Categoria: Íntegra
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Para um folhetim do gênero político/policial, apresentado em capítulos ao público em geral a partir de junho de 2005, causa espanto a manutenção do fôlego da narrativa mesmo após uma década de desdobramentos. Trata-se, na verdade de uma trama que vem conseguindo segurar a tensão desde o primeiro dia. Dificilmente se encontrará em obras da literatura universal tamanha quantidade de situações e personagens inter-relacionados que, agindo sob a proteção do instituto da imunidade política e/ou financeira, viraram a república pelo avesso. Sem dúvida a sociedade brasileira assiste a um dos períodos mais agitados de toda a sua existência. Para os historiadores do futuro estão assegurados material tão volumoso e variado, que serão necessários vários e vários livros (impressos ou não) para formar uma coleção completa e com sentido sobre um dos mais férteis momentos da vida brasileira. Para a imprensa, passada essa fase frenética, com retorno do ao ponto à linha do círculo, restará o modorrento dia a dia da política nacional, sem sobressaltos . Interessante que dentro dessas infinitas tramas, ainda emergem outras sub tramas que vão dando maior vigor ao conjunto da novela. Dentre os inúmeros e possíveis pontos pinçados dessa história monumental, a chamada delação ou colaboração premiada merece um capítulo só seu. A introdução desse instituto legal na jurisdição brasileira, ao favorecer e acelerar a técnica de investigação, provocou uma verdadeira revolução não só no Poder Judiciário, mas sobretudo, abriu possibilidades inéditas de alcançar também os poderosos e todos que se sentiam alforriados dos braços da lei. Para muitos criminalistas o advento do instituto da colaboração premiada pode vir a se transformar no divisor de águas da justiça brasileira, dando equiparação cidadã à todos os brasileiros perante a lei e a Republica, inaugurando um Estado mais moderno e mais próximo das nações desenvolvidas do planeta. Em sua fase embrionária, a fixação da colaboração premiada, dentro do ordenamento de leis do país ainda vai depender, e muito, da performance e do livre desenrolar da própria Operação Lava Jato. O lado bom, se é que e possível, desses escândalos de corrupção que varrem o país, é que vem permitindo as instituições um processo de aperfeiçoamento gradual dos mecanismos de captura da ratoeira, tornando cada vez mais dura a vida dos roedores do patrimônio público.
A frase que foi pronunciada: “Jogaram uma pedra na tranquilidade do lago. O lago comeu-a. Sorriu ondulações. Voltou a ficar tranquilo.” Professor Hermógenes
Qualidade de vida Margareth Ferreira , gerente da área de qualidade de vida divulga a participação do BRB na campanha mundial pelo aleitamento materno. Anuncia o incentivo à amamentação na prática. O banco concede 6 meses de licença para as funcionárias que amamentam. Quando voltam, há uma hora a menos na jornada de trabalho.
Educação UBEC, a mantenedora da Universidade Católica chega aos 43 anos pronta para os desafios da modernidade. Irmão José Nilton Dourado, do Conselho de Administração, afirmou que projetos e investimentos serão mantidos neste semestre. O Grupo é gerido por Lassalistas, Estigmatinos, Maristas, Salesianos e Salesianas No ceu Jaime Recena convida a população de Brasília para olhar para o ceu a partir do dia 8 de agosto. ´E que a cidade vai sediar o Aberto de Voo Livre com participantes de várias partes do mundo. O campeonato vai até o dia 15. Vergonha Ratos no Rio de Janeiro não se incomodam com a presença dos humanos. O pior é que a situação é generalizada. Por um lado será bom que os turistas e atletas que participarão das Olimpíadas de 2016 conheçam a realidade. Quem conhece a área e a Baía da Guanabara sabe que nadar ali é insalubre. O governo também conhece a situação. Acorda Brasil Brasília ganha com a presença da Uber. Pelo celular é feita a localização do carro mais próximo, a comunicação da necessidade e o pagamento da corrida previamente, o que é interessante também para o passageiro .Enquanto isso, taxistas gastam gasolina e usam rádio para se comunicar. Cimentados Por falar nisso, a Câmara Legislativa continua os trabalhos sobre mobilidade urbana. Trens, metrôs e facilidades para a população estão em forma de cimento no Mané Garrincha.
