Brasília, modelo de sustentabilidade

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Desde 1960

com Circe Cunha e MAMFIL

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Brasília, mas precisamente o chamado Plano Piloto, por seu desenho urbano racional e revolucionário, poderia, com maior facilidade do que qualquer outra cidade brasileira, se transformar na capital modelo de sustentabilidade, não só do país, mas do mundo.  Para isso, bastaria empenho firme e planejado dos futuros governos locais e da população para, em uma década ou um pouco mais,  substituir a frota de veículos, que circula no Plano Piloto, movida a combustível fóssil, por energia solar ou outra fonte de tecnologia não poluidora. Poderia também, com empenho e planejamento, instituir o transporte público em todas as áreas da cidade, eliminando os engarrafamentos e os seguidos acidentes de trânsito.

Poderia, por sua configuração urbana, eleger a energia solar como principal fonte de energia da capital, começando pelos prédios públicos. Poderia, com maior facilidade, incentivar a captação de águas das chuvas em cada quadra residencial, estocando e distribuindo essas reservas nos meses de estiagem.

Como anteriormente pensado, pelo próprio Lucio Costa, cada unidade residencial deveria caminhar para a autossuficiência na produção de hortaliças e frutas, transformando e adaptando as áreas verdes para receber hortas comunitárias e pomares de diversas culturas. Mais do que o modernismo nas linhas arquitetônicas, Brasília necessita agora nestes tempos de mudanças climáticas e de crise hídrica, revolucionar o modo de vida dos habitantes da cidade, dando exemplos de que é perfeitamente possível transformar a cidade em um lugar moderno e adaptado aos novos tempos.

Vista e admirada do espaço pelos astronautas que orbitam a Terra a bordo da Estação Espacial, o Plano Piloto tem todas as condições para alçar o voo sonhado pelos idealizadores e se tornar a capital da ecologia, abolindo velhos vícios e adotando modelos exemplares nos processos de reciclagem, reaproveitamento de matérias-primas, eliminando os lixões e os desperdícios, e preservando toda e qualquer fonte de água. Poderia valorizar, incentivar e premiar ideias que ajudem na preservação do meio ambiente e na adaptação dos habitantes da capital a um mundo que passa por mudanças rápidas. Ideias, como as defendidas pela economia do compartilhamento de bens, também podem ser incentivadas a partir das escolas. Aliás, é nas escolas que todo esse movimento transformador tem de ser semeado o quanto antes, porque os frutos dessa revolução só serão colhidos de fato daqui a muitos anos.

 

A frase que foi pronunciada

“Não concordo com uma só palavra do que dizeis. Mas lutarei, até o fim, pelo vosso direito de dizê-las.”

Voltaire, escritor e filósofo francês

 

Retorno

» Para quem tenta chegar à Rodoviária Interestadual da parte norte da cidade, precisa andar quilômetros para retornar. Isso porque a engenharia não quis fazer um retorno com recuo. Mal calculado.

 

Benesses

» Tramita, no Senado, projeto de lei, de autoria do senador Roberto Rocha, estabelecendo regime jurídico próprio para Áreas Especiais para Desenvolvimento Turístico. O PLS foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente. Facilidade de acesso a portos e aeroportos internacionais e autorização para prestadores de serviços terem isenção de impostos vários e contribuições. A proposta segue para a Comissão de Assuntos Econômicos.

 

Todos os lados

» Aumenta a pressão. De um lado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizendo que do jeito que está não dá para ficar, e arremata: “Se a pinguela continuar quebrando é melhor atravessar o rio a nado”.

De outro, Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, afirma que o presidente Temer precisa provar inocência o mais rápido possível.

 

Talento

» Gustavo Rocha, acompanhado de Raquel Marques ao piano, apresentará o Concerto de Formatura na categoria Canto Lírico. Renata Dourado e Francisco Bento Júnior são os cantores convidados. Amanhã, às 20h, no Teatro da Escola de Música de Brasília, na 602 Sul.

 

Posse

» Limongi registra que foi empossado o novo superintendente da Suframa, o engenheiro e advogado Appio da Silva Tolentino.  Substitui a economista Rebecca Garcia.

 

História de Brasília

Não há informação oficial, mas foi erro de cálculo do piloto. Há a alegar a névoa seca, desta época do ano, que forma bolsas de vácuo a baixa altitude, mas os passageiros não sentiram nenhum vácuo. O avião ia para um pouso normal, quando sofreu o acidente. (Publicado em 29/9/1961)

Universalizar a produção de energia elétrica é a saída

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Pelo disposto na Lei nº 9.991, de julho de 2000, “as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica ficam obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, setenta e cinco centésimos por cento de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e, no mínimo, vinte e cinco centésimos por cento em programas de eficiência energética no uso final”.

Por esse critério, investimentos em outras formas de produção de energia ainda demandarão muitos anos para apresentarem resultados minimamente satisfatórios. Embora a Resolução Normativa nº 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), permitindo a instalação do sistema solar fotovoltaico e a utilização dessa energia pelas concessionárias, esteja em vigor há cinco anos, ainda é extremamente tímida a utilização dessa forma modalidade de geração de energia elétrica no Distrito Federal.

As razões vão desde o alto custo ainda cobrados por esses equipamentos individuais até, e principalmente, o desinteresse que tem demonstrado o Governo do DF e do restante do país, com o desenvolvimento e universalização dessa nova forma de geração de energia. Não se compreende que, numa época em que boa parte das usinas hidroelétricas do país se queixa dos baixos volumes de água em suas represas, ainda não existam incentivos significativos para a expansão e a popularização dos painéis solares a exemplo do que vem sendo realizado em larga escala em outras partes do mundo.

