Educação menor para futuros maiores

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Num futuro, não tão distante, historiadores vão se deparar com  documentos oficiais e chegarão a conclusão absurda de que nossa geração deixou descritas nesses papeis, a narrativa que traça parte de nossos esforços vãos para tentar deter o rompimento de uma enorme barragem com a utilização de esparadrapos.

         ´Todos sabem e as autoridades mais ainda, que a construção de novos e moderníssimos presídios ou de Unidades de Internação, resolve a questão apenas na ponta final da linha, deixando as razões do problema intocável e sem solução. Dessa forma e diante de uma questão que diz muito sobre o futuro e a segurança de todos nós, não podemos persistir na elaboração dessas ações como se estivéssemos delineando soluções num livro de areia à beira mar, sujeito à ação das ondas e dos ventos e tendo que reescrevê-lo indefinidamente.

         Uma observação por cima dos muros dessas prisões, pode revelar alguns indícios que nos levem a identificar de onde vem e por que chegam cada vez mais pessoas para serem detidas nessas unidades.

         Quando finalmente forem erguidas todas essas unidades, com os custos que cada uma delas tem para a sociedade, outras sete serão precisas por de pé para seguir o ritmo da demanda que não para de crescer. Nessa toada, chegará o momento em que cada bairro necessitará de não uma unidade prisional, mas de duas ou três para abrigar infratores de idades cada vez menores.

         Os próprios promotores de justiça, responsáveis pelas Medidas Socioeducativas (Premse) reconhecem que “ a construção das unidades é essencial para evitar a superlotação em face do aumento anual do número de adolescentes envolvidos com a prática de atos infracionais graves.”          Essas novas unidades, dizem, são indispensáveis para a “preservação dos direitos fundamentais dos adolescentes e jovens”. Talvez esteja escondida nessa frase uma das causas do aumento dessas populações de internados.

          Nesses documentos que ficarão para o futuro as palavras obrigações ou deveres, que deveriam ser impostos à esses novos albergados desde o início. Um aspecto que chama a atenção para o nosso país e que o difere muito das nações do primeiro mundo. O tratamento que damos aos nossos menores de idade, principalmente nossas crianças. Quem visita alguns desses países, logo observa que é extremamente raro observar nessas localidades crianças andando sozinhas, sem a presença de adultos, mesmo quando em companhia de responsável, é raro encontrar crianças perambulando fora do horário das aulas.

          Nessas localidades quando as autoridades se deparam com crianças andando soltas, imediatamente os pais ou responsáveis ou mesmo a escola são notificadas e a situação é devidamente verificada. Casos de descuido com menores não são aceitos sob qualquer hipótese, sendo os responsáveis inqueridos pela justiça.

         O zelo com essa parcela da sociedade, que afinal será a sociedade futura, se explica e se justifica plenamente. Não há tergiversações de qualquer tipo, sendo que as penalidades para os responsáveis são pesadas e aplicada de imediato, inclusive retirando a guarda desse menor.

A frase que foi pronunciada:

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês a minha carga e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração e vocês encontrarão descanso interior. Pois a minha carga é suave e leve.”

Jesus Cristo

Desapareceu

O motorista da empresa São José, Cleuton Batista de Souza entrou mais cedo no trabalho, bateu o ponto às 23h30 e não foi mais visto. Uma semana sem notícias. A família clama por socorro.

Ambiente

Na W3 Norte, a McDonald’s instalou um centro de compostagem com o carimbo de empresa sustentável. 

Salvou

Bela iluminação a da Torre de TV. Com a Esplanada sem luzes natalinas, a Torre roubou a cena. Ponto para o BRB.

História de Brasília

Um engenheiro da Capua & Capua explicando o que houve no Bloco 29 da Asa Norte: “Realmente, a estrutura de concreto tendo sofrido movimentos clássicos não foi acompanhada pelos tijolos, criando, durante a deformação do concreto armado tensões internas à tração, que cresceram à proporção que aumentavam as deformações elásticas estruturais”. Entenderam? Nós também. (Publicada em 16/02/1962)

                 A crise entrou de férias

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                    Passadas as festas de fim de ano, 2022, que já se anuncia no horizonte, promete ser um tempo de grandes expectativas para o país e para os brasileiros. As mudanças que o país necessitava, para ao menos, se ver livre dos muitos problemas enfrentados ao longo de 2021, simplesmente não foram realizadas e, sequer foram alinhavadas para o ano que começa. Não há, até o momento, evidência alguma de que os assuntos de Estado, de vital importância a vida do cidadão e da sociedade, tenham sido tratados ou equacionados quer pelo Executivo ou pelo Legislativo. Com isso, o que temos pela frente são incertezas e um acúmulo de questões que vão se juntando e que acabarão agora misturadas às eleições ou diluídas em infindáveis debates e discussões políticas frívolas e sem resultados práticos. A pandemia embrulhou todas essas questões num volumoso pacote de fim de ano e esse parece jazer esquecido bem no meio da Praça dos Três Poderes, debaixo da chuva e sob o olhar indiferente das autoridades. As únicas providências que parecem existir, para esse novo ano, se resumem na movimentação das campanhas, um tema que interessa, sobremaneira, apenas aos candidatos, todos de olhos postos nos futuros mandatos.

         É nesse ponto que as coisas começam a fazer algum sentido para o cidadão desperto. Não existe, de fato, um Estado brasileiro, no sentido moderno do termo ou que possua sequer, algum sentido conceitual ou prático dentro do que se entende por ciência política. O que há é um arranjo improvisado, distante das premissas de República, feito por indivíduos que encontram no controle da máquina do Estado, benefícios para si e para seu grupo no entorno.

         Para tanto exercem esse domínio, distribuindo os encargos que esse controle gera para o restante da população sobre a forma de impostos, tributos e outras taxações. As crises institucionais cíclicas, decorrentes desse arranjo, são todas elas oriundas de conflitos internos entre os controladores da máquina do Estado, e não dizem respeito ao cidadão comum, que permanece à margem de todo esse processo.