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Cultura é a primeira vítima da Lava Jato Ao lado da recessão econômica que assola o país e que, segundo os entendidos deverá estender seus efeitos perversos por pelo menos mais dois anos, a retração nos incentivos para projetos culturais de toda ordem foi sensivelmente sentida pelo setor. Para aquelas áreas que tradicionalmente sempre dependeram dos recursos públicos, o ressecamento da fonte de incentivos para a cultura , oriundos de estatais como a Petrobrás, é quase total, principalmente depois de deflagrada a Operação Lava Jato que ainda esmiúça os negócios da empresa. Também as empreiteiras, que aqui e ali patrocinavam esses projetos, sob a benção da Lei Rouanet, os repasses foram suspensos, pelo menos enquanto não cessar o efeito dominó provocado pela operação policial. O carnaval este ano em Salvador, vitrine do estado para o turismo, viu esse enxugamento de verbas ser reduzido de R$ 10,5 milhões em 2014, para R$ 2,3 milhões este ano. Nem a crise internacional de 2008, que ameaçava o capitalismo ocidental, abalou os projetos de mecenato para a cultura. Durante aquele período ainda permanecia a visão estratégica da Petrobrás de que o patrocínio à cultura agregava reputação e valor simbólico à sua marca. Hoje a realidade é outra. Apanhada na baixa da maré, nadando sem calças, a Petrobrás , que já foi ao lado da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, o trio de ouro do incentivo à cultura brasileira, amarga dias de angústia com a perda significativa do seu próprio valor. Também de mercado. Pior é que o que acontece hoje com a estatal do petróleo, ameaça ocorrer com a Caixa e com o BB, quando forem submetidos à lupa da justiça , por conta das investigações que se aproximam , cada vez mais, dos fundos de pensão. Não bastassem as más notícias para o mundo da cultura nacional, O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que em 2014 foi o maior investidor da Lei Rouanet, com R$ 54 milhões , passou a integrar o rol de instituições sob suspeita , se transformando agora no mais novo alvo da CPI aprovada no âmbito da Câmara dos Deputados. Se nas ditaduras a verdade é a que primeiro perece, nas economias que abraçam o capitalismo de estado a cultura é logo vitimada, assim que a crise e a polícia tocam a campainha da porta do Estado. A frase que foi pronunciada: “Já vi uma moça, uma linda moça, que dos treze aos vinte e dois anos sonhava em ser mulher e, daí por diante, desejava ser homem.” Jean de la Bruyere Modesto demais Ao passar pelo Coral do Senado, o senador Caiado ouviu o comentário sobre a beleza e potência da voz dele. Respondeu sorrindo: Quando canto Parabéns todos se afastam! Escolas Habite-se é uma exigência onde garante que as normas estabelecidas pelo governo serão cumpridas pelos responsáveis que assinam o projeto da construção. Por incrível que pareça o próprio governo ocupa imóveis sem o documento. Incrível Por falar no assunto, moradora do Lago Norte pediu o habite-se e só receberá quando as pedras portuguesas forem retiradas da calçada.
Mais cuidado
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Quem ama, educa!
