PILOTOS E COMISSÁRIOS APROVAM ASSEMBLEIA PARA DECIDIR SOBRE GREVE NACIONAL

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Em assembleia, ontem, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Campinas, a categoria dos aeronautas rejeitou a proposta para renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) apresentada pelas empresas no TST (Tribunal Superior do Trabalho) na última sexta-feira e aprovou a convocação de uma nova assembleia para sexta-feira (29), que irá deliberar sobre paralisação de pilotos e comissários em todo o país.

Antes, na quarta-feira (27), o Sindicato Nacional dos Aeronautas irá se reunir mais uma vez com o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), seguindo determinação do ministro Ives Gandra Martins Filho, para uma última rodada de negociação.
Caso haja uma nova proposta das empresas, esta será apreciada pela categoria em assembleia também na sexta-feira (29). Desta forma, serão realizadas duas assembleias na sexta. A primeira, às 13h30, irá deliberar sobre a possível nova proposta das empresas. A segunda, logo em seguida, irá tratar da greve da categoria, caso a proposta seja considerada insuficiente.

A proposta apresentada pelas empresas no TST e rejeitada nesta segunda-feira oferecia:

— Salários até R$ 1.500,00: 5,5% de reajuste em fevereiro e 5,5% em junho;
— Salários de R$ 1.500,00 a R$ 10.000,00: 2% de reajuste em fevereiro, 3% em junho e 6% em novembro;
— Salários acima de R$ 10.000,00: valores fixos (R$ 300,00 em fevereiro, R$ 500,00 em junho e R$ 1.100,00 em novembro).
Como forma de sinalizar boa vontade nas negociações, a assembleia desta segunda aprovou também a redução da pedida de reajuste para 11% tanto em salários como em demais itens econômicos —retroativo a 1º de dezembro, data-base da categoria.

ANALISTAS TRIBUTÁRIOS DA RECEITA PARALISADOS EM TODO O PAÍS

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Nesses dois dias de paralisação não serão realizados atendimentos nas unidades da Receita Federal em todo o país. Será suspenso o atendimento ao contribuinte, não serão efetuadas a Emissão de CND, o Parcelamento de Débitos, a recepção de documentos Malha Fiscal, a Emissão de DARF e GPS entre outros. Também serão paralisados os serviços nas Alfândegas e Inspetorias como Despachos de Exportação, Conferência Física, Trânsito Aduaneiro, Embarque de Suprimentos, Vigilância Aduaneira, Repressão entre outros.

 

Os Analistas-Tributários da Receita Federal paralisam nesta terça e quarta-feira, dias 26 e 27 de janeiro, as atividades em todo o País para aguardar a apresentação formal da proposta de reestruturação salarial que deverá ser encaminhada pelo Ministério do Planejamento ainda esta semana.

Os Analistas-Tributários da Receita Federal negociam com o governo a construção de uma proposta efetiva visando assegurar uma relação remuneratória mais justa, a instituição do Bônus de Eficiência, bem como lutam para garantir em Lei as atribuições da categoria entre outros pontos que consta da pauta de reivindicações que foi encaminhada ao governo.

A presidenta do Sindireceita, Sílvia de Alencar, destaca que a proposta inicial apresentada pelo governo não atende os Analistas-Tributários e que o subsídio da categoria está defasado em mais de 30%. “Precisamos avançar em questões estruturantes da Carreira de Auditoria como o padrão remuneratório, a construção de uma proposta concreta de Bônus de Eficiência e de definição de atribuições. Os Analistas-Tributários não aceitarão serem submetidos a um acordo que não reconheça a importância do cargo”, reforçou.

Em todo o País, a Receita Federal conta com mais de 8 mil Analistas-Tributários que atuam nas Agências, Centros de Atendimento, Delegacias, Alfândegas, Inspetorias e postos de fronteira. Durante estes dois dias, as atividades realizadas por esses servidores serão interrompidas. Além de aguardar a apresentação da proposta formal pelo governo, os servidores vão analisar e discutir a possibilidade de novas paralisações, caso a proposta que deve ser encaminhada pelo governo não contemple a categoria.

