Categoria: ÍNTEGRA
circecunha@gmail.com; arigucunha@ig.com.br
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
A Pátria Educadora passa a borrachaQue ligações haveria entre a depredação de uma escola em Valparaíso de Goiás, uma circular proibindo o acesso da imprensa às escolas públicas do DF e o ataque selvagem da PM do Paraná aos professores que buscavam defender seus direitos na “Casa do Povo”. Unindo estas três pontas e analisando-as sob o prisma marqueteiro da “Pátria Educadora”, chegamos a triste conclusão de que o governo, de qualquer matiz ideológica, não tem a menor compreensão da importância desse setor para o país, talvez por desconhecer ainda a estreita relação entre educação e futuro . A diluição do prestígio profissional dos professores ao longo dos últimos esta na base das rebeliões que se sucedem em várias escolas país afora. Ao reconhecer nos professores, profissionais que nem o Estado valoriza e protege , os alunos se sentem encorajados não só para desafiá-los abertamente mas confrontá-los fisicamente, como tem acontecido com frequência. Acuados dentro e fora dos estabelecimentos de ensino, os professores vão perdendo espaço e a liberdade de atuação. A escola, antes um reduto sagrado, vedado as intromissões alheias ao ensino, transformou-se num espaço de disputas com cada elemento entrincheirado em um canto.Professores , alunos e Estado não se entendem. Os mais de 170 professores feridos com balas de borracha pela polícia do Paraná, marcam episódios de uma batalha, cuja a guerra esta longe de terminar. Ao usar porretes, balas e cães da raça pitbull para atacar os professores a imagem que o Estado passa para a população, alunos incluídos, é que as tropas de choques estão agindo contra malfeitores e desordeiros comuns que devem ser barrados à força. Nem os invasores de terras e prédios públicos é dado tamanho rigor. Observado em seu conjunto, a educação pública no Brasil reproduz o mesmo caos verificado hoje em todos os setores e atividades da máquina administrativa. Talvez seja o fato de reconhecer, de uma vez por todas, que a educação é uma necessidade humana séria demais para ser confiada à governos e à políticos de plantão.A frase que foi pronunciada:“O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade.” VoltaireEsperaJustiça seja feita. O governador Rollemberg está recebendo críticas por atitudes que dizem que ele vai tomar. Assim fica difícil!O exemplo vem de cimaPor falar em GDF não poderia ser diferente. A imprensa tem sim acesso às escolas públicas e quanto mais o GDF ouvir as reivindicações melhor será. A China não é aqui. As redes sociais estão aí para mostrar o que há. Enquanto os professores não forem respeitados dificilmente o governo será.Sintonia?Perfeitamente viável. A proposta do senador José Serra caiu na simpatia do presidente do TSE, Dias Toffoli. O voto distrital para a eleição dos vereadores pode ser um bom para atestar a eficácia do sistema. Transparência Fatos gravíssimos. Foi assim que o ministro do STF Gilmar Mendes se referiu aos arquivos de prestação de contas do comitê financeiro durante a campanha à presidência de Dilma Rousseff. Ele quer que seja prorrogado por um ano a obrigatoriedade de manter os arquivos no portal da Corte. Simpatia Sergio Reis, dá um show na entrada pela chapelaria do Congresso. Cumprimentou o motorista que não parou na faixa para que ele atravessasse, cumprimentou os seguranças, porteiros, ascensoristas, repórteres. Até chegar ao elevador estendeu a mão para pelo menos 10 pessoas. E olha que ele já é deputado federal! Vai entender Parece fofoca mas os petistas já foram avisados. Quem votar a favor da reforma política pautada por Eduardo Cunha será expulso. Isso seria indisciplina. Quanto ao mensalão, tudo bem. Ninguém expulso até agora. Corta prá mim Se a presidente Dilma não tem o que dizer no Dia do Trabalho, o presidente do Senado Renan Calheiros, tem. Disse que vai lançar hoje o Pacto Nacional de Proteção ao Emprego.