“A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida… Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!” Içami Tiba Içami Tiba, falecido neste domingo último, aos 74 anos, pertence àquela pequena elite de seres, cuja a missão singular no planeta é resgatar o humano dentro das pessoas, possibilitando seu desenvolvimento integral e harmonioso com o mundo a volta. Educador , psiquiatra de renome internacional e fundador do Instituto Sedes Sapientiae, Içami Tiba foi autor de mais de 40 livros de sucesso, realizou milhares de palestras, onde a educação e a psicoterapia de adolescentes e famílias eram , ao lado de outros tópicos na área de saúde mental , o tema central. Otimista quanto as possibilidades infinitas do ser humano e “Positivador” ,como todo educador deveria ser, Içami Tiba se converteu em referência definitiva para psicólogos e psicanalistas do Brasil e do exterior. Segundo pesquisa feita pelo IBOPE em 2004, a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), para indicar qual o profissional de maior admiração e referência na área de psicologia, Içami Tiba foi o nome apontado, ficando atrás apenas de Sigmund Freud e Gustav Jung. Costumava dizer que “a educação não pode ser delegada somente à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre”. Apesar de sua formação científica, valorizava e destacava a necessidade de desenvolvimento da espiritualidade. Neste ponto chegou a afirmar: “os responsáveis que levam o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia.” O Instituto criado por ele em 1977, com sede em São Paulo , em pouco tempo se transformou em referência não só na defesa dos direitos da pessoa e do cidadão, mas sobretudo, tendo como meta “a responsabilidade na transformação qualitativa da realidade social, estimulando todos os valores que acelerem o processo histórico no sentido da justiça social, democracia, respeito aos direitos da pessoa.” Numa época em que até nossas lideranças políticas mais destacadas e poderosas são desmascaradas pelas investigações feitas na justiça, a figura de Içami Tiba é mais do que necessária ao país, nem que seja para trazer um alento e uma voz de esperança, reascendendo a crença de que vale a pena em acreditar que dias melhores virão. A frase que foi pronunciada: “Não é errando que se aprende, mas sim, corrigindo o erro.” Lição deixada pelo educador Içami Tiba Oftalmed Jonathan Lake do Hospital da Visão, embarcou rumo a Roraima no último dia 31. O especialista e voluntários brasileiros participam de uma expedição para prestar atendimento aos índios da região. A missão do bem vai durar 10 dias. Uma pena Depois de receber vários elogios sobre uma funcionária da biblioteca Rui Barbosa de Sobradinho busquei o nome da servidora para elogiá-la na coluna mas ainda não consegui. Atenção Sr. Ari Luiz Alves Tae, diretor do CEM 01. Ajude-me a promover os bons funcionários! Desânimo Por falar nisso, minha amiga designer e artista plástica Fátima Bueno tentou doar livros para escolas públicas e obteve respostas estarrecedoras: “Não temos estrutura física, nem bibliotecárias para organizar e atender os alunos.” Embate Por enquanto algumas tentativas de incentivar a leitura foram dadas por entusiastas na Asa Norte, com Luiz Amorim que teve que enfrentar os carroceiros que vendiam os livros a kilo. No Guará, Lucas Rafael se deparou com a ação de vândalos que queimaram as bibliotecas –geladeiras. Sugestão Aliás, o governador Rollemberg poderia entregar à população as estações da polícia que estão desativadas nas quadras, para que as prefeituras transformasse em bem comum. Não faz sentido ter postos policiais ociosos enquanto poderiam servir à educação da população. Parceria Empresários de Brasília precisam aparecer mais em atitudes positivas. Escolas buscam parceiros para patrocinar bibliotecas, oferecer prêmios literários, incentivar jornais e blogs de estudantes, oficinas de teatro e música que concretizem a Lei de Diretrizes e Base de Educação. Lá e cá Uma criança de 3 anos de idade recebe informações na escola sobre os símbolos nacionais. Escolhe a bandeira certa e balbucia o Hino Nacional. Isso em escolas da Europa. Aqui no Brasil, hino e bandeira só em jogos de futebol. País que não tem auto-estima, não é patriota. Que falta fazem as aulas de Moral e Cívica! Decepção Monumentos de Brasília e igrejas do interior levam mais ou menos o mesmo tempo para terminar reformas. Com a diferença que os monumentos candangos reformados duram no máximo 5 anos sem precisar de novas reformas. Os turistas estão decepcionados com tantos locais fechados.