Para alguns entendidos no assunto, o motivo estaria no receio de que as empresas que operam na geração e distribuição de energia tradicionais estariam receosas de perderem mercado e, portanto, renda, com a popularização dos painéis solares individuais. Para se ter uma ideia o primeiro gerador fotovoltaico do DF foi instalado, conforme reconhece a própria CEB, apenas em 2011, na Embaixada da Itália. À época, houve insistência do governo daquele país, que estava interessado em reduzir gastos no consumo de energia de sua representação.

Além de não interessar ao GDF e muito menos aos representantes da população com assento na Câmara Distrital, a CEB cuida para que a instalação desses equipamentos nas residências se submetam a processo burocrático que obriga o consumidor a exportar a energia gerada excedente à rede, cobrando uma Taxa de Disponibilidade, acrescida ainda da Taxa de Iluminação Pública (TLP).

Não se compreende ainda a razão de o GDF postergar o estímulo a todos os prédios públicos da capital para que sejam alimentados exclusivamente por energia solar. De preferência vislumbrando o princípio da economia, não odo lucro. A prioridade agora deveria ser a produção de energia abundante, barata e limpa e não a lucratividade e os altos salários dos burocratas dessa empresa.

 

A frase que foi pronunciada

“Meu silêncio não está à venda”

Eduardo Cunha, em depoimento à PF

 

Falta de concorrência

Ao comprar uma passagem aérea, o consumidor brasileiro paga pelo assento(se for internacional), paga pelo despacho da bagagem e paga para se alimentar(se for Latan)

 

Ação e reação

Fazia tempo que uma quadrilha atuava nos clubes da cidade furtando objetos náuticos e de academias. O delegado Fernando César Costa estudou o caso e percebeu que os meliantes agiam onde havia brecha na segurança. Pouco tempo depois, a Polícia Civil conseguiu surpreender os criminosos e prendê-los.

 

Coincidência macabra

“Sua terrorista” são as palavras umbilicais que ligam o PT aos militares que a torturaram. A conclusão foi constatada com o ataque contra Míriam Leitão em um voo doméstico, em que delegados do Partido dos Trabalhadores a molestaram verbalmente.

 

História de Brasília

Com a abertura do paraquedas, o aparelho sofreu o impacto, saindo da pista. O comandante ainda o manteve sob meio controle, enquanto o engenheiro de vôo desligava os contatos e a bateria, para evitar faíscas que provocariam explosões. (Publicado em 29/9/1961)

 

Dispersão do dado em torno da média amostral

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

 

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Sem dúvida nenhuma, o julgamento da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ficará marcado na história recente do Judiciário brasileiro como o episódio que, nesses dias, deixou nua quão delicada é a fronteira que separa as filosofias do direito e da política. Nesse sentido, quando a busca pelo equilíbrio legal das partes e a ideologia, fundada nas simpatias partidárias, se defronta numa Corte, o que se tem são decisões que buscam adaptar a letra da lei a um momento político específico, de modo a não contrariar nem um nem outro.

De toda forma, o que fica patente é que o modelo atual de indicação dos magistrados, por políticos ocupantes do Poder Executivo, para as altas cortes, é extremamente prejudicial à própria Justiça porque retira dela sua peça fundamental que é a credibilidade ética de cada magistrado. O mesmo se pode dizer da feitura de leis casuísticas por parlamentares alvos de ações no próprio Judiciário. Que qualidade de lei universal pode ter uma norma que contraria a igualdade de todos ante a Justiça e que é feita sob medida para atender determinada classe de políticos em instante específico?

São questões que têm como origem a independência dos Poderes e terão reflexos sobre o cidadão comum, constantemente contrariado com as decisões das cortes superiores. Tem-se, assim, nos julgamentos de casos polêmicos, o embate entre juízes que acaba se dando entre aqueles alçados a essa condição pelos políticos de ocasião, para atuarem nessa esfera como advogados de defesa de seus benfeitores e dos demais.

A contaminação política presenciada em outras esferas do poder e mesmo fora dele, como é o caso do empresariado, encontra no Judiciário seu ponto de ebulição, destruindo e esvaziando essa instituição de sua função precípua. A exemplo da obra de Gabriel García Márquez, guardada a devida distância entre o brilho desse romance e a nossa realidade desanimadora, o que se viu no julgamento do TSE foi o presidente da sessão pressionado pelas seguidas aspas abertas e fechadas, a todo o momento, pelo relator do processo.

 

A frase que foi pronunciada

“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.” Albert Einstein

 

Curiosidade

»Prédio da administração de Pedrinhas fica do lado de fora do presídio. Crime organizado versus Estado desorganizado. A ação de criminosos invade os espaços deixados pelas autoridades brasileiras por todo o país. Marcola, com 2 mil livros lidos, deu aula sobre o sistema paralelo e até sobre a necessidade que o sistema principal tem em se prender nas vísceras do crime.

 

Vagas

»Fica uma sugestão para o uso do estacionamento do anexo da Presidência da República. Enquanto faltam vagas para o Senado, a dica seria, preferencialmente, o uso pelos funcionários da Presidência. Há dezenas de vagas ociosas principalmente pela manhã que poderiam, sem prejuízo, ser compartilhadas com o Senado.