ENSAIO DE PAZ NA PF

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O ano começa com perspectiva de paz na Polícia Federal. Após décadas de rixas e hostilidades, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef, dos agentes, escrivães e papiloscopistas) e a Associação Nacional dos Delegados (ADPF) tentam se entender. Fizeram duas reuniões — a terceira será amanhã — para fechar proposta salarial e de reestruturação de carreira conjunta, que deverá ser entregue em breve ao Ministério do Planejamento.

 

Na pauta salarial, a Fenapef quer isonomia com os auditores da Receita. A intenção é que o subsídio da categoria passe de R$ 8,7 mil a R$ 13,7 mil (início e fim de carreira) para R$ 14,8 mil a R$ 20,9 mil. Os delegados deverão ficar entre R$ 24,6 mil e R$ 31,6 mil. “Foi uma construção complicada que envolveu várias entidades. Voltamos a conversar e pretendemos manter uma mesa permanente. E mais vantajoso fechar uma acordo interno”, disse Luis Boudens, presidente da federação.

 

Carlos Sobral, recém empossado na ADPF, admitiu que o clima interno, antes pesado, ficou mais leve com a reaproximação. “Algumas tensões foram superadas. Ainda é um ensaio de diálogo, há divergências profundas, mas tentaremos apoio recíproco e um debate de forma sensata e ponderada”, argumentou.

PARALISAÇÃO NA RECEITA FEDERAL

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Servidores de carreiras típicas de Estado que não fecharam acordo salarial com o governo, no ano passado, intensificam a mobilização para obter reajustes e outros benefícios. Analistas tributários cruzam os braços por dois dias

 

As negociações salariais com servidores públicos não concretizadas em 2015 continuam assombrando o governo. Neste ano, protestos e paralisações batem mais cedo às portas do Ministério do Planejamento. São cobranças de antigos acordos que, à primeira, vista foram desprezados. Os auditores fiscais do trabalho estão em estado de greve desde agosto. Os analistas tributários da Receita Federal, que lidam diretamente com o contribuinte pessoa física, cruzarão os braços hoje e amanhã. Os advogados públicos federais e os analistas e especialistas em infraestrutura ameaçam seguir o mesmo caminho até o fim do mês.

A situação na Receita Federal é a mais grave, devido à disputa interna entre analistas e auditores. De acordo com a presidente do Sindireceita (que representa os analistas), Sílvia Alencar, a categoria — que recusou a proposta de reajuste de 27,9%, divididos em quatro anos — fará dois “Dias de Vigília”, para demonstrar indignação com o discurso do secretário Jorge Rachid. Segundo ela, o secretário defende apenas a classe a que pertence, a dos auditores.

Ele não levou em conta as melhorias nas relações remuneratórias. Ganhávamos o equivalente a 70% do que recebiam os auditores. Hoje, estamos entre 56% a 59%, o que não podemos aceitar”, afirmou Sílvia. De acordo com ela, Rachid contradisse conversas anteriores e aceitou, sem debate, o reconhecimento do auditor como autoridade tributária e aduaneira, além da alteração do regimento interno da Receita, 30 dias após o acordo. Faz parte da “Vigília”, ainda, uma reunião para a analisar a proposta que o Planejamento enviará hoje aos auditores.

Protestos

Para Claudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco), na última reunião com o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, “houve avanço de pontos importantes, como valorização do cargo, garantias e prerrogativas”. Na semana passada, o governo ofereceu à categoria reajuste de 21,3%, em quatro anos, e bônus de eficiência de R$ 3 mil mensais, a partir de agosto, para equiparar os ganhos ao dos advogados federais, que receberam honorários de sucumbência no mesmo valor.