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Humanidade fora do trilho Sem razão, o homem é bicho. De todas as mutilações possíveis contra o ser humano, talvez a mais prejudicial seja justamente a mutilação da razão. Eurípedes dizia que Deus primeiro enlouquece aqueles a quem destruir, o que em seu sentido mais amplo significa que ao fazê-los loucos, Deus já teria decretado o fim de sua criação antecipadamente. Tirando-lhes a razão, ceifou também o sentido da vida e da compreensão da natureza em volta. É cada vez mais comum, nos dias que se seguem, a afirmação de que a humanidade parece ter enlouquecido de vez. As imagens exibidas na última semana, mostrando um corpo inerte de um homem caído nos trilhos da linha férrea, na qual uma composição de trem de passageiros é orientada, com frieza, a passar por cima do cadáver, reforçam essa tese. São cenas que revelam e trazem consigo parte da explicação que confirma o grau de transtorno mental em que, sem perceber, nos encontramos mergulhados nos dias atuais. O desprezo pelo semelhante é o desprezo por nós mesmos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 400 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de transtornos mentais, sendo que entre 75% e 85% dessas pessoas não têm acesso a tratamento adequado. No Brasil, as estimativas são de que aproximadamente 24 milhões de pessoas apresentam doenças e transtornos mentais. Dessas, cerca de 5 milhões, apresentam transtornos em níveis que vão de moderado a grave. Na avaliação da ONU, o acesso precário ao tratamento adequado eleva ainda mais o problema. Entre nós, a preocupação do Estado com o problema é recente. A chamada Reforma Psiquiátrica, acabando com os manicômios ou “depósitos de doentes” , data de 2001. A partir daí começou-se a dar uma nova perspectiva de tratamento com enfoque na valorização do ser humano, e na aceitação de que o transtorno mental, além de uma doença é também um problema social que requer um envolvimento de toda a sociedade, principalmente da família. No lugar dos antigos manicômios foram implantados os chamados Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), distribuídos em números insuficientes e desiguais pelo país, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Castigo dos deuses ou apenas um problema de saúde, no imenso leque que caracteriza se uma pessoa é ou não louca (já que visto bem de perto ninguém é normal) , o fato é que nossas ruas estão cada vez mais repletas de pessoas que precisam ser observadas com reservas. Isso vai acontecer enquanto não houver preocupação com nossos semelhantes. A frase que foi pronunciada: “Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?” Guimarães Rosa Hoje Cartas ao Poeta Dormindo. Organizado por Marcos Linhares, a coletânea dos escrivinhadores traz a beleza do sonho registrado por gente da cidade que admira João Cabral de Melo Neto. O lançamento da 2ª edição será hoje no Carpe Diem a partir das 18h30. Quem Além de Inez e Luis, filhos do poeta, na edição lançada amanhã os textos são de: Alessandra Pontes Roscoe, Denize Bacoccina ,Rudolfo Lago, Claudio Dantas Sequeira , Severino Francisco, Ronaldo Costa Fernandes ,Maurício Melo Júnior, Lília Diniz, Dora Galesso, Lucília Garcez, Sérgio Almeida e Edmílson Caminha. Marca Até o Avaaz, site originalmente estrangeiro que estimula petições populares está pedindo ajuda financeira. Por email, chega a correspondência com valores diferentes para doações. O site ativista que começou com três milhões de e-mails já domina uma base de 42 milhões de endereços eletrônicos. Provedor Aliás por falar em queda de portal o FatoOnline também está passando maus bocados com o provedor. Greve Tudo bem que as propinas sejam parceladas. Negócio sujo não tem que seguir a lei. Mas se os salários podem ser parcelados o trabalho também pode. A reclamação era dos funcionários públicos que tiveram proposta de receber aumento em parcelas. Legislação Até os britânicos estão se esbaldando em criticar o Brasil. A última do Financial Times diz que o Brasil passa de ‘motor’ a ‘homem doente’. É isso o que acontece quando os legisladores não primam em proteger a reputação das pessoas. Há países onde a lei é severa se alguém for acusado de algum crime se não tiverem provas antes de levar o fato a público. Está aí uma sugestão aos senadores. Liberdade de imprensa e democracia séria são irmãs.