Bianka Fernandes interpreta a rainha AAT no folhetim. Desde o convite, ela sabia que teria que mudar o visual: “Me avisaram que teria que raspar o cabelo e eu logo topei”
A trajetória de trabalhos em novelas na Record abriu as portas para que Bianka Fernandes vivesse uma das personagens que se tornará emblemática na carreira dela, a rainha AAT de Gênesis. O convite surgiu devido aos bons trabalhos em Os dez mandamentos (2015) e Pecado mortal (2013). “Como eles já conhecem o meu trabalho, me convidaram para fazer a rainha AAT”, conta.
Desde o início, Bianka sabia que AAT entraria no rol de personagens do currículo dela, isso porque a rainha vinha com um desafio ainda maior: uma mudança drástica no visual. “Já me avisaram desde o início que teria que raspar o cabelo e eu logo topei”, diz entre risos.
Para Bianka, isso nunca foi um problema. Sempre soube que, como atriz e modelo, poderia ter que raspar o cabelo por causa de um trabalho. Até ansiava por esse momento, já que não faria algo parecido por iniciativa própria. “Tem sido um grande processo de redescoberta, de me reconectar com a minha essência. Eu vi o quanto me prendia na minha imagem externa e consegui descobrir força dentro de mim e inverti a minha visão sobre a beleza e a força. Hoje em dia elas vêem muito mais de dentro para fora. Transformou completamente a minha maneira de me ver e me valorizar. Sinto que tenho muito mais amor próprio, me sinto mais forte e mais segura”, compartilha.
Bianka Fernandes em Gênesis
A preparação para a novela foi intensa, com workshops presenciais e on-lines focados na atuação e também no período histórico. Ela conta que incrementou com filmes e séries sobre reinados, “para poder me inspirar nessa atmosfera de um palácio, essa atmosfera de como é a vida de uma rainha no Egito”.
AAT faz parte deu um núcleo mais leve da novela, que chega a ser quase de comédia. “O núcleo do Egito tem um quê de cômico, um olhar mais divertido de contar a história”, explica. Isso acontece por meio do jeito espalhafatoso de AAT, que quer sempre chamar a atenção do faraó e sair bem das situações, principalmente, contra a outra rainha Khen, vivida por Pérola Faria. “Elas vão estar sempre em pé de guerra, disputando. (As pessoas) Podem esperar muitas confusões de maneira divertida e leve”, define.
Como a novela Gênesis tinha previsão de estreia em abril de 2020, Bianka tinha planos para o momento após o folhetim: uma série e um filme a ser gravado nos Estados Unidos. Ideias essas que, por enquanto, estão suspensas por causa da pandemia de covid-19. Por isso, ela se dedica a um curso on-line que ministra para quem quer seguir a carreira de modelo, assim como uma comunidade para meninos e meninas com desejo de entrar no mundo artístico. “Esse meu projeto estou dando andamento e relançando meu curso de modelo on-line Bless Models”, adianta.
Duas perguntas // Bianka Fernandes
A novela tem uma superestrutura, com vários atores, autores e fases. Como é a experiência de participar de algo tão grandioso?
É maravilhoso ter oportunidade de participar de uma superprodução como essa, me sinto como se estivesse trabalhando em Hollywood. Para mim é uma honra, um prazer, um orgulho fazer parte do elenco dessa super obra e fazer uma personagem tão forte, tão poderosa, tão diferente de tudo que já fiz. Uma mega oportunidade de me desafiar e ir além, acreditar que posso ir mais longe do que fui hoje em relação ao meu trabalho.
Antes de ser atriz, você já trabalhava como modelo. O que te levou a seguir para a atuação também?
Trabalho como modelo desde os 15 anos. São 20 anos de carreira. Viajei o mundo sendo modelo. Desde os 7 anos faço teatro. A carreira de modelo foi o que abriu portas. Através da minha carreira de modelo consegui criar coragem para seguir a carreira de atriz. Foi quando eu estava no México, decidi largar tudo lá e bater nas portas das emissoras depois de anos de cursos de teatro e interpretação. Resolvi bater na porta da Record e fiz a Oficina de Atores da Record em 2011. Essa é a minha terceira novela na Record e fiz outras duas na Globo.