O que se odeia no índio
não é apenas o ocupado espaço.
O que se odeia no índio
é o puro animal que nele habita,
é a sua cor em bronze arquitetada.
A precisão com que a flecha voa
e abate a caça; o gesto largo
com que abraça o rio; o gosto de
afagar as penas e tecer o cocar;
O que se odeia no índio
é o andar sem ruído; a presteza
segura de cada movimento; a eugenia
nítida do corpo erguido
contra a luz do sol.
O que se odeia no índio é o sol.
A árvore se odeia no índio.
O rio se odeia no índio.
O corpo a corpo com a vida
se odeia no índio.
O que se odeia no índio
é a permanência da infância.
E a liberdade aberta
se odeia no índio.
Severino Francisco Em 2019, o repórter Fernando Jordão do site do Correio viveu uma aventura…
Severino Francisco Carmem Moretzshon e Guilherme Reis formaram um dos casais mais incríveis da história…
Severino Francisco Quem quiser fazer um treinamento para o aquecimento global, não pode deixar…
Severino Francisco Na última sexta-feira, por volta de 20h, eu estava em casa concentrado na…
Severino Francisco A paixão de Berê Bahia pelo cinema nasceu na pequena cidade baiana de…
Severino Francisco A última vez que vi Guilherme Reis, que nos deixou na terça-feira, aos…