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Não se pode admitir, que ano e meio depois da inauguração da cidade, o SIA ainda esteja sem água, luz, esgotos e asfalto. As estradas estão péssimas, e todo o mundo tem que ter em casa: fossa, poço e gerador. (Publicado em 20/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA A sugestão ideal partiu do próprio dr. Afrânio: luz para o SIA de meia noite às cinco da tarde, para não sobrecarregar demais a iluminação da cidade. É uma solução de emergência, mas ideal para os que ali estão estabelecidos. (Publicado em 20/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Outra reivindicação do SIA: telefone. Como é impossível no momento, as firmas poderiam obter isenção da Comissão Técnica de Rádio para que utilizassem equipamento UHF e VHF para comunicação entre seus escritórios e oficinas. (Publicado em 20/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Relógio de ponto no Planalto. A decisão é do sr. João Braz, que está pondo muita ordem no Palácio. A portaria, também, melhorou, e muito. Pessoal atencioso e bem educado, dá todas as informações. (Publicado em 20/08/1961) HISTÓRIA DE BRASÍLIA Aliás, a portaria eficiente é trabalho do Maurílio Santos, antigo contínuo do general Dutra, ao tempo do ministério da guerra. Eleito presidente, o Marechal levou Maurílio para o Catete, e dali para o Planalto, onde presta eficiente serviço. (Publicado em 20/08/1961)
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Está passando à categoria de “tradicional”, o Hotel de Turismo. Com a inauguração do “Nacional”, no centro da cidade, O Palace Hotel passou a ser o hotel de repouso. Seus vastos salões são uma mensagem lúgubre de quem foi Rei e não é mais Majestade. (Publicado em 20/08/1961)
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Quando a inflação entra as portas se fecham Basta uma caminhada pelas principais ruas de comércio, em Brasília ou qualquer outra cidade do país, para se constatar os efeitos perversos da crise econômica sobre o terceiro setor. Em muitas cidades já é comum encontrar ruas e quarteirões inteiros repletos de lojas fechadas ou em vias encerramento das atividades. Galerias e Shoppings que esbanjavam charme com lojas diferentes e criativas hoje estampam placas de “aluga-se” ou “ passa-se o ponto”. A crise no comércio ceifa indiferentemente lojas de luxo e populares. Naqueles poucos estabelecimentos que ainda resistem aos ventos da falência crescente, os vendedores estão desocupados, sem ter a quem atender. O comércio varejista talvez seja o setor da economia que melhor retrata as consequências de um ciclo econômico que vai perdendo força de forma acelerada. Até agora o fechamento das lojas no DF tem custado o emprego de mais de dois mil trabalhadores e há perspectiva de que as coisas piorem e mais gente seja despedida. Para o Sindivarejista do DF aproximadamente mil e trezentos estabelecimentos fecharam as portas, numa média de mais de seis loja por dia. A Medida Provisória nº 8.479/2015 baixada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, criando o programa de Proteção ao Emprego (PPE), ainda ensaia os primeiros movimentos. Também a redução temporária (por doze meses ) na jornada de trabalho em até 30%, com a respectiva redução proporcional nos salários, ainda não surtiu os efeitos esperados e tem emperrados nas negociações nos sindicatos. As avenidas W3 Norte e Sul , que já vinham apresentando problemas de fluxo de comércio, são, dentro do Plano Piloto as que mais apresentam os sinais de decadência comercial. O abandono dessas importantes vias de comércio pelos empresários, devido aos preços do aluguel e ao fraco desempenho do setor, tem reflexos negativos diretos em outras áreas da economia, atingindo inclusive o turismo. Para quem visita a cidade e constata a realidade local com centenas de lojas fechadas, paredes pichadas, falta de iluminação, sujeira e falta de segurança, fica a lembrança de uma cidade decadente, como de resto esta a maioria das cidades brasileiras.
A frase que não foi pronunciada: “Leges bonae malis ex moribus procreantur.” Ditado que funcionava em Atenas. “Dos maus costumes nascem as boas leis.”
Respeito Antero Ferreira Lima está com a denúncia pronta contra bancos para entregar ao Ministério Público. O diretor da União dos aposentados e COBAP não obteve respostas às cartas enviadas à Febraban a Cooperativa Brasileira de Aposentados e Pensionaistas. Por isso resolveu seguir outro caminho em busca de uma solução. Acontece que há bancos que se recusam a atender idosos e os encaminham para lotéricas ou caixas eletrônicos. “Nós nos sentimos mais seguros dentro das agências. Isso precisa ser respeitado, doa a quem doer, disse o Sr. Antero.
Horta Diversas publicações da Embrapa dão as diretrizes de como se montar e manter uma horta. Para quem tem grande espaço ou não. Aí está uma leitura que vale a pena. Cebolinha, salsinha, manjericão e tomate cereja cabem em uma horta de apartamento. Leiam Horta em Pequenos Espaços.