         No Brasil o agravante dessa disformia de governo decorre do fato de que todo esse arranjo, feito sob a falsa fantasia de eleições e outros mecanismos da democracia, que empresta a esse processo um pálido verniz de legalidade e constitucionalidade, é feito sob critérios de compadrismo, semelhante ao que apontava Sérgio Buarque de Holanda em “Raízes do Brasil”, quando criou conceito de homem cordial.

          O que presenciamos nesse governo com mais nitidez e em outros passados, com maior ou menor grau, é essa constante em fazer da máquina pública do Estado, uma instância a prover diretamente os indivíduos que a controlam e que professam o mesmo credo ou possuem laços sanguíneos ou ideológicos. Ao restante, as leis e o jugo de instâncias como a Receita Federal, e outros órgãos de controle do Estado.

         Em linhas gerais é o que existe e que é causa e consequência de tudo o aflige o país. Com a chegada das festas de fim de ano, se é que existe razões para se falar em festas, pelo menos existe a perspectiva de que o grosso das chamadas autoridades estão em recesso prolongado longe do poder. Tal fato pode ser encarado como um algo animador, já que se constata nesse período, que a “crise” entrou de férias e viajou para bem longe da capital.

A frase que foi pronunciada:

“Eis a Brasília que eu recordo agora/Esta que quando a conheci estava em plena gestação ainda(…)/ Nasceu cantando para mim/Mas se faltava letra eu escrevi/Esta história de amor que jamais terá fim”

Declaração de Geraldo Vasconcelos à Brasília, resgatada pelo ex-senador Valmir Campelo

Mais barato

Não que seja uma novidade, mas as casas pré projetadas e fabricadas estão deixando os canteiros de obras vazios e as fábricas bastante movimentadas. Por ser uma forma mais barata tanto para quem compra quanto para quem produz, a construção off-site está voltando. Países desenvolvidos adotaram a nova engenharia e arquitetura repaginando os edifícios modulares.

Esforço

Por cima de todas as críticas recebidas no início da gestão, a Neo Energia está se aproximando da população abrindo novos pontos para atendimento presencial. Paranoá, Planaltina e São Sebastião e agora Taguatinga e Samambaia.

Novo ano

Nosso muito obrigada ao Mamfil, Manoel Andrade, nosso colaborador nessa coluna, Bruna Madureira, que nos auxilia nas Redes Sociais e principalmente a cada um dos nossos leitores que carinhosamente, sempre lembrando a memória de Ari Cunha, nos incentivaram a prosseguir mantendo o nome do filósofo de Mondubim na memória da cidade, que ajudou a construir. Os nossos sinceros agradecimentos.

História de Brasília

Mais uma para os inimigos de Brasília: os testes para o funcionamento da Estação de Tratamento de Esgotos têm sido excelentes, e até 21 de abril estará funcionando plenamente. (Publicada em 16/02/1962)

                                      Prerrogativa para os poderosos

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Prerrogativas que o dicionário define como vantagem ou privilégio que algumas pessoas detêm por pertencer a determinado grupo, é também o nome escolhido para batizar um coletivo, formado por advogados brasileiros cujo o ponto comum a uni-los pode ser resumido no combate a Operação Lava Jato e tudo o que ela representou, num dado momento, para a população brasileira.

Para tanto elegeram como alvo predileto o ex-Juiz Sérgio Moro bem como todos os procuradores que compuseram essa exitosa investigação. Utilizam da figura jurídica representada pela defesa do Estado Democrático de Direito, um conceito com vastíssimo significado, dependendo de que lado do balcão se está, para, numa interação direta com os próprios ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), montarem toda uma estratégia no melhor estilo chicana jurídica e assim ir desmontando uma a uma todas as acusações e condenações imputadas aos seus poderosos clientes.

Trata-se aqui de um grupo poderoso, formado por advogados dos mais caros escritórios de advocacia do país, casuísticos que não estão ao alcance do brasileiro comum, já que cobram milhões de reais por uma simples causa junto aos tribunais. A prerrogativa forma, na verdade um clube de advogados que tiraram a sorte grande ao aceitar como clientes os mais ricos e poderosos criminosos do colarinho branco, formado por empresários e políticos de grosso calibre.

Uma gente com dinheiro de sobra para constituir as mais caras bancas de defensores do país. Prerrogativa forma assim uma espécie de associação dos defensores da elite corrupta que por décadas vem dilapidando esse país. O que esses senhores, metidos nos mais caros ternos do mercado, apreciadores de vinho estrelados e de charutos de marca exclusiva, recebem como honorários por defender esses ladravazes da nação, é exatamente o mesmo dinheiro retirado e lavado por seus clientes. Uma gente que organizou a maior e mais bem aparelhada quadrilha de todos os tempos para assaltar os cofres públicos e que foi devidamente identificada pela Operação Lava Jato, graças ao trabalho de profissionais sérios como ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores de Curitiba. São, portanto, honorários que tem sua origem em fonte suja e manchada com a tinta indelével do crime de corrupção.

É, portanto, dinheiro sujo. Dinheiro retirado de hospitais e escolas e que, acabaram por contribuir para o aumento no número de mortes durante a pandemia. O que  Prerrogativa defende , claramente , é a continuação da dilapidação dos recursos públicos por seus clientes, transformando todos eles em almas puras e inocentes, perseguidas maldosamente por juízes implacáveis , transformados em carrascos.

É a inversão descarada dos valores da ética pública, condenando inocentes e livrando criminosos. Malfeitores que foram apanhados com a mão na cumbuca, num processo limpo, com ampla defesa e recursos infinitos. O que esse grupo realiza, na verdade é um trabalho de meio de campo, organizando a defesa de seus clientes com base naquilo que são orientados pelos ministros do supremo.

Dessa dobradinha resulta, que a posição de artilheiro final fica a cargo do próprio ministro que só tem o trabalho de chutar para o gol , anulando todo o processo. Não é por outra razão que esses advogados circulam constantemente e com desenvoltura pelos corredores do supremo, escutando e fazendo consultas em gabinetes diversos.

