É um reality show em que várias pessoas são confinadas numa casa e vigiadas o tempo todo, interagindo entre elas em dinâmicas. Mas não é o Big Brother Brasil. Os participantes são famosos: o cantor e compositor Gilberto Gil e filhos e netos dele. Não, não é A fazenda. Desde sexta-feira, o público pode se deliciar com Em casa com os Gil, disponível no catálogo do Amazon Prime Video.
Em cinco episódios, o público acompanha três gerações da família: Gilberto e Flora Gil; Preta, Bela, Bem, Nara, José, Maria, Marília; e João, Francisco, Bento, Mariá Pinkusfeld, Mãeana, entre outros. A direção-geral tem a assinatura de Andrucha Waddington, com a participação de Pedro Waddington e de Rebeca Diniz.
A primeira ideia era acompanhar a turnê de Gil e dos filhos, que sairiam pelo Brasil e pelo mundo para celebrar os 80 anos de idade do tropicalista (comemorados exatamente hoje), mas veio a pandemia e os planos mudaram. Assim, Em casa com os Gil acompanhou a família no isolamento, num sítio em Araras, interior do Rio de Janeiro.
“Virou quase um ‘prequel’ do que iríamos fazer, num confinamento em Araras. Acabou sendo uma mistura de documentário e reality show. O reality geralmente puxa pela picuinha entre os participantes, pelas tretas. Claro que houve desentendimentos, mas se sobressai, o que foi bom. Mostramos o clã da diversidade, da alegria. Foi uma aula de amor”, afirma o diretor Andrucha Waddington, em entrevista coletiva.
“Eu sou da escola do cinema direto. Como conceito, o documentarista desaparece. Na série, o roteiro foi criado de uma forma que gerasse conversas para serem exploradas no reality. Acho que fizemos um produto híbrido entre o documentário e o reality show. O resultado é uma polaroide muito poderosa sobre uma família muito especial”, completa o cineasta.
Um dos “truques” do roteiro de Em casa com os Gil é criar dinâmicas de interação entre os participantes, sempre fugindo do tradicional formato de entrevistas e depoimentos. Em uma delas, os parentes se presenteiam com uma versão de uma música de Gil, como se fosse um amigo oculto.
“A partir do momento que havia um roteiro, com a pré-disposição de acontecimentos, como a dinâmica da escolha do repertório como se fosse um amigo oculto, a emoção fluía. A bagagem emocional é inerente à nossa relação com a família. E, claro, havia a questão da pandemia, de estarmos todos à flor da pele”, lembra Bem.
“Hermano Vianna pediu para que escolhêssemos cinco músicas e pinçou uma de cada um de nós. Ele também dizia a quem cada um dedicaria a canção. Todas elas têm um peso significativo para cada um de nós”, completa Preta, para quem Em casa com os Gil capta bem a essência do clã e é “muito fiel ao que somos de verdade”.
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