Ameaça ao Estado laico

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ARI CUNHA

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colunadoaricunha@gmail.com;

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Charge: latuffcartoons.wordpress.com
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“VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”

Artigo 5º da Constituição de 1988.

        No inciso acima, talvez tenha faltado ao legislador deixar explícito que sendo o Estado brasileiro eminentemente laico e equidistante de qualquer credo, irá conferir, por conseguinte, tratamento isonômico a toda e qualquer instituição, sejam elas difusoras ou não da fé, principalmente no tocante ao recolhimento de impostos e outros tributos devidos ao erário. Mesmo a “proteção aos locais de culto”, ali descrito, e que são sistematicamente desrespeitados, necessitaria de uma redação mais clara e direta, principalmente agora com a imiscuição de credos diversos em searas próprias do Estado. É preciso notar que tem se tornado cada vez mais comum a realização de cultos em praças e outros logradouros públicos e, o que é pior, dentro das assembleias legislativas e do próprio Congresso Nacional, seguidamente transformados em verdadeiras igrejas comandadas por bancadas crescentes de evangélicos e outros crentes.

        O fato é que o legislador, ao conferir liberdades sem a devida interposição de deveres à essas instituições que vivem, e muito bem, da exploração da fé, deixou uma larga porta aberta ao aumento de abusos de toda a ordem.

          A cada ano, igrejas e seitas evangélicas têm arrecadado, por baixo, mais de R$ 50 bilhões, tomados de seus fiéis na forma de dízimos. O que complica, nessa situação, é que essa montanha de dinheiro, recolhida desde moedinhas até grandes somas, transitam de um lado para outro sob o olhar compassivo dos órgãos de fiscalização, muitas vezes inibidos, por ordens superiores, de fiscalizar essas fortunas fáceis.

          Fossem esses, os únicos problemas com relação à essas igrejas, seria fácil um acerto de contas. A questão maior é que dadas as condições institucionais, pela Carta de 88, de liberdade quase irrestrita nesse campo, as chamadas igrejas neopentecostais, poderosas economicamente, passaram a buscar agora, e sem pudor também, o poder político.

        E é aí que mora o perigo. Muitos analistas, de olho nesse fenômeno recente, têm chegado a mesma e preocupante conclusão: acolhidas à sombra generosa do Estado, essas igrejas já representam hoje uma real ameaça a própria democracia.

          Não só no Brasil, com 42 milhões de fiéis e onde a cada ano, segundo o IBGE, 14 mil novas igrejas são abertas por ano, mas em toda a América Latina. Para se ter uma ideia, em toda Colômbia, em 2017, haviam registrados 750 colégios públicos e 3.500 igrejas neopentecostais. Um número assustador que demonstra o avanço arrasador desses credos sobre as demais instituições do Estado. “A luta das igrejas neopentecostais, diz um observador bem conhecido, é uma luta pelos pobres: por sua consciência, por suas carteiras e por seus votos.”

       O avanço das bancadas evangélicas no Congresso, com pautas nitidamente retrógradas e antidemocráticas, representa um perigo ao pluralismo, à laicidade, às minorias, fazendo antever, entre nós, a volta de uma ditadura com feições ainda mais perturbadoras do que aquelas que dominaram o continente a partir dos anos sessenta.

        A combinação entre moralismo, patriotismo e fanatismo, nunca resultou em boa coisa, ensinam os livros de história. O que se assiste agora é a formação de um embrião que resultará no surgimento de um Estado evangélico, não no sentido literal bíblico, mas um Estado desenhado, nos mínimos detalhes, para impor o ideário desses intitulados “bispos”, que aparecem diariamente nas televisões, ressuscitando mortos e fazendo paralíticos andarem com o poder, é claro, dos fartos dízimos.

A frase que foi pronunciada:

“Dai a César o que é de César.”

Jesus Cristo

Democracia

Tem até vídeo aula no Youtube mostrando como hackear uma urna eletrônica brasileira. Na Comissão Parlamentar de Inquérito, na Câmara dos Deputados, sobre crimes cibernéticos, a advogada Maria Aparecida da Rocha Cortiz fez uma descrição detalhada de como as urnas eletrônicas podem ser alteradas durante o processo eleitoral. A reunião aconteceu no dia 4 de novembro de 2015 e até hoje nada foi feito para provar a segurança da urna. O voto impresso, que seria auditável, estranhamente está fora de questão para ser adotado em todas as urnas do país. O assunto merece atenção. Veja o vídeo no blog do Ari Cunha. O acesso é direto.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quem conhece o que foi o começo do Banco, sabe do seu gabarito inicial, e quem acompanhou a sua vida, sabe o desmerecimento em que se encontra, perante as populações sofredoras do Nordeste. (Publicado em 13.10.1961)

A transição é o caminho

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ARI CUNHA

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Charge: humorpolitico.com.br
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         Exemplos, em todo tempo e lugar, tem comprovado, de forma incisiva, que sectarismos, de qualquer espécie, provocam dor e mortes e, não raro, têm beneficiado pessoas e grupos que lançam mão dessa estratégia para pairar sobre todos, fazendo valer seus pontos de vista e, com isso, impor sua vontade contra todas as demais, sejam elas de um lado ou de outro.

      Nesse sentido, merece reflexão a frase que diz: “a corrupção não é de esquerda, nem de direita. Ela é ambidestra.”. Em outras palavras equivale a dizer que, enquanto muitos se engalfinham na tentativa de apontar o personagem menos corrupto ou mais impoluto, a questão central vai se esgueirando pelas beiradas e com ela os verdadeiros malfeitores escapolem dessas refregas são e salvos.

        Enquanto a massa se engalfinha numa luta renhida, seus algozes lucram com essas desavenças e, sabidamente, passam a se colocar como solução redentora para esses conflitos. Em situações como essa que agora experimentamos, mais prudente e por via das dúvidas, melhor não eleger nenhum desses semeadores da cizânia, optando por uma terceira via, não contaminada e com folha corrida tão extensa. O problema aqui, é que, dada a delicadeza das condições econômicas, com forte desemprego e baixo crescimento, a escolha de um novato, sem experiência executiva comprovada, é tão arriscada quanto escolher um nome manchado.

        Em encruzilhadas dessa natureza, o mais sensato, num país evidentemente sensato, seria sanear o atual modelo, de cima a baixo. Em todos os quadrantes. Melhor arrumar a casa para o próximo governo do que entregar um país necessitado de reparos à um novo governo.

Charge: f.i.uol.com.br
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        Mais uma vez o problema aqui é como reformar o país e suas instituições e o próprio modelo republicano sem um governo efetivo. A saída para esse impasse talvez esteja na formação de um governo de transição, composta por figuras absolutamente probas e capacitadas, imbuídas, tão somente, de promover reformas suprapartidárias e necessárias à um novo país. A questão é como empreender tamanho desafio dentro da atual Carta Magma.

        O arrojo é gigantesco. Mas a necessidade atual de mudança de rumos é maior ainda. As diversas revelações e escândalos vindos à público nos últimos anos exigem punições aos envolvidos, além de toda verba surrupiada do povo brasileiro.  Há certeza de que é preciso uma reorientação do modelo de Estado que vínhamos tateando desde a redemocratização.

