Denúncias do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Embaixadas, Consulados e Organismos Internacionais e Empregados que laboram para Estado Estrangeiro (Sindnações) apontam que um cidadão do próprio país que morava na instalações da embaixada foi expulso e ameaçado de morte porque reclamou do atraso de salário por mais de seis meses. As ameaças partiram de Mohamed Chems Deen Yola, filho do cônsul Alhassane Haidará
O não cumprimento de direitos trabalhistas dos atuais e ex-empregados, entre outros sérios problemas na Embaixada da República da Guiné, foi o que motivou o ato do Sindnações, nesta manhã (das 9h às 10h), na sede da embaixada, no SHIS – QI 07 – conjunto 03- casa 01 – Lago Sul – Brasília-DF.
Mohamed Lamine Nabe, 38 anos, registrou queixa da ameaça na 11ª Delegacia de Polícia, do Núcleo Bandeirantes. Declarou que, desde 2013, trabalhava na Embaixada da República da Guiné, mas nunca teve a carteira de trabalho assinada. Além disso, o salário combinado era de R$ 3,5 mil, mas só recebia R$ 2 mil.
Ele morava na própria embaixada. Porém, em 9 de dezembro de 2016, foi informado pelo cônsul Alhassane Haidará que deveria deixar a casa, sem que, no entanto, houvesse uma dispensa formal do emprego. Não foi dada baixa em seus documentos.
Em seguida, os cadeados da representação diplomática foram trocados e Nabe não pode entrar para retirar de lá seus pertences.
No dia 20 de janeiro último, Nabe foi ameaçado de morte por Mohamed Chems Deen Yola, filho do cônsul Alhassane Haidará. Segundo o boletim de ocorrência, por várias vezes, Yola gritou “vou te matar”. Com medo, o trabalhador registrou queixa na delegacia.