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Servidores do IBGE cruzam os braços nesta quarta, 29 de julho
Os trabalhadores do IBGE paralisam suas atividades em todo o país por 24 horas. Eles reivindicam a reestruturação do seu Plano de Carreira, o fim da compensação de trabalho e a readmissão dos demitidos na greve de 2014, assim como o fim do trabalho temporário em atividades contínuas e concursos públicos que cubram as vagas em aberto no IBGE. A manifestação acontece no mesmo dia em que a ASSIBGE – Sindicato Nacional terá negociação com o Ministério do Planejamento, em Brasília.
Brasília, 16h01min
Salários vão de R$ 1,2 mil a R$ 1,6 mil
Os Correios estão finalizando os ajustes para a publicação do edital de concurso público para preenchimento de vagas e formação de cadastro reserva para o cargo de agente de Correios, nas atividades de carteiro e operador de triagem e transbordo (OTT).
Serão cerca de 2 mil vagas com cadastro reserva para vários Estados (AM, BA, MG, MS, MT, PE, PR, RJ, RS, SC, SP) e no DF. Desse total de vagas, 10% serão reservadas para pessoas com deficiência (PCD) e 20% para pessoas pretas e pardas (PPP). Estão previstos para os candidatos aprovados nas provas de conhecimento a realização do teste de esforço e, posteriormente, o exame médico admissional.
O salário inicial para os operadores de triagem e transbordo, somado à gratificação (GIP), chega a R$ 1.284,00. No caso dos carteiros, soma-se ainda o adicional de distribuição, elevando a remuneração para R$ 1.620,50. Além disso, os admitidos terão benefícios como vale alimentação/refeição (de R$ 971,96 a R$ 1.092,48), vale-transporte, auxílio-creche ou auxílio babá, além de adicionais – de acordo com o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – e a possibilidade de adesão ao Plano de Previdência Complementar.
A previsão é que a empresa divulgue os demais detalhes sobre o concurso até o final do próximo mês.
Brasília, 15h58
A Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, na tarde de segunda-feira (27/7), duas propostas de atos normativos. Uma apresenta sugestão de regulamentação para o teletrabalho no Judiciário. O outro texto trata do aperfeiçoamento da segurança dos oficiais de justiça. Os textos serão submetidos à apreciação do plenário do CNJ.
A proposta que regulamenta o teletrabalho tomou como parâmetro as experiências dos tribunais que já implementaram essa prática, a exemplo do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Um dos principais pontos é a mudança na forma de aferição do trabalho nas unidades que adotarem o teletrabalho, que passa a ser feito por meio de metas de desempenho.
“A proposta consolida a meta de desempenho como método de mensuração do trabalho, superando o tradicional e antiquado modelo de controle em razão do tempo disponibilizado pelo servidor ao tribunal. No Judiciário do terceiro milênio, guiado pela cultura de resultados e pelo uso inteligente da tecnologia, pouco interessa saber quanto tempo o servidor permaneceu dentro do tribunal, mas o quanto ele efetivamente produziu”, explica o conselheiro Rubens Curado, presidente da comissão e relator da proposta.
As metas de desempenho, segundo o conselheiro, deverão ser fixadas não apenas para o servidor em regime de teletrabalho, mas para toda a unidade que aderir ao novo modelo.
A proposta é que a meta de desempenho do servidor em teletrabalho seja, no mínimo, a mesma estabelecida para o servidor que trabalha presencialmente. Os tribunais, no entanto, poderão fixar metas superiores. De acordo com o conselheiro, a minuta de resolução será colocada em consulta pública para coleta de sugestões dos tribunais para, só depois, ser submetida ao plenário do CNJ.
Oficiais de justiça – A comissão aprovou ainda uma proposta de recomendação que busca aperfeiçoar a segurança dos oficiais de justiça. A iniciativa foi tomada a partir de um estudo apresentado pela Federação Nacional das Associações dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Fenassojaf), que revela um expressivo número de atos criminosos praticados contra esses servidores no exercício de suas atribuições, inclusive homicídio.
