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“A aprovação por um chefe como parâmetro para a estabilidade de um servidor público pode colocar em xeque a objetividade dos atributos exigidos para gozar tal direito. Há incontáveis exemplos de chefes desqualificados técnica e moralmente, sendo a maioria deles escolhida meramente por critérios da chamada baixa política”
Charles Alcantara*
O posicionamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, publicado hoje (30), na conta oficial da Pasta no Twitter, reduz a importância do concurso público e aumenta o peso da opinião valorativa do chefe. Com isso, o ministro Paulo Guedes quer, na prática, restaurar o predomínio do compadrio, do afilhadismo e do nepotismo na Administração Pública.
Guedes afirmou que a Reforma Administrativa vai “valorizar o bom servidor. Não atinge o direito de quem está lá. Para ganhar estabilidade tem que provar que é um bom servidor, ter espírito de equipe, ser aprovado pelo chefe”. A aprovação por um chefe como parâmetro para a estabilidade de um servidor público pode colocar em xeque a objetividade dos atributos exigidos para gozar tal direito. Há incontáveis exemplos de chefes desqualificados técnica e moralmente, sendo a maioria deles escolhida meramente por critérios da chamada baixa política.
Existem carreiras de estado que são extremamente estratégicas e é preciso que estes postos sejam atrativos, a fim de manter o alto nível de profissionais que trabalham para o Estado. Ameaçar a estabilidade de servidores que realizam investigações e autuações, por exemplo, é perigoso, não apenas pelo risco do favorecimento ilícito de pessoas ligadas aos governantes do momento, como pela possibilidade de queda na arrecadação.
Servidores públicos podem perder o cargo caso cometam crimes contra a administração pública, parem de ir ao trabalho, faltem com frequência excessiva, vazem informações ou utilizem o cargo para obter benefícios pessoais, entre outras condutas. Nessas situações, o servidor pode responder a um processo judicial ou administrativo.
Como a exoneração de servidores públicos já está prevista na lei, não há necessidade de acabar com a estabilidade para tratar de casos de abuso de poder por parte dos servidores. O fim da estabilidade, inclusive, pode levar a um aumento desses casos, pois facilita o aparelhamento do Estado, já que fragiliza os servidores públicos diante do poder econômico e político e os deixa a mercê de interesses dos governantes de plantão.
*Charles Alcantara – Auditor fiscal de Receitas do Estado do Pará e presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco)
Geração mais conectada da história será protagonista nas redes sociais durante o período eleitoral. Page Talent analisa erros e acertos da exposição no mundo digital
Intolerância, polêmicas vazias, frases preconceituosas, desprezo à objetividade e carência de diálogo educado. O período eleitoral no Brasil transforma o debate público num ambiente bastante parecido com o que há de pior nas redes sociais. Nesse sentido, o que os jovens devem evitar em seus perfis para não comprometer a imagem profissional?
“Mesmo que ainda não estejam em programas de trainees ou iniciado algum estágio, em 2018 ninguém terá mais a chance de viver um mundo à parte nas redes sociais. Empresas, formadores de opinião, colegas, professores, contatos de networking, enfim, hoje estão todos conectados, de forma inédita no Brasil e no mundo. Na vida moderna as informações pessoais se confundem com a reputação profissional, para o bem e para o mal. Não há segredos, apenas boa vontade para transformar a criatividade das postagens e reproduções em boas referências. Não é censura, padronização e nem afetação. É reputação. Algo que precisa ser encarado de modo mais maduro aqui no país, em especial em momentos mais tensos, como o das eleições que se aproximam”, analisa Ariane Israel, gerente executiva da Page Talent, unidade especializada na condução de programas de trainee e estágios, do PageGroup Brasil.
A Page Talent preparou um guia simples, com a linguagem usual das mídias sociais, que evita problemas e ajuda nas boas escolhas.
Confira.
Merece like
a) Conteúdo que exprime suas verdades pessoais
b) Páginas/pessoas/campanhas de opiniões diferentes da sua
c) Páginas/projetos de causas sociais/planetárias (não importa ideologia)
d) Cultura, esportes, bem-estar, autoconhecimento (que tal aprender sempre?)
e) Críticas sociais, denúncias e campanhas (que não ofendam ninguém)
f) Marcas e empresas que você admira (não precisa seguir, mas vale a sintonia)
“Vale mostrar ao mundo seus valores, crenças, paixões. As redes sociais podem ser ótimos canais para a expressão de sentimentos mais artísticos, e claro, de elementos de diversão, bom-humor e empatia. Nesse ponto, temos uma rede de divulgação muito favorável ao crescimento pessoal”, afirma Ariane Israel.
Vale compartilhar
a) Denúncias contra as fake news
b) Vídeos ou textos de fontes confiáveis
c) Páginas/projetos de causas sociais/planetárias
d) Campanhas de temas e dados verdadeiros (não importa ideologia)
e) Grupos de estudo e eventos culturais (agenda de shows, palestras etc.)
f) Serviços e informações que podem ajudar o próximo (não importa ideologia)
“Pessoas que sabem compartilhar o melhor de si com os outros são mais interessantes, isso dentro ou fora das redes sociais. É legal compartilhar conteúdos que podem fazer bem às pessoas à nossa volta”, comenta a gerente executiva da Page Talent.
Merece ser apagado (ou no mínimo, atenção extra)
a) Páginas que praticam fake news (não importa de onde venham)
b) Vídeos de conteúdo maldoso, racista e com ofensas pessoais
c) Páginas/Pessoas que ofendem religiões (saia dessa, não importa sua crença)
d) Postagens de “humor” para temas delicados (vale a pena ofender alguém?)
e) Postagens antigas que não combinam mais contigo (essa reflexão é pessoal)
f) Fotos/vídeos/memes que podem ofender colegas de trabalho (avalie de forma honesta)
“Bem, acho que os tópicos são autoexplicativos. Cada um tem total direito de expressar livremente nas redes sociais, porém, as cobranças, pressões e até eventualmente os ataques, também são livres. Esteja atento ao que você está comunicando” ressalta a especialista em recrutamento.
Merece bloqueio (estes temas não cabem no mundo de hoje)
a) Ofensa religiosa (não importa sua crença)
b) Racismo de qualquer natureza
c) Homofobia (leia sobre o tema)
d) Machismo (leia sobre o tema)
e) Links para download de conteúdo duvidoso e ofensivo
f) Qualquer culto à violência
“Não dá mais para levar na brincadeira qualquer forma de violência, abuso, discriminação etc. Use suas redes sociais como uma central de qualidade, mantenha por perto o que te faz bem, mas também te faz crescer. Não seja um canal de influência para páginas ou pessoas que não estão respeitando o mundo e a sociedade”, diz a especialista.
Empresas se incomodam com jovens de política (na web e no trabalho?)
“De forma alguma. Falar de temas políticos denota maturidade, preocupação, engajamento e até senso de respeito com o ambiente público. O que incomoda são as ofensas. Não acredito que um jovem possa se prejudicar por defender paixões políticas, ou simplesmente criticar ideias de governos ou até mesmo por não se interessar pelo tema. O que não vai trazer resultados é o desrespeito com as ideias alheias. Aliás, isso pode estragar até mesmo o melhor ambiente de trabalho. Vale a reflexão. O momento eleitoral pode aflorar críticas excessivas. Elogios, identificação e propósito jamais vão atrapalhar”, finaliza a especialista em recrutamento de jovens talentos, Ariane Israel.
Sobre a Page Talent
Page Talent é a unidade de negócios da Page Personnel dedicada ao recrutamento de estagiários e trainees. É parte do PageGroup no Brasil.