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Centrais sindicais apoiam greve dos trabalhadores da Embraer
Por meio de nota, a CUT, Força Sindical, UGT, CTB e CSB declaram total apoio e solidariedade aos trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos, que entraram em greve nesta terça-feira (24) por aumento real de salário e preservação de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva da categoria
“Consideramos justa a reivindicação dos trabalhadores e esperamos que o bom senso e sensibilidade social prevaleçam.
Ressaltamos que a greve é um importante e legítimo instrumento dos trabalhadores na luta para garantir que suas reivindicações sejam atendidas garantindo aumento real e a preservação dos direitos conquistados”, afirmam as centrais.
A nota é assinada pelos dirigentes sindicais:
Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Miguel Eduardo Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Greve Geral: metalúrgicos param nove fábricas de São José dos Campos e Região
Os metalúrgicos estão parados em nove fábricas de São José dos Campos e Jacareí. Também há paralisações em outras categorias e às 10h começou o ato unificado na Praça Afonso Pena.
Nesta manhã, não houve produção nas metalúrgicas General Motors, Prolind, Hitachi, Parker Filtros, Heatcraft (todas em São José dos Campos), Avibras, Parker Hannifin, Armco e Deca (em Jacareí). Nas empresas terceiras da GM, a paralisação foi em massa. As mobilizações foram organizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas.
Também pararam as indústrias químicas Monsanto (São José), Basf (Jacareí) e IFF (Taubaté). Na Revap, os petroleiros que entrariam às 23h de quinta-feira e às 7h desta sexta aderiram à greve. Os trabalhadores da construção civil que atuam na refinaria estão participando das mobilizações.
Entre os bancários, todas as agências da região central de São José dos Campos estão paradas.
Repressão
Os condutores enfrentaram forte repressão, ainda nas garagens. A Guarda Municipal agiu com truculência para forçar a saída dos ônibus da empresa Maringá, na Zona Sul de São José dos Campos. Dirigentes sindicais foram agredidos com cassetetes e gás de pimenta. Mesmo assim, houve paralisações pela manhã.
Na Embraer, também houve tensão durante uma manifestação na entrada do primeiro turno. A Polícia Militar chegou a agredir o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Toninho Ferreira.
Ato na Praça Afonso Pena
Trabalhadores de diferentes categorias irão realizar um ato unificado, nesta sexta-feira, às 10h, na Praça Afonso Pena. Será um grande protesto contra o governo Temer e as reformas trabalhista e da Previdência.
“Este é um dia de luta contra todos os ataques que esse governo e Congresso Nacional corruptos estão fazendo contra os trabalhadores. Em todo o país estão acontecendo mobilizações contra a retirada de direitos, e os metalúrgicos mostram sua tradição de luta”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
Greve geral terá adesão dos metalúrgicos e outras dez categorias de São José dos Campos e região
Os metalúrgicos de São José dos Campos e região vão aderir à Greve geral desta sexta-feira, 30 de junho. Esta será a segunda vez que trabalhadores de todo o país farão uma greve conjunta, num período de apenas dois meses, exigindo a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e contra as reformas trabalhista e da Previdência, lembrou o sindicato.
A região de São José dos Campos concentra algumas das principais metalúrgicas do estado de São Paulo, como a General Motors, Embraer e Gerdau.
Também já está aprovada em assembleia a adesão dos condutores, petroleiros, bancários, vidreiros, químicos, Correios, alimentação, construção civil, servidores municipais de São José dos Campos e Jacareí e servidores estaduais da saúde e Previdência. Todas essas categorias participaram da greve do dia 28 de abril, divulgou o sindicato dos Metalúrgicos.
As paralisações estão sendo convocadas pelas centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, CGTB, CSB, CTB, Intersindical, NCST e UGT.
A greve geral acontece na semana que antecede a provável votação da reforma trabalhista no plenário do Senado. “As mudanças orquestradas pelo governo Temer na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) colocarão em risco direitos históricos dos trabalhadores. Uma das mais graves alterações prevê que acordos negociados entre patrões e sindicatos têm mais valor do que a legislação, o que pode levar à redução de direitos”, destacou a entidade.
“As reformas preparadas pelo governo Temer são um grave ataque aos direitos trabalhistas e previdenciários e serão votadas por um Congresso Nacional formado por corruptos. O presidente Temer e os parlamentares não têm qualquer moral para impor essas reformas aos trabalhadores. Temos que tirar todos esses corruptos do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
O Sindicato dos Metalúrgicos, filiado à CSP-Conlutas, abrange as cidades de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Santa Branca e Igaratá.
Uma delegação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (CSP-Conlutas) vai a Brasília, nesta terça-feira (21), para cobrar dos deputados federais e senadores o voto contra a reforma da Previdência. Os trabalhadores irão se somar a outras categorias que também estarão no local, a partir das 9h.
Cerca de 40 metalúrgicos seguirão para o Congresso Nacional para fazer um “corpo a corpo” com os parlamentares. A ofensiva faz parte da campanha para derrubar a reforma previdenciária proposta pelo governo de Michel Temer (PDDB).
“Esta reforma não vai melhorar em nada a Previdência. Não tem um ponto positivo sequer, por isso vamos começar uma campanha forte para pressionar os deputados a derrubá-la. Quem votar a favor da proposta estará votando pelo fim da aposentadoria e dos benefícios sociais da Previdência”, disse Macapá.
Ato Público
O Fórum Interinstitucional em Defesa do Direito do Trabalho e da Previdência Social (Fids) vai realizar nesta quarta-feira, dia 22, às 10h, o Ato Público contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, na Câmara dos Deputados (Auditório Nereu Ramos), em Brasília.
Esse fórum foi formado a partir de uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho, que convidou centrais sindicais e outras entidades para debater as reformas e dizer não a redução de direitos sociais. A CSP-Conlutas e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos fazem parte do Fids.
A General Motors informou na noite de sexta-feira (29) ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que enviará, neste sábado (30), 517 telegramas de demissão aos trabalhadores que estão em lay-off desde agosto de 2015.
O presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, já informou à GM que a entidade é contra as demissões e que estima um número maior de pessoas que deveriam voltar para a fábrica nesta segunda-feira (1º).
O Sindicato vai tentar agendar uma reunião com a GM e está convocando todos os trabalhadores do lay-off para uma assembleia nesta quinta-feira (4), às 10h, na sede do Sindicato (Rua Maurício Diamante, 65, Centro).
Para entender
Em agosto de 2015, a GM havia demitido 798 trabalhadores. Pressionada pela greve deflagrada por todos os trabalhadores da fábrica, a montadora assinou acordo no Tribunal Regional do Trabalho – 15ª. Região, colocando esses funcionários em lay-off.
O acordo prevê que cada adesão ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto pela empresa resultará no abatimento do número de excedentes (798) considerado pela companhia. Também deverão ser considerados no cálculo os trabalhadores que se desligaram da fábrica (entre agosto de 2015 até hoje), mesmo não estando em lay-off.