Há tanta descontração e interação entre ministros e esses abastados advogados, que não raro alguns são flagrados passeando de bermuda pelas dependências da corte. Estão todos em casa, irmanados na missão de salvar gente como ex-presidente Lula, alma mais honesta desse país.

Não é por outra razão que esse mesmo grupo, comemorou agora em jantar festivo a formação da chapa Lula-Alckmin em São Paulo. Na oportunidade o ex-presidente foi presenteado com uma beca de advogado, simbolizando bem de que lado está a defesa da Justiça, quando o cliente pode bancar altos honorários.

Sobral Pinto, para quem o advogado deve antes, de qualquer ação, se certificar que a justiça e a lei a estão ao lado de seu cliente, deve estar muito desgostoso de seus pares atuais.

 

A frase que foi pronunciada:

“Eis a Brasília que eu recordo agora/Esta que quando a conheci estava em plena gestação ainda(…)/ Nasceu cantando para mim/Mas se faltava letra eu escrevi/Esta história de amor que jamais terá fim”

Declaração de Geraldo Vasconcelos à Brasília, resgatada por Valmir Campelo

 

Ambiente

Na W3 Norte, a McDonald’s instalou um centro de compostagem com o carimbo de empresa sustentável.

Salvou

Bela iluminação a da Torre de TV. Com a Esplanada sem luzes natalinas, a Torre roubou a cena. Ponto para o BRB.

É uma judiação com os idosos que estão presos em casa há dois anos, ligar a TV ou abrir os jornais e se depararem com tanta violência.

 

 

História de Brasília

Vale lembrar, no caso, que os funcionários da Novacap que compraram as casas do mesmo tipo pagam, por mês, Cr$ 14.195,00 de prestação. (Publicada em 16/02/1962)

Longe da democracia e perto dos partidos

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Quando aqueles, a quem a leis lhes atribuem o poder de legislar, exercem essa faculdade, não para o bem coletivo, mas em próprio proveito e disso se servem até para enriquecer, o que pode restar a população, que a tudo observa, com olhar manso de um bovino, é sujeitar-se a esses desmandos, colhendo os restos que cai da mesa farta desses pantagruélicos políticos.

Uma outra alternativa, mais eficaz, está na tomada de firme posição, pela parte mais esclarecida da população e que não mais tolera a condição de cidadão explorado e ludibriado por uma elite política que é a razão e causa perpétua da maioria dos problemas nacionais, desde que eles existem. Como a verdadeira reforma política não veio e jamais virá pelas mãos daqueles que com essas mudanças perderiam, de vez, suas sinecuras, governichos e prebendas, é preciso ir fazendo valer a vontade da razão e da ética, por meio de iniciativas, que costurem pelas beiradas, um conjunto de ações capaz de alterar o status quo vigente, dando novos significados a regras e ordenamentos sem que isso ofenda a letra da Constituição.

De certo modo é o que vamos observando, de forma ainda tímida no cenário nacional. Lançamentos de pré candidaturas avulsas, para diversos cargos nas eleições de 2022, todas elas desvinculadas de legendas partidárias, são anunciadas aqui e ali, sem muito alarde e mesmo sem muito apoio da mídia tradicional. O fato é que existe uma forte vontade latente em muitos nichos da sociedade brasileira, para que candidatos desvinculados de partidos políticos se lancem nas disputas.

As razões que levam a iniciativas isoladas desse tipo são inúmeras e todas elas consistentes e racionais. Dado o grau de degeneração que tomou conta das legendas nacionais, todas elas transformadas em empresas com patrões e donos, todos eles peritos profissionais em obter vantagens do Erário público fica fácil entender as razões que levam postulantes a se lançarem em campanhas de modo solo. Ainda que essa possibilidade seja vetada pelo ordenamento jurídico do Tribunal Superior Eleitoral em consonância com que espertamente decidiu o próprio Congresso por meio da Lei nº 13.488/2017, atraindo essa matéria diretamente para uma espécie de monopólio odioso dos partidos, há, de fato, um anseio dos eleitores, por mudanças desse modelo.

Mesmo o cidadão comum já começa a desconfiar que uma democracia em que cabe apenas aos seus proprietários o direito de indicar quem eles querem vem no comando da máquina pública, principalmente dentro do Legislativo e do Executivo, não pode ser grande coisa. As crises cíclicas provam que a população tem razão em desconfiar desse modelo. Porquanto tenha se transformado em ponto passivo, para as instituições do Estado, essa questão está longe de ser consenso para o grosso da população.

Sem uma reforma partidária que acabe com o monopólio dos partidos sobre todo o processo eleitoral, o que se tem é um modelo pré fabricado que não atende ao cidadão e muito menos ao Estado Democrático de Direito, conforme desenhado pela Constituição de 1988. A questão é saber até quando um modelo como esse que aí está, irrigado com cada vez mais dinheiro público, irá funcionar sem antes levar a um esgarçamento violento entre a população e as instituições.

Outro ponto tão importante quanto a libertação dos candidatos do monopólio interesseiro dos partidos , diz respeito ao próprio enxugamento no número de legendas, reduzindo as mais de três dezenas de agremiações, que nem programas partidários consistentes apresentam, em apenas quatro ou cinco siglas com assento no Congresso. Nessas eleições, que já fervilham nos bastidores, muito antes da largada oficial, o que se verifica é a formação de verdadeiras aglutinações ou federações de partidos, concentrando legendas tanto da direita e da esquerda, como de centro, cada grupo empenhado numa candidatura específica.

Se tal fenômeno pode ocorrer em tempos de eleição, pode ocorrer também fora delas, o que prova a tese de que enxugar o número dos partidos, para quatro ou cinco é não só possível como viável. O que os eleitores desejam, é um Congresso com poucos partidos, todos eles com clareza ideológica e programática, capaz de possuir uma genuína ligação com os cidadãos, de preferência turbinado com recursos oriundos dos próprios filiados.