        Para um país que já se acostumou historicamente em soluções políticas que sempre terminam na condução do vice para assumir a presidência, a eleição ou formação de um governo transitório, com a incumbência de promover reformas até parece coisa pequena. O que não dá, e a nação já não suporta, é a continuidade dos mesmos modelos viciados, operados pelos mesmos grupos sob o rótulo de novo governo, recém-eleito.

        O fato é que, para esse modelo que aí está e, principalmente, com essa gente que se apresenta para conduzi-lo, não há saída exitosa, apenas vai se adiar ou complicar, ainda mais, nosso desejo de fazer surgir o país que os muitos brasileiros de bem almejam e necessitam com urgência.

A frase que foi pronunciada:

“Direitos Humanos não se pede de joelhos, exige-se de pé.”

Dom Tomás Balduíno

Incoerência

Defendendo a isenção tributária a templos religiosos, o deputado federal Ronaldo Fonseca- DF contraria Jesus Cristo. “Dai a César o que é de César!

Vigilantes de carros fortes têm sido violentamente abatidos por grupos fortemente armados. Houve o crime onde os bandidos usavam fuzil 762, AR-15, fuzil 556, metralhadora ponto 50. A Comissão de Segurança Pública já aprovou a Lei 6.635 de 2016 e quem vai se esforçar para aprová-la é o deputado federal Laerte Bessa.

Voto impresso

Uma boa briga trazida pelo deputado federal Izalci Lucas- DF será a obrigatoriedade do voto impresso. O frágil argumento da Corte Suprema subjugando a inteligência do eleitor é inaceitável. Falta de verba na Justiça é um disparate considerando-se uma eleição transparente no país, com direito a auditoria, o que hoje, não é possível.

Na real

Depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou a pesquisa sobre a estrutura de renda em nosso País, o deputado federal Augusto Carvalho rasgou o verbo. Chamou de ufanistas os discursos petistas. Um quarto da população brasileira continua abaixo da linha de pobreza. Só desempregados são 13 milhões.

Ficadão

O que o deputado federal Alberto Fraga defende é que os presos que estudam e estão na iminência da recuperação, devem sair da cadeia esporadicamente. Mas o que não é possível é permitir que um preso saia 6 vezes por ano da cadeia, e cada vez por sete dias. E lembra: A lei não prevê que se deve liberar o preso no Natal, no Dia dos Pais ou no Dia das Mães.

Charge: sobralinfoco.blogspot.com.br
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Estas notas valem como um lembrete ao presidente da República, para que não se sinta envolvido por conversas de corredores, e pra que posas salvar o Banco do Nordeste das sanhas político partidárias. (Publicado em 13.10.1961)

Perguntem aos venezuelanos

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ARI CUNHA

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Charge: danielabertolieroventrice.wordpress.com
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Na madrugada de sábado para domingo de carnaval, um morador de Ipanema acordou com gritos vindos da orla. Foi conferir o que havia e, da janela de seu apartamento, viu um bando de jovens que promoviam um grande e cruel arrastão. A tática usada era sempre a mesma: dezenas de marginais cercavam a vítima, que era brutalmente, espancada e depois derrubada ao chão. Na sequência, roubavam tudo o que podiam carregar, deixando o coitado exangue, depenado e aturdido no meio da avenida.

           Usaram da mesma estratégia contra dezenas de transeuntes, sem serem importunados por mais ninguém. O morador aflito, que filmou a sequência de violência e roubos, em vão, por diversas vezes acionou a polícia. Diante do descaso, fechou a janela e voltou a dormir. Era a única coisa a fazer.

           Cenas como essa se repetem pela maioria das capitais do país, num contínuo absurdo que parece conduzir a todos ao imobilismo e a resignação. Pode parecer coincidência, mas infelizmente não é. O fato de os brasileiros assistirem hoje a uma escalada, sem precedentes, de crimes de toda a natureza, com milhares de mortes violentas, revoltas em presídios, chacinas e outras barbaridades, que fazem de nosso país o mais violento do planeta na atualidade, tem suas raízes bem fincadas no modelo de governo implantado entre nós a partir de 2002.

           Não se trata aqui de empurrar para esquerda um problema histórico, mas, tão somente, de constatar que esse recrudescimento do crime, de uma forma geral, veio na esteira do que sempre pregaram seus ideólogos originais, principalmente Gramsci, Marcuse e Marx.

       Para esses filósofos da esquerda, um dos mais curtos caminhos, rumo a revolução do proletariado, era justamente aquele que buscava desqualificar as instituições burguesas, a começar pela própria justiça, tomada aqui como primeiro empecilho a ser vendido. Não é por outra razão, que o lulopetismo, na figura de seu demiurgo maior, tem seguidamente desqualificado a ação da justiça que o condenou a 12 anos de reclusão em regime fechado.

Charge: folhacentrosul.com.br
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             Não é por outra razão também que próceres desse partido têm pregado com insistência a desobediência civil e uso da violência para fazer valer seus pontos de vista. Inclusive com a ordem, sugestão ou conclamação saídas da boca de autoridades do poder Executivo e Legislativo.

           Indiferentes ao avanço da lei, insistem na candidatura de um Ficha Suja. Infelizmente a imprensa não tem mostrado à população a lista de circunstâncias, testemunhas, que serviram de fundamentação para a sentença dada.

           Não é sem propósito que movimentos como a CUT, MST e MTST têm pregado abertamente as arruaças, as divisões, o ódio e o sangue. Para fazer valer seus pontos de vista, pregam o caos internamente e buscam, sem pudor, denegrir o país no exterior, através de propagandas contínuas, falando de golpe e outros absurdos.

            A Venezuela, tão querida desse partido, é hoje o retrato acabado desse tipo de tática, que busca a hipertrofia do Executivo, por meio da aniquilação total do judiciário. É bom que nossos ministros do Supremo Tribunal Federal se atentem para não colocar a Justiça como a peça que faltava para finalizar o intento de acabar com o Brasil também.

           Pergunte à um venezuelano típico, desses que fogem aos milhões pelas fronteiras, com toda a família, a pé e com fome, o que pensam agora de um tal bolivarianismo do século XXI e que lições e avisos podem nos oferecer sobre essa experiência!

A frase que foi pronunciada:

“Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez.”

Simone de Beauvoir

Absurdo

Alunos da Vargem Bonita vão desistindo aos poucos de estudar. Escola sem recursos, transporte difícil, tudo conspira para que deixem a Educação em outro plano. A Secretaria da Educação está longe de alcançar, efetivamente, os objetivos propostos. Principalmente com os alunos da noite. Entram sem saber nada e são aprovados sabendo muito pouco. Isso sem falar em um ano feito em um semestre.

