A razão da idade

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco O episódio lastimável de uma estudante jovem tripudiando de uma estudante de 40 anos me reacendeu a lembrança de uma memorável entrevista de Nelson Rodrigues concedida a Otto Lara Resende. Os dois eram muito amigos, mais Nelson de Otto do que Otto de Nelson. Existiam dois Ottos: o brincalhão sempre com uma blague na ponta da língua e […]

Rogério Costa Rodrigues

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco O professor Rogério Costa Rodrigues é uma referência inescapável quando se fala em cinema na cidade. Ele é uma das pessoas que inoculou a paixão pela arte cinematográfica em pelo menos duas gerações de brasilienses. As suas aulas, palestras e apresentações de filmes eram acontecimentos culturais. Rogério recitava planos inteiros dos filmes de John Ford, Eisenstein, Kurosawa, Glauber […]

A morte de Nelson

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

  Severino Francisco   Nelson Rodrigues nunca teve problemas em falar sobre a morte. Ela sempre esteve colada em seu corpo e ele jamais se esquivou de encará-la em crônicas, contos, peças ou entrevistas: “A morte é anterior a si mesma. Começa antes, muito antes. É todo um lento, suave, maravilhoso processo. O sujeito já começou a morrer e não […]

São Francisco candango

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco Maria Cobogó é um coletivo de mulheres de diversas idades, elegantes, bravas, generosas, delicadas e inflamáveis. Elas sabem fazer as coisas acontecerem. Quando lançam livros no Beirute, costuma faltar quibe. Em quatro anos de existência, lançaram mais de 20 obras, que revelaram ficcionistas e poetas da cidade. Duas produções foram reconhecidas como finalistas do Prêmio Jabuti: o projeto […]

Sérgio Rodrigues

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco Quando estudava na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se formou em 1952, Sérgio Rodrigues percebeu que, embora a arquitetura brasileira moderna fosse apreciada no mundo, não existia um mobiliário compatível com a sua qualidade. E nem bibliografia adequada. Por isso, na base autodidata, ele começou a […]

Balada para Di Cavalcanti

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco Escrevo ainda sob o choque do ataque bárbaro contra a tela As mulatas, de Di Cavalcanti, pelos vândalos no Palácio do Planalto. O pintor que elevou as mestiças brasileiras à condição de madonas tropicais tem conexões com Brasília. É autor de uma tapeçaria para o Palácio da Alvorada, um painel para o Congresso Nacional e pinturas da Via […]

A omissão dos governantes

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco   Vivemos tempos dramáticos em que talvez nunca a omissão das autoridades tenha sido tão decisiva no desencadeamento dos fatos. Por isso, esta coluna fez entrevista mediúnica exclusiva com o padre Antonio Vieira, o genial autor de Os sermões. Fala, mestre!   O que é, afinal, a omissão? A omissão é o pecado que se faz não se […]

A posse de Margareth

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Severino Francisco Eu e a torcida do Flamengo recebemos uma mensagem preciosa na sexta-feira. Era um vídeo com Margareth Menezes cantando no restaurante da Tia Zélia, na Vila Planalto. Maria de Jesus Oliveira da Costa, mais conhecida como Tia Zélia, é uma cozinheira baiana que veio para Brasília em 1976 e montou o restaurante popular na Vila. Ela começou com […]

O rei do futebol

Publicado em Deixe um comentárioCrônicas

Em 1968, eu tinha 14 anos, morava em São Paulo e um dos meus melhores amigos era santista doente e parceiro de peladas na rua do bairro Jabaquara. Sempre ia ao Morumbi e ao Paecambu para assistir aos jogos do Santos. Voltava extasiado com os malabarismos de Pelé em campo. Meu pai resistia a que eu frequentasse estádios, pois era […]