Devido à indefinição dos projetos de recomposição salarial que tramitam no Senado Federal, os servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) paralisam suas atividades nesta quarta (3). A agenda de mobilização também conta, a partir das 15h, com ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e assembleia-geral com indicativo de greve para o dia 10 de junho.
Os servidores do Poder Judiciário e do MPU tiveram seu último reajuste salarial aprovado em 2006. De lá para cá, acumulam perdas salariais e promessas. O PLC 28/15 (Judiciário) aguarda ser votado no Plenário do Senado. Embora esteja tudo pronto para ser incluso na Ordem do Dia, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, pediu para o presidente do Senado, Renan Calheiros, não pautar o projeto enquanto um acordo orçamentário entre Judiciário e Executivo não for fechado. Embora Lewandowksi afirme estar em amplo processo de negociação ainda não há qualquer contraproposta por parte do Executivo. Já o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, garante atuar em conjunto com o presidente do STF. O PLC 41/15 (MPU) está tramitando na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado.
Diante de tanta indefinição, os servidores do Poder Judiciário e do MPU decidiram, na assembleia do dia 27 de maio, paralisar suas atividades por 24 horas no dia 3 de junho, intensificando assim a mobilização que levará à greve nacional. O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do MPU no Distrito Federal (Sindjus), que tem feito gestões junto a senadores e autoridades do Judiciário/MPU para garantir a aprovação da recomposição salarial, afirma que o momento é de unidade e pressão por parte dos servidores para superar os obstáculos da política de arrocho salarial imposta pelo Planalto.
Brasília, 14h28min