O que o eleitor deseja, há décadas, são legendas representadas por indivíduos probos e, portanto, isentos de processo por corrupção e outros malfeitos. As atuais federações de partidos, que hoje se organizam para as eleições de 2022, poderiam, se houvesse alguma racionalidade e vontade de aperfeiçoamento de nossa democracia, se constituir em partidos políticos permanentes dentro do Parlamento, reunindo forças da direita, esquerda, centro direita e centro esquerda, num esquema partidário moderno e totalmente voltado para a defesa do bem público.

Enquanto a população permitir que a atividade política e empresarial sejam a mesma coisa, com políticos aparecendo rotineiramente nas páginas policiais, o nosso modelo de democracia permanecerá como está, confeccionado para o enriquecimento de grupos, dentro e fora da máquina do Estado, obrigando o eleitor a bancar um esquema viciado e corrompido desde sua origem e que passa longe de qualquer coisa que se assemelhe à uma verdadeira democracia.

A frase que foi pronunciada:

 

“Nossos filhos devem aprender a estrutura geral de seu governo e então eles devem saber onde eles entram em contato com o governo, onde isso afeta seu dia a dia e onde sua influência é exercida sobre o governo. Não deve ser uma coisa distante, alguém outros assuntos, mas eles devem ver como cada engrenagem na roda de uma democracia é importante e tem sua parcela de responsabilidade pelo bom funcionamento de toda a máquina. ”

Eleanor Roosevelt

 

História de Brasília

Os funcionários da Câmara que residem nas casas da Caixa Econômica receberam a informação de que apartir de julho do próximo ano passarão a pagar Cr$ 22.600,00 de aluguel, sendo que, atualmente pagam oito mil cruzeiros. (Publicada em 16/02/1962)

 

 

 

 

Pesadelo anunciado

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“João amava Teresa que amava Raimundo/ que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/ que não amava ninguém.” Transportando o texto de Carlos Drumond de Andrade para vida árida e sem poesia da política nacional, numa exercício de paráfrase teríamos mais ou menos a seguinte sentença: Lula elegeu Bolsonaro que elegeu Lula que elegeu os militares que não mais elegeram ninguém.

Tal é o que parece estar se desenhando no horizonte do país, com as eleições de 2022 para desespero dos brasileiros de bem. Não há poesia possível, capaz de trazer um naco sequer de luz quando o que está em cena é o breu da política nacional e principalmente de seus protagonistas. O resultado da radicalização e do nonsense que tomou conta da política em nosso país desde o final do século passado, , sinaliza que o final dessa história irá conduzirmos de volto ao beco sem saída da irracionalidade.

Um beco escuro que já conhecemos no passado e para o qual fomos empurrados à força por obra e graça do comportamento arrivista da nossa classe política. O consenso como saída para essa e outras crise, não existe, por conta também do egoísmo que faz com que nossas lideranças políticas sejam incapazes de tirar os olhos do próprio umbigo.

A fórmula do quanto pior, melhor para o adversário, é sempre construída com o sacrifício dos cidadãos e do país. A população, que a tudo assiste entre atônita, passiva e temerosa, não tem a quem recorrer. Nem Congresso, nem tribunal algum pode socorrer ou sequer demonstra interesse em acudir o gado marcado à caminho do frigorífico.

A população lúcida, espera pelo pior, como quem espera por seu algoz. De algum lado dessa estrada bifurcada, como o chifre de um bode, ele virá. Na verdade, como no poema de Carlos Drumond de Andrade, a Quadrilha, nenhum dos personagens, que hoje se apresentam para, mais uma vez, pedir a mão da nação em casamento, ruma para esse matrimônio levado pelas asas do cupido ou por quaisquer outros nobres sentimentos.      Buscam essa celebração não como quem busca a harmonia e o bem de alguém ou de algo. Estão a caminho do altar da eleição, movidos apenas por propósitos cegos que nem a Deus confessam. As alternativas à essa espera do Godot nefasto são escassas e podendo acontecer, caso tudo isso não passe de um sonho turbulento, numa noite de febre alta. A alternativa então viria com o despertar uníssono dos eleitores, pondo um fim ao pesadelo anunciado.

A frase que foi anunciada:

“Todas as vezes que venho à Brasília vejo que essa cidade, realmente, fica mais perto do céu.”

Nívea Melina Madureira Yamim

 

Encrenca

Começam as mobilizações por reajuste salarial. Não é para menos. No supermercado o aumento de preço foi desproporcional nos últimos 3 meses. A gasolina nos últimos 6 meses dobrou o valor. O fato de estarmos em ano de eleições não fez os preços baixarem, o que seria muito melhor que aumento salarial.

 

Reconhecimento

Ao postar uma foto nas mídias sociais de quando governava Fernando de Noronha, Fernando Cesar Mesquita pode ver como é querido. Sua competência, educação e o jeito de administrar falando a verdade cativou muitos, por onde passou.

 

Alquimia

Quem busca na Internet o debate entre Geraldo Alckmin e Lula não acredita que possam trabalhar juntos. Aquele Geraldinho de Pindamonhangaba não é mais o mesmo. Ou era um alguém vestido de outro.

 

Palha

Não dá para compreender como um restaurante recebe autorização para funcionar tendo palha no ambiente. Não é o primeiro que incendeia nessas condições. Ninguém foi ferido. O que parece ser mais uma oportunidade para evitar novas tragédias. A inspeção na Casa Maaya falhou.

 

Obrigada, dona Weslian

Nem todo mundo sabe, mas foi a figura ingênua e simples da dona Weslian Roriz que deu início à entrada de mulheres no Corpo de Bombeiros. Ao participar de uma solenidade quis saber de Joaquim, onde estavam as mulheres. No concurso seguinte já estava admitida a força feminina na corporação.

 

Martírio

Uma viagem de ônibus entre Juiz de Fora e Brasília dura mais de 15 horas. O ônibus para em vários lugares na estrada, inclusive de madrugada, o que deixa os passageiros apavorados. Quando teremos um governo que empenhará os impostos em trens para percorrer esse país com segurança e baixo preço?

 

História de Brasília

As escolas do Plano Pilôto serão mesmo cercadas de arame. Cai por terra o plano de cercá-las de jardins, mas o povo é mal educado demais, e, não encontrando cêrca, invade os prédios para danificá-los e roubar.