Release

A Associação dos Juízes Federais lembra o que aconteceu depois da Operação Mãos Limpas na Itália. Com manobras legislativas visando a extinção de crimes e redução de prazos prescricionais, além da perseguição aos magistrados que atuaram firmemente na apuração e condenação dos criminosos. E que se lembre que o Poder Judiciário ainda é, hoje, aquele que pode garantir que os direitos individuais e da coletividade sejam protegidos frente às inúmeras ameaças e arbítrios cometidos todos os dias. A nota se refere a um editorial de um jornal de grande circulação e foi assinada pelo presidente da entidade, Dr. Roberto Carvalho Veloso.

Foto: debategeopolitico.wordpress.com
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O cargo, que devia ser entregue a quem entende, está sendo disputado por políticos, alheios aos problemas administrativos, e ausentes dos encargos. (Publicado em 13.10.1961)

Diálogo é o único caminho possível

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ARI CUNHA

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Ilustração: otempo.com.br
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          Em tempos tão conturbados como o atual, quais seriam os novos limites da liberdade? Na falta de uma resposta satisfatória para essa questão, melhor ficar com os fatos e com os fatores que levaram a esse alargamento de espaços, que faz, com que as pessoas hoje, já não reconheçam mais onde terminam seus direitos e começam os direitos dos outros.

         Sem dúvida alguma, as mídias sociais cuidaram de aumentar a confusão geral sobre os limites de cada um, misturando espaços públicos e privados num só lugar, difundindo as notícias sem base nos fatos, ajudando assim, a estabelecer um ambiente de constante beligerância, onde o desrespeito passou a ser a regra comum.

         Diante dessa nova realidade que vai se estabelecendo, não apenas aqui, mas em todo o mundo, a vida das chamadas pessoas públicas e famosas, sejam elas artistas ou políticos, passou a ser um verdadeiro inferno sobre a terra. No caso dos políticos, essa situação tem se agravado à tal ponto que vai se tornando comum, e até aceito, que eles sejam destratados quando surpreendidos transitando em lugares públicos.

           Vejam aqui a contradição: pessoas públicas passam a ser hostilizadas justamente em espaços públicos. Os casos vêm se repetindo e aumentando numa constante que já chegou a restaurantes, aeroportos, ruas, aviões.

            Parte desse problema resulta do descrédito provocado pelo comportamento pouco, ou nada ético, de boa parte de nossos políticos e gestores atuais. Ninguém tem escapado da fúria popular. Ministros, deputados, senadores, governadores, cantores e outros rostos conhecidos são caçados e enxovalhados sem piedade em toda a parte. Alguns links com essas agressões estão disponíveis no Blog do Ari Cunha.

       No crescendo dessa toada, não será surpresa que, a qualquer momento, possamos assistir à população enraivecida, amarrando e trucidando esses personagens em postes e em praças públicas, da mesma forma que faz quando flagra e põe as mãos em malfeitores e marginais.

Foto: blogs2.correiobraziliense.com.br
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           O fato mais recente, aconteceu com o governador do DF, Rollemberg, num restaurante da cidade quando comemorava o aniversário de sua esposa. Manifestantes de um estabelecimento ao lado começaram a provocação que acabou em bate boca generalizado.

       Obviamente que, em situação como essa, ambas as partes perderam a razão: O governador que se deixou levar pela insatisfação geral, aumentada agora com o desabamento do viaduto do Eixão Sul. Os manifestantes pela falta de educação e pela provocação gratuita que não resultou em nada de prático.

           Ao menos o governador, transformado agora em saco de pancada da vez, teve o bom senso de não acionar a força policial para conter os revoltosos, como poderia ter feito sem maiores dificuldades.

          Para alguém que buscou no voto a condição de representante da sociedade, só resta nesse caso, se render à nova realidade e enfrentar, com serenidade, os reclames e xingamentos. Pior é se esconder da turba raivosa, se transformando em figura invisível e cercada de seguranças truculentos.

        Calma e coragem. A população tem razão em parte. O governador também. Embora ambos errem ao não reconhecer, no calor das discussões, que o diálogo é ainda o único caminho possível a ser seguido.

 

A frase que não foi pronunciada:

“Quem se trumbica não se comunica!”

Chacrinha brincando com as palavras

Caricatura: marcosresende28.blogs.sapo.pt
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Release

O líder do governo, deputado Agaciel Maia, comemorou a chegada à Câmara Legislativa do projeto de lei, de autoria do Executivo, que estabelece o Plano de Carreira dos Servidores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Ele lembrou que, além de não receberem qualquer reajuste nos últimos oito anos, a categoria teve salários reduzidos em virtude “de uma legislação malfeita”.

Novidade

Cláudia Rocha, do Sesi-DF, coordena um programa para atender as novas exigências do Ministério da Educação em relação a base curricular. O Programa de Melhoria do Ensino e Aprendizagem (Programe) tem por objetivo capacitar os professores nos processos pedagógicos. “Com as mudanças, teremos melhores condições de ensino para os nossos estudantes e construiremos uma metodologia em que eles desenvolvam técnicas de estudo e o senso crítico”, explica a coordenadora técnica de Educação, Cláudia Rocha.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O sr. Valdemar Alcântara, candidato do governador cearense, é presidente de um partido político, médico sanitarista, sem o menor contato com o sistema bancário nacional. (Publicado em 13.10.1961)

Reforma da Previdência e a mímica da dança das cadeiras

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ARI CUNHA

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Imagem: spbancarios.com.br
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          Com contundência, a realidade vai se impondo a cada dia e fazendo ver, até aos mais incrédulos, a necessidade de reforma da previdência. A questão é que o tema foi empurrado para o labirinto pantanoso da política. Pior, para o beco sem saída da ideologia. E ao que parece, a situação está ainda mais complicada: o tema da reforma acabou em ano eleitoral, encurralado na armadilha preparada pela esquerda. Não qualquer esquerda. Mas uma do tipo comandada por múmias do passado, mortos vivos de uma guerra fria longínqua e com validade vencida.

       Quando um assunto, sério e urgente como esse, é remetido pelos inspetores da Administração Central dos Campos ou Gulag, para os confins congelados da mentira, fazendo ver aos mais necessitados que esse tema só veio à baila em razão de uma perversão das elites, e que o povo precisa reagir sem pensar, nada mais pode ser feito.

         Doravante, quem tocar no tema, em tempos de caça aos votos, estará condenado a danação e a maldição dos eleitores. Com uma estratégia dessas, todo o movimento é infrutífero. A tinta falsa que cobre a questão da reforma, fazendo-a parecer sem propósito, esconde a ferrugem que tomou conta da máquina da previdência.

          Não reformá-la, ajuda a empurrar, ainda mais, parte da população para a insolvência. Preocupante é saber que, com um problema desse tamanho, diante dos olhos, a maioria dos congressistas, a quem cabe buscar soluções viáveis para tão emaranhado imbróglio, não sabe ao menos do que se trata.

        Fôssemos pesquisar junto aos políticos qual leitura factual que fazem desse problema, a maioria não saberia explicar. Por uma razão simples: muitos desconhecem o assunto. Suas miudezas. Não possuem, pois, opinião formada sobre o tema. Não são a favor e nem contra. Muito pelo contrário.

