2020. Crédito: Vira Comunicação/Divulgação. Cultura. Atriz Lola Fanucchi. 2020. Crédito: Vira Comunicação/Divulgação. Cultura. Atriz Lola Fanucchi.

Lola Fanucchi experimenta nova fase na carreira estreando em filme e na carreira musical

Publicado em Entrevista

A atriz Lola Fanucchi está no elenco de Tudo bem no Natal que vem, que estreia em 3 de dezembro, e também lançou um single autoral Dorival

Na próxima semana, a atriz Lola Fanucchi poderá ser vista no filme Tudo bem no Natal que vem, primeira produção natalina brasileira da Netflix que estreia em 3 de dezembro. Longa-metragem de Roberto Santucci (De pernas pro ar, Candidato honesto e Até que a sorte nos separe), a fita tem Leandro Hassum no papel do protagonista Jorge, que após um acidente só se lembra dos dias das festividades de Natal. Lola interpreta a cunhada do personagem, Luana, que o reencontra sempre na ceia.

“A Luana é destemida e se joga no que ela quer. O problema é que o que ela quer varia muito! (risos) Então, no contexto do filme, é curioso ver como as coisas mudam a cada ceia de Natal da família. Acho que muita gente vai identificar algum parente que é parecido com a Luana! Espero que se divirtam com ela como eu me diverti”, afirma a atriz em entrevista ao Próximo Capítulo.

Esse foi o primeiro trabalho de Lola num longa-metragem. Por isso, ela destaca a generosidade e ousadia da produtora de elenco Marcela Altberg. “Gosto de salientar isso, porque muitas vezes os atores são “categorizados” como: “ela é de teatro” ou “ele é da TV”, e perdem chances de serem testados em outros formatos. Por isso agradeço o olhar corajoso dela que me trouxe essa oportunidade de estrear nos filmes. Fiz o teste no Rio de Janeiro e logo de cara o Santucci foi super receptivo. Pouco tempo depois desse dia, já recebi a confirmação de que iria mesmo fazer parte do elenco. Lembro que recebi a notícia em uma padaria e fiquei tão feliz que comentei até com o garçom! (risos)”, lembra.

O próximo trabalho de Lola na dramaturgia é o curta-metragem Sobre todas as coisas, de Vitor Rocha. “É um curta realizado com a colaboração de muitos colegas que fizeram diversas imagens remotamente e que ajudam a costurar a trama central que gira em torno dos moradores de um prédio em meio à pandemia. Estamos no meio do processo de filmagens que deve ser finalizado em dezembro. Posso adiantar que é muito sensível e espero que toque o coração de muitos e traga um respiro bom em tempos tão difíceis”, completa.

Além disso, a atriz tem usado o tempo vago na quarentena para se lançar musicalmente com o single Dorival, primeira faixa autoral lançada com um videoclipe. “Na verdade, por conta da pandemia e consequente da paralisação do meu setor, senti muita falta de contar histórias. Aconteceu por acaso escrever Dorival em forma de música. Queria muito levar os entregadores para esse lugar de protagonistas, porque, de fato, eles merecem esse retrato. Com todo trabalho que eles vêm fazendo nessa quarentena nada mais justo que serem os heróis dessa mini narrativa”, explica.

Duas perguntas // Lola Fanucchi

Como foi o processo de composição de Dorival? Podemos esperar mais faixas?
É engraçado porque nunca me julguei capaz de escrever uma música. (risos) Foi algo super despretensioso e que aconteceu até que rápido. Quando eu vi, tinha a letra pronta e depois criei uma melodia que cabia com o estilo mais “vintage” que queria para o clipe. Acho que o tema me inspirou, então o processo foi surpreendentemente fácil. Quanto a novas faixas, quem sabe né? Vocês iam gostar? Contanto que eu não tenha que editar o vídeo de novo sozinha, eu topo! (Risos)

Como tem sido para você esse período na pandemia?
Nossa, já tive tantas fases diferentes que parece que passaram oito anos em oito meses. É bem difícil se manter sempre equilibrado, né? Na verdade não sei nem se seria normal não se abalar frente a tanta tristeza e tanta notícia absurda que vemos todos os dias. Tento fazer minha parte e colaborar com todas as recomendações da OMS. Apesar de estarmos cansados, não podemos deixar de tomar os cuidados necessários. Não adianta negar a realidade e fingir que o problema não existe, ou não nos afeta. Acho que precisamos, mais do que nunca, pensar com empatia e responsabilidade para superarmos essa fase complicada. Estou contando os dias para poder voltar a gravar ao lado de equipes, ensaiar com colegas e pisar em palcos novamente.