Governo irrita servidores ao não atender pedido de audiência

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As manifestações contra o governo começaram. E com mais força após as ofensas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que chamou os servidores de parasitas, em palestra para empresários no Rio de Janeiro, na semana passada

Se a resistência da equipe econômica em abrir a mesa de negociação vinha irritando o pessoal do carreirão, desde 2019, a recusa em receber seus representantes, ontem, para uma audiência de lançamento oficial da campanha salarial (marcada desde 30 de janeiro), foi mais uma lenha na fogueira e a prova, segundo os servidores, de que o Dia Nacional de Paralisação, em 18 de março, vai angariar ainda mais o apoio da sociedade.

“Não quiseram nos receber sequer para registrar o protocolo. Está claro que o governo faz questão de manter o clima de confronto. Vamos ter que nos mobilizar”, declarou Paulo Henrique Scrivano Garrido, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (Asfoc). A manifestação, ontem, em frente à sede do ministério, em Brasília, aconteceu em um momento particularmente delicado. Estão na mira do governo a redução de até 25% dos salários e da jornada, o fim da estabilidade, o corte no número de carreiras e o aumento do tempo de estágio probatório, entre outras propostas.

Cerca de 100 pessoas.com diversos cartazes fizeram barulho na Esplanada, sem perder o bom humor. Criaram uma paródia da marchinha de carnaval “A Jardineira”, composta por Benedito Lacerda e Humberto Porto em 1938, gravada por Orlando Silva no carnaval de 1939, ironizando o termo “parasita”. O título era “Pinochetar, especular, parasitar: a vida de Paulo Guedes”. Na letra, destacavam: “Ô Paulo Guedes, sei que foste ao Chile/O que será que te apeteceu/Foi lá bancar o Chicago boy/Porque no Brasil tentou mas não deu/Guedes-carrapto/Chupa o sangue do trabalhador/É um banqueiro/E só sabe especular/Como todo parasita/Ele quer privatizar”.

Campanha salarial

Os servidores querem reposição das perdas salariais equivalente a 33,9%, do período de 2010 a 2019, e preservação do poder de compra das categorias do carreirão que tiveram aumento em duas parcelas (5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017). E de 15,9% equivalentes à defasagem salarial de julho de 2010 a dezembro de 2019 para os setores que ganharam quatro parcelas (5,5% em agosto de 2016, 6,98% em janeiro de 2017, 6,64% em janeiro de 2018 e 6,31% em janeiro de 2019). Ponto novo da campanha, em meio às pautas históricas dos servidores, é um pedido que vai afetar toda a sociedade: a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 103,87%. Esse percentual é a defasagem pela inflação acumulada de 1996 a 2019, apurada pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).

Querem também “política salarial permanente com correção das distorções e revisão geral anual que garanta reposição das perdas inflacionárias e incorporação de todas as gratificações, respeitados os acordos assinados em anos anteriores e não cumpridos pelo governo”, o que Guedes disse que eles ganhavam, anualmente, mas que nunca aconteceu. Além da retirada das Propostas (PECs 186, 187 e 188) do Plano mais Brasil, apresentadas ao Congresso pelo governo em novembro de 2019; novas vagas para concurso pelo Regime Jurídico Único (RJU) e reposição imediata de cargos vagos por exoneração, falecimento ou aposentadoria; manutenção da estabilidade; garantia da licença capacitação; atualização da tabela das diárias para viagens a serviço a valores de mercado, suficiente para cobrir custos com hospedagem, alimentação e transporte: revisão da indenização do transporte; direito irrestrito de greve e negociação coletiva, com base na Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); entre outros itens.

Amanhã é Dia Nacional de Paralisação

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais vão às ruas em 10 de novembro para denunciar fim de direitos trabalhistas

A CUT e demais centrais sindicais irão às ruas nesta sexta-feira (10), véspera da entrada em vigor da reforma Trabalhista, que alterou 100 itens da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho , “para denunciar os retrocessos do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB-SP), que vem atacando os direitos sociais e trabalhistas desde o dia em que ocupou o cargo da presidenta Dilma Rousseff depois de liderar um golpe de Estado. Ele ainda quer aprovar o fim da aposentadoria, com a chamada reforma da Previdência”, denuncia a central.

