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com Circe Cunha e Mamfil
Não tem saída: enquanto perdurarem os aumentos seguidos nos preços dos combustíveis, sobretudo do diesel, que alimenta as frotas de caminhões nas estradas, os preços dos alimentos nas gôndolas dos supermercados continuarão em ascensão acelerada.
Se formos somar a esse fenômeno perverso os constantes aumentos de impostos ordenados por um governo, que parece ter perdido completamente as rédeas da economia, aí sim é que a elevação dos preços ao consumidor vai seguir em direção ao céu. Neste momento, que parece anteceder a mais um ciclo inflacionário de longa duração, os economistas, de modo geral, começam a suspeitar também dos números oficiais apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –IBGE, o que pode significar um motivo a mais de preocupação para a população. Sem referências corretas e sem dados confiáveis, resta aos brasileiros reativar o Data dona-de-casa, que em outros momentos de inflação serviu, muito bem, para que a população se mantivesse em estado de alerta permanente, pesquisando preços, optando por atacadistas, substituindo produtos por outros similares e adotando toda uma estratégia para defender suas finanças.
Da porta de casa para fora, os brasileiros sabem que só podem contar com pouquíssimas pessoas, assim mesmo não de modo total. Em períodos de crise econômica que se avizinham, a melhor tática é desconfiar de todos, sobretudo do governo e de seus agentes e de suas políticas ilusórias. Em tempos assim, muitos chegam a fazer o oposto do que recomendam as autoridades, estocando alimentos, poupando em dólar ou o que for, desde que não fiquem amarradas as condições impostas pelos governantes.
Não existe, até hoje, instituto de pesquisa ou de estatística mais fiel do que observar in loco os preços dos produtos, sejam em supermercados, feiras, depósitos ou outros onde os produtos ficam ao alcance da vista dos consumidores. Os empresários também conhecem na pele os efeitos provocados por um governo sedento de impostos e taxações. Contra isso também fazem o que podem para não verem reduzidos suas margens de lucro.
Não são poucas as empresas que desde o início desse ano fecharam as portas devido as condições impostas pela política econômica do governo. Os que permanecem fazem o que podem para não sucumbir, aumentando os preços ou mesmo reduzindo o volume dos produtos ou simplificando as formas de apresentação do mesmo. Tudo vale a pena se a política econômica é pequena.
A situação parece ter entrado num ciclo tão melindroso que para a acompanhar a atual realidade foi criado um neologismo, o reduflação. Trata-se de um fenômeno em que os produtos e mercadorias expostos aos consumidores nas gôndolas no comércio, mantém seus preços ou sofrem uma variação para cima, sendo que o volume desses mesmos s produtos ofertados diminuem ou encolhem de tamanho.
A continuar nessa toada chegará o dia em que um pacote de biscoitos conterá apenas uma ou duas unidades por embalagem, mesmo assim ao preço de um pacote grande. Como disse certa vez um jornalista estrangeiro em visita de trabalho ao Brasil: Bem-vindo à selva.
A frase que foi pronunciada:
“Grande parte da inflação é autoconstruída, está na cabeça da gente.”
Presidente da Argentina, Alberto Fernandez
Atividades
Sempre foi grande a demanda da população na conservação dos equipamentos esportivos e dos parquinhos infantis. O GDF começou as reformas e novas construções de parquinhos em todas as regiões administrativas. O esporte e a música são duas portas para salvar as crianças em situação de vulnerabilidade.
Tchau
Quem mora no ParkWay e optou por telefone fixo da Oi está passando apuros. A linha não funciona, as reclamações são recebidas mas o problema não é resolvido.
Ronda
Por falar em ParkWay aquela região precisa de um policiamento mais ostensivo. O índice de assaltos e agora estupros, têm alarmado os moradores.
História de Brasília
Com esta medida, a Justiça recebe o apoio de tôda a cidade, e, particularmente, do comércio de Brasília. A valorização do uso de cheque tem que ser defendida, e a sua moralização é necessária. (Publicada em 24.03.1962)