Foi a partir do acordo com os advogados que a luz amarela foi acesa entre as carreiras de Estado. Porém, eles ainda não estão totalmente satisfeitos, mantêm estado de mobilização permanente e não descartam novos protestos, segundo Roberto Mota, presidente da União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe). “A pauta financeira foi só um dos itens. Os prédios continuam inabitáveis, falta gasolina, as diárias continuam insuficientes e não há perspectiva de melhora”, enumerou Mota.

Os advogados querem também que os procuradores-gerais e os procuradores chefes nos estados sejam escolhidos por lista tríplice apresentada pela categoria. Rodolpho Salomão, presidente da Associação Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura (Aneinfra), garante que a categoria também está mobilizada. Hoje, haverá assembleia para organizar o calendário de paralisações e manifestações.

PERITOS VOLTAM, MAS ESCOLHEM QUEM ATENDER

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Categoria, em 143 dias de greve, deixou de realizar 1,3 milhão de exames, de acordo com o INSS. Querem redução da jornada, aumento salarial e fim dos terceirizados. Sem avanço na negociação, mantiveram a mobilização: só dão consulta para recebimento de primeiro benefício ou volta ao trabalho

ANTONIO TEMÓTEO

CELIA PERRONE

Em pé de guerra com o governo, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltaram ontem a trabalhar, após 143 dias de braços cruzados. Muitos não compareceram as Agências da Previdência Social e filas se formaram com os trabalhadores em busca de informação. Especialistas avaliam que os transtornos continuarão nos próximos meses. Os médicos afirmam que mantém o estado de greve, que atenderão apenas os segurados que aguardam o primeiro exame para receber o benefício e aqueles que desejam voltar a trabalhar. As avaliações para prorrogação e reconsideração de auxílios, para aposentadoria especial, para aposentadoria por invalidez e para isenção de Imposto de Renda não serão feitas, segundo a Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP).

Sem firmar um acordo com o governo para reduzir a jornada de trabalho de 40 horas para 30 e manter a remuneração atual, os médicos inciaram uma greve e deixaram de realizar 1,3 milhão de exames, nas contas do INSS. Os peritos estimam que mais de 2 milhões de atendimentos estejam represados. Com a paralisação, o tempo médio para agendamento da avaliação no país passou de 20 para 88 dias. No Distrito Federal a espera chega a 78 dias, em São Paulo 79, na Bahia 85 e em Pernambuco 109. A ANMP estima que em algumas agências do DF os segurados aguardam até 120 dias para serem avaliados e, na capital paulista, o prazo ultrapassa os 180 dias.

A presidente do INSS, Elisete Berchiol, explicou que enquanto não houver um acordo entre os peritos e o Ministério do Planejamento, não é possível definir um cronograma para colocar em dia as pericias atrasadas. Os salários dos médicos que cruzaram os braços foram descontados e quem não comparece ao trabalho recebe falta injustificada. Ela detalha que a autarquia espera regulamentar nos próximos meses normas que autorizam a celebração de convênio com órgãos e entes públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) para que os segurados possam ser periciados por médicos dessas unidades de saúde.

Atualmente, o INSS conta com 4.330 peritos e, no passado, a autarquia solicitou ao Planejamento um concurso para contratação de mais 1.150. O pedido foi negado. O presidente da ANMP, Francisco Eduardo Cardoso Alves, afirmou que a sociedade brasileira é vítima da negligencia do governo que não quer mais negociar com a categoria. “Não temos reuniões marcadas, mas vamos voltar a trabalhar para diminuir os prejuízos para a sociedade, mas o estado de greve continua”, afirmou.

Alves ainda ressaltou que os médicos são contrários à celebração de convênios com órgãos do SUS e afirmam que em diversos estados, por força de decisão judicial, a pericia é terceirizada. “Nossa principal reivindicação não é salarial e sim que a jornada de 30 horas seja prevista em lei”, comentou. O Planejamento sugeriu que essa medida fosse discutida em uma mesa de negociação especifica e desde então não há um acordo com a carreira.