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
Uma ferida aberta entre dúvidas e dívidas
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
IR aonde Minas foi Que instrumentos legais restam aos cidadãos além das passeatas e protestos em vias públicas para demonstrar seu profundo descontentamento contra a crise provocada pelo atual governo em conluio com a classe politica aliada? Em situações em que se percebe claramente a orfandade a que foi relegada a sociedade, chamada ainda a pagar as contas do imenso rombo nas contas do governo as alternativas de demonstrar repudio as bandalheiras são escassas e de pouco efeito prático. Encurralada no canto da parede, talvez reste ainda uma saída possível e já experimentada no século XVIII nas Minas Gerais . Talvez, numa última cartada, melhor seria cortar o suprimento de sangue que alimenta o hospedeiro , levando-o a inanição completa. Neste caso e as vésperas do prazo final da nova derrama, a união bem orquestrada dos cidadãos poderia emperrar de vez o funcionamento continuo do relógio que marca os números da impostura. Talvez tenha chegado o momento de lançar fora a cangalha pesada. Carregamos pedras e com elas temos construído altos muros ao nosso redor. Como na fábula da cigarra e a formiga, a hora do inverno chegou. A cigarra que ao longo de mais de uma década cantou a pleno pulmões a gloria falsa de seus feitos fica o conselho: dança agora com os seus, o celeiro ficou vazio.
A f rase que não foi pronunciada: “ Essa doença de falta de gestão em alguns hospitais do DF tem cura?” Paciente obrigada a ser transferida pensando nos impostos que paga
Desastre Mensalmente, passam pela rodoviária interestadual de Brasília 140 mil passageiros. Esse número se agiganta quando imaginamos a falta de opção em alimentação no local. Até o momento, a rodoviária não conta com nenhum restaurante apresentável que sirva pelo menos um prato feito a preço popular. O que há são exploradores que cobram R$6 por um copo de suco de laranja. Acredite se quiser Passagens caras, falta de respeito com o horário e funcionários estressados são o retrato da situação do transporte público do DF. Como melhorar? Como virar de vez essa página e ser uma cidade desenvolvida? Só quando a mobilidade urbana for interesse político.
Preços Com a volta do dragão, as redes sociais se mobilizam e desenvolvedores criam aplicativos para consulta do melhor preço. Para se ter uma ideia um quilo de tomate custa R$4 no Itapuã e R$6 no Paranoá.
Saída Norte Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal publicou que irá construir uma Via Expressa Norte, na DF-003, com duas pistas e um complexo de 11 viadutos.
Abrange A ação vai beneficiar 140 mil motoristas que trafegam diariamente pela rodovia e mais de 400 mil moradores de Taquari, Lago Oeste, Condomínios, Grande Colorado, Sobradinho II, Planaltina e cidades de Goiás.
Montante Um investimento total de 72,5 milhões de reais, com previsão de entrega em Abril de 2016. Será que essa obra será concluída dentro do prazo previsto? É a promessa do governador Rodrigo Rollemberg mais esperada pela população que faz esse percurso.
Boa sorte O leitor que desejar saber qual o custo mensal para a manutenção do Estádio Mané Garrincha pode acessar os dados disponíveis na Terracap. “Gastos com o Estádio Nacional”. Se teve a sorte de encontrar essa informação agora é só torcer para abrir o arquivo, que até hoje está corrompido.
Concurso Público A busca pelo equilíbrio orçamentário fez com que o Governador Rodrigo Rollemberg reavaliasse a necessidade de lançar novos concursos para a capital. Desse modo, concursandos terão que cruzar os dedos para que no segundo semestre desse ano o caixa esteja favorável a abertura de novos certames.
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
Detran é multado pela população Corre pela Internet a informação não confirmada dos novos valores de multas de trânsito. Como a mentira é a verdade que ainda não aconteceu, vale pensar na especulação. A ânsia arrecadatória seria bem mais patente que em todos os reajustes já praticados. Pior, sem relação alguma com a realidade e com a contrapartida em serviços para a comunidade. A bem da verdade, a imagem do Departamento de Trânsito nunca foi bem avaliada junto a população. Uma pena, porque é um departamento fundamental para a economia de tempo de quem se desloca pelas vias do DF. Mas infelizmente o modo arrogante como alguns de seus agentes se portam na abordagem aos motoristas, passando pelos diversos casos denunciados de malversação dos vultosos recursos que amealham e lógico, a péssima qualidade das sinalizações das vias e a falta de agentes em dias de caos para orientar o trânsito afastam cada vez mais o departamento, da população. Em boa hora justiça pôs fim a pretensão absurda desses agentes portarem armas. Persiste ainda o desencontro entre o que é arrecadado e o que é efetivamente destinado, como manda a legislação, para a educação no trânsito. Multar o motorista por uma infinidade de regras parece mais fácil do que usar o dinheirama arrecadada para sinalizar adequadamente as vias, consertar semáforos reparar as faixas, tapar os infinitos buracos no asfalto, que tanto prejuízos causam aos proprietários de automóveis. Muitas vezes são as pistas mal conservadas que causam acidentes e ultrapassagens perigosas. Velocidades descabidas com pardais estrategicamente colocados apenas na certeza da multa, sem a preocupação de proteger os motoristas. Mais do que aumentos absurdos nos reajustes de multas, o Detran precisa se aproximar mais da população mostrando a contrapartida da verba arrecadada. A frase que foi pronunciada:
“Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo.”