Entre as medidas recomendadas estão treinamentos sobre temas como segurança pessoal, mediação de conflitos e direção defensiva, aquisição de equipamentos de segurança pessoal (como coletes a prova de balas), diligências com potencial de risco mediante acompanhamento de outro servidor (quando não for possível o reforço policial), tutoria dos recém-empossados e incremento ao uso de meios eletrônicos para comunicação oficial de atos processuais. A proposta deve ser encaminhada para inclusão na pauta do plenário do Conselho já nas próximas sessões.
Brasília, 14h28min
Por meio e nota, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB se manifestam contra a política econômica do governo, caracterizada pela elevação da taxa básica de juros e pelo aperto fiscal.
No documento, as entidades destacam que a taxa Selic atual, em 13,75% ao ano, significa, confirmada a previsão de inflação dos próximos 12 meses, segundo o Banco Central de 6,10%, uma taxa básica de juros reais de alarmantes 7,2% ao ano. Enquanto a taxa de juros nos EUA e no Japão é negativa e, na Europa, levemente positiva.
Como resultado, essa política derruba a atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego e diminui a capacidade de consumo das famílias e, mais, reduz a confiança e os investimentos dos empresários, o que compromete a capacidade de crescimento econômico futuro.
“A indústria encontra-se, em termos de produção física, abaixo da média do ano de 2008. O comércio apresenta uma inflexão negativa consolidada após anos de crescimento. Os serviços já se encontram em trajetória de desaceleração e os investimentos, não só permanecem em trajetória de queda, como a piora sobre a percepção futura limita qualquer expectativa de recuperação no curto prazo. Nesse contexto adverso somente os bancos estão ganhando. Depois de acumularem lucros muito maiores em 2014 (o do Itaú foi 30% maior e o do Bradesco, 25%) a despeito da estagnação econômica geral, os balanços do primeiro trimestre de 2015 atestaram novos aumentos dos respectivos lucros.”, enfatiza a nota.
Para as centrais sindicais, o aumento da taxa de juros tem sido ineficaz no combate a inflação, encarece o crédito para consumo e para investimentos, causa mais desemprego, queda de renda, piora o cenário de recessão da economia e ainda contribui para diminuir a arrecadação do governo. E mais: concentra cada vez mais renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros.
“Nós, representantes das principais centrais sindicais brasileiras, defendemos a imediata redução da taxa de juros e a implementação de uma política que priorize a retomada do investimento, o crescimento da economia, a geração de emprego, a redução da desigualdade social, o combate à pobreza e a distribuição de renda”, destacam os dirigentes sindicais. Assinam a nota: CUT – Central Única dos Trabalhadores FS – Força Sindical UGT – União Geral dos/as Trabalhadores/as CTB – Central dos/as Trabalhadores/as Brasileiros NCST – Nova Central Sindical dos/as Trabalhadores/as CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Brasília, 13h34min
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) autorizou, por meio da Portaria nº 302, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27), concurso público para 600 cargos para o quadro de pessoal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No total, serão 460 vagas para técnico em Informações Geográficas, 90 para analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e 50 para tecnologista em Informações Geográficas e Estatística.
A remuneração inicial para o cargo de técnico é de R$ 3.098,95, que exige nível intermediário. Já a remuneração para os cargos de analista e de tecnologista terá o inicial de R$ 7.000,49, ambos com exigência de nível superior.
A IBGE tem até seis meses, a contar de hoje, para providenciar a publicação do edital de abertura do concurso. A responsabilidade pela realização do concurso público será da Secretária-Executiva do MP, a quem caberá publicar as normas, como editais, portarias ou outros atos administrativos.
Este concurso público não poderá contemplar localidades prevista no Anexo I do Edital nº 2/2013, no qual há candidatos aprovados e não convocados para algumas especialidades, pois está atualmente em vigor.
O último concurso público foi autorizado em abril de 2013, por meio da Portaria n° 114, no qual houve preenchimento total dos 440 cargos previsto, além de nomeações adicionais, com base no Decreto n° 6.944/2009, que permite ao MP, durante o período de validade do concurso, autorizar a nomeação de candidatos aprovados e não convocados, podendo ultrapassar em até 50% o quantitativo original de vagas.