Quem foi a uma agência teve dificuldade para ser atendido. A professora Mariana Dutra, de 26 anos, foi uma exceção. O perito a examinou e a liberou para voltar ao trabalho. Em novembro de 2015 ela fraturou a perna em um acidente de moto, passou por uma cirurgia e ficou 79 dias em uma cadeira de rodas, com a perna engessada. Durante esse tempo não recebeu auxílio-doença do INSS porque não foi avaliada por um médico do INSS. “Voltei a morar com a minha mãe, porque não consegui pagar o aluguel. Estou com prestações do carro e cartão de crédito atrasadas”, contou. Mariana explicou que o agendamento telefônico só garantia atendimento para abril, mas após muita insistência conseguiu um encaixe. Ela só não sabe quando receberá a indenização pelos dias de afastamento. “Só Deus sabe quando terei o meu benefício. O médico não me disse nada, mas agora posso voltar a trabalhar”, disse.

O lavrador Ademir Martins Pereira, de 33 anos, também sofreu para conseguiu atendimento. Ele saiu de Cristalina (GO) em uma ambulância da empresa para a qual trabalha porque na cidade onde mora a espera passa de 80 dias. Pereira está afastado do serviço há um ano, por causa de uma cirurgia de hérnia de disco. “O benefício deixou de ser pago há quatro meses. Minha empresa me ajudou e entrou com o pedido da perícia para mim. Disseram que vou receber os atrasados, mas ainda vão demorar um mês para pagar. Só acredito vendo”,duvidou.

 

Benefício pode ser liberado pela Justiça

Diante do impasse entre o governo e os peritos, que deixou milhões de brasileiros sem atendimento no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) procurou o Ministério Público Federal para ajuizar ações civis públicas em todo o país. A entidade defende a concessão automática dos benefícios se o segurado esperar mais de 45 dias para ser atendido.

A presidente do IBDP, Jane Berwanger, encaminhou o documento à Procuradoria-geral da República. Conforme ela, decisões nesse sentido foram tomadas em alguns estados. “Decisões judiciais que obrigam o INSS a começar a pagar o benefício 45 dias após o segurado ter ligado para agendar a perícia já existem em cinco estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão e Rondônia. O IBDP está buscando obter decisão nesse sentido para todo o Brasil.”

Segundo o INSS, decisões semelhantes estão em vigência no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, em Rondônia, no Mato Grosso, no Rio de Janeiro e em Montes Claros (MG). Nas cidades em que não há essa determinação judicial, a autarquia aconselha os segurados que já tem pericia marcada a comparecerem no dia e hora definidos. Alguns atendimentos poderão ser antecipados e o INSS entrará em contato com o segurado. O pagamento de benefícios será retroativo à primeira data de agendamento, mesmo que a perícia tenha sido remarcada.

Enquanto peritos e INSS não chegam a um acordo, os brasileiros sofrem para ser atendidos. A empregada doméstica Josefa do Carmo Silva Moura, 55 anos, precisou da companhia do marido, Péricles Gonçalves Passos, 60, para ir até uma agência da Previdência. O casal saiu de casa às 5h30 pata chegar às 7h30 no local, após pegar dois ônibus. Josefa recebeu o primeiro atendimento só às 10h45, quando foi avisada de que a médica havia faltado e teria de ser atendida por outro perito. Precisou entrar novamente em uma fila e retirar outra senha. Finalmente, às 15h conseguiu ser avaliada. “Não tenho como ir e voltar no mesmo dia. Fiquei todo esse tempo lá dentro, porque é muito difícil me deslocar”, disse.

Josefa recebe auxílio-doença desde 2013, após ter sofrido um enfarte e um acidente vascular cerebral (AVC). Em junho de 2015 o pagamento do benefício foi suspenso, mas com perícia marcada para 18 de julho, tinha a expectativa de voltar a receber o seguro. Foi ai que os problemas começaram. Naquele mês, os servidores do INSS iniciaram uma greve. “Só consegui remarcar a perícia para outubro, mas aí os médicos também entraram em greve”, contou. (AT)

 

Reivindicações

Além de pleitear redução na jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, os médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) querem que o reajuste salarial de 27,9% seja parcelado em apenas duas vezes. As carreiras de Estado receberão o aumento nos contracheques em quatro parcelas. Atualmente, o salário de perito da Previdência Social varia de R$ 11.383,54 a R$ 16.222,88. Com as negociações emperradas, a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) pretende buscar apoio aos pleitos com deputados e senadores para aprovar as mudanças no Congresso Nacional.