Mahatma Gandhi Essa não!Crianças de creches do DF aumentam a voz quando rezam “o pão nosso de cada dia”. É que o governo cortou a verba do alimento e os gestores estão apavorados. Sol ou chuvaCliente descobre peculiaridade na concorrência entre Sky e Net. Parece que a Sky é melhor que a Net para anunciar as chuvas. No primeiro raio, ela sai do ar. DesatentoUm repórter se aproveitava do preso algemado para abordá-lo dando uma lição de disciplina, além de alguns xingamentos. “Francisco, Francisco!” respondeu o criminoso em tom ameaçador ao ler o crachá do profissional. Até hoje a fala do criminoso é repetida na redação alertando quem se esquece que está vulnerável. Mais sustentávelUm grupo de trabalho foi criado pelo Inmetro para aperfeiçoar o consumo de recursos hídricos. Se tiver força política poderia modificar a legislação que prevê consumo mínimo de água em salas comerciais. O consumidor que deveria pagar pelo que consome usa mais do que o necessário já que vai pagar mesmo. CulturaCom entrada franca, o concerto de hoje da Orquestra do Teatro Nacional Claudio Santoro será no auditório Sílvia Cançado, da Escola Americana de Brasília na 605 Sul. No repertório Wolfgang Amadeus Mozart, Serguei Prokofiev e Ludwig Van Beethoven. Às 20h. NúmerosEstá certo o governo Rollemberg de dar uma respirada em relação aos “Direitos Humanos à Terra e à Moradia”. Melhor a qualidade que a quantidade. As milhares de pessoas atendidas pelo governo anterior como estatística devem receber respeito e infraestrutura. ConstitucionalCada vez mais preocupada em completar as certidões de nascimento com o nome do pai, a Promotoria de Justiça de Defesa da Filiação (Profide) vai realizar hoje e amanhã audiências do Programa Pai Legal nas Escolas.. Só nesses dias foram notificadas aproximadamente 1.800 mães para as duas audiências. Durante o atendimento, poderão ser iniciados procedimentos de investigação de paternidade e realizados reconhecimentos voluntários.
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Desta forma, continua de pé a escolha dos lotes, o que eqüivale dizer que a firma acendeu uma vela ao Núcleo Bandeirante e outra ao sr. Paulo de Tarso. A primeira está apagada, naturalmente, e se demorar muito, segunda queima toda. (Publicado em 12/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA A comissão que foi ao jornal, disse que ia me procurar para pedir provas, e até agora não me procurou, coisa nenhuma. Nem precisa. Passe pela Subprefeitura do Núcleo e encontrará o processo numerado, despachado e pronto para ser executado. (Publicado em 12/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Isto quer dizer, que a luta na Cidade Livre é pessoal, é de interesses contrariados, é eleitoral. (Publicado em 12/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Outra coisa: eu falei na firma. Não disse no nome de ninguém, não falei em ninguém, porque se fosse falar seria muito pior. E é por isto que a campanha fiquista da Cidade Livre está se desintegrando. Os líderes, os que se dizem líderes, gastam, por mês, quase quatrocentos mil cruzeiros, e os que concorrem com o dinheiro já estão se irritando com a situação. (Publicado em 12/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Um porteiro do bloco 4 do Iapetc pôs na lixeira o seguinte bilhete, dedicado às domésticas: “Atenção: declaro que a parti desta data, a empregada sujeita a multa de 100 cruzeiros aquela que for fragada jogando o lixo fora da lixeira isto é uma vergonha contribua com a limpeza deste edifício, na falta peça suas contas e não passe por sebosa, agradece o porteiro”. (Publicado em 12/08/1961) HISTÓRIA DE BRASÍLIA Os aviões que procedem de Belém não são mais esperados por camionetas assustadas, na pista, porque agora estão chamando de “vôo seco”. É que a repressão ao contrabando está funcionando intensamente.