A manifestação, segundo a CUT, vai ao encontro do anseio dos trabalhadores/as brasileiros/as que, de acordo com a nova pesquisa CUT/Vox​, rejeitam a reforma Trabalhista. O índice de rejeição às alterações impostas na reforma de Temer chegou a 81% contra apenas 6% que aprovam as mudanças.

“A nova Lei Trabalhista legaliza o bico, praticamente acaba com o vínculo empregatício, rebaixa direitos e coloca o trabalhador nas mãos dos empresários que financiaram o golpe em troca deste desmonte que só beneficia empresários. E quanto mais os trabalhadores se informam, mais rejeitam as mudanças”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

As ações do “Dia Nacional de Paralisação” ocorrerão em diversas cidades do país.

Em São Paulo, a atividade iniciará às 9h30, com concentração na Praça da Sé e caminhada até Av. Paulista.

Confira as cidades em que, além de paralisações, terão atos públicos no dia 10 de novembro:

 

ESTADO ATO DIA 10/11

DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÕES E PARALISAÇÕES

AC Rio Branco

8h – Praça da Revolução

AL Maceió

8h – Sinimbu

AM Manaus

16h – Praça Eliodoro Balbino – centro

AP Macapá

10h – Praça da Bandeira

BA Salvador

11h – Caminhada do Campo Grande à Praça Municipal

13h – Manifestação na porta da Previdência Social

CE Fortaleza

8h – Praça da Bandeira – Marcha da Esperança

DF Brasília

9h – Ato Fora Temer e suas medidas –  Espaço do Servidor – Esplanada dos Ministérios

ES Vitória

12h – Praça 8 com caminhada  até à Justiça  do Trabalho com ato unificado às 14h

17h – UFES – Universidade Federal do Espírito Santo

GO Goiânia

16h – Praça do Bandeirante

MA São Luis

5h – Barragem do Bacanga

MG Belo Horizonte

9h – Praça da Estação

MS Campo Grande

8h – Paralisação da Eletrosul, que faz parte do Sistema Eletrobrás

9h  –  Ato em frente a Caixa Econômica da Barão do Rio Branco

10h  – Panfletagem na 14 de Julho com a Afonso Pena

10h – Roda de capoeira no corredor Central

16h – Ato na Praça Ari Coelho com enterro da CLT na superintendência do trabalho

MT Cuiabá

15h – Praça Ipiranga

PA Belém

8h30 – Praça Brasil, no TRT, com caminhada até o Ver-O-Peso

PB João Pessoa

14h – Colégio Lyceu Paraibano com caminhada pelas ruas do centro

PE Recife

9h – Praça da Democracia (Derby)

PI Teresina

8h – Praça Rio Branco com caminhada pelas ruas do centro

PR Curitiba

11h – Boca Maldita

RJ Rio de Janeiro

13h –Em frente à Prefeitura

16h – Candelária com caminhada à Cinelândia

RN Natal

14h – Praça Gentil Ferreira, no Bairro Alecrim, com caminhada até a Cidade Alta

RO  
RR Boa Vista

8h – Panfletagem no Terminal Rodoviário

9h  – Praça do Centro Cívico com caminhada pelas ruas do centro

RS Porto Alegre

16h – Av. Praia de Belas, na Justiça do Trabalho

18h – Ato das centrais na Esquina Democrática

SC Florianópolis

16h – Ticen

Chapecó

13h – BRF/Sadia

Lages

13h – Hospital Tereza Remo

Blumenau

6h30 – Terminais Fonte e Alterro

Joinvile

13h – Funcição Tupi

SE Aracajú

15h – Praça do Mini-Golfe ao lado da OAB

SP Capital

9h30 – Concentração na Praça da Sé com caminhada até Av. Paulista

14h – Palácio dos Bandeirantes – ato dos Servidores Públicos

Campinas
17h – Largo do Rosário, no Centro
Rosana
7h – Usina Porto Primavera, Rodovia SP – 613, km 78, contra privatização da Cesp

TO Palmas

9h – Em frente à CEF – Quadra 105 Sul – Rua SE 01

 

Centrais sindicais protestam nesta sexta-feira, 10, contra reforma da Previdência

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Trabalhadores da Força Sindical e das demais centrais sindicais farão manifestações nesta sexta-feira, dia 10, em várias regiões do país, em protesto contra a reforma da Previdência, que retira direitos.