NOBEL DA PAZ PARTICIPARÁ DE FÓRUM CONTRA TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL

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A solenidade de abertura do Fórum Nacional do Poder Judiciário para Monitoramento e Efetividade das Demandas Relacionadas à Exploração do Trabalho em Condições Análogas à de Escravo e ao Tráfico de Pessoas (Fontet), marcada para 1º de fevereiro, em Brasília, terá a presença do ativista indiano Kailash Satyarthi, premiado em 2014 com o Nobel da Paz por sua atuação na defesa dos direitos das crianças. Satyarthi participará da cerimônia ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Ricardo Lewandowski, e do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e conselheiro do CNJ Lelio Bentes.

O Fontet teve sua criação aprovada na última sessão plenária de 2015 do CNJ, em 15 de dezembro. O objetivo da iniciativa é contribuir para o combate à exploração do trabalho em condição análoga à escravidão e ao tráfico de pessoas. Os dois crimes, que já vitimaram milhares de brasileiros, serão objeto de estudos dos integrantes do Fontet, que também realizarão intercâmbios com juízes de todos os ramos do Poder Judiciário, com vistas a obter subsídios para soluções que aperfeiçoem o enfrentamento ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas no sistema de Justiça.

Uma das atividades prioritárias do Fontet será apurar quantos inquéritos e processos judiciais tratam da exploração de pessoas em condições análogas ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas, assim como informações sobre a tramitação dessas ações e quais sentenças estão sendo proferidas pela Justiça brasileira. Além de mapear a situação processual das condutas que motivaram a criação do fórum, os membros do grupo vão debater e buscar soluções que garantam mais efetividade às decisões da Justiça.

Trabalho escravo – Nos últimos 20 anos, cerca de 50 mil pessoas foram libertadas de condições análogas à de escravo nas quase 1,8 mil ações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Os valores das indenizações cobradas dos empregadores flagrados (correspondente às verbas trabalhistas não pagas aos trabalhadores) ultrapassam R$ 86 milhões.

Na Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho tem obtido êxito em diversas ações em que pede a condenação dos infratores ao pagamento de indenizações por danos morais coletivos que, em alguns casos, podem ultrapassar os R$ 5 milhões. Segundo levantamento do CNJ, em 2013 tramitavam 573 processos envolvendo trabalho escravo e tráfico de pessoas nas Justiças Estadual e Federal.

O Fontet abarcará o que foi produzido pelo Fórum Nacional do Poder Judiciário para monitoramento e efetividade das demandas relacionadas ao tráfico de pessoas (Fonatrape), grupo criado pela Resolução 197 do CNJ em junho de 2014. Levantamento da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça (SNJ-MJ) aponta que entre 2005 e 2011 houve, em 18 países, a identificação de 472 vítimas brasileiras desse crime, sendo 337 de tráfico para exploração sexual e 135 de tráfico para exploração de trabalho escravo. No plano global, quadrilhas lucram US$ 32 milhões por ano e exploram 2,4 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Nobel da Paz – Nascido em 1954, Kailash Satyarthi formou-se engenheiro elétrico, mas abandonou a carreira para se dedicar à eliminação da exploração do trabalho infantil. Desde os anos 1980, contribuiu para resgatar cerca de 80 mil crianças escravizadas. Também liderou a elaboração de um modelo de educação e ressocialização delas. Tornou-se mobilizador global no processo de criação da maior rede mundial de entidades da sociedade civil de defesa das crianças exploradas, a Marcha Global Contra o Trabalho Infantil (Global March Against Child Labor), que une organizações não-governamentais e sindicatos de todo o planeta.

