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Centrais sindicais apoiam petroleiros, fortalecimento da democracia e do movimento sindical
As centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB manifestaram apoio e solidariedade à greve dos trabalhadores petroleiros, prevista para durar 72 horas a partir de amanhã. “Diante do sensível momento que o país vivencia, as centrais sindicais, visando o diálogo construtivo, irão apresentar, no próximo dia 6, às 10 horas, no Sindicato dos Químicos de São Paulo (Rua Tamandaré, 348) uma Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, com uma pauta voltada para os interesses da sociedade, que será debatida durante o processo eleitoral, onde as mudanças de rumo se darão por meio de eleições democráticas”, destaca a nota
Veja a nota:
“Entendemos que as reivindicações dos petroleiros são justas e apontam para a necessidade de protegermos a Petrobras da especulação financeira e da venda para multinacionais.
A Petrobras é uma das mais importantes empresas dos brasileiros, com um incomensurável papel na economia do país, considerando-se tanto na área de investimentos como no processo de valor dos combustíveis. É importante proteger e desenvolver o papel estratégico das empresas públicas (Petrobras, sistema Eletrobras e bancos públicos, entre outros) para a promoção dos desenvolvimentos econômico e social.
Ressaltamos que o governo federal demonstrou durante a greve dos caminhoneiros inabilidade política, insensibilidade social e incapacidade de realizar uma negociação adequada, como o momento exigia.
O impasse da greve dos caminhoneiros e a sua duração são claros resultados da política de desmonte do movimento sindical, implantada e incentivada pelo governo federal. Reflexo da nefasta reforma trabalhista, o desmonte sindical levou ao impasse e à perda de credibilidade na negociação, visto que o governo buscou, de forma atrapalhada, uma negociação fragmentada.
Ao fomentar a negociação individual e fragmentada – cada estrada tinha uma liderança –, o governo sofreu os danos de não encontrar, no outro lado da mesa de negociação, entidades fortes, representativas e com lideranças centralizadas para negociar as verdadeiras demandas da categoria.
A história tem revelado a importância de entidades sindicais fortes e representativas como fator de equilíbrio e bom senso nas negociações em todas as partes do mundo.
Diante do sensível momento que o país vivencia, as centrais sindicais, visando o diálogo construtivo, irão apresentar, no próximo dia 6, às 10 horas, no Sindicato dos Químicos de São Paulo (rua Tamandaré, 348) uma Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, com uma pauta voltada para os interesses da sociedade, que será debatida durante o processo eleitoral, onde as mudanças de rumo se darão por meio de eleições democráticas.
As centrais sindicais, legítimas representantes dos trabalhadores, têm propostas que visam um país com crescimento da economia, dos empregos e de renda para todos, além do fortalecimento das entidades sindicais visando negociações equilibradas, o fortalecimento e a ampliação de políticas sociais, em prol da eliminação da desigualdade social e da renda.
Vagner Freitas – Presidente da CUT
Paulo Pereira da Silva – Paulinho da Força, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT
Adilson Araújo – Presidente da CTB
José Calixto Ramos – Presidente da Nova Central
Antonio Neto – Presidente da CSB”
Reforma da Previdência – se não acontecer até o dia 20, só em 2019, dizem servidores
A expectativa do funcionalismo é que, se não houver quórum, com se espera, até 19 de dezembro, as discussões serão adiadas para 2019, pois nenhum político deseja tocar em assunto tão polêmico em ano eleitoral
Em mais um esforço concentrado para impedir a votação da proposta (PEC 287/2016) de reforma da Previdência, servidores fizeram ontem manifestações em vários pontos estratégicos do país e no Congresso Nacional. Na reta final dos trabalhos legislativos, antes do recesso parlamentar que começa dia 21, tentam todo jeito impedir que o texto seja apreciado pela Câmara e pelo Senado. E já começam a notar os efeitos da forte pressão. “A constatação de todas as entidades (29) que compõem o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) é de que o governo perdeu votos. No início da semana, contabilizava 260, baixou agora para 230, ainda mais longe dos 308 necessários para a aprovação da PEC”, contou Rudinei Marques, presidente do Fonacate.
Não foi à toa que o presidente Michel Temer já começou a admitir que a reforma ficará para fevereiro, assinalou. A expectativa do funcionalismo é que, se não houver quórum, com se espera, até 19 de dezembro, as discussões serão adiadas para 2019, pois nenhum político deseja tocar em assunto tão polêmico em ano eleitoral. “Temer vai enrolar. Adiou para fevereiro, depois dirá que será depois do carnaval, em seguida, após a Copa do Mundo, aí vai preferir esperar as eleições. Chegará novamente o Natal, outro recesso e, enfim, 2019”, resumiu Marques. Mesmo assim, o Fonacate ainda não relaxar.
Amanhã, fará novo corpo a corpo com os parlamentares. E ainda planeja visitar a Quadra 302 de Brasília, local onde mora a maioria dos parlamentares quando estão na Capital, em ato semelhante ao que aconteceu na semana passado, articulado pelo Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Instituto Mosap). Cedo, ao de saírem de suas casas, os políticos serão surpreendidos pelos servidores na entrada da quadra.
Auditores da Receita Federal
Pela manhã, as auditores-fiscais da Receita Federal , em greve desde 1º de novembro, protestaram em frente à sede do Ministério do Planejamento. Aproveitaram o dia, não apenas para contestar a PEC 287, mas também para iniciar uma maratona de 72 horas de protestos contra a atitude do governo, que ainda não regulamentou o bônus de eficiência e produtividade das carreiras do Fisco – um extra de R$ 3 mil que entra nos contracheques todos os meses. Cláudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), declarou que a categoria exige a conclusão do acordo salarial fechado desde 2015, ainda na gestão de Dilma Rousseff.
“Depois de três anos, estamos na porta do Planejamento para exigir o que foi combinado. O culpado de tudo isso chama-se Dyogo Oliveira (ministro do Planejamento)”, salientou Damasceno. À tarde, os manifestantes se uniram ao ato público do Fonacate. O Sindifisco contesta a falta de uma regra de transição para quem entrou no serviço público até 2003, que tem direito à paridade e à integralidade. Trabalha para incluir um destaque que retire da PEC a exigência de completar 65 e 62 anos de idade para a aposentadoria desses servidores. “O governo quer fazer um reforma dizendo que não há outra solução. Mas não tinha isso em sua plataforma nas eleições de 2014. A proposta mexe com os direitos dos cidadãos, por isso deve ser discutida. Não podemos aceitar que um governo imerso em corrupção venha tratar de algo tão sério”, reforçou.