 

História de Brasília

Isso porque a faísca do primeiro contato do alumínio com o solo já havia atingido as turbinas, e o incêndio começara. Sem trem de pouso, o aparelho foi se arrastando até que o comandante abriu o paraquedas, responsável pela paralisação rápida do avião. (Publicado em 29/9/1961)

 

 

  Tapando rombos

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

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Empresas públicas no Brasil não conhecem o regime de falência por um detalhe simples: por mais que suas dívidas e passivos sejam astronômicos e por mais que tenha cometido desatinos financeiros e mesmo trapaças contábeis, sempre haverá o aporte de recursos necessários para socorrer os caixas arrombados. Esses recursos extras e salvadores, obviamente, serão extraídos compulsoriamente dos contribuintes, via aumento de impostos, taxas e outras modalidades arrecadatórias impostas pelo governo de plantão. Esse parece ser o caso da Terracap, a empresa imobiliária do governo.

Dessa vez, o tombo financeiro é de R$ 1,5 bilhão. O tremendo assédio político sobre a empresa, utilizada para todos os fins, sobretudo para render lucros aos mandatários do alto escalão, retirou completamente o sentido e a importância originária para a capital, transformando-a, isso sim, em mais um elemento do custo Brasília, ao lado da Câmara Legislativa e do Tribunal de Contas do Distrito Federal.

A ingerência indevida da classe política sobre as estatais só tem produzido nos últimos anos manchetes e mais manchetes de escândalos, transformando-as de assuntos de interesse da comunidade, em assuntos de páginas policiais. Mas, como a memória da população é escassa e os recursos abundantes, fica fácil para os seguidos governos resolver a questão da insolvência dessas empresas e instituições com a aporte de recursos fáceis retirados, à fórceps, dos pagadores de impostos.

Para tanto o leão da Secretaria da Receita é adestrado para correr atrás apenas da população (classe média), deixando de lado os grandes devedores e aqueles que, do alto de suas funções públicas, usam das prerrogativas da impunidade do cargo para cometer crimes de toda a ordem.

O reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é um bom exemplo desse socorro providencial decretado pelo atual governo para tapar buracos de empresas como a Terracap. Com reajuste que pode chegar a mais de 100%  — isso numa época de crise econômica e de altos índices de desemprego —, o IPTU incidente sobre quase um milhão de imóveis aumentará o caixa do governo, que, assim, poderá contar com mais recursos para tampar rombos, como o verificado na Terracap, envolvida no caso policial relativo à construção do inoperante Estádio Mané Garrincha. Esse aumento, é claro, vem na esteira de outros para socorrer um Estado, que se sabe, falido financeira e moralmente.

 

A frase que foi pronunciada

“O mais radical dos evolucionários vira conservador o dia seguinte à revolução.”

Hannah Arendt, filósofa e escritora alemã

 

Roleta-russa

No Lago Norte, a caminho do Paranoá, onde haverá a captação da água do lago, as placas da obra foram instaladas a poucos metros da pista onde circulam os carros a 80km/h. Não é preciso ser vidente para atestar o perigo durante os meses de julho e agosto, quando o vento é forte no DF. Em outras obras no balão do Paranoá e na Caesb, placas enormes foram arrancadas pelo vento. A diferença agora é que quem dirigir nessa área corre risco de morrer.

 

Sem força

Paulinho da Força teve suspensos os direitos políticos por determinação da desembargadora do Tribunal Regional da 3ª Região Consuelo Yoshida. O deputado foi acusado de improbidade pela má utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

 

Novidade

Por convenção coletiva de alguns sindicatos, mães que acompanham filhos menores em internações terão esse direito reconhecido. A CLT é extremamente injusta nesse sentido, já que permite à criança a presença da mãe em caso de doença por apenas três dias ao ano.

 

História de Brasília

Quando ele atingiu a pista, propriamente dita, já estava com os pneus rompidos, e o que o comandante fez foi arrear o trem de aterrissagem para que o aparelho não deslizasse durante muito tempo. (Publicado em 29/9/1961)

  Pobre de nós

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com Circe Cunha e MAMFIL

 

Pobre de nós que acreditamos no noticiário diário que mostra um país, recém-saído de uma ditadura, e já atolado em uma infinidade de escândalos que se sucedem à um ritmo alucinante. Pobre de nós que continuamos sofrendo e acreditando nas mentiras da mídia golpista que imputa aos treze anos de governo petista, todas as agruras que o país através essa agora. Pobre de nós que acreditamos que operações policiais, como a Lava Jato irá provocar o romper de um novo modelo político para o país. Pobre de todos nós que acreditamos que juízes como Sérgio Moro irão lavar a honra de brasileiros despojados do mínimo de cidadania desde 1500.

Pobre do Lula e do seu partido, execrado tão impiedosamente pela imprensa. Pobre do Partido dos Trabalhadores, tão vilipendiado. Pobre do José Dirceu, do Palocci, do Vacari. Pobre do Joesley e do Wesley, empresários tão empreendedores, massacrados pela população invejosa. Pobre do Congresso, ao qual todos os deslizes são atribuídos. Pobre daqueles que acreditam a democracia como o único meio de se atingir a cidadania plena. Pobre da Polícia Federal e do Ministério Público.