Brasília, 12h33min
O Conselho de Administração da Petrobrás se reúne nesta sexta-feira (24) para decidir o futuro da subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG), que deve seguir o caminho da liquidação total que a companhia vem promovendo. Promete ser uma nova queima de estoque, num processo que enfrenta muitas resistências e críticas de setor de óleo e gás. É mais uma decisão que será cobrada no futuro tanto da diretoria, liderada pelo presidente Aldemir Bendine, como do conselho, que serão responsabilizados pelo desmantelamento da empresa e pelo envio de mais empregos para a China, como nos casos das plataformas que estão sendo mandadas para construção no exterior.
Desde o ano passado, a TAG já não é mais controlada pela Gaspetro, mas sim pela Petrobrás, diretamente, e, além do processo de privatização que se desenrola agora, há uma reestruturação em vista. No entanto, são coisas distintas. O segundo processo trata de um termo de compromisso que a Petrobrás assinou com a ANP em 2003, que, resumidamente, previa a divisão da TAG em duas empresas separadas. O combinado era que, para a formação do Consórcio Malhas, voltado à expansão da rede nacional de gasodutos, seria necessária a cisão da TAG com focos diferentes, sendo uma empresa voltada à Região Sudeste e outra para as regiões Norte e Nordeste.
Agora o conselho se reúne para tratar da possível venda de participação da TAG ao setor privado, o que faz parte do extenso plano de desinvestimentos da Petrobrás para os próximos anos, com a previsão de levantar até US$ 57,7 bilhões no total, incluindo a venda de termelétricas, gasodutos e até campos produtivos no pré-sal. Existem três modelos de acordo em estudo em relação à TAG. Em um deles, na versão mais radical, a Petrobrás venderia 80% de participação, inclusive o controle, para o setor privado, angariando o maior volume de recursos no curto prazo. No segundo, a fatia a ser vendida seria de 60%, e na terceira hipótese seriam 49% a serem negociados, sem o repasse do controle acionário neste caso, que é o menos provável na visão do mercado. O tamanho da TAG é de chamar a atenção de investidores, já que a companhia teve lucro de R$ 572 milhões em 2014, com patrimônio líquido avaliado em R$ 6,6 bilhões.
Enquanto isso, o comando da estatal decidiu gastar cerca de R$ 5 milhões com a derrubada de paredes no Edifício Sede, no Rio de Janeiro, esperando que isso possa melhorar de alguma forma os problemas que levaram a empresa ao centro dos escândalos de corrupção descobertos com a Operação Lava Jato. A Petrobrás está cortando uma série de projetos, paralisando obras importantes e que estavam sendo esperadas há anos, gerando milhares de demissões pelo país, com o intuito de aumentar o faturamento, e acredita que a derrubada de paredes vai mostrar um novo tipo de governança? Além disso, para levar adiante essa ideia revolucionária, a companhia gasta outro valor para alugar um novo escritório para a diretoria enquanto as obras não terminam. Se a ideia era mostrar constrição e redução de gastos, a escolha por essa obra de reforma interna não parece fazer muito sentido, sendo que o assunto vem sendo motivo de incômodo para muitos funcionários internamente.
Agora a situação já reverbera de forma mais forte entre os próprios trabalhadores do setor de petróleo e gás, que decidiram fazer uma greve de 24 horas, paralisando plataformas e refinarias, dentre várias outras operações da Petrobrás pelo Brasil, com o intuito de mobilizar a diretoria da empresa numa nova direção, menos drástica, e que conserve os ativos da Petrobrás.
Fonte: Petronotícias
Brasília, 13h50min
PETROLEIROS PARALISAM ATIVIDADES EM TODOS AS UNIDADES DO SISTEMA PETROBRAS
Desde a zero hora desta sexta-feira, 24, os petroleiros iniciaram a greve nacional de 24h, indicada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos e referendada em assembleias realizadas por todo o país.
A greve de advertência é um protesto da categoria contra o novo Plano de Gestão e Negócios da Petrobras de 2015 a 2019 e, contra o PLs 131, projeto do senador José Serra, que pode tirar da Petrobras o papel de operadora única do pré-sal.