(Publicada em 16/02/1962)

 

Tenha fé no jogo

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“Fazer uma fezinha”, que no jargão dos apostadores significa simplesmente apostar num determinado jogo de azar, agora pode ser interpretado também como ter fé na bancada evangélica, pois com ela o retorno dos cassinos ao país será garantido, mesmo que isso vá totalmente contra os preceitos contidos no Livro Sagrado que esses políticos celestes juram conhecer em profundidade.

Numa frase resumida, poderíamos afirmar, sem medo de errar, que o que se viu na noite dessa quinta-feira na Câmara dos Deputados, com a aprovação dupla da isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para os templos religiosos, e da aprovação do regime de urgência, para a tramitação do projeto de lei que permite o retorno dos cassinos e dos bingos ao país foi, uma manobra digna da mais clara manifestação de hipocrisia já vista nos últimos tempos.

Desde que assumiu a presidência da Casa Arthur Lira, por sua ações, não consegue esconder de ninguém que tem, entre suas metas políticas, a aprovação total das atividades dos cassinos e dos bingos em todo o país. Os reais , e talvez inconfessáveis, interesses que estariam por trás dessa manobra, ainda não estão bem claros para muita gente. Sobretudo para a grande maioria dos cidadãos de bem desse país que que já sabem, de antemão, que essa volta à um passado, que não mais existe e que não tem sentido algum agora, trará, à tiracolo, um conjunto de outros malefícios a serem incorporados à um país, já mundialmente famoso pela violência e pelo poderio, sem limites, do crime organizado.

Já se sabe também que esse poderio adquirido pelo crime organizado, que comanda largas parcelas do território urbano, ao mesmo tempo em que compra por suborno, a proteção de policiais e outros altos figurões da República, para que aplaine suas atividades dentro e fora dos presídios, vai estendendo seus braços por dentro do campo político, financiando candidaturas e se opondo à outras contrárias aos seus desígnios.

A possível aprovação dos cassinos e bingos, que agora ganha outro patamar, com a tramitação de urgência, um expediente que deveria ser usado apenas para casos de grande interesse nacional, servirá, como já foi, aqui mesmo dito, para financiar, em larga escala o crime organizado e todos aqueles que vivem sob sua sombra.

O que se estranha, se é que isso ainda é possível nesse país surreal, é que a bancada evangélica, também conhecida como bancada da Bíblia, que sempre se pronunciou, da boca para fora, contra a jogatina, e conforme está contido no Livro Sagrado, tenha se aliado àqueles que sempre desejaram a volta dos chamados “Palácios do Azar”. Nesses estabelecimentos, transformados em verdadeiras agências bancárias do crime, onde o dinheiro de outras atividades ilegais será imediatamente branqueado, a sorte fica apenas com os malfeitores e todos aqueles que se beneficiam com essa atividade.

Para um país imerso em problemas sociais, econômicos e políticos, gravíssimos, e que nos coloca na rabeira e nos subúrbios do mundo civilizado, a volta dos cassinos, acrescenta o que poderá ser a gota d’água para o transbordamento da nação. Mesmo em países como os Estados Unidos, onde a lei existe e é cumprida, existem problemas sérios envolvendo os cassinos e sua manipulação por máfias especializadas. Aqui, onde os órgãos de fiscalização, funcionam à nossa imagem e semelhança, a chegada dos cassinos será uma festa.

O pior é que amanhã, quando tudo estiver perdido, os responsáveis por essas manobras nefastas, já não poderão ser mais punidos, ficando a conta da banca, nas costas dos brasileiros, que tudo permitem.

 

A frase que foi pronunciada:

 

“Eu vou lá quando eu quiser. Essa CPI é minha. Tem o meu nome. E eu vou ser solto.”

Carlos Cachoeira

 

Turista

Russa em passeio na capital ficou encantada com o número de árvores frutíferas ao longo do Eixão. Alguns moradores plantam, mas sempre iremos lembrar do plantador de árvores de Brasília: Osanan Coelho

 

Sem auditoria

No bar do Luiz no Lago Norte colocaram tudo em uma sacola só. O resultado dessas pesquisas de opinião sobre o próximo presidente e a urna eletrônica.

 

Prepare seu coração

Parece que no aeroporto de Brasília o STF não mandou bem. Avião do México chegou e muitos passageiros não mostraram o passaporte de vacinação.

 

História de Brasília

E DCT é desorganização muito antiga para corrigir com duas penadas. Um telegrama, por exemplo, é recebido com recibo, transmitido com recibo, arquivado na origem com recibo, arquivado no destino com recibo, e depois de tôda essa precaução, é entregue a um menino, muitas vezes irresponsável, para a entrega ao destinatário. (Publicada em 16/02/1962)

O grande circo Brasil

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Das operações do intelecto capazes de definir e distinguir o falso do verdadeiro, a lógica é, seguramente a mais importante das funções humanas . Mesmo assim, essa é uma função pouco ou nada usada quando o assunto é política nacional na condução do Estado. É nesse ponto que reside a nossa grande diferença em relação aos demais países do mundo civilizado.

A lógica se liga à verdade, quando demonstra satisfazer as duras exigências da ética humana. A falta de lógica em nosso modelo político de gestão do Estado, demonstra que não há verdade naquilo que é feito. Com isso fica a premissa de que nosso Estado é uma entidade falsa. O que se tem é uma fachada cênica. Por detrás movem-se os eleitos políticos, numa encenação mambembe, que se repete a cada temporada do Grande Teatro Brasil , de quatro em quatro anos.

Por isso mesmo, nada no mundo da política nacional parece fazer sentido para o cidadão de bem desse país. Entre nós, não há regras ou scripts que não possam ser mudados e adaptadas para que nela se encaixem todos os desejos e vontades do elenco formado por nossa classe dirigente. Fica impossível saber até em que terreno estamos pisando.