Pobre do ex-deputado Eduardo Cunha, acusado de forma cruel por crimes, que todos sabemos, seria incapaz de cometer. Pobre de sua mulher, impedida de frequentar lojas de grife, por uma população invejosa e sem recursos. Pobre dos traficantes do morro e das cidades, acusados e impedidos de prosseguir em seus rentáveis negócios, por força de uma sociedade mesquinha. Pobre da Oderbrecht, enxovalhada, sem piedade, pelo noticiário diário.

Pobre dos antigos diretores da Petrobrás, escolhidos para serem bodes expiatórios de situações que reconhecemos ilusórias e falsas. Pobre do presidente da república, alvo de insinuações maldosas. Pobre de seu ministério. Pobre da Dilma, tão eficiente e dedicada que acabou despertando a ira de muitos. Pobre do MST e do MTST, tão incompreendidos e difamados. Pobres dos vândalos que queriam incendiar a capital, incompreendidos e reprimidos com tanta firmeza. Pobre do BNDES, um banco tão empenhado em promover com farta distribuição de recursos a campões nacionais e democracias sul americanas e afinal, alvo de críticas injustas. Pobre dos militantes que não conseguem vencer a corrupção e apelam a favor de uma luta sangrenta contra quem trabalha para construir a vida e a sociedade. Pobres dos pobres, que estão nesta condição por vontade própria e preguiça. Pobre das elites, apontadas, falsamente como concentradoras de renda.    Pobre do Brasil, que só está nesta condição, por força de um destino que é só seu. Pobre de nós que somos tão pobres de espírito e não cremos que nossos líderes haverão de salvar a pátria.

A frase que foi pronunciada:

“A atitude das pessoas também ocupa várias dimensões no espaço. Uma dimensão quando ela está frente a frente, outra quando não está mais. Depois como ela interpreta sobre o que ouve e vê e por último, o que ela tem dentro de si e desconhece.”

Dona Dita

Relaxa!
Esse mundo dá voltas. Aquela Marta Suplicy que teve o orçamento do Ministério cortado quando era do PT é agora presidente da Comissão de Assuntos Sociais, onde será votada a Reforma Trabalhista.

Bravíssimo

“Canta que te fa bene” – Ainda repercute o encontro de coros italianos em Brasília. Se depender de apoio do embaixador Antonio Bernardini muitos outros coros virão à capital. Ele cantarolou todas as músicas. Essa é a interação que qualquer coral deseja.

Leitura

“Mata Branca” de autoria de Frederico Flósculo está à venda na mão do autor ou pelos Correios. Pela Internet o autor é localizável.

Plenário

O deputado Augusto Carvalho registrou repúdio às campanhas maciças que tentam denegrir o Hospital da Criança de Brasília José Alencar. Aliás quando alguém se propõe a trabalhar nesse país, é violentamente atacado. A cultura de só fazer o que der vantagens pessoais é o que tem valido.

Elementar

Ficou fácil saber que político tem relação estreita com Joesley Batista. É só pesquisar os dias de churrasco.

Visibilidade

Ostomizados são pessoas que, por cirurgia, têm um caminho alternativo no corpo para a saída de fezes e urina ou também para a respiração e alimentação. Trata-se de uma comunidade invisível que agora levantou a voz na Câmara Legislativa do DF para ser enxergada e respeitada. “Esse é um tema hermético e específico, mas que tem um impacto imenso na vida dessas pessoas. Precisamos conhecer a situação, do que precisam, quanto custa”, elogiou a iniciativa o deputado Wasny de Roure

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Confirmamos, na íntegra, a versão ontem veiculada nesta coluna. O baque forte que os passageiros do “Caravelle” sentiram, foi quando o avião bateu antes da pista, no cascalho da cabeceira. (Publicado em 29.09.1961)

Adeus ao espelho d’água

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Seria impossível hoje repetir a epopeia da construção de Brasília, principalmente nos moldes como foi feita no final dos anos cinquenta do século passado. As razões são inúmeras, a começar pela dimensão da obra, pelo sítio escolhido, pela fabulosa movimentação de terras que se seguiu para o nivelamento das grandes áreas centrais da capital, pelo assoreamento de diversos curso d’água, pela derrubada de extensas áreas nativas de cerrado e por diversas outras transgressões e crimes contra o meio ambiente.

Brasília existe hoje, porque na época não existiam códigos de preservação da natureza e muito menos informação sobre o delicado equilíbrio dos biomas e de questões sobre o aquecimento global. Do ponto de vista da atual legislação e do entendimento que temos hoje sobre fenômenos como o efeito estufa, do conhecimento da importância do cerrado para a formação das principais bacias hidrográficas do país e sobretudo sobre os alertas acerca da crescente escassez de água potável, a implantação de Brasília cometeu uma série contínua dos mais graves crimes ambientais que se tem notícia.

Obviamente que não se pode julgar o passado, mas é possível aprender com os erros cometidos e corrigir futuros rumos. No entanto, entre nós, não parece que tenhamos aprendido coisa alguma com os erros passados. Prosseguimos na mesma rota de destruição da natureza ao nosso redor, apesar saber que isto irá comprometer gravemente as gerações futuras.

Cada pequeno gesto e ação que perpetramos contra o meio ambiente irá se somar aos grandes e irreversíveis estragos que tornarão nosso planeta um lugar cada vez mais inóspito para o próprio ser humano. Neste sentido não é possível compreender que o Lago Paranoá continue a sofrer cotidianamente agressões de todo o tipo.