Em São Paulo, o principal ato deste Dia Nacional de Paralisação contra a reforma da Previdência terá concentração na Praça da Sé, a partir das 10 horas.

Em outros Estados:

Acre – Em frente ao Palácio Rio Branco – sede do governo estadual – Brasil, rua Benjamin Constant – Centro, AC – a partir das 9 horas.
Alagoas – Praça Centenário. Em seguida os manifestantes percorrerão o centro de Maceió, terminando na Assembleia Legislativa do Estado – a partir das 9 horas.
Distrito Federal – Esplanada dos Ministérios – a partir das 12 horas.
Espírito Santo – Concentração na Praça 8, com caminhada até a Justiça do Trabalho (Parque Moscoso), a partir das 12 horas. Concentração na UFES, com ato político às 17 horas.
Goiás – Anápolis – Polo industrial – 30 mil trabalhadores vão parar a partir das 6 horas e, depois, caminhada por todo o Polo, onde as atividades serão paralisadas.
Maranhão – Unitário – Interdição da Barragem do Bacanga. A partir das 5 horas, concentração. Às 10 horas, caminhada até o Anel Viário, nas imediações do Centro Histórico.
Mato Grosso – Praça da República (em frente à prefeitura de Cuiabá) – a partir das 15 horas.
Mato Grosso do Sul – Em frente à Superintendência do Trabalho de Campo Grande – a partir das 8 horas.
Minas Gerais – Ato unitário na Praça Sete, em Belo Horizonte – a partir das 11 horas.
Pará – Ato unitário, a partir das 8 horas, na Praça Brasil, em frente ao Tribunal do Trabalho, seguindo, depois, em passeata até o Mercado Ver o Peso, em Belém.
Paraná – Diversas categorias das sete maiores centrais sindicais do Brasil. Os metalúrgicos farão um grande ato na Boca Maldita, centro de Curitiba, a partir das 11 horas.
Pernambuco – Praça do Derby – Recife, PE – concentração a partir das 9 horas.
Rio de Janeiro Caminhada da Candelária até a Cinelândia, no Centro do Rio – a partir das 16 horas.
Rio Grande do Sul – Concentração na Justiça do Trabalho, às 14 horas, seguindo, em seguida, para o centro de Porto Alegre, na Esquina Democrática – ato unitário a partir das 8 horas.
Santa Catarina – Cada sindicato fará panfletagem em sua base.
São Paulo
Capital –
Concentração na Praça da Sé, às 10 horas.
Ribeirão Preto – Em frente ao Terminal Rodoviário de Ribeirão Preto, localizado na Av. Jerônimo Gonçalves, 640 – Centro – a partir das 6 horas.
Sergipe – A Força Sindical realizará um ato a partir das 7h30, saindo da av. Barão de Maruí (Estadual) até a Praça Fasto Cardo.
Tocantins – Concentração, a partir das 9 horas, na Agência da Caixa Econômica Federal, Quadra 104 Sul, rua SE 01 (ponto da Ambira, centro – Palmas).

Dia Nacional de Paralisação – lista dos locais com atos agendados

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A CUT, os movimentos populares que formam as frentes Brasil Popular e  Povo Sem Medo e demais centrais sindicais irão às ruas nesta quarta-feira (15), Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, contra as reformas Trabalhista e da Previdência.

Várias categorias vão parar por 24 horas ou durante duas a três horas, entre elas, professores, bancários das agências dos principais corredores e centros administrativos, metalúrgicos e químicos, petroleiros. Outras categorias, vão atrasar a entrada, realizar assembleias e participar de atos públicos em  diversas cidades de todo o País.

“O que Temer quer fazer não é reformar a Previdência, é acabar com a aposentadoria”, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Para Vagner, medidas como idade mínima de 65 anos para homens e mulheres do campo e da cidade, o aumento de 15 anos para 25 anos do tempo mínimo de contribuição para aposentadoria e 49 anos de contribuição ininterrupta para o recebimento do valor integral do benefício, restringe e dificultam tanto o acesso à aposentadoria que milhões de brasileiros não terão mais acesso ao benefício.

O governo ilegítimo e golpista de Temer quer também aprovar a terceirização ampla e irrestrita e acabar com a CLT. “A ideia”, diz o dirigente,  “é acabar com as férias de 30 dias, aumentar a jornada, ampliar indefinidamente os contratos de trabalho temporário, além de acabar com o direito à aposentadoria pública no Brasil”.

