Atypical tem terceira temporada morna. Não seria a hora de parar?

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Atypical chega à terceira temporada longe da qualidade da primeira. Leia a crítica dos novos episódios da série da Netflix!

Confesso que quando a primeira temporada de uma série me emociona e faz pensar, ao mesmo tempo fico com muito medo da segunda. Da terceira, então… Não é por preconceito, mas por achar que a qualidade pode cair e a expectativa, que estará nas alturas, não ser correspondida. É mais ou menos o que acontece com Atypical, série da Netflix que chegou há poucos dias à terceira temporada.

A primeira temporada de Atypical foi, no mínimo, tocante (relembre nossa crítica). A segunda caiu bastante. A terceira está no meio termo: é melhor que a segunda, mas está longe da primeira. Fica aí o questionamento: será que não estaria na hora de não renovar?

Confira a crítica da terceira temporada de Atypical!

A convivência social continua sendo um desafio para Sam em Atypical

Nos novos 10 episódios, Atypical escrita por Robia Rashid traz mais desafios à vida de Sam (Keir Gilchrist), o adorável protagonista. O rapaz, que tem autismo, agora vai à faculdade. O novo cenário poderia trazer novas companhias e novas amizades a Sam, mas isso não acontece ー ou acontece muito pouco.

As questões continuam girando em torno do namoro dele com Paige (Jenna Boyd), da relação dele com a família e da amizade com Zahid (Nik Dodani), que sofre um pequeno abalo nesta temporada. Sam continua tendo adoração por pinguins e resolvendo as coisas do jeito dele para que a vida não pare.

Na faculdade, Sam tem aulas de ética que respondem por bons momentos da temporada. É curioso ver como o menino reage aos questionamentos ali apresentados e como a professora Judd (Sara Gilbert) não sabe lidar com o aluno. Um espelho da maneira que a sociedade deveria fazer, Judd vai tentando, aos poucos, entender o que se passa com Sam sem que isso prejudique o andamento das aulas dela.

As poucas novidades nos conflitos de Sam abrem espaço para a irmã dele, Casey (Brigette Lundy-Paine) virar quase que uma coprotagonista da temporada. A atriz, assim como Keir Gilchrist, está muito bem no papel. A adolescente volta à casa dos pais para ficar perto do irmão com quem implica, mas de quem cuida com amor, e passa por dilemas com a sexualidade e com a relação dos pais, bem apagados desta vez.

Atypical ainda diverte e emociona, mas não no mesmo nível. Tem a favor dela episódios curtos, convidativos a uma maratona, mas falta agilidade ao roteiro. Funciona por nos fazer pensar sobre situações ー especialmente pessoas ー que geralmente ignoramos. Pena, mas é cada vez mais uma série de nicho.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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