Conquista Enfim o alvará de construção ampliando o Hospital da Criança no DF. O governador Rodrigo Rollemberg entregou o documento nas mãos de Deise Kusztra. A previsão para o início nas obras é no mês de agosto e o término é no próximo ano. Perigo Expostos à radiação profissionais e pacientes. Depois da matéria divulgada na imprensa sobre o risco que correm os profissionais de hospitais públicos sem proteção em exames radiológicos, leitores lembram que o próprio paciente em clínicas particulares precisam cobrar proteção para o pescoço quando vão fazer exame de mamografia
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Qualquer caminho serve para quem não tem rumo No livro Alice no País das Maravilhas ,de Lewis Carrol, escrito há 150 anos, talvez esteja uma pista que revele aos brasileiros a situação em que se encontra hoje a atual ocupante do Poder Executivo e por extensão, o próprio país. Alice cai em um buraco no jardim, numa metáfora em que sugere que “ela caiu em si mesma”. No mundo fantástico em que passa a atuar , a personagem se depara com um gato sobre uma árvore. Aturdida com a nova realidade e sem saber para que lado deve seguir , pergunta ao gato: Para onde vai essa estrada? – O gato responde com uma pergunta: Para onde você quer ir? – Alice confessa: estou perdida. Então o gato arremata: Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve. A cada plano que lança, com pompa e circunstância, guiada apenas pelo receituário contido na cartilha do marketing mágico, a presidente vai mostrando à um país boquiaberto que não sabe como sair do país das maravilhas que ergueu para si e no qual contribuíram todos aqueles que ela ainda crê serem seus amigos fraternos de jornada. Pode ser que dessa ficção em que mergulhamos todos de cabeça, venha à tona uma lição prática, que ensine à uma nação ainda aprendiz nas artes da democracia, que o modelo imperial de presidência, perdulário e arrogante, não serve mais para um país que anseia a modernidade. Muito menos serve o outro modelo de governo de coalisão, onde todos querem, a qualquer custo, apenas o bônus ou a parte boa da maçã. Economistas são unânimes quando declaram que o país adentrou naquele terreno pantanoso da economia denominado déficit estrutural que seria , mais ou menos parecido quando um corpo perde sua ossatura e sustentação, resultando daí num organismo incapaz de se por de pé. Na distância que separa o país criado pela imaginação de nossa Alice e a realidade das ruas que se avoluma, talvez esteja o caminho que leve de volta ao Brasil que nos pertence de fato e de direito.
A frase que foi pronunciada:
“Nós aqui sabemos o que deveríamos ter feito ontem, e sabemos o que devemos fazer amanhã, mas nunca sabemos o que devemos fazer hoje.” Lewis Carroll em Alice no país das maravilhas
Partida Vadim Arsky se despede dos colegas da Universidade de Brasília e da cidade. Parte para pós doutorado na Flórida em agosto. É bom que saiba que fez falta na festa da Embaixada da França.
Dos melhores Por falar em música, em Fortaleza aconteceu o CVII Festival Eleazar de Carvalho. Com a direção artística de Sonia Muniz de Carvalho os concertos foram franqueados ao público. Belo programa para se organizar e participar em 2016.
Honra ao Mérito Lá estava um quadro em homenagem a Maria Augusta Erich de Menezes. Maria do Barro foi uma das pessoas que mais trabalhou pelos marginalizados do DF. Sem apego algum, nunca deu nada de graça. Quem queria tijolo fazia telha. Quem queria dinheiro ajudava com a horta comunitária. Até hoje um pedacinho do seu trabalho sobrevive em Planaltina DF e na Barrolândia. Há que se registrar que Weslyan Roriz foi sua amiga até os últimos momentos.
Golpe livre Inmetro tem que se fazer mais presente para inibir o golpe da indústria. Apesar dos preços subirem os produtos estão definhando. Outro dia a amiga Maria Lucia Simões mostrou uma caixa de bombons Garoto ilustrada internamente com chocolates enormes e os filhotinhos soltos. Além disso, sabores estranhos reforçaram o sentimento de estar sendo trapaceada.
Por todo lado Está programado para 3 de setembro um projeto que vai aproveitar embalagens para divulgar a arte de Brasília. Sacos de pão seriam o primeiro passo. Há tempos a Kibon teve um projeto similar que espalhou grandes pintores nos armários da cozinha. Cadernos também têm sido usado com sucesso como veículo de divulgação de arte.