O que existe, de fato, são dois mundos díspares. Um no palco e outro na plateia . Um formando pelos dirigentes do Estado, incluindo aí os próceres dos 3 Poderes. Outro mundo, totalmente diferente e até distante, é aquele formado por milhões de cidadãos, que fazem o possível para conduzirem suas vidas o mais distante possível de tudo o que Estado possa representar. Não há ligação possível entre esses dois mundos. Diante de uma constatação tão básica como essa. Fica até difícil saber por onde começar para pôr um fim à essa pantomima que transforma nossas vidas numa tragédia sem fim.

Poderíamos, à guisa de imaginação, começar por substituir as eleições de 22, por um referendo popular, que reunisse sugestões para acabar, de vez, com o atual modelo político vigente, reduzindo o Estado, enxugando a máquina pública, extinguindo privilégios de toda a ordem, cortando benefícios supérfluos, interrompendo fundos partidários e eleitorais, pondo um fim na ciranda eterna da impunidade, nivelando nosso modelo de Estado com outros do mundo desenvolvido e dando, quem sabe, um passo decisivo para adentrarmos, de fato no século XXI.

Ou é isso ou é nada. As eleições vindouras, a permitir a repetição desse falso modelo de Estado que ai temos, em nada resultará de produtiva ou lógica. Sem a possibilidade de um amplo plebiscito que remova o velho Estado e inaugure o Estado da lógica, fundado na verdade e na ética, as eleições apenas servirão para renovar alguns poucos quadros desse elenco de embusteiros, sendo que o essencial ficará imutável. Muito mais importantes do que as próximas eleições é a mudança de modelo, capaz de varrer para longe esses seres do nosso leviatã moderno.

Pelo que se afigura na linha do horizonte, onde pesadas nuvens de fuligem se agigantam, escalando o céu, nada de promissor , saídos das urnas , virá ao nosso encontro. Ou usamos da lógica para encontrara verdade que queremos , ou vamos para mais um quadriênio com uma nova temporada do Grande Circo de horrores Brasil.

 

A frase que foi pronunciada:

“É cercear o direito de informação do eleitor e abrir espaço para fake news. Uma vez que não será possível divulgar pesquisa na véspera da eleição por um veículo oficial de uma forma regulamentada como prevê a lei, abre-se espaço para circulação de supostas pesquisas nos grupos sociais, nas redes sociais e grupos de WhatsApp, gerando espaço aí para fake news”.

Márcia Cavallari, CEO da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec).

 

Representante

Existe uma regra dentro do Congresso que faz com que os políticos que se preocupam com questões como a ética pública, gastos exorbitantes do Estado , corrupção entre outros temas de interesse direto da população, dificilmente conseguem espaço e apoio de seus pares para fazer avançar seus projetos. Inúmeros são os exemplos de parlamentares que nunca viram prosperarem projetos seus acabando com privilégios e outros direitos reservados apenas para aqueles que estão no poder. Um desses casos é do senador José Reguffe (podemos-DF), proposta de sal autoria acabando com cargos vitalícios nos tribunais de contas e nas altas cortes, assim como a nomeação política de indivíduos para essas importantes funções, aguardam a vez de serem apreciadas há pelo menos quatro anos, e sem qualquer esperança de que venha a sê-lo.

 

Papéis

Seja nos ônibus ou em qualquer estabelecimento comercial, os funcionários deveriam ser proibidos de fazer qualquer comentário no momento de dar o troco. A obrigação de ter trocado é do comércio, não do consumidor. Pela Lei do Troco o comerciante não pode dar balinhas ou fósforo como troco sem o consentimento do consumidor e se não tiver troco precisa arredondar o valor para uma quantia menor.

 

História de Brasília

É calamitosa, a situação do DCT em Brasília. Tôda repartição quando transfere seus funcionários tem o interêsse de localizá-los, antes, em apartamentos. No DCT isto não aconteceu, e o que há é um salve-se quem puder. Os chefes, como podem mais, ganham primeiro. (Publicada em 16/02/1962)

O velório das eleições de 22

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Pesquisas recentes de opinião pública, publicada em muitos espaços da mídia nacional, mostram, na análise fria dos números, as possibilidades de vitória dos candidatos A , B ou C para a corrida presidencial de 2022. São probabilidades numéricas, dentro do universo da matemática, mas que ainda assim são discutíveis ou não, de acordo com a posição de cada lado dessa contenda.

O estabelecimento de uma relação entre o mundo exato da aritmética e das vicissitudes humanas são sempre complicados e, não raro, acabam por frustrar as expectativas dos algarismos. O fato que permanece pairando sobre esses números, apresentados pelas pesquisas, é que a realidade das ruas, assim como as nuvens, muda ao sabor dos ventos.

Na democracia brasileira, mais precisamente com as normas legais para as disputas eleitorais é o que mais tem pesado no resultado final dos pleitos e que acabam por interferir na qualidade dos nossos governantes e no próprio futuro dos brasileiros.

Sem a pretendida reforma política, que ponha em seus devidos lugares todas as normas razoáveis e todas as possibilidades e empecilhos para que um candidato possa realmente disputar uma eleição fundamental para o país, como é o caso da eleição presidencial que se aproxima, fica patente que teremos mais uma corrida presidencial sob o carimbo do improviso e das incertezas. A começar pela instituição da Lei da Ficha Limpa.

Em se tratando de eleições, o Tribunal Superior Eleitoral, deveria ser a instância mais importante para decidir, mesmo depois do Supremo, se um candidato é ou não elegível, tendo em vista sua ficha corrida pretérita. Fica difícil entender como é possível que um postulante, que no caso aqui não se trata de um preso político, encarcerado por suas posições ideológicas, possa sair direto da cadeia para disputar as eleições, tendo atrás de si um tsunami de denúncias que levaram a realização da maior operação policial contra a corrupção de toda a história brasileira.

Para esse fato, o STF providenciou, de um átimo, um neologismo jurídico e linguístico na forma de uma “ descondenação” de um réu, num empreendimento levado à cabo por ministros sabidamente escolhido a dedo , pelo próprio réu, para ocupar essa alta corte do país.

