Nesse momento, a carreata segue pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A adesão é grande ao ato organizado pela União dos Policiais do Brasil (UPB), com mais de 20 entidades representativas de carreiras da segurança pública, e apoiado por diversas entidades nacionais. A maioria votou em massa no presidente Jair Bolsonaro. Agora, decepcionadas, o chamam de “traidor”
Foto: UPB
Servidores públicos de diversas carreiras fazem, nessa quarta-feira (23/6), uma carreata contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32/2020), que define as regras da reforma administrativa. A mobilização, segundo organizadores, é em defesa do serviço público. O ato começou no estacionamento do Mané Garrincha, às 14 horas, e agora várias categorias se unem na Esplanada dos Ministérios.
De acordo com os servidores, a reforma administrativa traz diversos prejuízos e riscos para as carreiras públicas e para o serviço prestado, “que deixará de ser de Estado e passará a ser do governo de ocasião”. Entre os pontos inoportunos estão “a flexibilização do concurso público e a total abertura para ingerências por parte de qualquer governo de ocasião, além da banalização dos processos punitivos aos servidores de carreira”, apontam.
Foto: Fonacate
O objetivo é chamar atenção das autoridades e da sociedade para o desmonte que se aproxima. “É um verdadeiro desmonte do serviço público e uma clara perseguição ao servidor. Estão fazendo uma reforma que fragiliza a solidez das instituições públicas, permitindo interferências políticas nas instituições. Há um grande risco de as instituições, que devem ser de Estado, se transformem em instituições do governo de ocasião”, afirma Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e secretário-geral da UPB.