Severino Francisco
Reportagem de capa do caderno Cidades expõe um perigo que nos ronda, principalmente, aos que moram nas cercanias do Plano Piloto. Moro em um condomínio horizontal do Plano Piloto, próximo a São Sebastião, e assisti a diversos vídeos de acidentes com caminhões em vias que costumo percorrer de carro. Quando olhava para os vídeos ou para os escombros momentos depois do acontecido, me via claramente na cena.
Eu, as pessoas da minha família e qualquer outro passante poderia estar envolvido em acidentes graves. Você está dirigindo, tranquilamente, em baixa velocidade, com respeito às regras de trânsito e, em um átimo, é abalroado, se machuca ou perde a vida de uma maneira estúpida. Para sanar o problema, foram construídas várias áreas de escape para os caminhões se safarem na hora do sufoco.
No entanto, a medida se mostrou insuficiente. As cenas de caminhões carregados com pesos de toneladas desgovernados no meio da cidade se repetiram de maneira ameaçadora. O GDF decidiu deslocar o fluxo dos caminhões para a Avenida do Sol, ponto de circulação para uma série de condomínios da região. Claro que era preciso fazer algo urgente para proteger a população de São Sebastião.
Todavia, com isso, só transferiu o problema para um território que já se depara com desafios da mobilidade. Na Estrada do Sol, a via é estreita, com declives, muitas curvas, não existe acostamento ou áreas de escape. Mesmo sem os caminhões, o fluxo de veículos é intenso e crescente, uma vez que por lá transitam moradores de condomínios. A movimentação de caminhões só agrava a situação da mobilidade em um lugar em que ela já é complicada.
O GDF sugeriu que os caminhões utilizem a BR 251, mas, para fazer um trajeto com 20 kms a menos, eles tomam mesmo a Avenida do Sol. Não é preciso projetar o que pode acontecer. Já aconteceu, vi um carro engavetado em um poste por um caminhão, poucos dias depois das restrições de circular em São Sebastião.
Os engenheiros de trânsito sugerem que se construa outra estrada para abrigar os caminhões. Mas a reportagem de Cidades, levantada a partir da morte de uma criança na Fercal, atingida por uma pedra lançada por um caminhão, mostrou que o problema é muito mais amplo e alcança várias regiões do DF.
A pedra tirou a vida de Guilherme Pires dos Santos Silva, de 9 anos. Acidentes imprevisíveis sempre acontecem. Mas essa morte é filha do descaso, da falta de fiscalização, da precariedade das condições da pista. O risco é constante para moradores e motoristas.
Os pesquisadores consultados pela reportagem do Correio disseram que, em primeiro lugar, era preciso o Detran fazer uma análise detalhada do resultado das perícias nos locais dos acidentes para entender as causas e, dessa maneira, traçar uma política pública de prevenção e combate dessas tragédias.
A vistoria, prevista pela lei, é um instrumento importantíssimo de segurança, argumentou Paulo César Marques, professor de engenharia de tráfego da UnB. É preciso ouvir mais os pesquisadores. Muitas tragédias são evitáveis. É preciso mais cuidado com a nossa vida.
Severino Francisco Dariel Valença Lins, um dos mais talentosos ilustradores da história das artes gráficas…
Severino Francisco É muito acertada a decisão de vedar o uso de celulares nas escolas.…
Severino Francisco Fui ver a abertura do 12º Festival de Curtas. Fiquei feliz de ver…
Severino Francisco Os cientistas já haviam detectado que as árvores da Amazônia arremessam na atmosfera…
Severino Francisco Certa vez, eu embarquei em avião no aeroporto de Brasília quando percebi a…
Severino Francisco Quando eu morava na 203 Norte, ia todos os domingos até a 403…