FIM DA GREVE NA GM

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Metalúrgicos da GM aprovam PLR de R$ 5.600 e encerram greve

Os trabalhadores da General Motors aprovaram hoje (26), em assembleia, a proposta de acordo para a segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) 2015 e encerraram a greve iniciada dia 18.

Os metalúrgicos aprovaram o pagamento de R$ 5.600, mais antecipação de 50% do 13º salário e 60 dias de garantia de emprego ou salário. A montadora ainda pagará metade dos dias parados.

Os metalúrgicos da GM entraram em greve no dia 18 de janeiro após rejeitarem a proposta de R$ 4.250 de PLR apresentada pela montadora. Com a paralisação, a GM aumentou o valor para R$ 5.000, que também foi rejeitado pelos trabalhadores. O impasse levou a discussão da PLR ao TRT.

“Foi uma greve forte. Os trabalhadores começaram o ano dando um recado claro para a GM. Eles não vão ceder a pressões e vão lutar por direitos e emprego” , disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá

A proposta aprovada nesta terça-feira foi definida ontem (25) em audiência de conciliação que aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho – 15ª. Região, em Campinas, entre Sindicato e GM, conduzida pelo desembargador Lorival Ferreira dos Santos, presidente do TRT.

SINPOL-DF COBRA PROMESSA DE ROLLEMBERG E PROMETE MOBILIZAÇÕES E PARALISAÇÕES

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Governador do DF se comprometeu a marcar reunião entre representantes do governo do DF, do MPOG e do sindicato para discutir reposição das perdas salariais. Assunto está paralisado

 

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) continua aguardando uma resposta concreta do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, acerca do pedido de uma reunião no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Para tratar sobre a recuperação das perdas salariais dos policiais civis do DF

Em uma reunião no dia 6 de janeiro, da qual também participaram os deputados distritais Cláudio Abrantes (Rede) e Wasny de Roure (PT), a diretoria do Sinpol-DF voltou a cobrar de Rollemberg o envio da mensagem ao governo federal garantindo que espelhará aos policiais civis o reajuste salarial proposto MPOG às carreiras típicas de Estado, entre elas a Polícia Federal.

No encontro, Rollemberg não só garantiu ter “vontade política” para atender à reivindicação, como prometeu que agendaria uma reunião entre representantes do Governo do Distrito Federal (GDF), do MPOG e do Sinpol-DF para discutir a questão. Embora tenha prometido dar retorno em uma semana, não há confirmação sobre a data da reunião.

“Rodrigo Rollemberg é o único governador da história do Distrito Federal que ainda não enviou aquele documento. Foi por causa dessa ameaça a uma conquista histórica da categoria, bem como do claro descaso com os policiais civis, que deflagramos uma greve por 22 dias em setembro de 2015”, explica Rodrigo Franco, presidente do Sinpol-DF.

Gaúcho, como é conhecido, explica que naquela ocasião, Rollemberg reuniu-se com o sindicato com o objetivo de negociar o fim do movimento paredista. “O governador disse ser favorável à isonomia com a polícia federal. Ele evitou, assim, qualquer compromisso formal alegando as dificuldades financeiras pelas quais o GDF passa. Essas dificuldades, contudo, não impediram a nomeação, já nos primeiros dias deste ano, de milhares de servidores em outras áreas, mostrando descaso com a segurança pública, pois é notória, pela quantidade de crimes estampada, diariamente, nos jornais, a necessidade de recomposição da Polícia Civil do DF”, pontua, afirmando que a diretoria do sindicato teme que, com a crescente onda de violência na capital, a falta de confiança nos compromissos assumidos pelo governador gere um maior nível de insatisfação em toda a categoria policial.

“Há uma grande expectativa de todos os policiais civis do Distrito Federal por uma resposta do GDF. A nossa carreira é a única que não foi reestruturada, tanto no GDF quanto na área federal e, além disso, vem acumulando perdas históricas que elevam, e muito, a defasagem salarial. Ao passo em que cobramos uma resposta efetiva do governador, convocamos os policiais civis do Distrito Federal a se manterem atentos às convocações do sindicato, pois 2016 promete ser um ano de grandes lutas, mobilizações e paralisações”, finaliza Gaúcho.