Quem atravessa a ponte do Braguetto, no sentido Norte/Sul, já pode observar, do lado direito, que o plácido e belo espelho d´água, formado pela contribuição das águas do Rio Bananal, a cada dia que passa vai desaparecendo, dando lugar ao mato. Assoreado pelas construções do Setor Médico Norte, pela construção do bairro Noroeste e agora pelas obras do Trecho de Triagem Norte (TTN), essa pequena bacia natural está desaparecendo e todas as nascentes ao redor estão também com os dias contados.

O avanço do progresso, feito de forma apressada e sem maiores estudos prévios e preocupações ambientais, está destruindo, diante de todos, esta parte bucólica do Lago Paranoá e que compõe o que os ambientalistas chamam de corredor ecológico.

O governo, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, faz cara de paisagem e não toma providências. A obra do TTN, que para muitos irá livrar aquela saída dos constantes engarrafamentos é, na visão dos urbanistas experientes neste assunto, apenas um remendo provisório que, em pouco tempo apresentará os mesmos problemas de represamento do trânsito nas horas de pico.

Estudiosos dessa matéria sabem que quanto mais se alargam e duplicam as pistas, mais carros aparecem para congestioná-las, num ciclo sem fim. A solução, que seria a implantação de transporte público de massa, não é, sequer, pensada. Enquanto as obras paliativas e a poeira avançam, a natureza vai recuando silenciosamente. Até quando?

 

A frase que não foi pronunciada:

“A personalidade do homem determina antecipadamente o grau da sua fortuna.”  Schopnhauer

Humano

Há que se registrar a hombridade do ministro Barroso em reconhecer e se desculpar sobre uma frase infeliz que disse. Foi um fecho de luz em um período de transição para o Brasil.

 

Arte

Recebemos um convite de Heloise Velloso presidente da ACEHU para conhecer o trabalho realizado em São Sebastião para meninas de 10 a 14 anos em situação vulnerável. Mais Arte! é o nome do projeto que abriga as crianças em ambiente de paz, música, fotografia e teatro. Totalmente gratuito à comunidade, o Mais Arte! é mantido pela Associação de Assistência Cultura e Educação Humana, ACEHU, entidade sem fins lucrativos.

 

Ciência

Um rapaz cumpria pena alternativa em uma instituição filantrópica de Brasília. Ele havia dado um murro no homem que o chamou de macaco. Ao ser questionado se havia se arrependido do feito ele disse com convicção. Passaria minha vida toda dando murros em preconceituosos e trabalhando aqui. Com o maior prazer. Dados: 1,2 mil pessoas cumprem pena em postos de trabalho no GDF, órgãos federais, empresas privadas e do terceiro setor.

 

Inoperância

Por falar em cumprimento de pena, a ONG mexicana Conselho Cidadão pela Seguridade Social Pública e Justiça Penal apresentou um ranking das cidades mais violentas do mundo. Um dado interessante é o nível de impunidade. Para os homicídios a impunidade no Brasil é estarrecedora. Em 92% dos casos de morte não há punição para o criminoso.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Resultado geral do acidente com o Caravelle: não houve perdas de vida, havendo, entretanto, perda total do aparelho. (Publicado em 28.09.1961)

Tretas e tetas das estatais

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Tudo o que já foi dito nas centenas de milhares de páginas sobre a crise que se abateu sobre a Petrobras e que culminou com a instalação da maior investigação criminal de todos os tempos, reunida na Operação Lava-Jato, caberia completamente numa singela e despretensiosa fotografia tirada à época do anúncio oficial da descoberta do pré-sal.

Não se trata aqui de uma foto extraordinária por suas qualidades técnicas ou artísticas e que ganharia um desses concursos de melhor fotografia do ano, mas o que se tem imprimido para a posteridade é o registro exato de um instante que retrata, como nenhum outro, o momento em que o governo Lula, vergando o uniforme laranja da estatal, parecia ter tocado no mais alto do céu quando contempla extasiado as mãos, cobertas pelo ouro negro, vindo das profundezas abissais do pré-sal.

As falas ufanistas que se seguiram à visita ao campo de petróleo naquela ocasião se perderam confirmando o dito latino “verba volant, scripta manent”. O que está escrito, em forma de imagem, impressa no papel é a quintessência de 500 anos de história do Brasil, mostrando a apropriação parasitária do Estado pelas elites dirigentes e políticas de qualquer matiz ideológico, se é que isto tem algum sentido por aqui.

A cantilena patriótica “o petróleo é nosso” é entoada por políticos, burocratas e sindicalistas e quer dizer exatamente isso mesmo. Agora vem a público o balancete da estatal Correios, registrando um rombo, em 2016, de R$ 2 bilhões, atribuído, pelos dirigentes, ao plano de saúde da empresa, que, por incrível que pareça, detém o monopólio do setor em todo o território nacional.

A solução encontrada pelos políticos que parasitam a estatal é, obviamente, aumentar os preços dos serviços, numa ponta, e eliminar uns 20 mil funcionários, em outra, por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), trazendo, para cobrir o caixa arrombado dos Correios, parte significativa dos salários pagos aos pobres carteiros e a outros empregados da base da pirâmide da empresa. Também no caso da estatal dilapidada, ficaram para registro impresso da história, as imagens do então subchefe de Assuntos Parlamentares, Waldomiro Diniz.

Em 2004, esse assessor direto de José Dirceu foi filmado enfiando displicentemente na algibeira do paletó um volumoso maço de dinheiro recebido, como propina de um contraventor conhecido e enrolado com a polícia. Não precisa ir buscar muito longe exemplos dessa razia promovida por políticos e sindicalistas nas estatais para demonstrar que o modelo do tipo capitalismo de Estado ou capitalismo cartorial é danoso para o cidadão e para o país.

A Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), outrora rica e poderosa, detentora da maioria das áreas públicas do DF, depois de sucessivos governos e de seguidos casos de corrupção e de grilagem oficial, apresenta agora aos brasilienses um rombo em suas contas de R$ 1,5 bilhão, ocasionados , em grande parte pelos desvios sofridos durante a construção do Estádio Mané Garrincha.

No caso da Terracap que, segundo o noticiário, bem como Metrô, Caesb e CEB, fez a alegria de muitos políticos na capital, não existem imagens mostrando os gatunos diretamente com a mão na cumbuca. As provas, nesse caso, são bem mais concretas e podem ser vistas na forma de um enorme estádio, que não tem serventia alguma para os brasilienses. É concreto. Cada uma das centenas de colunas é uma homenagem ao descaso e à incúria, perfiladas para a posteridade.

 

A frase que não foi pronunciada

“Eu desencorajo um culto de personalidade.”

Newt Gingrich, ex-membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos

 

Cheiro estranho

O pessoal que conhece o Sindilegis aconselha: aceite toda conversa, mas só depois de conferir o passado de quem estiver envolvido no assunto. Enquanto Câmara e Senado compartilham conhecimento e se unem pela economia no gasto público, membros do Sindilegis começam nessa segunda-feira tentativas estranhas para se separarem em dois sindicatos: um da Câmara e outro do Senado.

 

João 15:16

Passando por uma escola vi um rapaz com Jesus estampado em uma camiseta. Curiosa pela desarmonia do visual, perguntei o que o fez ter tanta fé a ponto de usar uma camiseta que ninguém ali usava. Como se nos conhecêssemos há muito tempo, ele disse com honestidade: “Pedi para minha mãe parar de ir à igreja. Ela disse que Deus era mais importante que eu. Daí concluí: então, Ele deve ser bom mesmo. Passei a ir com ela e gostei”.

 

História de Brasília

Para que não haja dúvida em futuro, nem exploração no presente, seria conveniente que a DAC concluísse rapidamente esse inquérito, e desse a público o seu resultado (o que faria pela primeira vez) para que todos ficassem conhecendo os motivos do desastre. (Publicado em 28/9/1961)

A importância do ensino da arte

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Já houve quem vaticinasse com absoluto propósito: fora das artes, não há salvação possível para o indivíduo e muito menos para a humanidade. Para alguns antropólogos, é a faculdade de produzir arte, de abstrair e de interpretar os signos do mundo que diferencia o homem racional do restante dos animais. Em maio, completou um ano da aprovação da Lei 13.278/16, que incluiu o ensino de artes visuais, dança, música e teatro nos currículos das escolas públicas e privadas de todo o país.

Na ocasião, a lei estabeleceu prazo de cinco anos para que as escolas pudessem se adequar às novas diretrizes, promovendo a adequada formação de professores desses conteúdos. “Esse é um projeto que só traz vantagens, ao incluir o ensino da arte nos currículos das escolas. Sem isso, não vamos conseguir criar consciência 0nem ensinar aos nossos jovens a deslumbrar-se com as belezas do mundo, o que é tão importante como fazê-los entender, pela ciência, a realidade do mundo”, avaliou o relator da matéria, senador Cristovam Buarque.

De lá para cá, apesar dos esforços, pouca coisa mudou. O prazo para a capacitação do pessoal que vai trabalhar os novos conteúdos ainda está correndo. O que mais tem preocupado os especialistas em educação artística não é tanto a formação técnica de professores, mas a falta dos envolvidos no processo da noção sobre a importância do estudo das artes para a compreensão do mundo ao redor e suas consequências para a formação de nova mentalidade diante da avalanche de informações e imagens que tem invadido a vida moderna.

“A arte não é babado cultural, nem é enfeite para pendurar na parede”, ensina a professora Ana Mae, uma das maiores especialista em arte-educação do país, para quem a introdução do ensino das artes nas escolas poderá ampliar não só a inteligência dos alunos, mas principalmente a capacidade perceptiva que eles aplicarão em qualquer área da vida. A arte, ensina Mae, envolve, além da inteligência e do raciocínio, o afetivo e o emocional. “Não se conversa sobre sentimentos nas escolas”, lamenta a educadora, lembrando que as atividades artísticas estimulam o senso de coletividade e de trabalho em grupo.

A escritora e intelectual norte-americana Camille Paglia, da Universidade de Artes da Filadélfia, no livro mais recente, Imagens cintilantes, afirma que: “O olho sofre com anúncios piscando na rede. Para se defender, o cérebro fecha avenidas inteiras de observação e intuição. A experiência digital é chamada interativa, mas o que eu vejo como professora é uma crescente passividade dos jovens, bombardeados com os estímulos caóticos dos aparelhos digitais. Pior: eles se tornam tão dependentes da comunicação textual e do correio eletrônico que estão perdendo a linguagem do corpo”.

De acordo com Paglia, para sobreviver a essa “era da vertigem” em meio a tanta poluição visual, precisamos de foco e de “reaprender a ver”. Para tanto, a pensadora propõe salvar as crianças, oferecendo a elas a oportunidade de percepção por meio da contemplação da arte. O exemplo das escolas-parques, idealizadas e erguidas pelo educador Anísio Teixeira, apresentou, de forma revolucionária, a ideia, avant garde do ensino integral, em que o aprendizado das artes era parte importantíssima do currículo e ferramenta essencial para entender a cultura, o país, o mundo e, principalmente, conhecer a si próprio, que é onde tudo começa e acaba.