        Em tempos de campanhas, melhor deixar o tema de lado. Se a querela, em suas minúcias, é ignorada por muitos, para aqueles que conhecem a questão e que fazem coro junto com o Executivo, a intenção é outra. Resume-se em deixar tudo como está, em razão da baixa popularidade do atual governo e do tempo exíguo para implementar tamanha mudança.

          Nessa rota não há saídas para reforma da previdência. Nem à esquerda, nem à direita. Melhor empurrar a coisa para frente. Sine die. Quem sabe confeccionar, depois de 2018, minirreformas pulverizadas em doses homeopáticas. Mais prudente então, uma reforma indolor, incolor, sem cheiro e sem gosto. Que seja uma reforma. Mas do tipo que não foi reformada. Que haja alterações na Previdência, mas que não sejam percebidas por ninguém e que acabe como começou, ou seja, com os mesmos problemas de antes.

         Para não chatear os trabalhadores, melhor seguir nessa pantomina, onde todos ensaiam uma dança sem sair do lugar. Uma mímica feita sem gestos e ação. Tudo aparente e falso. Correndo em volta das cadeiras, como crianças, alheias a contundência da realidade, uma multidão frenética busca sentar nos poucos lugares que há. Muitos ficarão de pé, ou tombarão sem assistência na velhice.

A frase que foi pronunciada:

“Uma forma infalível para diminuir o número de partidos e candidatos no Brasil é cortar mordomias dos Três Poderes, nas esferas federal, estadual e municipal.”

Frase ouvida no cafezinho da Câmara

Código de Conduta

Manual para os próximos eleitos: Um país sem excelências e mordomias, da Geração Editorial. Sem carro particular, sem apartamento, sem penduricalhos no contracheque. É só chegar na casa legislativa, executiva e judiciária com as novas regras de economia já estabelecidas. Mais fácil de se acostumar. Os impostos devem ser revertidos para o bem-estar da população, não dos eleitos por ela.

Sintonia

No discurso em Formosa, a ministra Cármen Lúcia disse que o cidadão está cansado de “tanta ineficiência” dos serviços públicos e “cansado inclusive de nós do Sistema Judiciário”, concordando com a nota acima.

Compete

Mais uma atleta sem patrocínio. Paloma, 11 anos, treina 5h por dia, desde que voltou do Pan. O objetivo é competir em Las Vegas no dia 19 deste mês. Esperando que o programa Compete, do GDF, fosse bancar a passagem, sua mãe, Clarissa Vaz Dias, recebeu a negativa no mesmo mês da viagem. Pede ajuda. Fotos e dados para o depósito no Blog do Ari Cunha.

Favorecido

Agência: 1003-0

Conta: 34286-6

Cliente: Clarissa Vaz Dias

 

Visível

Em pouco tempo, as regras para a exibição de preços mudarão nas gôndolas dos supermercados. A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados propôs que as informações sejam disponibilizadas inclusive para quem tiver visão reduzida. O relator da matéria é o deputado Aureo. A proposta segue para a CCJ da Casa.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O que vale no Banco, é a estrutura, que vem do tempo do sr. Raul Barbosa, e a prova de que é boa, é que enfrentou esta última administração. (Publicado em 13.10.1961)

Qualificar o voto, por sua origem, é qualificar a representação por sua finalidade

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ARI CUNHA

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Charge: tribunadainternet.com.br
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         Eleições lavam mais branco, já dizia dona Dita há décadas. Com a renovação do Legislativo, reacendem, a cada eleição, as esperanças de um novo tempo. Pelo menos, tem sido assim as expectativas desde a redemocratização. Ocorre que a realidade dos fatos, e principalmente da composição dos parlamentos e dos Executivos, tem insistido em contrariar o desejo íntimo da sociedade esclarecida, fazendo surgir, a cada quatro anos, figuras que, para ficar em mínimas análises, desapontam a todos.

         Se o Parlamento e o Executivo são o reflexo acabado de seu povo, é preciso, antes de tudo, analisar, bem de perto e com urgência, o tipo de eleitor que tem comparecido às urnas. O voto é ou deveria ser, antes de tudo, uma conquista preciosa da cidadania e, como tal, deveria ser valorizado como joia rara e fugaz, que passa ligeiro pelas mãos e se perde no turbilhão de milhões de outros e segue seu curso.

         Sendo o espírito de uma nação, o voto não deveria ser entregue a todo e qualquer cidadão. Os exemplos pelo mundo mostram que o eleitor qualificado desde a origem vê no voto um trunfo conquistado. O voto precisa ser dado por aqueles que demonstram, pela cidadania, seu real compromisso com o futuro do país. O voto é um louro. Dito dessa forma e em um mundo ideal, seria preciso que, para o eleitor pudesse erguê-lo orgulhoso junto à urna, ficasse demonstrado cabalmente sua capacidade moral e intelectual e principalmente sua plena consciência de que esse é, dentre todos, o maior galardão e a mais alta comenda conferida pela nação a um cidadão.

          Sem contendas caros leitores. No mundo prático, um modelo como esse só se sustentaria se tivesse como base sólida uma educação também de qualidade.

         Em outras palavras, equivale a dizer que somente um povo educado, e por conseguinte cônscio de si, de suas obrigações, deveres e direitos, possui as qualidades necessárias para escolher, entre seus conterrâneos, aqueles que, por merecimento e serviços prestados, deveriam ser seus legítimos e dignos representantes. Mas isso, lamentavelmente, só poderá ocorrer num país ideal, do qual, pelo visto até agora, estamos arredados milhas de distância. Vale lembrar que na realidade, milhares de eleitores educados do primeiro mundo, onde o voto não é obrigatório, já desistiram de votar.

        Dessa forma fica claro que ao voto não interessa quantidade e sim qualidade. Nesse caso, a universalização do voto se antepõe, e a realidade tem demonstrado isso, o voto de qualidade permitido apenas àqueles com capacidade e cuidado para conduzi-lo, solenemente até a urna, como uma bandeira.

         A realidade é que, enquanto permanecer turva a água na nascente, todo o curso adiante será também turvo. Nas palavras livres e diretas de Dona Dita, o voto deveria caber apenas àqueles brasileiros com vergonha na cara e que sabem e temem pelas consequências de suas ações e não livre passagem para aventureiros e outros tipos de representantes que acabam estampados nas páginas dos jornais, portando algemas de aço nas mãos e nos pés, saindo de camburões da polícia e adentrando penitenciárias de segurança máxima. Para os crédulos o equivalente ao ditado: Pelos frutos, conhecerão a árvore.

A frase que foi pronunciada:

“A primeira impressão que se tem de um governante, e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam”.

Maquiavel, filósofo italiano

Release

Lançado pelo GDF, o Corujão. Pela distância do trabalho e dificuldades no transporte público, a solução encontrada pela Secretaria de Mobilidade foi o transporte público em horários especiais, como as linhas noturnas que funcionarão entre as 23h e às 5h. As regiões contempladas foram Sol Nascente, Lago Norte, Varjão e Píer 21.

