Por Pedro Ibarra*
A casa das ideias do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) continua a todo vapor. Nesta quarta-feira (9/6) foi lançada Loki, nova série original da Disney +, sobre o amado Deus da Mentira, interpretado por Tom Hiddleston, conhecido principalmente pela saga dos longas do Thor e Vingadores.
Considerando todas as séries da Marvel já apresentadas na nova plataforma da Disney, WandaVision, Falcão e o Soldado Invernal e a estreia da última quarta, Loki teve o início mais interessante. Com a história muito bem determinada, uma retrospectiva dos eventos que envolveram o protagonista e um intrigante gancho para os próximos capítulos, o seriado teve o primeiro episódio, intitulado Glorioso propósito, condizente à popularidade do personagem que leva o nome.
A história se inicia do último momento em que vemos Loki nos cinemas, quando cai aos pés dele o Tesseract em Vingadores: Ultimato. A partir daí, são apresentados os próximos passos do herdeiro de Jotunheim, mas não do que conhecíamos e que foi morto na cena inicial de Vingadores: Guerra Infinita, e sim de uma versão dele que acaba por criar outro caminho por um erro temporal.
O tempo, portanto, é um fator chave da história da série. Já no primeiro episódio é apresentada a TVA, Agência de Vigilância do Tempo, grupo que trabalha para manter o curso do tempo como esperado pelos Guardiões do Tempo, seres superpoderosos responsáveis por manter o fluxo do tempo estável. É no tempo que Loki viajará para defender a realidade de uma ameaça capaz de criar problemas irremediáveis à existência no Universo.
Contudo, talvez a parte mais importante que foi apresentado pela série até então tenha sido o título do episódio, Glorioso propósito. A série vai trabalhar com o tempo e com certeza deixará ganchos importantes para o futuro da Marvel, mas ela será importante para a continuidade de Loki, o personagem receberá um novo e mais interessante propósito.
Apresentado como mais um vilão que só tinha a intenção de dominar o mundo, Loki se torna muito mais que isso nos filmes da Marvel. O humor irônico, as participações interessantes e o desenvolvimento de Tom Hiddleston como o personagem deixaram um gostinho de quero mais, pois Loki foi assassinado por Thanos no penúltimo filme dos Vingadores.
Dessa forma, o seriado vem para reposicioná-lo no MCU, Loki agora será um anti-herói com momentos de heroísmo e vilania e que terá um novo e grandioso propósito que será desenvolvido ao longo dos seis episódios. Dominar o mundo é coisa do passado, a moda agora é personagens bem aprofundados com um porquê de ser. Loki está sendo preparado para algo maior, tanto no enredo da série quanto para o enredo do MCU.
Pensando em que rumos a série deve tomar, o Próximo Capítulo separou algumas teorias para o desenrolar da história do Deus da Mentira que continuará ser contada toda quarta no Disney +.
Atenção! Contém spoilers do primeiro episódio
Em uma entrevista à revista Empire, Kevin Feige, chefe de conteúdo da Marvel, afirmou que Loki será a produção recente com maior importância para o futuro do MCU. Assim muitas expectativas rondam o seriado e os eventos que nele serão apresentados.
Quem Loki vai enfrentar?
O principal gancho deixado no final do episódio de estreia é sobre o vilão da história. O agente Mobius (Owen Wilson) afirma que Loki terá que ir atrás de uma variante, termo usado para fugitivos do tempo, de si mesmo. No entanto, ao ser apresentado, o vilão não mostra o rosto, o que deixa diversas opções de como esse “Loki do mal” será introduzido.
Ao que tudo indica a série se baseia fortemente nos quadrinhos Loki: Agente de Asgard, lançados em 2014 pela Marvel. Nestas HQs algo similar é apresentado, um Loki mais jovem precisa salvar Asgard de uma versão mais velha e perversa de si próprio. Então o ser encapuzado que aparece no fim do episódio pode ser o próprio Loki, mais velho e no ápice da maldade.
Há também uma teoria sendo muito difundida, de que Loki seria o primeiro personagem gênero fluido a ser apresentado pela Marvel nos cinemas os séries e que o antagonismo seria feito por uma versão feminina do protagonista, nos quadrinhos conhecida como Lady Loki. A vilã seria o próprio Loki, mas que usa os poderes metamórficos para permanecer mulher. O motivo foi uma foto de set em que a atriz Sophia Di Martino estaria usando um figurino muito similar ao do protagonista. Contudo Di Martino pode ser também a deusa Asgardiana Lorelei, uma ex-namorada de Thor e Loki especialista em encantos e trapaças, afinal a atriz está ruiva assim como a personagem.
Duas ideias mais mirabolantes e menos aceitas estão em Mefisto e Kang, dois vilões famosos da Marvel nas HQs. O primeiro é um demônio e começou a ser especulado no MCU desde WandaVision. |Ele é importante pelo fato de ter muito envolvimento com o multiverso nos quadrinhos e voltou a ser tópico após na cena de introdução do Agente Mobius uma criança apontar para um vitral com a imagem de um demônio, porém a diretora da série, Kate Herron, já refutou que o demônio do vidro seja Mefisto, afirmando ao Entertainment Tonight ter sido apenas uma coincidência, mas que o tempo todo era uma representação de Loki.
O segundo é um vilão viajante do tempo, que já está confirmado em Homem-Formiga: Quantumania e será interpretado por Jonathan Majors (Lovecraft Country). Conhecido como O Conquistador, ele viaja no tempo em busca de realizar desejos próprios. No entanto, não há indícios de que Loki tenha a intenção de adiantar esse personagem ainda, porém a importância de Kang para o MCU pode ser grande e Feige mesmo disse que a série é crucial para o futuro do universo.
Evento Nexus e o multiverso
Já no primeiro episódio uma personagem de animação chamada Miss Minutes explica como funcionam as linhas temporais e, consequentemente, o multiverso. Ela também apresenta por alto o que seria um evento Nexus como um momento em que duas ou mais realidades se colidem.
Os eventos Nexus já apareceram outras vezes no MCU, só que nem sempre com este nome. Em Thor: O mundo sombrio, uma convergências entre os planetas faz com que seja possível a criação de portais entre eles, isso já seria um evento Nexus em menor escala. Em Thor: Ragnarok, o planeta Sakaar possui portais e assim que Hulk (Mark Ruffalo) e Thor (Chris Hemsworth) acabam caindo lá, isso também tem a ver com o conceito.
A primeira vez que o nome Nexus aparece é em WandaVision. Ele é citado em uma das propagandas falsas da sitcom que Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) cria. Nexus é apresentado como uma pílula anti-depressiva, porque naquele contexto é assim que ele funciona. Wanda criou uma realidade alternativa, ou evento Nexus, para lidar com o próprio luto. A Feiticeira Escarlate é considerada, inclusive, nos quadrinhos, uma pessoa Nexus, pois ela por si só é capaz de chocar universos distintos. Também especula-se que a última cena pós-crédito de WandaVision seja um evento Nexus.
Com a apresentação desse conceito, a série com certeza irá fazer a primeira introdução do multiverso da Marvel. Esse fato, abre portas para retorno de personagens, fãs já teorizam uma aparição rápida da Viúva Negra por conta do trailer, e também para introdução de acontecimentos que desencadearão Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, Homem-Aranha 3 e, posteriormente, darão abertura para a apresentação do Quarteto Fantástico e dos X-Men.
*Estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader
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