem o que se esconde nas entrelinhas de medidas dessa natureza, que visam apenas o favorecimento daqueles que sempre viveram à sombra do trabalho alheio, quer na contravenção e no crime organizado, propriamente ditos, quer em acordadas políticas para sempre, buscando ganhos escusos e o favorecimento próprio para si e para seus grupos.

        A aprovação dessa proposta é um claro retrocesso e um sinal preocupante a mostrar que o crime organizado, por meio do lançamento de candidaturas próprias, vai, pouco a pouco, infiltrando-se nas instituições do Estado. A liberação da jogatina é só uma forma de aplainar os caminhos para a entrada dessas organizações nas entranhas da máquina do Estado, de onde jamais sairão.

         Não há qualquer ilusão sobre o fato de que cassinos, casas de bingos e outras modalidades de jogos de azar vão favorecer apenas os donos desses estabelecimentos, ou os testas de ferro das organizações criminosas, não trará benefício algum ao cidadão brasileiro. Pelo contrário, transformará nosso país, campeão mundial na modalidade de violência urbana, em um paraíso tropical para a lavagem de dinheiro de nossos criminosos, com ou sem colarinho branco, e para as muitas máfias internacionais que buscam aplicar e branquear os ganhos astronômicos com todo e qualquer tipo de crime, inclusive o tráfico de órgãos humanos.

        Putin não precisa enviar tropas para invadir e destruir o Brasil. Nossos representantes políticos são muito mais eficazes e mortais.

 

A frase que foi pronunciada:

A maneira mais rápida de acabar com uma guerra é perdê-la.”

George Orwell

George Orwell. Foto: gettyimages.com

Sacrifício

Para a satisfação de seus desígnios tirânicos, ditadores em evidência não se fazem de rogados e mandam sacrificar, no altar personalista da pátria, o que uma nação tem de mais importante que é sua população jovem, mandada impiedosamente para o campo de batalha.

História

Repleta está toda a história da humanidade de exemplos iníquos como esse, em que um único indivíduo é capaz de conduzir, para o matadouro, milhares de conterrâneos na flor da idade, apenas para a satisfação de um gigantesco ego assassino.

Longevo

Estando, há mais de duas décadas, no poder, por meio de manobras e malabarismos políticos e até sanguinário, Putin revela ao mundo seu acentuado caráter psicológico de psicopatia. Mesmo que os tribunais internacionais, no futuro, eximem-se de condená-lo por crimes contra a humanidade, de certo, ficarão nos livros de história as escaramuças desse novo e transloucado Napoleão de hospício.

Ocidente

Ao assistir, de braços cruzados, uma nação inteira ser esmagada diante do mundo, o Ocidente, na figura da OTAN, dá uma demonstração clara da pouca valia de sua existência.

Foto: REUTERS/Pascal Rossignol

História de Brasília

Deve fazer muita raiva a muita gente, a W-3, como ela se encontra agora. No comêço, perto do Eixo Monumental, o jardim está uma beleza, e é uma resposta colorida aos que não acreditavam nas possibilidades de recuperação do nosso solo. (Publicada em 18.02.1962)

O antídoto ao pesadelo

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Foto: poder360.com

          Nem bem ainda se viu livre dos efeitos conjuntos da pandemia e de uma consequente recessão econômica, o Brasil começa a se preparar para receber o que pode ser a dose fatal, capaz de pôr fim ao ciclo histórico iniciado em 1500 com o descobrimento dessa parte do mundo.

        Trata-se aqui de mais uma temporada de governos da esquerda. Não de uma alternância normal e civilizada de governo, mas a entrega do comando do país, pela quarta vez, ao Partido dos Trabalhadores, que muitos brasileiros de bem consideram não como uma legenda política, mas como uma verdadeira quadrilha organizada, tal a sucessão de crimes que praticou ao longo de mais de uma década e que culminariam com a prisão da maioria de suas lideranças e de seus apoiadores.

