Pantanal Renato Góes, Chico Teixeira e Fabio Nepo

Elenco da novela ‘Pantanal’ vence desafios antes de se encantar com os locais de gravação

Publicado em Novela

A riqueza da fauna e da flora do Pantanal e o dia a dia dos moradores de lá chamaram a atenção de atores da primeira fase da novela, como Bruna Linzmeyer e Renato Góes

As gravações da novela Pantanal, a substituta de Um lugar ao sol, estão a todo vapor. A trama escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa, tem direção de Rogério Gomes e estreia prevista para o fim de março. Se o público ainda não pode se deliciar com as imagens do local que dá nome ao folhetim, o elenco já se encantou com o que viu. Mas nem tudo foi tranquilo. O elenco estranhou, por exemplo, o calor extremamente úmido do local.

A personagem de Bruna Linzmeyer, Madeleine, não é bem uma amante do Pantanal. A carioca só foi para lá por causa do marido, José Leôncio (Renato Góes). A atriz se sente um pouco como a personagem. “Olhei tudo com uma certa lente para Madeleine, não estive no Pantanal como Bruna, turista, passeando. Lembro que, no primeiro dia que acordei, vi que onde estávamos, de manhã, tinha uma quantidade gigantesca de pássaros, de barulho, que eu nunca tinha ouvido. É uma mistura de ser encantador e desesperador. Todos os dias eu pensava que o lugar não tinha esquina. Não há para onde ir, você não caminha e vira. É uma continuidade de verde, de amarelo queimado, e tantas outras cores…”, comenta a atriz, em material de divulgação da emissora.

Os moradores da região também chamaram a atenção de Bruna: “As pessoas no Pantanal não se mexem muito, talvez seja uma maneira de conter energia. Eles estão mais acostumados, a Madeleine, não. Então, podemos colocar isso em cena, trazer essa vivência para o trabalho”, afirma.

Fotos: TV Globo/ João Miguel Jr – Almir Sater, Chico Teixeira e Fabio Nepo

Para Fábio Neppo, que vive Tião, o calor foi o principal obstáculo. “Foi difícil eu me acostumar com o calor. Sou de São Paulo, onde morei a vida inteira. Foi importante chegar uns dias antes de começar a gravar. E um desafio representar bem o peão, ainda mais se tratando dessa novela, desse tema, lembrando das pessoas que fizeram a primeira versão, é uma grande responsabilidade. Mas eu procuro sempre me divertir. Nas horas vagas, aproveitei para conhecer os pratos locais, como a sopa paraguaia, que descobri que não é uma sopa, mas sim um bolinho salgado, bem gostoso e bem tradicional”, comenta.

Imersão

Renato Góes optou por uma estratégia de imersão: ““Um mês antes da gravação, passei 15 dias no Pantanal. Liguei para uns amigos e expliquei que eu gostaria de conhecer o local. Fui com eles, passamos duas semanas. Dentro desses 15 dias, fui para a casa do Almir Sater passar três dias e no restante dos dias estive nas redondezas de Aquidauana, no Bosque Belo, a meia hora da cidade… Foi um impacto muito grande. É uma quantidade imensa de animais. Eu queria perder isso, queria que meu personagem não tivesse um deslumbramento. Tem uma coisa do ninhal, o momento que todos se juntam para fazer seus ninhos, isso encanta o Joventino e o Zé Leôncio quando eles chegam ao Pantanal. Mas José Leôncio está acostumado com biomas diferentes. E eu precisava quebrar isso.”