Estranho

Conselho Nacional de Justiça dedica menção honrosa pelas mais de 3 mil audiências de conciliação que a operadora de plano de saúde realizou em 2017. Cai entre nós. Menção honrosa merecem os usuários de qualquer plano de saúde, que recorreram aos tribunais para fazer valer seus direitos. São pacientes que pagam horrores de impostos e ainda precisam se submeter aos planos de saúde e suas imposições.

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Muito bom

Google Play dedica a tecnologia para quem quer pular carnaval e para quem quer ficar bem longe dele. Pelo aplicativo da plataforma, o internauta pode ter a localização da folia, comentar, compartilhar. Ou pode ver as alternativas de descanso com o google maps dando suporte.

Luta

Inacreditável como nossas autoridades desprezam a arte. Hércules Gomes está gravando um CD em homenagem aos 170 anos de Chiquinha Gonzaga e precisa de contribuição financeira dos amigos para viabilizar o projeto. Pelo Blog do Ari Cunha acesse o link para contribuir, se quiser.

https://www.catarse.me/notempodachiquinha

No Tempo da Chiquinha

Com licença querido(a)?estou ajudando um amigo pianista, Hércules Gomes, a divulgar sua campanha de financiamento para gravação de um CD em homenagem a ? Chiquinha Gonzaga, pelos seus 170 anos?. Se você puder contribuir ficaríamos muito agradecidos, qualquer valor é importante, super fácil é só acessar o link https://www.catarse.me/notempodachiquinha. Obrigado pela atenção, Grande abraço ? e se puder, compartilhe esse projeto lindo ❤?❤ Wandrei Braga ?

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Banco sem sorte, o do Nordeste. Depois de uma administração calamitosa como a do sr. Alencar Araripe, surge, agora o governador Parsifal Barroso indicando o sr. Valdemar Alcântara para a presidência. (Publicado em 13.10.1961)

Pichadores formam a linha de frente do crime

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ARI CUNHA

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Desde 1960

colunadoaricunha@gmail.com;

com Circe Cunha e Mamfil

Foto: correiobraziliense.com.br
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        Com a sanção feita agora pelo GDF da Lei Distrital nº 6.094, de 2018, prevendo punições e multas para os autores de pichações, está aberta, oficialmente, a temporada de caça às garatujas e outros rastros de sujeira deixados por delinquentes em prédios e monumentos públicos espalhados pela capital.

         O problema é que esse é apenas um primeiro e curto passo num longuíssimo caminho contra o vilipêndio contra nossas cidades, transformadas em guetos de gangues, que usam os espaços urbanos para marcarem posições de domínio e controle. Como foi elaborada, essa legislação precisaria ser mais incisiva e dura contra esses malfeitores, vedando qualquer possibilidade de depredação dos monumentos tombados e do mobiliário urbano. A brecha na lei para que o infrator repare o dano causado, desde que não seja reincidente, amolece a punição e deixa, em aberto, o retorno do pichador.

      Hoje, a pichação já é considerada, em todo mundo, como uma praga de difícil contenção. Nos países desenvolvidos, a atividade é mais visível apenas nas áreas degradas dos subúrbios, onde os serviços públicos são mais ausentes. Mesmo assim, a punição é severa e sujeita o infrator a duras penas, com o trancafiamento do sujão por longos períodos, além de pesadas multas e reparação do dano.

         Nos países que formam o bloco do chamado Terceiro Mundo, as pichações fazem parte da paisagem urbana e são vistas em qualquer parte da cidade em que a vista alcança, contribuindo para a degradação física dessas áreas e deixando subentendido a todos que naquela região o poder público e a segurança do Estado não mandam. A celebrada Teoria das Janelas Quebradas, provando que pequeninos sinais de depredação do espaço público acabam por induzir a destruição de tudo em volta, como uma semente do mal, ainda não foi devidamente considerada por nossas autoridades para deter a decadência da maioria das áreas centrais de nossas metrópoles.

        A pichação forma, ao lado da poluição visual dos reclames publicitários disformes, um retrato acabado da distopia urbana, que faz de nossas capitais um lugar ainda mais insalubre e hostil para seus habitantes. As pichações nessas áreas de risco apenas delineiam o caminho para delinquência agir e registra, com assinatura e tudo, que aquele é um espaço do crime, entregues a eles pela omissão do poder público e, em parte, pelo assentimento da população, acossada e refém dessas gangues.

         Hoje em dia, andar pelos centros de nossas cidades, qualquer uma, quando a noite cai, é uma experiência de alto risco e sujeita o incauto ao risco de morte. Aqui vale dizer, que nossos representantes na presidência da Câmara dos Deputados e Senado Federal comandam as casas legislativas vindos dos estados mais violentos do país. Rio de Janeiro e Ceará clamam para que os ocupantes do alto escalão façam efetivamente alguma coisa para coibir a violência no país.

         Na abertura dos trabalhos legislativos, o presidente do Senado abordou o assunto dizendo que “é preciso agir de forma cada vez mais vigorosa contra o crime organizado”. O senador Eunício Oliveira  sugeriu, ainda, a criação de um Sistema Nacional Unificado de Segurança Pública e mais rapidez nas reformas dos códigos Penal e de Processo Penal e da Lei de Execuções Penais. Já o presidente da Câmara Rodrigo Maia confessa que o tema violência precisa ser discutido de maneira transparente no Parlamento.

         Não se enganem, pichadores formam a linha de frente da violência e, como tal, devem ser combatidos com todo o rigor sob pena de virmos a nos tornar encarcerados em nossas residências, transformadas hoje em verdadeiros bunkers, mas, que na realidade, não passam de celas que construímos para nós mesmos.

A frase que foi pronunciada:

“A violência é uma questão de poder. As pessoas se tornam violentas quando se sentem impotentes.”

Andrew Schneider

Outro lado

Recebemos de Juliana de Castro, da agência de Comunicação CDN, um Relatório Anual da Seguradora Líder – DPVAT. A íntegra pode ser lida no blog do Ari Cunha.

 

Email enviado pela Assessoria de Imprensa da Segura Líder sobre Relatório Anual – DPVAT

Distrito Federal tem um dos mais baixos índices de acidentes de trânsito no Brasil

O Distrito Federal, apesar de possuir uma frota de aproximadamente 1,7 milhão de veículos (dados do DENATRAN/novembro 2017), possui um dos mais baixos índices de indenizações pagas em todo o Brasil. Em 2017, foram 2.411 indenizações pagas pela Seguradora Líder a moradores do Distrito Federal, ou 0,6% do de indenizações pagas em todo o Brasil. Outro destaque relativo à região é o baixo número de fraudes detectadas: apenas 14 casos em todo o ano de 2017.

 

Número de indenizações por morte pelo DPVAT cresce 23% em 2017

Relatório Anual Seguradora Líder-DPVAT, administradora do seguro, apresenta um panorama sobre as vítimas de acidente de trânsito no Brasil

Rio de Janeiro, fevereiro de 2018 – O número de indenizações pagas para vítimas fatais no trânsito brasileiro cresceu 23% em 2017. O dado é fruto do Relatório Anual Seguradora Líder-DPVAT, administradora do seguro, que indica um retrato da violência no trânsito em todo o país. Em relação a mortes, o destaque fica com São Paulo que, seguido por Minas Gerais e Ceará, figura no topo da lista dos estados com maior número de sinistros pelo segundo ano consecutivo.