O que se criou com essa aberração jurídica, que nos remete a mais bem acabada chicana que se tem notícia, foi um candidato que, até aqui, não ousa sequer caminhar pelas ruas desse país e que , portanto faz um tipo de campanha, fechado em seu bunker para plateias amigas.          Por certo a certeza dos números favoráveis das pesquisas o levará para bem longe dos debates e dos comícios populares, onde a realidade se faz diferente das previsões matemáticas.

O que o Supremo lançou no ringue das disputas é um candidato fabricado dentro dos gabinetes dos jurisconsultos, impondo sua candidatura goela abaixo da população, exatamente como se fosse um robô. O mais surreal em toda essa armação institucional é que uma possível vitória nas urnas de um candidato com essas características pode ocorrer sem que ele vá sequer às ruas e enfrente seus adversários cara a cara.

Como pode existir escolha de qualidade sem que o eleitor possa selecionar, num debate, o melhor candidato, o mais preparado, o mais íntegro e com melhores propostas para o país. O que temos com essa candidatura imposta por um grupo de ministros do Supremo Tribunal Federal, com o apoio de todos aqueles que se locupletaram com malogrado governo desse boneco, é um autêntico outsider, mais parecido com aqueles candidatos biônicos inventados pela cabeça estratégica e maquiavélica do antigo ministro militar Golbery do Couto e Silva.

 

A frase que foi pronunciada:

“Quando um homem assume uma função pública, deve considerar-se propriedade do público.”

Thomas Jefferson

 

Reconhecimento

Renata Menezes atende pelo telefone. É funcionária da justiça. Além de prestativa tem um conhecimento abrangente de toda a máquina do tribunal.

 

Pobreza extrema

Brasília não foi projetada para pobres e ricos terem uma convivência real. Como no Rio de Janeiro, a meninada do morro soltando pipa com a garotada do asfalto. Aqui, na capital do país, até hoje crianças da Estrutural passam fome, andam descalças, sofrem desnutrição. Jandira Moreira, funcionária do Correio Braziliense há décadas é quem estampa essa realidade nos lembrando aqui no asfalto, que temos uma responsabilidade social.

 

Atestado

Ansiedade e depressão são doenças que aparecem em linha ascendente nos mais jovens. Chega a um ponto em que os remédios não resolvem mais. A ação precisa ser preventiva.

 

História de Brasília

Acham os estudiosos, que as ações das companhias do govêrno nem tôdas são valorizadas, e iria, a aplicação do plano, prejudicar a Previdência Social. Isto, porque os Institutos receberiam papel, entregariam os apartamentos, e caberia à Prefeitura construir novas unidades residenciais.  (Publicada em 16/02/1962)

Ao governo o que é do governo?

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Tomando a Bíblia pelo seu aspecto secular, onde está registrado parte da história humana ocorrida naquela região do planeta, o que se observa, apenas com relação à cobrança de impostos, extraídas, de forma bruta e autoritária, daquelas populações que viveram esse período, a sensação que temos é que pouco ou nada dessa tributação desigual e forçada foi alterada nos dias de hoje em nosso país, mesmo depois de passados dois mil anos.

Ostentamos sem muito orgulho, o campeonato de nação com uma das maiores cargas tributárias do mundo. Se formos observar pelo aspecto de retorno desses impostos para a sociedade, então seremos campeões absolutos. É como se esse aspecto da exploração do homem pelo homem, mesmo em sociedade ditas modernas, permanecessem congeladas no tempo.

Ainda hoje, muito se discute entre nós sobre a urgência de uma reforma tributária que seja mais harmônica e que onere mais quem mais possui. “Quando o governo é justo, diz em Provérbios 29:4, o país tem segurança; mas, quando o governo cobra impostos demais, a nação acaba na desgraça,”.

Apenas resumindo toda a complexa discussão sobre a falta de equidade na cobrança de impostos verificada hoje no cotidiano dos brasileiros, nada mais atual do que essa observação colhida há vinte séculos passados.

A situação do ponto de vista da segurança pública do país, onde a criminalidade e a violência são realidades diárias que assustam não apenas os brasileiros, mas todo o mundo civilizado, evidencia que, de fato, pelo volume absurdo de tributação, a “nação acabou em desgraça.”

De fato, sob o ponto de vista histórico, o Cristianismo veio para abalar as estruturas terrenas, estabelecendo uma espécie de conflito pacífico entre o que seria a justiça divina e a justiça dos homens. Contudo o personagem central do viria a ser o Novo Testamento, Jesus, não questionava, de forma frontal, o pagamento de impostos às autoridades que comandavam seu país.

Mesmo deixando claro que os cristãos deveriam obedecer as autoridades terrenas, muito conflitos aconteceram naquelas regiões por conta da cobrança de impostos exagerado. O que a Bíblia histórica enfatiza é que impostos estão dentro das leis, portanto é preciso cumpri-las. “Se a lei da terra afirma que todos devem pagar impostos de guerra, então é isso que devemos fazer. É a lei. Mas devemos, porém, trabalhar e rezar muito para mudar essa lei,” É o que recomendava em Romanos 13:1 e é o que parece que devemos fazer hoje, se desejamos ver implantado uma espécie de justiça tributária.

É nesse ponto que essa discussão é remetida aos representantes da população com assento no Congresso. Uma discussão, ao que parece, não ser do interesse deles, nem do governo, visto que parte significativa desses impostos vão parar, exatamente nas mãos deles, em forma de emendas compulsórias e outros infinitos benefícios pessoais.

Com relação ao retorno desses impostos na forma de serviços à população, no mesmo trecho da Bíblia era recomendado que “uma alternativa seria ter a possibilidade de determinar que nossa parte do imposto de guerra seja utilizado nos esforços de paz. Este caminho seria a forma legal, construtiva e positiva de resolver a situação.”

É o que não ocorre entre nós, mesmo sabendo que não estamos em guerra. O que está implícito em passagens como essas é que os impostos só se tornam justos, quando revertidos em benefício de todos.