 

A frase que foi pronunciada

“A personalidade tem o poder de abrir muitas portas, mas o caráter deve mantê-las abertas.”

Autor desconhecido

 

Susto

»Como tudo no Brasil, só é definitivo o que for provisório. Depois de vários investidores aplicarem em LCI (Letra de Crédito Imobiliário), a regra mudou. O mínimo para investimento passou de mil reais para R$ 80 mil.

A fuga segue a direção do Tesouro Direto.

 

Nadar

»Não é a primeira vez que se vê jacaré no Lago Paranoá. Considerando que, desde a década de 70, visitantes do Pantanal trazem filhotes de jacarés e levando em conta que o réptil vive 70 anos, é melhor ter mais gente do Ibram navegando pelo lago.

 

Maior índice

»O deputado Alberto Fraga protestou no Plenário contra o TJDFT, que, segundo o deputado, tem ignorado a Lei 9.099.  Diz o parlamentar que a vantagem dessa lei é acelerar os atendimentos de ocorrência policial de baixo potencial ofensivo. Os termos circunstanciados devem ser lavrados pela PM, que está na rua fazendo a prevenção. A briga se dá a partir da Associação de Delegados que não reconhece da PM como autoridade policial. Quem perde nessa briga é o cidadão. O número de carros arrombados na cidade aumentou nos últimos meses e nada tem resolvido. Nem registrar ocorrência, nem procurar pelo socorro dos policiais militares.

 

História de Brasília

Resta enaltecer o trabalho dos funcionários da Varig, como de todas as demais companhias, que providenciaram tudo que estivesse a seu alcance, contanto que a tragédia diminuísse ao mínimo.(Publicado em 28.9.1961)

Um só homem

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com Circe Cunha e MAMFIL

 

Na história da humanidade, existem incontáveis exemplos de multidões que foram precipitadas no abismo por seguirem lideranças que acreditavam estar conduzindo-as rumo ao paraíso na Terra. Muitos, mesmo durante os instantes da queda fatal, ainda criam estar indo ao encontro de um destino de glória.

A faculdade de dominar vontades individuais é a característica que melhor define as lideranças, retirando o livre arbítrio do sujeito e submetendo-o ao seu desejo. É a coletivização das vontades posta a serviço de apenas uma pessoa. Isso é exatamente o que parece ter ocorrido com a maioria daqueles que hoje estão presos ou na iminência de vir a sê-lo apenas por acreditar nas lorotas dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores.

Descartando os que integraram a manada cega por vontade própria, em busca de facilidades que reconheciam, desde sempre, como ilegais, a grande maioria embarcou na viagem por crer estar implantando em todo o continente um regime semelhante ao existente em lugares como Cuba ou Venezuela. O Foro de São Paulo foi, assim, espécie de toque do berrante, reunindo a boiada atrás dos vaqueiros do socialismo do século 21.

Para os empresários e políticos que embarcaram na jornada insana e foram capturados pela Justiça, a terra tão prometida se reduz hoje a uma cela sem janelas e sem banheiro. Na realidade, estão onde merecem estar desde o primeiro passo. Mas ainda assim chega a ser surpreendente o número de pessoas que tiveram a própria vida e a das famílias destroçadas por seguirem as ordens de Lula e de seu partido. Sozinha, essa liderança de poucas luzes e de pouca ilustração foi capaz de destruir muitos, inclusive pessoas dotadas de cérebro privilegiado, levando-os à ruína completa.

De quebra, apenas um homem foi capaz de provocar um estrago monumental na décima maior economia do planeta, reduzindo um país continental àquilo que ele é hoje: motivo de vergonha diante do mundo. A revolução pretendida por esse personagem, se é que havia alguma no horizonte, agora se vê, se reduziu a um monte de escombros, resultado do desmonte do Estado.

De positivo dessa revolução às avessas ficaram os cacos de uma velha República que não tem mais remendo e não pode mais ser apenas refeita. A destruição de velhas lideranças, reduzidas a pó, talvez seja o que melhor conseguiu o lulopetismo ao final da última década. Ao atrair para o banquete pantagruélico o que o Brasil tinha de pior em termos de lideranças política e empresarial, sem querer Lula facilitou o trabalho da polícia que cercou a festança e pôde prender vários ratos numa só batida. A casa caiu com todos dentro, inclusive com o dono da folia. Tirados de cena, não farão falta alguma.

 

A frase que foi pronunciada

“O primeiro sinal de que a corrupção tomou conta da sociedade é a ideia de que os fins justificam os meios.”

Georges Bernanos, escritor francês

 

Cabeças brancas

Quem desenhou as placas de idosos pintadas nos estacionamentos não tem a menor noção de como se sente uma pessoa de 65 anos de idade. Bengala e óculos não as representam.

 

Insegurança

É preciso acontecer um sequestro para que os hospitais reforcem a segurança. No Hospital Brasília, por exemplo, a entrada na emergência é completamente livre. O papel da alta não é conferido. Se o vigilante julgar que a aparência de quem entra e sai corresponde a uma pessoa honesta, não cobra documento algum.

 

Enfim

Bombeiros têm um dos melhores complexos esportivos do mundo. A prova física do concurso organizado pelo Idecan dessa vez foi impecável. Grupos separados, tudo dentro do tempo, com a comunicação aos inscritos sem falhas.

