XP mantém previsão para IBovespa no fim de 2023 em 130 mil pontos

Compartilhe

ROSANA HESSEL

Analistas da XP Investimentos estão mais otimistas com a Bolsa de Valores de São Paulo (B3), que abriu a semana decisiva para as pautas econômicas do Congresso — que terão um esforço concentrado antes do recesso branco do Legislativo —  com alta perto de 1,4%, nesta segunda-feira (03/07), a 119,7 mil pontos. Contudo, mantiveram as projeções para o fim do ano em 130 mil pontos, devido aos riscos externos e domésticos.

“Embora nossa perspectiva para o segundo semestre seja positiva para o Brasil, destacamos alguns riscos. Há riscos de recessão no exterior, que podem pesar nos preços das commodities, além do potencial retorno de riscos domésticos, com a reforma tributária como a próxima pauta fiscal, em especial a segunda parte que será sobre impostos em renda”, destacou o relatório da XP enviados aos clientes hoje.

De acordo com o documento, após um começo de ano fraco, o Índice Bovespa, principal indicador da B3, terminou a primeira metade de 2023 com crescimentos de 7,6%, em reais, e de 18,7%, em dólares. A previsão para o IBovespa tende a subir mais diante da perspectiva do início do corte da taxa básica de juros (Selic) a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Os ativos brasileiros terminaram o 1º semestre com um sólido desempenho. Isso foi devido a: (i) melhora das perspectivas econômicas; (ii) diminuição de riscos políticos e fiscais; e (iii) melhora nas leituras de inflação e expectativas de corte de juros em breve”, destacou o relatório da XP assinado pelos analistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig.

Diante da expectativa de que o corte de juros ainda não está precificado, o Ibovespa poderia ter subido para 131 mil em vez de 118 mil nos últimos dias. Com isso, segundo o documento, como o IBovespa tende a ser positivo nos ciclos de corte de juros e como “o valuation segue descontado”, com o Ibovespa ainda abaixo da média histórica e de “desconto de 50% em relação às ações globais”, os analistas mantiveram em 130 mil pontos a previsão para o Ibovespa no fim do ano.

Vicente Nunes