Confira o quadro nacional divulgado pela FUP):
NF – Nas bases de Terra do Norte Fluminense, a paralisação começou no Terminal de Cabiúnas, às 23h30, quando os trabalhadores entregaram a produção da unidade. O acesso à carga de gás do terminal também está bloqueado.
As plataformas da Bacia de Campos aderiram à greve e, até o momento, quatorze plataformas entregaram a operação das suas unidades. São elas: PCH-1, PVM-3, P-65, P-55, P-48, P-47, P-37, P-33, P-26, P-19, P-18, P-09, P-08, P-07.
SP – No estado de São Paulo, todas as unidades operacionais como as refinarias Replan e Recap, assim como terminais da Transpetro em Barueri, Recap, São Caetano, Guararema, Guarulhos e Usinas Termoelétricas estão paralisadas. Nestas unidades houve corte de rendição. Nas áreas administrativas, a greve também teve adesão de trabalhadores próprios e terceirizados.
Duque de Caxias – Nas unidades da Reduc, Terminal de Campos Elíseos (TECAM) e Usina Termoelétrica Governador Leonel Brizola, o corte de rendição começou às 23h de ontem. O Sindipetro Caxias montou um acampamento na frente destas unidades, onde estão sendo realizadas diversas mobilizações de conscientização sobre a importância da greve. Em solidariedade à paralisação dos petroleiros, também estão presentes no movimento diversos integrantes de movimentos sociais, estudantis e de outras categorias.
MG – Em Minas Gerais, não houve troca de turno nas unidades da Refinaria Gabriel Passos (Regap), na Termoelétrica Aureliano Chaves, na Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros e no terminal da Transpetro em Juiz de Fora. A paralisação começou às 23h30 de ontem. A greve também teve adesão de trabalhadores das áreas operacionais e administrativas destas unidades. Na manhã de hoje, o Sindipetro MG realiza um ato na frente da refinaria.
ES – No Espírito Santo, todas as unidades operacionais tiveram corte de rendição à zero hora de hoje. Os trabalhadores da UTG, em Linhares, da UTG-SUL, em Anchieta, dos terminais da Transpetro Barra do Riacho, em Aracruz e do TEAVIT, em Vitória, não fizeram a troca de turno e estão realizando apenas as operações padrão. O pátio de estocagem de equipamento de apoio marítimo (TINS) às plataformas do estado também está paralisado. No EDIVIT, edifício sede da Petrobras em Vitória, a paralisação começou às 5h de hoje. Em todas as unidades do estado, a greve teve adesão de trabalhadores próprios e terceirizados.
PR/SC – No Paraná, o movimento de greve está forte na Repar, nos terminais da Transpetro (Six, Tepar, Teguacu , Tefran, Tejai e Temirim), assim como nas unidades administrativas, com adesão dos trabalhadores próprios e terceirizados. Na Fafen-PR, a paralisação começou às 23h30 de ontem.
RS – Houve corte de rendição e os trabalhadores não fizeram a troca de turno na Refap. Até o fechamento deste informe, não obtemos informações sobre o movimento de greve nos terminais da Transpetro no estado.
PE/PB – Em Pernambuco, a paralisação começou forte no Terminal de Suape.
BA – Na Bahia, a paralisação acontece em todas as unidades do estado: campos de Candeias, Santiago, Bálsamo, Taquipe, Araçás/Imbé, Buracica, Miranga, assim como na PBIo, Fafen, UTE, Arembepe, UTe Rômulo Almeida, Ute Muricy, UTE Bahia 1, Transpetro, Bacam Gascac , RLAM, conjunto Pituba, COFIP, Universidade Petrobrás e UTE Celso Furtado. A paralisação foi aderida por trabalhadores próprios e terceirizados. O corte de rendição também começou à zero hora.
CE –No Ceará, os trabalhadores não estão emitindo permissão de trabalho (PTs) nas plataformas marítimas, na Petrobrás Biocombustível (PBIO), na Lubnor e no terminal da Transpetro. A greve foi aderida por trabalhadores das áreas operacionais e administrativas.