 

Poder do povo

Quando gritaram, na Praça dos Três Poderes, que dois ex-presidentes da Câmara já estavam na cadeia e xingaram os parlamentares, uma senhora de meia-idade retrucou dizendo que, se havia alguma coisa que eles não roubaram, era o lugar que ocuparam no Congresso. A chave para entrar lá foi o voto. O povo tem mais poder do que imagina.

 

História de Brasília

A opinião do padre Calazans sobre a Prefeitura de Brasília é esta: o prefeito a ser nomeado deve servir a Brasília, não servir-se de Brasília. (Publicado em 16.9.1961)

De volta ao passado

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com Circe Cunha e MAMFIL

Parece ser o enredo atual adotado pelos Estados Unidos, desde que os eleitores resolveram guindar ao cargo de presidente dessa grande nação o dublê do reality show The Apprentice e milionário polêmico, Donald Trump. Do ponto de vista dos nacionais que o elegeram, Trump está fazendo a coisa certa e de acordo com sua plataforma eleitoral. Do ponto de vista do restante do planeta, que tinha nos EUA uma referência para a garantia das liberdades individuais, aquele país está vivendo a maior crise de identidade de todos os tempos.

Obviamente, nesses assuntos internos prevalecem sempre a soberania e a independência do país mais rico do mundo, e não devemos nos imiscuir. Mas, quando essa guinada à direita conservadora acaba afetando diretamente nosso país e continente, é preciso tecer algumas considerações à guisa apenas de busca de entendimento sobre as repercussões dessa nova orientação do grande irmão do Norte.

Com a chegada de Trump ao poder, os EUA começaram a ensaiar um fechamento de suas fronteiras para o mundo, contrariando o próprio princípio de sua formação histórica, destacado na tábua que a Estátua da Liberdade segura numa das mãos em que se lê: “Dai-me os seus fatigados, os seus pobres, As suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade O miserável refugo das suas costas apinhadas. Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades, Pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado”. Para aquelas levas de imigrantes que ajudaram a construir a América. Este é, sem dúvida, um tempo triste.

Na sequência dos atentados terroristas ocorridos em todo o mundo, o governo do presidente Trump resolveu endurecer na concessão de vistos de entrada naquele país, inclusive, com relação aos brasileiros. Novos e extensos questionários serão feitos aos candidatos ao visto de entrada nos EUA. Agora, fará parte do novo sistema burocrático vasculhar informações disponíveis nas redes sociais nos últimos cinco anos, além de informações pessoais de até 15 anos atrás.

Também poderão ser pedidas informações sobre os números de passaportes anteriores, endereços de e-mail e números de telefones, além de endereços e históricos de empregos e de viagens anteriores. Caso as autoridades considerem insuficientes as informações, poderão ser requisitados dados adicionais. De acordo com as novas orientações, as informações são necessárias para a segurança interna do país, sendo também da responsabilidade de cada servidor americano verificar as informações dos solicitantes e, em caso de qualquer dúvida, negar prontamente o visto de entrada.

Ao endurecimento nas fronteiras, segue-se também o endurecimento com relação aos compromissos assumidos no Acordo de Paris, que trata das mudanças climáticas. Como maior poluidor do planeta, ao lado da China, caberia aos EUA um compromisso maior com o planeta. Dessa forma, cumprindo promessas de campanhas, o governo Trump anunciou a retirada dos EUA do Acordo de Paris, por considerá-lo desvantajoso para a economia norte-americana. Dessa forma, o tratado internacional, que previa até 2030 uma limitação no aumento de 1,5ºC da temperatura do planeta, ficará completamente prejudicado.

Para todos aqueles que têm sentido na pele as  alterações desastrosas do clima em todo mundo, essa é, sem dúvida, uma volta ao passado que não mais existe e uma aposta em um futuro de privações, que, com certeza, virá, caso o efeito estufa torne o planeta impróprio à presença humana. Com Trump no poder, o próprio povo americano e o restante da humanidade têm uma certeza: não há possibilidade mínima de os EUA fazerem a coisa certa.

 

A frase que foi pronunciada

“Não existe Plano B porque não existe Planeta B”

Ban Ki-Moon, na Organização das Nações Unidas

 

A história se repete

No portal notibras.com.br, há uma enquete com a seguinte pergunta: “Se houver eleição indireta, quem seria, na sua opinião, o melhor candidato? Um militar, um jurista, um empresário ou um político? Total de votos: 733, dos quais 505 foram para o militar. A sequência continuou. Um jurista, com 115 votos; um empresário, 60; e um político, 53, ou 7% das intenções.

 

Caro demais

Tinha muita gente horrorizada de ter que pagar R$ 40 para ver uma exposição de arte. Muitos questionam se esculturas de Lego seriam obras de arte. São. A exposição é espetacular. Mas continua sendo estranho pagar essa fortuna para cada um da família poder apreciar o trabalho.

 

Aeroporto

“Escolher dinheiro em vez de poder é um erro que quase todos cometem.” O cartaz se refere ao famoso seriado House of Cards, do Netflix. A faixa estava no aeroporto com a intenção de cutucar os políticos. Poucos se importaram.

 

História de Brasília

Relógio de ponto no Planalto. A decisão é do sr. João Braz, que está pondo muita ordem no Palácio. A portaria, também, melhorou, e muito. Pessoal atencioso e bem-educado, dá todas as informações.(Publicado em 20/8/1961)