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
Jeans
quer justiça
Que é isso, companheiro? Me barrar no tribunal só porque sou jeans? Pera lá! Eu escondi o joelho de muita gente importante! Gente trabalhadora e tida como trabalhadora. Escondi o joelho de intelectuais também. Por falar nisso, nunca mais vi ninguém daquela época.Vivia no meio do povo. Andando no poeirão brabo. Chegando a todos os confins desse Brasilzão de meuDeus. Conheci gente das palafitas e dos barracos no morro. Conheci gente da China, da Rússia, de Cuba, da Polônia e de outros países interessantes. Conheci gente que não parecia gente. E muita gente boa também. Viajei com esse povo pra cima e pra baixo. Na mala, todo tipo de jeans.
Acho que quem se movimenta mais prefere tecido que dure mais tempo limpo, pega no pesado, amassa pouco, esquenta quando precisa e esfria no calor. Jeans não é um tecido qualquer. Nasceu no ambiente da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Serviu a força motriz. Foi aparecendo devagarinho. Só gente que trabalhava muito gostava da gente. Tenho orgulho de ser jeans. Cor bonita.
Cor do céu. Agora, como tudo o que é moderno, precisei me adaptar. Posso ser pré-lavado, preto, branco, amarelo, vermelho, da cor de todas as raças. Estou pelo mundo. Meu valor é tão grande que as madames me compram até rasgado. É jeito preguiçoso de alcançar mais rápido aqueles que o rasgaram de verdade porque estavam no batente. Se pudesse ter um carro, teria o adesivo: “Orgulho de ser jeans”. Ou, então: “Sou jeans, não esmoreço nunca”.
Quando me passam pra frente, é porque não aguentam mais. Mas de calça viro bermuda; de bermuda, short; de short, saia, bolsa e porta-lápis. Quem me tem me adora. Quem me adora não me assume! Por isso acho que foi falta de respeito me barrarem na mais alta corte do país. Só porque sou jeans? Peça indumentária de 97,3% da população brasileira! Represento o caboclo, o peão, o trabalhador rural. Represento os estudantes. Represento o partido que está sendo julgado neste momento! Na primeira convenção do PT só tinha jeans! Ninguém foi barrado! Vá às feiras. Todos os joelhos cobertos por jeans, nas universidades, nas ruas movimentadas das metrópoles. Jeans, jeans, jeans.
Me barraram. Isso vou precisar de um tempo para perdoar. Mesmo porque o filho de quem me barrou estava no cinema usando jeans. Respeito não se faz pelo pano que cobre a pele. Taí no que deu aqueles que tinham ideologia: convenceram os filiados do partido de que não precisava ter medo de ser feliz. Foi só tirar o jeans que tudo degringolou. Foi só me trocarem pela gravata que perderam o juízo, a raiz, a verdade.
Preferiram os tecidos que cobrem o joelho de quem foi picado pela mosca azul. De quem se vende, de quem quer se dar bem a qualquer custo. De quem esbravejava nos discursos contra o que é hoje. Blue como o jeans. Índigo. Indigno. Indignado. É assim que está o povo brasileiro. Não por causa do jeans que foi barrado. Mas por causa de quem esteve um dia dentro de um jeans. Calça jeans. Umcorte supremo. A tevê transmitia tudo. O jeans na telinha, misturado com traje social, não combinava.
Social. Aquilo que pressupõe relações entre as pessoas, sociabilidade, modo de ser, de estar, de agir e de se manifestar. Quer algo mais social que o jeans? Em uma roda de chope, passeando pelo parque, viajando, ou em protestos e passeatas. Eu era feliz e não sabia. Eu nunca tive medo de ser feliz. Comia poeira, passava horas em reuniões infinitas. Ouvia o povo falando errado e achava bonito. Povo de verdade. Aquele da mão grossa, cheia de calos. Gostava também do povo com calo na cabeça. Que usava óculos fundo de garrafa. Acreditava que um mundo melhor seria possível. Seria possível o social.