Sobre o Sinpol-DF  – Fundado em 1988, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal representa agentes de polícia, médicos legistas, peritos criminais, escrivães, agentes policiais de custódia, papiloscopistas e delegados na defesa dos interesses de classe e no relacionamento com governos distrital e federal, e com a Câmara Legislativa do Distrito Federal e o Congresso Nacional. A atual diretoria assumiu em maio de 2014 e entre os principais pleitos estão: a valorização profissional, a reestruturação da carreira e o recém adquirido reconhecimento de todos os cargos que compõem a carreira de Polícia Civil como de nível superior.

INFRAESTRUTURA: A CATEGORIA QUE FICOU NO AR

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Rodolpho Salomão*

 

Se há um ponto de consenso entre governo, oposição e Mercado, esse é que a retomada do ritmo dos investimentos em infraestrutura é essencial para remover a economia do Brasil da grave crise em que se encontra. E, com efeito, o Plano Plurianual (PPA), sancionado no último dia 13 de janeiro, elenca como seus principais eixos a educação, os programas sociais e os investimentos em infraestrutura, ratificando a importância do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e sublinhando o PIL (Programa de Investimentos em Logística), este último dividindo a responsabilidade do levantamento dos vultosos recursos financeiros necessários com o próprio mercado.

E nos bastidores dos ministérios responsáveis pela consecução de tais investimentos encontra-se a categoria criada para prover a Administração Pública Federal (APF) de corpo técnico especializado para o giro dessa máquina: analistas e especialistas em infraestrutura. Esse corpo técnico veio a se tornar o principal contingente de ministérios como o das Cidades, Transportes, Integração Nacional, Minas e Energia, e nas Secretarias de Portos e de Aviação Civil da Presidência da República, dentre trinta órgãos da APF.

Analisando propostas de investimentos e monitorando repasses a Estados e municípios na área das políticas urbanas, coordenando os investimentos em transportes e energia feitos direta ou indiretamente pela União ou por suas estatais, analisando e escolhendo os estudos solicitados ao mercado para os desenhos dos modelos de negócios de concessões de rodovias, portos e aeroportos, deposita-se nos ombros dessa categoria a responsabilidade sobre investimento da ordem de centenas de bilhões de reais.

Destaca-se aí, a salvação do Projeto de Integração do São Francisco, poupado do naufrágio a partir de 2012, quando da reformulação do empreendimento, integralmente tocado desde então pelos integrantes de tal categoria, seja na sede do Ministério da Integração em Brasília, seja no campo, para onde uma equipe de 23 técnicos da carreira foi deslocada para supervisionar in loco as obras no semi-árido. Enfim, em se falando em infraestrutura de base, de titularidade do Estado, em quaisquer das três esferas de governo, se estará mencionando o trabalho dessa categoria.

Servidores Públicos Federais de carreira, concursados, também viram sua entidade representativa, a ANEInfra, ser convocada para o processo de negociação anunciado pelo então ministro Nelson Barbosa em 20 de março de 2015. Oportunidade de se discutir uma reestruturação de carreira, clamada pelos próprios números de rejeição e evasão, de conhecimento do próprio Ministério do Planejamento, como os mais graves de uma carreira de nível superior da APF, problema de conhecimento do ministro que o admitiu, em uma Audiência Pública no Senado em junho de 2015, informando que a Secretaria de Relações do Trabalho estaria dando o devido trato à questão.

A categoria atendeu e formulou uma proposta de reestruturação da carreira solicitada pelo próprio negociador do governo, confiou no processo de Mesa de Negociação, para cuja credibilidade foram dirigidos os apelos do Secretário Sérgio Mendonça, e afiançada por sua entidade representativa. A proposta se encaixou em todos os gabaritos estipulados pelo governo, adequou-se a todas as mudanças que foram feitas em suas regras ao longo de 2015 e não mereceu sequer uma resposta, sequer uma satisfação, ficando a negociação da categoria postergada unilateralmente pela SRT e mais, sem agenda.