Segundo os dados, em 2017, mais de 380 mil indenizações foram pagas nos três tipos de cobertura oferecidas pelo DPVAT: morte, invalidez permanente e despesas médicas. Ainda que expressivo, o número é, aproximadamente, 12% menor do que o registrado em 2016, com cerca de 430 mil indenizações pagas. No recorte somente por invalidez permanente, por exemplo, os dados também registram queda, desta vez, de 18% em relação ao ano anterior.

Em relação ao perfil das vítimas, os homens representam 75% das indenizações pagas por acidentes no país. A faixa etária entre 18 e 34 anos, um extrato importante da população economicamente ativa, concentra 49% das indenizações pagas. Quando avaliado por cenários regionais, a mesma tendência se repete em praticamente todos os estados.

Outro recorte que merece destaque é o dos acidentes com motocicletas. De acordo com o relatório, três em cada quatro indenizações do Seguro DPVAT estão relacionadas a veículos sobre duas rodas. Apesar de representarem 27% da frota nacional, as motos são responsáveis pelo maior número de acidentes e de vítimas, acumulando 285.662 sinistros ou 74% das indenizações pagas em 2017.

Em alguns estados, o número de vítimas de acidentes com motocicletas chega a ser 10 vezes maior do que o registrado com carros, como é o caso do Ceará. 88% das indenizações por morte em acidentes com motocicletas foram para vítimas do sexo masculino. No caso de acidentes de motos que resultaram em sequelas permanentes, 79% das indenizações também foram para vítimas do sexo masculino.

O Seguro DPVAT representa uma proteção importante aos mais de 200 milhões de cidadãos em caso de acidentes de trânsito em todo o território nacional, seja ele motorista, passageiro ou pedestre, sem considerar a responsabilidade sobre o acidente. O Relatório Anual Seguradora Líder-DPVAT 2017 contribui para dimensionar a extensão dos danos causados pela violência no trânsito em todo o país, bem como progressos alcançados pela educação e conscientização de motoristas.

 

Intenso combate a fraudes

Outro importante dado apresentado pelo relatório é em relação ao combate a fraudes. Somente em 2017, foram evitadas perdas de R$ 222,9 milhões referentes a 17.550 tentativas comprovadas de fraudar o Seguro DPVAT para recebimento de indenizações. O montante de fraudes evitadas em 2017 é 85% superior ao identificado em 2016 (120,2 milhões).

O resultado expressivo representa o intenso trabalho da Seguradora Líder a fim de garantir que o Seguro DPVAT continue atendendo a quem de fato precisa. Neste sentido, uma das principais atribuições da empresa é criar instrumentos que busquem a proteção do benefício contra fraudes. Para isso, a Seguradora Líder segue investindo em tecnologia para aprimorar os controles.

O Relatório Anual Seguradora Líder-DPVAT completo está disponível no link.

Sobre a Seguradora Líder-DPVAT

Em operação desde janeiro de 2008, a Seguradora Líder-DPVAT é uma empresa privada, responsável pela administração do Seguro DPVAT no Brasil. A seguradora se tornou uma das principais fontes de dados relacionados a acidentes de trânsito no país. No site www.seguradoralider.com.br estão disponíveis para o cidadão diversas informações sobre o Seguro DPVAT e estatísticas.

 

Seguradora Líder – Assessoria de Imprensa

CDN Comunicação

Juliana Castro – juliana.castro@cdn.com.br / 21 3626-3726
Fábio Cunha – fabio.cunha@cdn.com.br / 21 3626-3761

Fabiane Moreira – fabiane.moreira@cdn.com.br / 21 3626-3723

Seguradora Líder
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Juliana Castro
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Tensão

Momentos de tensão no concerto da abertura da temporada da Orquestra Sinfônica (do Cine Brasília, já que o teatro da cidade está há 5 anos fechado.)  Ao anunciar a presença da primeira dama Márcia Rollemberg, não houve vaias, mas aplausos.

Realidade

Embora muita gente discorde, foi bom o governador enfrentar a opinião pública indo até a Galeria dos Estados. Pelo menos, não fez como muitos que só sobrevoam de helicóptero. Estava atento e agora bem mais informado sobre a sua responsabilidade de administrar a verba para as devidas manutenções de engenharia.

Foto: agenciabrasilia.df.gov.br
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Tartaruga

A Comunicação Social da Secretaria de Cultura está bem lenta em relação a divulgação dos trabalhos da Orquestra. Na abertura da temporada, o material chegou um dia antes do evento.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O sítio Pirangy, do sr. Silvio Pedroza, em Natal, tem um cajueiro, que é o maior do mundo, ocupando sua copa, uma área de 4.200 metros quadrados. Uma semente já foi plantada no Pirangy de Brasília, para ver se filho de cajueiro é cajueirinho… (Publicado em 13.10.1961)

Histórias para o futuro visto

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ARI CUNHA

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Charge: filosofia.seed.pr.gov.br
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         No futuro distante, quando os historiadores passarem a analisar, com mais acuidade e sem a cegueira das paixões políticas, o período marcado pelos governos petistas no comando do país, irá se deparar com um material vasto e riquíssimo para a elaboração das mais diversas teses, abrangendo os mais variados aspectos da alma humana, abarcando temas que vão desde a psicologia comportamental até a elementos que remetam a literatura, mais propriamente ao realismo fantástico.

           Aliás, para entender com mais precisão, esse período e a performance de pessoas e grupos ligados ao partido no poder naquela ocasião, será necessário ir buscar, para além da ciência política, características também descritas no realismo mágico, presente em muitas obras da literatura latino-americana. Somente a partir de uma análise mais ampla e sem preconceitos desse tempo, será possível adentrar num período de nossa história em que personagens reais se misturam com seres imaginários fabricados pelo marketing e pela propaganda política, resultando numa amálgama sui generis e surrealista.

         De imediato os pesquisadores irão se defrontar com personagens que repentinamente se viram emergindo numa nova realidade, passando a ser expostos à um mundo que jamais sonharam existir. Para tanto, colocando os interesses do Estado de lado, até por que não compreendiam seu funcionamento, passaram a cuidar, às pressas e de improviso, de organizar um patamar ou bunker para proteger a cúpula do partido, assegurando medidas que permitiriam, doravante

            Para um grupo, que se viu de repente sob as luzes da ribalta, aquele era um mundo novo, semelhante, talvez, àquele encontrado pelos navegantes europeus no século XV. Os Saltimbancos tomaram o poder dos patrões e conseguiram fazer o pior. Continuaram com o mesmo olhar que tanto reclamavam, mas de forma provinciana, abastecendo pessoas e partidos com dinheiro da corrupção. Tanto é, que não há estruturas mudadas nem na educação, transporte, segurança e saúde. A esperança depositada nos Saltimbancos também morreu.