RN – No Rio Grande do Norte, todas as bases estão paralisadas. Na sede administrativa da Petrobras em Natal, a greve teve adesão de 90% dos trabalhadores próprios e terceirizados, assim como na mesma unidade de Mossoró. Na manhã de hoje, representantes do Sindipetro RN fizeram um bloqueio na BR 304, que dá acesso a essa base. Nas plataformas do estado, o movimento de greve também é intenso e houve suspensão de Permissões de Trabalho (PTs) desde às 7h desta sexta. No Pólo de Guamaré, local que recebe e processa toda produção de petróleo do estado, houve corte de rendição e, os trabalhadores que permanecem nas unidades, efetuam apenas as operações padrão.
AM – No Amazonas, a greve começou na principal unidade do estado, que é a Refinaria de Manaus (Reman), onde a rendição foi cortada desde às 23h de ontem. Nas demais unidades do estado como Serviço Compartilhado, Terminal sede da Transpetro e DGN,Terminal Aquaviário de Coari e sede da Engenharia, a greve também foi aderida por trabalhadores próprios e terceirizados das áreas operacionais e administrativas.
Brasília, 12h30min
O Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) considerou um modesto avanço a contraproposta apresentada pelo governo federal, ontem, de reajuste dos salários do funcionalismo. A novidade é a atualização em 317,3% do auxílio-creche, além de correções no auxílio-alimentação (22,5%) e no plano de saúde suplementar (23%). No caso dos vencimentos, são os mesmos 21,3% oferecidos anteriormente e divididos em quatro anos, com possibilidade de revisão em 2017 – se a economia der sinais positivos.
A reunião no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), conduzida pelo secretário Sérgio Mendonça (Relações do Trabalho), foi considerada pelo Sindifisco Nacional sem avanços em pontos importantes para os auditores, sobretudo nas questões paralelas à salarial.
Para Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional, os percentuais que vêm sendo apresentados pelo MPOG não restabelecem o protagonismo dos auditores, se comparados os salários pagos pela Receita Federal com o de várias receitas estaduais – os da RFB estão em 25º lugar na escala.
“Mas não é somente isso. A proposta do governo não contempla questões importantes para os auditores, como a Lei Orgânica do Fisco. Para nós, tudo está interligado e vai além do reajuste salarial”, sentenciou Damasceno.
Ele também alertou que “quem faz hoje um concurso para auditor, faz para a Receita Federal e para as estaduais. Se passa nos dois, escolhe a estadual porque o salário é muito melhor. O governo não percebeu que vem perdendo gente e interesse”.
A remuneração de um auditor da RFB atualmente é menor que seu equivalente na receita do Amazonas (diferença de 123%), do Pará (de 114%) ou do Piauí (de 76%) – estados de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo o “Atlas do Desenvolvimento Humano 2013”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
48 horas sem computador – A nova fase do Dia Nacional sem Computador será duas vezes por semana, sempre terças e quintas-feiras – tal como hoje. Nessas jornadas, os aparelhos permanecerão desligados, sem acesso aos sistemas da Receita, até mesmo no Plantão Fiscal. Nas aduanas, não haverá desembaraço de mercadorias.
Brasília, 15h55min
Planejamento oferece a servidores rever reajuste, em 2017, caso inflação ultrapasse previsão de 5%. Proposta de aumento em benefícios, como auxílio-creche, alimentação e plano de saúde, terá impacto de R$ 1,3 bilhão nas contas públicas
Durante a última rodada de negociação com as 23 entidades do Fórum Nacional dos Servidores Federais e três centrais sindicais, ontem, o governo relançou uma fórmula que muitos gostariam de esquecer: admitiu uma cláusula de revisão, em 2017, caso a inflação ao longo de 2016 ultrapasse o teto de 5% proposto pela própria equipe econômica. E reviveu o “gatilho salarial”, criado em 1º de março de 1986, pelo então ministro da Fazenda, Dílson Funaro, na época do Plano Cruzado.
Além disso, foram apresentadas três novidades, que terão impacto de R$ 1,3 bilhão, nos cálculos do MPOG: os benefícios, um dos eixos da campanha salarial e principal foco de desavenças entre as partes, serão reajustados a partir de janeiro de 2016. O auxílio-creche, desde 1995 sem correção, será atualizado em 317,3%. O valor unitário dependerá do local. No Distrito Federal, passará de R$ 95 para R$ 396 mensais. O auxílio alimentação e o plano de saúde suplementar terão índices em torno de 22,5% e 23%, respectivamente, considerada a inflação de 2013 e 2014.