Uma assembleia em aberto, à espera de uma resposta que não chegou, foi finalmente convocada para ser retomada nesta terça 26, não mais para avaliar uma eventual contraproposta, mas para iniciar um processo de mobilização, a canalização da enorme indignação de toda uma categoria, que está com sua crença no processo de diálogo abalada.

 

*Presidente da Associação Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura (Aneinfra)

MATERIAIS ESCOLARES SÓ COM SELO DO INMETRO

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Vinte e cinco produtos da lista são certificados compulsoriamente. Objetivo é aumentar a segurança infantil, alerta Inmetro
Com o início do período de compra de materiais escolares, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) alerta pais e responsáveis. Na hora de escolher os artigos da lista, é importante optar por produtos certificados, e que, portanto, ostentam o selo de identificação da conformidade do Instituto, evidência que foram aprovados nos itens de segurança.

A certificação compulsória tem como objetivo evitar acidentes que possam colocar em risco a saúde de crianças que usam estes produtos. “O uso de materiais tóxicos em artigos escolares que podem ser levados à boca; pontas cortantes em réguas, e apontadores que podem ser desmontados e causar cortes são alguns pontos verificados, nos 25 itens que passam por esta avaliação”, destaca Alfredo Lobo, diretor de Avaliação da Conformidade.

O Inmetro decidiu pela regulamentação com base no acompanhamento sobre recalls e relatos de acidentes de consumo, não só nos sites de importantes entidades regulamentadoras dos Estados Unidos, do Canadá, da Austrália e da Europa, mas por meio de relatos ao Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac) do Inmetro e registros junto à Ouvidoria.

O selo deve ser afixado na embalagem. Se for um tipo de material vendido a granel, como por exemplo lápis e canetas, a embalagem deve estar próxima ao produto para que o consumidor identifique corretamente.Prazos de adequação

O Inmetro publicou, em 7 de dezembro de 2010, após passar por consulta pública, a portaria 481/2010, com requisitos mínimos de segurança. Fabricantes e importadores deixaram de produzir e comercializar artigos escolares sem a certificação no dia 1º de janeiro de 2013. O prazo para o varejo expirou em 28 de fevereiro de 2015.

Comerciantes cujos produtos estiverem sem o selo do Inmetro poderão ser penalizados, com advertências, apreensão do produto e multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, de acordo com o estabelecido na Lei n.° 9.933/99.

São considerados artigos escolares qualquer objeto ou material com motivos ou personagens infantis utilizados em ambiente escolar e/ou atividades educativas, com ou sem funcionalidade lúdica, por crianças menores de 14 anos.

Além do cuidado de verificar a presença do selo, dois outros cuidados devem ser observados: a compra no mercado formal e a exigência da Nota Fiscal.

O consumidor que encontrar irregularidades no mercado formal pode denunciar por meio da Ouvidoria: 0800 285 1818.

 

Esta portaria contempla 25 itens:

·         Apontador;
·         Borracha e Ponteira de borracha;
·         Caneta esferográfica/roller/gel;
·         Caneta hidrográfica (hidrocor);
·         Giz de cera;
·         Lápis (preto ou grafite);
·         Lápis de cor;
·         Lapiseira;
·         Marcador de texto;
·         Cola (líquida ou sólida);
·         Corretor Adesivo;
·         Corretor em Tinta;
·         Compasso;
·         Curva francesa;
·         Esquadro;
·         Normógrafo;
·         Régua;
·         Transferidor;
·         Estojo;
·         Massa de modelar;
·         Massa plástica;
·         Merendeira/lancheira com ou sem seus acessórios;
·         Pasta com aba elástica;
·         Tesoura de ponta redonda;
·         Tinta (guache, nanquim, pintura a dedo plástica, aquarela).