Charge: criandoecriticando.blogspot.com.br
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           Ao tomar posse do novo e amplo continente, os Saltimbancos paulistas trataram logo de agradar os autóctones do poder, com ossos, ovos de outro, carroças e uma estranha liberdade na forma de maços gordos de dinheiro, arrancados dos cofres do Estado. Guardados em malas, apartamentos, cuecas, contas no exterior, países afora.

           Pela facilidade com que encontraram as minas do ouro de aluvião, passaram a explorar, febrilmente, as jazidas localizadas no seio das muitas estatais. Como nos melhores contos, onde a ambição de uns poucos leva todos igualmente à ruína, a rapinagem desmedida acabou por despertar inveja nos antigos donos da terra, alijados do banquete pantagruélico.

         O que seguiu dessa desventura foi trazida à luz da população, sob a forma de delações, feitas por traidores temerosos do cadafalso da justiça. Os milhares de relatos, que compõem essa fase, traçam o retrato de um mundo que pareceu existir muito além da realidade, mostrando situações e personagens que levariam escritores como Gabriel Garcia Márquez, Jorge Luis Borges, Alejo Carpentier, Manuel Scorza e outros, a entender que para além do fantástico e mágico mundo que criaram, existe um país onde uma miríade de personagens eleva esse tipo de leitura aos píncaros da imaginação, reduzindo a realidade à um livro de areia, que se escreve infinitamente.

A frase que foi pronunciada:

“Nosso Brasil é um eterno baile de máscaras e fantasias.”

Joãozinho Trinta, de onde estiver.

Ainda

Não foi preciso aguardar o desastre ocorrido na Galeria dos Estados para externar a preocupação de muito tempo. Esta coluna já chamou a atenção várias vezes para a ponte do Bragueto. A ondulação saliente que havia na ponte foi lixada poucos dias atrás pelo DER. Sempre remendos. Essa ponte não foi projetada para o peso e movimento das últimas décadas. A mesma coisa com a Barragem do Paranoá. Se para a troca de um alambrado o descaso é gritante, imaginem para a manutenção da área.

Foto: correiobraziliense.com.br
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Cidadania

Professor Davi Moreira Santos, do CED Condomínio Estância III, encaminhou 3 correspondências ao Governo do DF. A primeira ao senhor Marcelo Granja, do Detran, solicitando que seja revitalizada a pintura das faixas sinalizadoras de trânsito, próximo à escola e posto de saúde, avenida principal da Estância, Avenida Marechal Deodoro, Quadra 98 Setor sul de Planaltina.

Foto: Professor Davi Moreira
Foto: Professor Davi Moreira
Foto: Professor Davi Moreira
Foto: Professor Davi Moreira
Foto: Professor Davi Moreira
Foto: Professor Davi Moreira
Foto: Professor Davi Moreira

Documentado

A outra carta pede ao administrador de Planaltina, Vicente Salgueiro, postes na rua contrária ao prédio da escola Estância III, já que os alunos do horário noturno precisam de mais segurança na saída das aulas. O parquinho da Estância, Próximo ao centro de Saúde, precisa ser revitalizado. As cartas e a documentação poderão ser lidas na íntegra no Blog do Ari Cunha.

Carta 1-1

Carta 1-2

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Sr. Roberto de Souza Lima, SQ 411 Bl. 20 apt. 108: foi uma nota de bom humor. O senhor é que não interpretou bem. Desculpe. (Publicado em 13.10.1961)

 

Seguro mal explicado vale indenização?

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ARI CUNHA

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colunadoaricunha@gmail.com;

com Circe Cunha e Mamfil

Foto: 24horasnews.com.br
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        No Brasil, de uma forma geral, a compra de um carro é feita para atender a necessidade de trabalho. É, nesse sentido, uma ferramenta, usada para transporte de pessoas ou carga e passa longe de ser um objeto de luxo, até pelo preço cobrado pelas unidades que são vendidas aqui, no mercado interno.

        Também a precariedade acentuada dos transportes públicos, acaba servindo como incentivo a mais na compra de um automóvel particular. Ciente desses aspectos, a indústria automobilística fatura alto nas vendas, o que faz desse mercado um dos maiores do mundo.

        Com isso, uma frota fabulosa de aproximadamente 45 milhões de carros de todo o tipo se somam a 13 milhões de motos que passam a entupir, todos os dias, nossas principais metrópoles, contribuindo para o caos urbano no trânsito e causando prejuízos de toda ordem.

        Com uma frota desse tamanho circulando nas estradas em péssimas condições, não chega a ser surpresa que todos os anos sejam registados 47 mil mortes no trânsito, além de 400 mil pessoas que ficam com algum tipo de sequela por conta dos acidentes variados.

        Para uma economia como a nossa, forçada a conviver com os parâmetros ditados por uma espécie de capitalismo selvagem em que o Estado se coloca como o sujeito de maior proeminência, o caos provocado pelo número enorme de automóveis e vítimas é, antes de tudo, fator de lucros.

         O que resulta em prejuízos para os donos de automóveis envolvidos em sinistro, representa para as agências de seguros, impostas de forma compulsórias pela legislação de trânsito, um oceano de lucros fáceis e nebulosos, amealhados de cada cadáver ou mutilado nessa guerra desigual das estradas brasileiras.

         Os Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) possuem, em cima do prêmio do seguro obrigatório, além de um monte de cadáveres e mutilados, montanhas de explicações para prestar à sociedade.

         Os desvios do DPVAT são numerosos e antigos, e foram aqui mesmo, nesta coluna, por diversas vezes, motivo de editoriais. Os negócios pouco explicados envolvendo sinistros, dentro do nosso modelo particularíssimo de legislação de trânsito, vão desde o destino final do valor arrecadado até as centenas de fraudes e negócios mal explicados com a indenização das vítimas.

         Desde sua criação em 1974, os negócios envolvendo a Seguradora Líder e seu consórcio de 77 seguradoras, que orbitam essa empresa, vem sendo alvo da justiça e mais recentemente do Ministério Público. O poderoso lobby desse consórcio tem impedido, até aqui, que projetos como o do senador José Medeiros (PPS-MT), que restabelece a livre iniciativa, dando ao proprietário de veículos o direito de livre escolha da seguradora que irá cobrir possíveis danos pessoais, prossigam em tramitação.

         São mais de R$ 7 bilhões arrecadados todos os anos que se perdem no sinuoso caminho da burocracia marota. Colocada sob as leis do mercado, onde impera a lei da oferta e da procura, o valor desse tipo de seguro será reduzido drasticamente. A Seguradora Líder recebe 2% da arrecadação com o DPVAT de cerca de 60 milhões de veículos automotores todos os anos.

         Curiosamente, quando a Polícia Federal chega perto desse negócio da China, o valor do seguro cai, como foi o caso da Operação Tempo de Despertar, realizado pela PF. Naquela ocasião, janeiro de 2017, houve uma redução dos prêmios do DPVAT em 37%, gerando uma economia naquele instante de R$ 3 bilhões para os consumidores.

        Auditoria feita agora pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou a necessidade de se investigar um esquema de fraudes de mais de R$ 5 bilhões só com seguro obrigatório DPVAT, administrado pela Seguradora Líder, ao longo dos últimos dez anos. A investigação mira também a atuação da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que teria viabilizado as fraudes ao longo de todo esse tempo.