        Caso esse pesadelo venha a se repetir, virão juntas novas tentativas de imposição de controle e de censura das mídias, sobretudo daquelas que pensam em fazer alguma oposição. Virão ainda os mesmos modelos de cooptação parlamentar, a reestatização de empresas, para que sirvam ao partido, a escolha dos campeões nacionais, que também sirvam ao governo, a ajuda, com dinheiro público, às ditaduras do continente e de outros países, a dilapidação do que ainda resta do patrimônio dos trabalhadores, a imposição de modelos, pretensamente educacionais, que visam, ao final, destruir a escola, de acordo com os ditames gramscianos, além da quebra de tabus, como bem lembrou uma deputada federal pelo Distrito Federal, do incesto, dentro de um projeto, de longo prazo, de destruição do que chamam “família patriarcal”, entre outros “avanços” que objetivam desmontar a sociedade, deixando-a frágil e exangue diante do Estado monocrático.

        Esses são apenas alguns dos muitos pesadelos que estão prometidos para a Nação, caso essa turma volte a subir a rampa do Palácio do Planalto. Como se vê, não se trata aqui de meras suposições sobre o que virá, mas de todo um ideário trazido na algibeira por essa turma, que almeja não apenas governar o país, mas controlá-lo e submetê-lo aos seus desígnios inconfessáveis. De certo, que o retorno dessa turma irá encontrar um país ainda mais fácil de ser domesticado e subjugado.

         A possibilidade concreta da aprovação, pela Câmara dos Deputados, da volta dos cassinos, dos bingos e de todos os jogos de azar emprestará, a essas novas mentes da vida política, todos os instrumentais necessários para a lavagem de dinheiro e para o branqueamento da corrupção.

        A angústia dos homens e mulheres de bem desse país, com a possibilidade de repetição desse pesadelo, só não é maior do que a certeza de que todos esses males serão, de fato, repetidos, acrescidos de outras medidas, que também virão para favorecimento apenas desses oportunistas.          Estão inscritos, ainda dentro das pretensões desse grupo, o estabelecimento de uma série de medidas, visando transformar as Forças Armadas em forças auxiliares do partido, a exemplo do que ocorre com a vizinha Venezuela.

        É bem provável que o retorno desse grupo venha a ser reforçado por todas as experiências que acumularam nos governos passados, principalmente reciclando experiências frustradas, a fim de torná-las efetivas, como é o caso da perpetuação no poder. O pesadelo anunciado somente poderá ser quebrado através de um antídoto apropriado, que é o despertar da população e dos eleitores.

 

A frase que foi pronunciada:

O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.”

Mario Quintana

Esta escultura é obra do artista tcheco Martin Hudáček e se chama “Memorial a Criança Não Nascida”. A criança perdoa a mãe pelo crime do aborto. A mãe é mármore: o peso e a dor do arrependimento. A criança é translúcida: como o perdão.

 

Obsolescência

Enquanto, na Europa, o uso de máscaras já não é obrigatório, no prédio do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e outros prédios governamentais em Brasília, as Excelências exigem o cartão de vacina.

MPDFT. Foto: reprodução do Google Maps

 

Manutenção.

Os buracos da 710/910 sul fazem estragos constantes. Leitor lembra também da cratera na saída do Drive Thru da Mc Donalds da W3 norte. Veja as fotos a seguir.

 

Vida da cidade

Foi justa a homenagem, aos 60 anos, do Colégio Sacre Coeur de Brasília. A iniciativa foi do deputado distrital Jorge Viana, do Podemos.

Foto: redesagradobrasilia.com

 

Estranho

Não é mais possível encontrar, no YouTube, vídeos feitos em equipamentos tecnológicos avançados, onde mostram a reação dos fetos durante o aborto. Imagens fortes e que podem convencer muitas pessoas a desistir desse tipo de assassinato. Coincidentemente, o assunto da descriminalização do aborto está voltando.

História de Brasília

Diga presente, ao baile da cidade. Dia primeiro, no Teatro Nacional. Você estará prestigiando a cidade, e poderá dizer, depois, que já participou de um baile, onde não havia penetras. Será o primeiro baile de Brasília, no Carnaval, e marcará uma história que os outros contarão. AC. (Publicada em 17.02.1962)