ARRECADAÇÃO DESABA COM PARALISAÇÃO NA RECEITA

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Os percentuais são preocupantes, revela o Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal).

A arrecadação de impostos federais desabou em agosto, provocada pela paralisação na Receita Federal. Os percentuais a que o Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) teve acesso são preocupantes, de acordo com a entidade.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve uma queda de 64,5% nas fiscalizações encerradas – caiu de 1.592 em 2014 para somente 566 em 2015. Em valores lançados por autos de infração, a diferença entre agosto de 2014 (R$ 7,6 bilhões) e de 2015 (R$ 1,4 bilhão) desceu 82%.

“Esses números refletem a indignação dos auditores com o tratamento do governo federal. Nesse ritmo, a situação vai piorar”, alertou Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional.

Em 2014, o acumulado do ano terminado em agosto era de 10.985 para as fiscalizações encerradas. Em 2015, está em 7.469 – queda de 32%.

Assembleia para recusar proposta – A categoria fará, amanhã, mais uma assembleia nacional para discutir a proposta do governo federal para o funcionalismo. A tendência é que seja rejeitada por unanimidade, a exemplo do que aconteceu em 9 de julho, quando os auditores já tinham rechaçado o reajuste salarial de 21,3%, divididos em quatro anos.

O Sindifisco Nacional encaminhou indicação pela recusa da proposta, formalizada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) dia 28 passado. Os 21,3% permaneceram: 5,5% em 2016; 5% em 2017; 4,75% em 2018; e 4,5% em 2019.

Devolução de chefias – Continua em ritmo acelerado a entrega dos cargos de comando na Receita. Balanço do Sindifisco Nacional aponta que aproximadamente 1,5 mil está vago, dos cerca de 2,2 mil em todo o País. O governo ainda não publicou as exonerações no Diário Oficial da União.

A categoria paralisou as atividades dia 19 passado, por tempo indeterminado.

Brasília, 17h05min