Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, reconheceu que sua posição não é imutável sobre discutir o índice de 21,3%. Amanhã, 7, acontece a reunião no MEC com o secretário de Ensino Superior, Jesualdo Farias às 11 horas.
A chamada Caravana Nacional da Educação, da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior do Brasil (Fasubra), que reúne 61 entidades, reivindica negociações efetivas com o governo federal e rejeita a contraproposta de reajuste de 21,3%, em quatro anos. Segundo os servidores, o índice não repõe as perdas inflacionárias desde 2012 e não cobre a inflação para os próximos anos.
Após a pressão da categoria em não permitir a entrada dos servidores no prédio-sede MPOG, o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, e Wladimir Nepomuceno, se reuniram com a representação da Fasubra. Na reunião, segundo informou a entidade, “Mendonça reconheceu que a contraproposta do governo federal não foi aceita pela maioria dos servidores públicos federais e afirmou ainda que sua posição não é imutável sobre discutir o índice econômico. De acordo com ele, provavelmente no dia 17 de agosto será apresentado o resultado das discussões internas do governo.”
A partir de hoje, destacou a nota da Fasubra, Mendonça se comprometeu a participar das reuniões entre a entidade e o Ministério da Educação (MEC), incluindo discussões de itens da pauta de impacto financeiro. Amanhã, 7, acontece a reunião no MEC com o secretário de Ensino Superior, Jesualdo Farias às 11 horas.
Dentre os pontos da pauta específica serão discutidos: carreira, step, racionalização, incentivo à qualificação, aposentados, jornada de trabalho e outros. De acordo com líderes do movimento, a pauta de reivindicações inclui ainda concursos públicos para que as universidades deem conta da expansão pela qual têm passado nos últimos anos. A Fasubra Sindical afirma que o estabelecimento de negociações de fato, são resultado da força da greve.
Segundo o coordenador geral da Fasubra, Rogério Marzola, o governo tem feito propostas aquém das expectativas dos servidores. Para o sindicalista, o corte no orçamento das universidades vai piorar ainda mais a situação das instituições de ensino público. “Funcionários terceirizados já foram demitidos, o que tem precarizado ainda mais áreas como as de limpeza e de segurança”.
Marzola informou que as universidades estão mobilizadas desde o dia 28 de maio. “Nem a matrícula dos alunos está sendo feita.” Ele acrescentou que estão em Brasília caravanas vindas de diversas partes do país, iinclusive de localidades como os estados do Pará e Amapá. “Muitos deles passaram mais de três dias na estrada para participar das manifestações. Isso mostra a vontade e a força política de nossa greve”, destacou o coordenador da Fasubra.
O“Agosto Vermelho”, intitulado como mês de luta dos trabalhadores, começou com manifestações e atos de servidores na luta por seus direitos e por conquista de espaço e respeito nas negociações.
Brasília, 14h46min