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Metalúrgicos do ABC fazem greve na próxima segunda (19) contra Reforma da Previdência
Os metalúrgicos do ABC ficarão parados na próxima segunda (19) em adesão ao Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência, convocado pela CUT e demais centrais sindicais. A mobilização foi aprovada pela categoria em assembleiano último dia (7) em frente à sede do Sindicato. A intenção é atingir toda a base sindical, composta por 70 mil trabalhadores.
Segundo o presidente da entidade, Wagner Santana, a orientação do Sindicato é para os trabalhadores não irem às fábricas na próxima segunda-feira. “Vamos mostrar a resistência da classe trabalhadora e impedir a aprovação dessa reforma que acaba com o direito de aposentadoria dos brasileiros”, afirmou o dirigente sindical. “Temos de dar o recado de que essa proposta não interessa aos trabalhadores e não pode ser feita por um governo sem nenhuma legitimidade. Não vamos permitir esse desmonte”, acrescentou.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vem fazendo atividades de resistência à reforma proposta pelo governo e de esclarecimento aos trabalhadores desde ao ano passado. Foram feitas passeatas, mobilizações nas fábricas, debates sobre o tema com especialistas, panfletagens, entre outras mobilizações.
Funcionários da Caixa Econômica Federal cruzaram os braços por um dia, na sede do Rio de Janeiro, em protesto contra a reestruturação do órgão que causou queda de salários e dispensa de comissionados, com impactos na prestação de serviço ao cidadão. Segundo Paulo Cesar Matileti, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, o movimento começou com uma assembleia, às 10 horas, e acabou em paralisação. “Alguns funcionários chegaram a ter redução de 30% na remuneração, porque perderam cargos comissionados. Alguns setores quase foram extintos, pois havia 150 pessoas, sendo que 102 delas com funções gerenciais”, explicou. Como reação às medidas, anunciadas pela presidente da Caixa, Miriam Belchior, em 10 de março, os trabalhadores programaram um Dia Nacional de Luta para 24 de março, em todo o país.
De acordo com a Confederação Nacional dos trabalhadores no Ramo Financeiros (Contraf-CUT), a data é para evidenciar indignação e demonstrar que, ao contrário de cortes de funções e dispensa de comissionados, todos querem a suspensão das mudanças, a contratação de mais empregados para reduzir a sobrecarga e melhorias nas condições de trabalho. O processo de enxugamento do quadro, informou a Contraf, também obrigou diversos bancários a se mudarem para outros estados, caso queiram garantir os mesmos cargo e salário. E a apesar de a Caixa ter noticiado que o modelo de reestruturação começou no final de novembro de 2015, o processo está sendo executado unilateralmente e arbitrariamente na matriz e filiais e, posteriormente, deverá ser estendido para as agências. O prazo de conclusão na matriz é 15 de abril.
Mesmo antes do Dia Nacional de Luta, em vários estados, as insatisfações foram expostas de diferentes formas. Ontem, em Brasília, às 8 horas, foi feita uma manifestação no edifício-sede I, no Setor Bancário Sul. E hoje, às 19h30, no Teatro dos Bancários, nova reunião para discutir e analisar as possíveis estratégias para questionar na Justiça a reestruturação da Caixa. Na terça-feira passada, em São Paulo, o sindicato local paralisou a superintendência regional. Dirigentes sindicais enfatizaram as ameaças do Projeto de Lei do Senado (PLS 555) – que pretende transformar empresas públicas em sociedades anônimas, controladas por acionistas –, além do Projeto de Lei da Câmara (PL 30/2015) – que legaliza a terceirização hoje considerada fraudulenta pela Justiça do Trabalho.