      Caso chegue à um bom termo, essas investigações poderão abrir caminho para a liberdade de milhões de condutores, explorados por mais de quatro décadas por um sistema, que muitos acreditam operar como uma quadrilha institucionalizada no seio do Estado.

 

A frase que foi pronunciada:

“Quem é cego? Aquele que é incapaz de enxergar outro mundo./Quem é mudo? Aquele que é incapaz de dizer palavras amáveis no momento certo/Quem é pobre?/Aquele que é atormentado por ambição desmedida./Quem é rico? Aquele cujo o coração está em paz!”

Provérbio indiano

Conserto

Por falar em revitalização, não localizamos nos arquivos da administração da 308 Sul quem foram os responsáveis pela construção dos dois escorregadores de pedra do Parquinho da quadra. São diferentes e eram uma diversão sem igual para a meninada. Hoje, estão caindo aos pedaços, sem manutenção alguma, afastando de lá qualquer responsável que queira ver os filhos brincando em segurança. Veja o estado dos escorregadores hoje em dia. As fotos são de Cláudio C. Oliveira.

Foto: Enviada pelo WhatsApp
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Concerto

Hoje é o grande dia. Promovido pela Embaixada da Índia, em parceria com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, a Bharat Symphony, ou A Sinfonia da Índia, será apresentada no Cine Brasília, às 20h, sob a regência do maestro Claudio Cohen e as presenças do Dr. Lakshminarayana Subramaniam, Kavita Krishnamurty, Bindu e Ambi Subramaniam. A entrada é franca.

Arte

Livro Scratch Ink, da Catapulta Editores, usa nova técnica de colorir para estimular criatividade e relaxamento. Por trás de um preto total há cores. Quem dá a forma é o leitor. Veja no blog do Ari Cunha o desenho feito por Mamfil, nosso colaborador desta coluna.

Desenho: Mamfil
Desenho: Mamfil

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Hoje é sexta-feira, treze. Não leia seu horóscopo. Foi publicado o Decreto nº 51.336 que dispõe sôbre níveis de salário-mínimo.  (Publicado em 13.10.1961)

Primeiro projeto popular do DF

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

colunadoaricunha@gmail.com;

com Circe Cunha e Mamfil

Foto: agendacapital.com.br
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          Tantas a Câmara Legislativa do DF aprontou e por tanto tempo, que acabou induzindo os brasilienses a elaborar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) contra o acúmulo de mordomias e disparates que esse parlamento local ergueu para seus membros.

              Ironia das ironias, quis o destino que, por sua ação perdulária com o dinheiro público, a Casa das Leis acabou sendo alvejada pela primeira lei popular confeccionada diretamente pela população da capital, escandalizada pelo comportamento de seus representantes.

        Juntos, o Observatório Social de Brasília (OSBrasília), o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), associações apartidárias sem fins lucrativos, que buscam o controle social dos gastos públicos e a transparência das instituições, tomaram a frente do projeto com o lançamento da campanha “Câmara mais barata” e passaram a recolher assinaturas da população para trazer o Poder Legislativo da capital de volta a realidade.

         O objetivo é juntar 30 mil assinaturas, transformando essa petição num projeto regulatório que tem, apenas num primeiro momento, a intenção de acabar de vez com os gastos com verba indenizatória que hoje totalizam R$ 25 mil mensais para cada distrital. Somente com essa medida será possível, segundo os idealizadores do projeto, fazer uma economia de R$ 300 milhões a cada legislatura, ou o equivalente a compra de 3.640 ambulâncias ou 135 milhões de merendas escolares.

Charge: jornalconversainformal.blogspot.com.br
Charge: jornalconversainformal.blogspot.com.br

        O projeto de lei popular visa, ainda, diminuir os gastos da CLDF com as chamadas verbas de gabinete, que hoje perfazem R$ 230 mil mensais para cada parlamentar para a contratação de pessoal. Pela proposta, este gasto será equiparado com outras assembleias legislativas do país, o que resultaria em mais uma economia de R$ 48 milhões anuais, que teriam um destino bem mais nobre e necessário para os brasilienses.

   Outra intenção preliminar do projeto é reduzir drasticamente a verba com a publicidade institucional, cujo o valor em 2017 ficou em R$ 25,9 milhões e vinha aumentando a cada ano. Pela nova lei, esse valor seria reduzido para aproximadamente R$ 5 milhões anuais, o que resultaria numa economia de mais R$ 85 milhões a cada quatro anos. É bom os idealizadores, junto com a população, apressarem o passo para colher logo as assinaturas necessárias e pressionar pela aprovação integral do novo texto, disciplinando a Casa.

         Alguns distritais, informados desse projeto e ante as eleições que se aproximam, já começaram a se movimentar para apresentar um texto alternativo e obviamente mais desidratado para apresentar aos eleitores, colocando-se, é claro, como pai da criança.

          A presença do próprio presidente da CLDF ao lançamento da campanha no Museu da República e declarações como a feita pelo deputado Chico Vigilante chamando a proposta de demagógica, dão a pista de que haverá resistências dentro da Casa. Olho vivo e faro fino, portanto.

A frase que foi pronunciada:

“O homem público é o cidadão de tempo inteiro, de quem as circunstâncias exigem o sacrifício da liberdade pessoal, mas a quem o destino oferece a mais confortadora das recompensas: a de servir à Nação em sua grandeza e projeção na eternidade.”

Ulysses Guimarães

Carro quebrado e multa

Antes de passar pelo pardal da Barragem do Paranoá, que fica no sentido Norte/Sul, o motorista deve reduzir a velocidade menos do que exige o detector de velocidade. Isso porque um buraco está postado à vontade, sem que ninguém o incomode, pronto para estourar um pneu ou quebrar uma roda. Talvez seja mais interessante instalarem os pardais onde há buracos. Assim, quem desobedecer a lei será punido duas vezes.

Sem proteção

Por falar em Barragem do Paranoá, a fitinha amarela continua lá. Está no lugar do alambrado que foi derrubado por um carro que caiu muitos metros de altura. Sem o alambrado ou gard rail, a fita amarela faz o papel de proteção.

Escola

Vamos acompanhar se a merenda escolar da criançada da escola pública virá mais caprichada depois do carnaval. Ano passado, o lanche do noturno era caprichado, mas à tarde teve criança que não saiu das aulas de barriguinha cheia.

Novo Brasil

Sair da cadeia bilionário depois de ter surrupiado verba do erário parece ser uma punição bastante branda. Todos aguardam as declarações de Antonio Palocci quanto ao destino do dinheiro roubado pela corrupção. A cadeia é uma punição para a falta de consciência, mas tudo o que foi levado deve voltar aos cofres públicos. Espera-se então que saúde, educação, segurança e transporte passem a ser efetivamente responsabilidade do estado, como rege a Carta Magna.

Charge: ozailtonmelo.blogspot.com.br
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Empreiteiros conversando na pagadoria da Novacap: “É a primeira vez que vemos espremer uma laranja para sair dinheiro”. (Publicado em 13.10.1961)