“As negociações tem rituais. Hoje, era nosso papel trazer os reajustes dos benefícios. Sugerimos, também, para a avaliação dos servidores, uma cláusula de revisão, que entrará em vigor toda vez que a inflação for maior. Se errarmos na previsão, estamos dispostos a sentar novamente à mesa e renegociar o acordo”, ressaltou o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (MPOG), Sérgio Mendonça. O mecanismo passará a valer, conforme a sugestão do MPOG, a partir de 2017, com base no custo de vida de 2016.
Mendonça destacou que entende a forte resistência em relação ao período de quatro anos – 21,3%, sendo 5,5% em 2016, 5%, em 2017, 4,75%, em 2018, e 4,5%, em 2019, uma vez que o funcionalismo reivindicou na campanha salarial de 2105 aumento de 27,3%, para 2016. “Mas abrimos a possibilidade de, no meio do caminho, voltar a negociar. Creio que essa é uma proposta decente, razoável e coerente”, destacou.
Para Rudinei Marques, secretário-geral do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) a já politicamente fragilizada gestão da presidente Dilma Rousseff criou uma perigosa contradição que pode arranhar ainda mais a sua credibilidade. “Isso (revisão), sem dúvida, é um gatilho salarial mascarado de revisão. Não faz sentido. Como o governo pode propor uma coisa assim se ele mesmo garante que a inflação está controlada? Essa é a prova de que não está”, questionou.
De acordo com Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef, que representa 80% do funcionalismo), as propostas serão avaliadas pelas bases. “Vamos examinar com calma todos esses parâmetros e, principalmente, o paradoxo que veio à tona. Ficou estranho a intenção de corrigir os benefícios considerando, inclusive, a inflação de 2015, mas, nos cálculos das remunerações, levar em conta apenas a inflação de 2016. Enfim, a única coisa que é certa até agora é que ninguém aceitou um acordo por quatro anos”, apontou.
Uma nova reunião entre governo e servidores deverá acontecer dentro de 10 dias. Até lá, o secretário Sérgio Mendonça vai se encontrar em separado com sindicatos de diferentes categorias para tratar de pautas específicas de cada carreira. “Alguns pontos, nesse caso, não têm impacto adicional. É interessante também ver a avaliação de cada setor e sentir como eles estão enxergando as negociações”, reforçou Mendonça.
Brasília, 12h30min
Apesar das expectativas do funcionalismo, a reunião que acontecerá daqui a pouco, às 16 horas, entre o Ministério do Planejamento (MPOG) e o Fórum Nacional das Entidades do Serviço Público Federal (composto por 22 entidades) não terá uma novidade sequer. Segundo informaram fontes ligadas ao governo, as negociações sobre a campanha salarial de 2015 não avançarão nesse terceiro encontro entre as partes. O secretário de Relações do Trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça, foi autorizado, apenas, a apresentar a mesma proposta de 21.3%, em quatro parcelas (5,5% em 2016, 5%, em 2017, 4,75%, em 2018, e 4,5%, em 2019), sem um centavo a mais. Resta aguardar a reação das categorias.
De acordo com a fonte, no entanto, nem tudo está perdido. A equipe econômica tenta ganhar tempo para conter o impacto dos gastos com a folha de pessoal. Porém, até agosto, é possível que surjam diferentes alternativas e até a possibilidade de reduzir o prazo de quatro para dois anos, embora as expectativas dos servidores sejam de acordos anualizados, como acontece na iniciativa privada.
“Hoje, será apenas uma reunião de formalidades. O MPOG manterá o que já divulgou e o Fórum continuará negando”, previu o técnico. Na última sexta-feira (17), o governo convidou as entidades representativas dos servidores públicos federais para nova rodada de negociação da campanha salarial de 2015, atendendo ao que foi acordado no último dia 7. O encontro será no Bloco C, da Esplanada dos Ministérios.
Brasília, 14h50min