Em outra passagem referente à João Batista, contida em Lucas 3,10-18 , era recomendado aos cobradores de impostos: “ Não cobreis nada mais do que foi estabelecido”, sendo que aos oficiais de justiça (soldados) que acompanhavam os cobradores de impostos (publicanos) era recomendado: “não maltrateis a ninguém, nem tomeis dinheiro à força; não façais denúncias falsas e conteintai-vos com o vosso salário.” A cada um o que lhe é devido, ensina o livro histórico.

 

A frase que foi pronunciada:

“Uma sociedade que rouba do indivíduo o produto do seu esforço (…) não é, estritamente falando, uma sociedade,

mas uma revolta mantida pela violência institucionalizada.”

Ayn Rand (1905-1982)

 

Políticas públicas

Com a finalidade de direcionar políticas públicas, a Secretaria da Pessoa com Deficiência está cadastrando todos da população com essa condição física ou mental. Há também a emissão de uma carteira de identificação que nortear o governo sobre a área onde habitam, faixa de renda e principais necessidades. O GDF estima que 600 mil pessoas com algum tipo de deficiência vivam no Distrito Federal.

 

História de Brasília

Quero me referir ao pedido feito pelo sr. Afonso Almiro, para que o representante do Ministério da Fazenda seja substituído pelo govêrno. E êste pedido resistindo a todos os estudos dos técnicos, o plano de venda dos apartamentos apresentado pelo Ministro Franco Montoro. (Publicada em 16/02/1962)

Diferenças e verossimilhanças

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Diferenças extremas, aos olhos de quem não se deixa enganar pelas aparências e sabe distinguir a realidade de seu oposto, são ilusórias, pois são construídas artificialmente apenas para confundir o observador mais desatento. Na política essa é uma estratégia antiga e igualmente falsa, mas que ainda que é utilizada com relativo sucesso durante as campanhas, dado o grande número de eleitores alienados que se apresentam diante das urnas, como quem embarca numa longa viagem sem saber o destino.

Nada mais parecido, um com o outro, do que esses dois postulantes que agora se apresentam com maiores chances para o pleito de 2022. De tão parecidos, chegam a ser vistos como a cara e a coroa dessa moeda eleitoral. Uma moeda, que pelo visto até aqui, não possui lastro ou valor de face diante de elementos como a ética pública ou o Estado Democrático de Direito e a cidadania.

Trata-se aqui de dois candidatos já testados pela população e que deixaram um rastro imenso de desordem e de fatos mal explicados, além de um passivo enorme traduzido pela expressão herança maldita e tudo o que essa expressão pode conter de nefasto. A prática mostrou que, uma vez instalados no poder, deixaram de lado todo e qualquer plano de governo, optando ambos pela improvisação e pelo voluntarismo, deixando de lado também as promessas feitas aos eleitores, conduzindo seus governos sempre com base na compra de apoio político, por meio do chamado presidencialismo de cooptação. Aliando-se ao que de mais atrasado e fisiológico temos no meio político.

Mas é no tratamento da coisa pública, que as pseudo diferenças entre o candidato da direita e o outro da esquerda mais se estreitam, passando a ser a mesma coisa gosmenta e de mau odor, com a confusão já vista entre o público e o privado e com o uso da máquina do Estado para o atendimento de objetivos pessoais para si para seu clã, tudo isso sem o menor pudor e com o apoio inconfesso de certa parcela da imprensa que também lucra ou com o silêncio ou com apupos, próprios dos que se vendem barato e por trinta moedas.

O que se tem aqui disputa entre uma direita tola versus uma esquerda parva e estulta, onde ambos almejam o poder pelo poder, sem quaisquer outras substâncias do tipo republicanas, para extrair dessa posição o máximo de benefícios materiais possíveis que permitam a continuação do atual status quo, onde a população financia, a duras penas, projetos privados da elite no poder, bancando gastos secretos e exorbitantes, mas sempre carente de prestação de serviços públicos básicos.

A verossimilhança entre os reais objetivos de ambos os candidatos , obviamente escondidos do eleitor que os leva em marcha interesseira rumo ao Palácio do Planalto, pode ser comprovada pela escolha que ambos fazem ao elegerem um inimigo comum e fidagal, na figura do ex-juiz da Lava Jato. O que esses postulantes cínicos enxergam no ex-magistrado é a verdadeira diferença que ele possui em relação à ambos. Nesse ponto se pode falar em extremos estelares, que vai da escuridão à luz.

É a diferença incomensurável que vai da verdade à mentira, do falso ao real. O que esses dois ilusionistas enxergam no ex-juiz é mais do que um concorrente, é a antítese do que são. Por isso o têm como alvo a ser atingido.

 

A frase que foi pronunciada:

“Em uma democracia nada deve ser secreto”.

Dona Dita no REM do sono

 

Resumo da ópera

Uma discussão se inicia depois da observação colocada nas mídias sociais. É preciso vacinar todas as pessoas. Por enquanto, quem está com todas as doses em dia ainda pode pegar ou transmitir Covid. Foi muito bem explicado que o lado bom é que os vacinados não irão para UTI. Quem não for vacinado não entra em vários países do mundo. O controle é ferrenho. A pergunta que gerou dúvidas e debate é: “Se os não vacinados estão proibidos de voar, quem está passando a variante misteriosa são os vacinados?”

 

Aeroporto

Por falar nisso Rodrigo Cruz, do Ministério da Saúde confirmou que a partir da semana que vem será possível a vacinação de passageiros no Aeroporto de Brasília. Um posto de Saúde será disponibilizado ali para os interessados.

 

Força no ar

Pilotos de empresas comerciais aéreas começam a se mobilizar para evitar a obrigatoriedade de vacinação. Mesmo quem tem restrição médica comprovada para se vacinar é forçado pelos CEOs. A classe não está satisfeita com o tratamento recebido.

 

História de Brasília

Outra renuncia, na família do dr. Jânio Quadros. Sua filha Tutu, que tinha uma “boutique” na rua Augusta, em S. Paulo, renunciou à vida de comerciante, e voltou às atividades domésticas. Os negócios não foram tão bem como era de se prever. (Publicada em 15/02/1962)