Deixar os pobres menos pobres. Acabar com a fome. Mas, cá entre nós, muitas dessas ideias nasceram também por quem não gostava de jeans. A diferença é que uns queriam se dar bem, outros queriam que todos se dessem bem. Agora, não. Tradição é o que interessa. Jeans está fora do que é justiça porque ela não gosta de jeans. Interessante que o assunto tratado no STF é a ética. A vergonha na cara. Tenho certeza de que eu era o que menos interessava ali. Estava enganado.
A Justiça não é cega coisa nenhuma. Justiça que escolhe a roupa do povo é porque enxerga sim. E muito bem. Conheço muita gente que, por baixo dos panos, não é nada do que parece ser. A roupa não é tão importante quanto a pele. Por baixo da pele é que se esconde um coração, um pensamento, um fígado. Por vestir jeans e blusa branca, a ex-senadora Heloisa Helena foi barrada várias vezes no Senado. Aqueles que usam jeans quando estão em casa aprenderam a julgar as pessoas pelas roupas. É por essas e outras que os ladrões preferem terno e gravata. Assustam menos, passam por onde querem e roubam sem ser molestados. Já que enxerga, abra o olho e faça justiça!
(Publicada em 19 de agosto de 2012.)
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
O trabalho
O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um congresso socialista realizado em Paris. Milhares de trabalhadores foram às ruas contra trabalho desumano. Desejavam redução da jornada de 13 para oito horas diárias. Em Chicago, o maior centro industrial dos Estados Unidos, o Dia do Trabalho começou a ser comemorado em 1º de maio de 1886. O feriado nacional lembra dois fatores: um projeto de lei do deputado aprovado no Congresso em 1902 e a Lei 662, surgida em 1949. Santos foi a cidade brasileira que comemorou a data pela primeira vez, no Centro Socialista, em 1895.
Quase 50 anos depois, Getúlio Vargas dava a maior importância à festa do trabalho. Em 1944, a data foi de festa e alegria. Decreto criava o salário mínimo de 430 mil réis. A esse tempo, os jornalistas recebiam salário determinado pelos patrões. Cada empresa possuía um corretor de anúncios. Não existia a publicidade técnica. Ao contrário, o corretor fazia suas amizades no comércio. Por simpatia, os comerciantes autorizavam anúncios, geralmente em troca de notas de aniversários. Dessa forma, o corretor de anúncios tinha as notícias da família dos amigos. Não havia os pequenos anúncios. A imprensa se redobrava. Nessa época, circulavam em Fortaleza oito jornais diários.
Quando Getúlio deu salário mínimo para jornalistas, houve alegria entre os profissionais. Só que as empresas não honravam. As carteiras de trabalho registravam o salário como coisa fictícia. Nós trabalhávamos na Gazeta de Notícias. A alegria era grande e a decepção, maior. Houve reação dos revisores do jornal. Nós queríamos que a Gazeta honrasse a lei. Fizemos campanha. Blancard Girão Ribeiro, Odalves Lima e eu iniciamos um movimento. Fomos despedidos sem indenização.
Francisco Campos Pilcomar, gráfico da composição, apoiava os revisores, que passavam dia e noite na oficina. Foi bom porque aprendemos a usar os tipos soltos, da Caixa Francesa. Feijão era o impressor e nos estimulava. No final, fomos demitidos e guardamos com tristeza o fato de não recebermos a tal indenização.
Havia sete jornais em um quarteirão da Rua Senador Pompeu. Procuramos a redação de O Estado. Odalves Lima foi para o jornal O Democrata, do Partido Comunista. Era grande editorialista e foi trabalhar no jornal da esquerda. Pior, porque não recebia salário. Vivia de vales. A vantagem é que, em contato com os inimigos do “capital colonizador”, recebia de salário alguma coisa que o jornal conseguia em permuta.
Quando estávamos na Gazeta, de madrugada eu ia a pé até a casa do dr. Perboyre e Silva. Ele fazia a revisão do seu artigo e sempre, quando nos despedíamos, chamava de “meu colega” e agradecia com um abraço. Só o orgulho de ser amigo do dr. Perboyre valia. Em Nova York, houve revolução das mulheres que trabalham na indústria. Foi revolta inadmissível à época. As trabalhadoras foram jogadas numa sala. A porta fechada, elas lá dentro gritavam. A falta de oxigênio começou a matar uma a uma. Todas mortas, a porta foi aberta. O rabecão retirava os cadáveres e os levavam para o cemitério. O Dia do Trabalho para os americanos foi determinado nos anos de 1882 e 1884, em favor da classe em Nova York. Não lembram os protestos. Por isso, celebram a data em setembro.
