A partir desta quinta-feira (30/4), a Netflix disponibiliza no catálogo mais uma atração brasileira. É o filme Ricos de amor, de Bruno Garotti, nome por trás de sucessos como Cinderela pop e Tudo por um popstar. O longa-metragem tem tudo para figurar entre os hits do gênero de comédia romântica do serviço de streaming, por acertar na fórmula.
Ricos de amor acompanha a história de Teto (Danilo Mesquita), um jovem rico e imaturo que vive uma vida regada a festas e mulherada, tudo bancado pelo dinheiro do pai Teodoro (Ernani Moraes), dono de uma fábrica de tomates no interior do Rio de Janeiro.
O patriarca bem que quer que o garoto entre na linha o convocando para trabalhar na empresa da família. Mas o que realmente faz Teto mudar é mais uma conquista. Ele conhece Paula (Giovanna Lancellotti), uma estudante de medicina que o trata como uma pessoa normal. O tal desprezo da jovem pelo “príncipe do tomate” chama atenção dele, que encontra na seleção de funcionários da fábrica na capital fluminense uma oportunidade de engatar um romance com Paula.
É a partir daí que a história ganha volume. Teto se muda para o Rio de Janeiro com Igor (Jaffar Bambirra), melhor amigo dele e filho da empregada da família. Ele resolve trocar a identidade com o colega, assumindo assim uma vida mais simples, enquanto Igor tem a oportunidade de viver sob privilégios. O troca-troca tem motivo: Teto se apresentou para Paula como um jovem simples e ele também quer provocar para o pai que consegue o emprego independentemente do sobrenome.
Em quase duas horas de filme, é difícil perceber o tempo passar, porque a narrativa de Ricos de amor é rápida, engraçada, fofa e faz o espectador se conectar com a história. A produção aposta em fórmulas do gênero, mas nem por isso é uma repetição de algo já existente.
Logo de cara, sabe-se que Paula e Teto terão uma história de amor de idas e vindas, inclusive, por conta das mentiras contadas pelo protagonista. É esse enredo que traz o humor para o filme, estilo esse que permeia também outras narrativas, como de Igor que faz uma dobradinha ótima com Alana (Fernanda Paes Leme), que é a responsável pela seleção de funcionários da fábrica de tomates, por quem ele se apaixona. A dupla rouba cena nos momentos em que está junta, muito por conta das mentiras que precisam ser contadas.
O filme também acerta em ter uma brasilidade e mostrar diferentes aspectos disso. Há o lado mais interiorano, com o destaque do sertanejo, e há também o lado carioca periférico, com direito a passinho e funk. A música é ainda outro destaque da produção contando com vários remixes do Dj Alok.
Tendo um protagonista que é o típico riquinho privilegiado, o longa traz, por meio da trajetória dele, uma mensagem de discussão sobre posições de privilégio e questões como racismo e meritocracia, tudo isso com muita leveza. É claro que há uma jornada de redenção do personagem, mas sem nenhuma intenção de vitimizá-lo. Pelo contrário, há críticas e o protagonista só se redime por completo no final após aprender muito.
A narrativa de Paula também traz debates importantes sobre a relação de poder e abuso. Isso é demonstrado pelo médico que é o chefe dela no hospital onde a personagem faz estágio. A posição das mulheres é outro assunto abordado nas entrelinhas por personagens secundárias, como Alana e Monique (Lellê), jovem que perde o emprego na empresa de Teodoro e resolve ajudar Teto na seleção.
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