“Eles não tocam no assunto do sucateamento da indústria e a não competitividade da moeda. Tudo que fazem é tirar direitos dos trabalhadores para diminuir o gasto público. Só que isso não é gasto, é direito e política social. Querem fazer um governo em que o pobre não esteja no orçamento do Estado”, critica.

As ações ocorrerão em diversos estados do país. Em São Paulo, o ato público ocorrerá na Av. Paulista, a partir das 16h, com a presença do ex-presidente Lula, do presidente nacional da CUT e diversas lideranças dos movimentos sindical e social.

Confira os locais das atividades programadas em todo o Brasil:

ACRE (Rio Branco)
8h – Ato público com concentração no Palácio Rio Branco

Paralisação dos vigilantes, correios, educação, saúde, polícia civil

ALAGOAS (Maceió)
10h – Praça dos Martírios

AMAPÁ (Macapá)
15h – Ato em frente à Companhia de Água e Esgoto do Amapá em protesto contra a privatização das empresas públicas, depois caminhada até o ato unificado, na Praça Veiga Cabral, no centro da capital

BAHIA (Salvador)
7h – Manifestação no Iguatemi

15h – Ato unificado com passeata no Campo Grande

BRASÍLIA
8h – Ato público Catedral – Esplanada dos Ministérios

CEARÁ (Fortaleza)
8h – Passeata no centro da cidade com concentração na Praça da Bandeira

ESPÍRITO SANTO (Vitória)
7h – concentração na Praça de Goiabeiras com caminhada até o Aeroporto

GOIÁS (Goiânia)
9h – concentração na Praça Deodoro com caminhada e ato em frente ao prédio da Previdência, no Parque Bom Menino.

MINAS GERAIS (Belo Horizonte)
10h – Ato na Praça da Estação

PARÁ (Belém)
9h – Ato público na Praça da República

Paralisação dos correios, bancários e acampamento no aeroporto de Belém

PARAÍBA (João Pessoa)
16h – Ato em frente ao escritório do Ministério da Previdência com passeata pelo centro

PARANÁ (Curitiba)
9h – Ato público na Praça Tiradentes
Paralisação da educação, servidores federais e municipais de Curitiba

PERNAMBUCO (Recife)
9h – Ato político na praça Oswaldo Cruz

PIAUÍ (Teresina)
9h –  Ato público em frente à Assembleia  e audiência pública sobre a reforma da Previdência

RIO DE JANEIRO

16h – Ato unificado na Candelária

RIO GRANDE DO NORTE (Natal)
14h – Ato público na Praça Gentil Ferreira

RIO GRANDE DO SUL (Porto Alegre)
18h – Esquina democrática, em Porto Alegre

RONDÔNIA (Porto Velho)
9h – Ato e passeata com concentração na Praça Estrada de Ferro Madeira Mamoré
Fechamento das principais agências do INSS

RORAIMA (Boa Vista)
8h – Ato público na Praça do Centro Cívico

SANTA CATARINA (Florianópolis)
16h – Ato público na Praça Miramar

SÃO PAULO
Capital:

16h – GRANDE ATO NA PAULISTA – MASP

Paralisações com caminhada até o ato unificado:

– Paralisação das agências bancárias na Av. Paulista
– 14h – Assembleia Apeoesp, na Praça da República, com caminhada até o MASP
– 14h – Assembleia Simpeem, em frente à Prefeitura de São Paulo, com caminhada até o MASP
– Paralisação do quarteirão da Saúde, no Metrô Clínicas, com caminhada até o MASP
– Paralisação dos estudantes e professores de direito da Faculdade São Francisco com caminhada até o MASP

– Arrastão dos Blocos sairá da Praça Roosevelt até o MASP

Araraquara
Aula pública na Praça Central

Matão

5h – Panfletagem Metalúrgicos

10h – Ato em frente ao INSS

19h – Audiência Pública sobre a reforma da Previdência

Piracicaba

9h – Praça José Bonifácio em frente ao Poupa Tempo
Ribeirão Preto
Ato Público em Frente ao Teatro Pedro II

São José do Rio Preto
17h – ato em frente ao Terminal Rodoviário

SERGIPE (Aracaju)
14h – Praça General Valadão

TOCANTINS
8h – Ato público com concentração na Rotatória do Colégio São Francisco