(Coluna publicada em 1º de maio de 2010.)
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br
O preço do futuro
Nas próximas décadas o valor do verde e das águas aumentará consideravelmente. Ainda há parte da população que não compreende a importância de plantar mais árvores (não custa nada e estamos em época propícia) e economizar no momento de lavar calçadas e carros. Sem planejamento e políticas públicas efetivas um futuro obscuro nos espera. Outra preocupação é com o descarte de resíduos. Foi um avanço a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que desde 2010 tenta convencer sobre a importância da coleta seletiva para evitar os lixões a céu aberto. Quando uma política pública depende diretamente da população e empresas como agentes, parece que é preciso mais tempo para acontecer. Depois de quatro anos há pontos positivos. Empresas que recolhem resíduos produzidos por elas, vários municípios já têm aterro sanitário. Mas a coleta seletiva, aqui em Brasília, é um desastre total. Sem a menor logística o que a população separa os lixeiros misturam. São poucos os funcionários do sistema de limpeza urbana que têm a consciência da importância da coleta seletiva. Situação simples para os subordinados do governador Rolemberg resolver. Secretaria de Comunicação, Educação, Saúde integradas podem trabalhar no assunto que, cai entre nós, não exige grande aporte financeiro para funcionar.(Circe Cunha)
A frase que foi pronunciada: “Tempos de Guerra”! Caderno de Teses ao 5º Congresso do PT reverbera nomenclaturas do mundo bipolar e denuncia o próprio anacronismo que instiga a visão de mundo de seus mentores. Ao menos reconhecem uma verdade: vivem sua pior crise. No mais, não passarão! Felipe de Souza Ticom, bacharel em Direito. Banco BRB, sabedor das armadilhas do cartão de crédito, começa campanha para atrair a clientela para o cartão pré-pago. Para quem não se rende aos encantos dos bancos, têm controle nos gastos e evita dívidas, melhor opção, não há. Kenya Silva, economista, indica as vantagens do produto, principalmente em época de inflação.
Fenamilho Minas será aqui. A partir de sábado muitos shows e diversão no Road Beer, que fica na EPTG. Além da comida mineira, música no estilo tradicional do modão sertanejo.
Cinema Até o dia 10 de maio poderão fazer as inscrições, interessados em participar da Mostra Competitiva de Curta Metragem do 5º Festival de Cinema Transcendental – com a temática espiritualidade e metafísica -. O evento acontecerá entre os dias 20 e 23 de Maio, no Cine Brasília. Coordenação do produtor audiovisual Lucas de Pádua.
Dominguinhos No Clube do Choro, Renato Borguetti e Arthur Bonilla. apresentação integra o projeto “Para Sempre Dominguinhos”, no qual artistas interpretam as grandes composições do sanfoneiro. Hoje e sábado sempre às 21h. Os ingressos podem ser adquiridos no local. Novidade Leonardo Bessa, procurador-geral de justiça elogia o estudo Análise de Criminologia Ambiental dos Sinistros de Trânsito com Vítima Fatal no Distrito Federal que foi apresentado na semana passada, a promotores de Justiça e representantes dos órgãos de infraestrutura e fiscalização de trânsito do DF. “O Ministério Público deve estar continuamente pautado pelo diálogo e pela prevenção. Trabalhos como esse sempre terão o apoio da Procuradoria-Geral de Justiça”, disse Dr. Bessa.
Ação Kátia Campos, diretora do pelo Serviço de Limpeza Urbana já mostra a que veio. Com o retrato da gestão de resíduos sólidos em Brasília, determinou que o levantamento seja feito trimestralmente. Isso indica que haverá mudanças significativas na coleta do lixo em Brasília.
Muda já Os estudos encomendados pelo SLU assustam. Uma média de R$154 por habitante representa o custo para o descarte. Quanto de lixo você produz é uma pergunta que deve ser feita para estimular a mudança de hábito.
Da esperança Uma outra realidade é a inclusão dos catadores de lixo. Figuras essenciais que a sociedade pouco valoriza. Seria bem interessante que famílias do Plano Piloto adotassem famílias que vivem no lixão. Conhecendo as crianças e acompanhando o desenvolvimento. Nome, endereço. Cartinhas. Uma ajuda que traria bons frutos à capital.